A Defesa Civil do município articulou a retirada de 772 famílias da área ribeirinha do rio em Mossoró. A maior parte – 271 – foi evacuada da Ilha de Santa Luzia, bairro que se localiza entre o centro e o Alto de São Manoel.

Ao todo são quase 2,5 mil pessoas fora de suas residências, distribuídas em imóveis públicos do município e estado.

No centro da cidade ainda existem pontos delicados, em artérias importantes como Jerônimo Rosado, Machado de Assis e Avenida Cunha da Mota. Através de galerias, a água emerge em outras vias e logradouros mais centrais como as praças Vigário Antônio Joaquim e Rodolfo Fernandes.

Uma preocupação que se adiciona ao atendimento aos desabrigados, é quanto ao surgimento de doenças. A água empossada exala um péssimo odor. Não faltam crianças e adultos fazendo da novidade uma diversão de risco.

Nas últimas horas não tem chovido na cidade e na região. Entretanto como os principais reservatórios de água ligados ao rio Mossoró estão sangrando, novas chuvas torrenciais podem agravar o cenário. Não há mais nada a contê-las.

Há temor de que a cheia do rio não esteja superada.

O que salvou a cidade do pior é uma obra com mais de 20 anos, realizada na segunda gestão do prefeito Dix-huit Rosado: a tricotomização do rio Mossoró. São dois canais abertos na zona urbana de Mossoró, a partir do leito original do rio. A obra ajuda a esprair e atenuar a força das águas.

Como um dos canais não recebeu o devido cuidado preventivo da prefeitura, com sua desobstrução, comprometeu principalmente a Ilha de Santa Luzia. Mesmo assim, contribuiu à redução dos estragos.

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