Se alguém tiver alguma foto, vÃdeo, gravura, áudio ou pintura rupestre que mostre a última entrevista coletiva que Rosalba Ciarlini (PP) concedeu, por favor divulgue. Essa raridade merece publicação por seu valor histórico e documental.
Será um material para estudo arqueológico e paleontológico. Descoberto, tratar-se-á de um dos maiores achados da polÃtica provinciana, haja vista o inusitado do feito.
Se for AC (Antes de Cristo) ou DC (Depois de Cristo), não importa.Fundamental é a sua localização, que nem precisará passar por datação com Carbono 14 para se confirmar (ou não) sua autenticidade e datação temporal.
A prefeita mossoroense só fala com quem quer e sobre temas previamente definidos. Tanto faz em Mossoró como Natal, onde sua imagem também está bastante deteriorada na mÃdia, justamente por esse escapismo, permanente contorcionismo para fugir de questionamentos.
Sua assessoria costuma desviá-la de sabatinas ou simples contraponto a informações. Às vezes, nem dá respostas a pedido para ouvi-la, sob temor de abordagens embaraçosas.
“Desisti de pedir entrevista. Nem procuro mais. Acho isso o cúmulo do desrespeito até com o cidadão mossoroense”, admitiu uma jornalista da capital em diálogo com o Blog Carlos Santos, há poucos meses.
Na última vez que Rosalba precisou ser submetida à exposição pública e foi questionada incisivamente, passou vexame. Foi num debate eleitoral na campanha municipal de 2016, dia 25 de setembro (veja AQUI): tremeu, pigarreou, suou e gaguejou diante do cerco verbal do então prefeito Francisco José Júnior.
Ficou de tal modo incomodada com sua presença próxima, questionamentos e contestações consistentes, tudo que não tem costume de enfrentar, que passou a lhe responder desviando olhar e corpo da câmera, fitando-o e tentando sincronizar idéias e gestual. A candidata perdeu-se e não respondeu praticamente a nada do que lhe foi indagado, produzindo evasivas e repetindo clichês.
Mesmo na época de governadora do estado, não era diferente. Já era assim, algo que chegou a deixar a imprensa da capital intrigada, pois era comportamento diametralmente oposto ao adotado por todos os seus antecessores. Todos mesmos.
Entretanto tudo ficou muito pior com seu retorno à municipalidade, onde temas delicados são evitados. Foge de entrevistas como o vampiro da cruz. Há casos, em que até repórter foi proibido de lhe entrevistar, depois de supostamente exagerar em perguntas ‘inconvenientes’.
O canal de diálogo da prefeita com os munÃcipes está restrito à banda da imprensa que lhe é próxima e suas redes sociais, com script previamente definido. Mas mesmo aÃ, há apenas uma via de tráfego liberado, que é sua fala, como emissora de informações. Postagens com comentários questionadores e crÃticos são apressadamente deletados.
Assim, nesse jogo de esconde-esconde, Rosalba marcha para seu último ano de governo e para campanha de reeleição, sem precisar prestar contas do que faz ou deixa de fazer. Passado e presente só têm um lado: o dela; sempre em tom hagiográfico, ou seja, canonizador.
Ela não se sente obrigada a explicar ou justificar nada, como se o seu currÃculo fosse diáfano e a gestão igualmente transparente. Como se as contas públicas fossem privadas e a prefeitura um bem de famÃlia.
Não falar, porém, tem uma razão de ser, comum na defesa forense: a prefeita não corre o perigo de constituir provas contra si, que revelariam mais seus limites do que feitos, além da distância abissal entre propaganda e realidade em torno de si e do seu governo. Calar diz muito.
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Gentileza dirigi-se ao Distrito Espelologico Chapada do Apodi.
Em tempo; também no Lagedo de Soledade.
Mossoró merece!!!
Quando terminar seu quinto mandato, em 31 de dezembro de 2024, talvez Mossoró possa, finalmente, começar a entrar no século XXI!