A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) estreia 2013 com mais uma promessa não cumprida. Continua em aberto a vaga para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que ela deveria preencher desde outubro de 2011, com a aposentadoria do conselheiro Alcimar Torquato.
Esse vácuo de mais de um ano e dois meses é um recorde na história do TCE e por motivos que depõem contra a imagem do seu próprio governo.
A indicação chegou a ser “amarrada” como moeda de compensação para convencer a então prefeita mossoroense Fátima Rosado (DEM), “Fafá”, a renunciar ao cargo e viabilizar a candidatura à prefeitura da vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM), irmã de Rosalba.
Apesar de ter dado a garantia da renúncia, Fafá ficou no cargo. O caso ganhou as manchetes da imprensa e o repúdio de setores do próprio TCE.
O enredo fica ainda mais nauseante, porque surgiu outra vaga no TCE com a aposentadoria do conselheiro Valério Mesquita há poucos meses e em poucas semanas houve preenchimento Foi escolhido o deputado estadual Poti Júnior (PMDB) para seu lugar.
Outra promessa feita pela governadora foi de que não indicaria um familiar para o lugar de Alcimar Torquato. Porém, como Ruth sobrou na disputa municipal, o comentário corrente desde o final do ano passado é de que ela será ungida para o TCE.
Nota do Blog – Nesse espaço de tempo ainda deu tempo do governo nomear ALcimar, ex-deputado estadual, para presidir a Junta Comercial do Estado (JUCERN).
Infelizmente, entre ano e sai ano e nada muda no setor público do Brasil. É nepotismo, é favorecimento aos amigos e parentes, nepotismo cruzado, corrupção, etc.
O pior, é que isso acontece em todos os poderes. Desembargador nomeia filho ou filha de deputado, juiz nomeia genro, deputado nomeia filho de juiz, governadora nomeia filho do comandante, prefeita de Mossoró nomeia filho da governadora Rosalba, etc.
Ou seja, os cargos comissionados das instituições públicas do Brasil, são rateados entre amigos e parentes dos dirigentes dessas instituições, sem nenhum critério técnico, ou seja o bolo fica sempre nas mãos dos poderosos.
E o povo brasileiro nada faz contra esse abuso, muito pelo contrário, alguns ainda aplaudem e acham que deve ser assim mesmo.
Como esperar um ano novo diferente e melhor, se às práticas são sempre as mesmas?
Enquanto isso, logo no primeiro dia útil do ano é anunciado o novo salário mínimo de R$ 678,00, causador de quebradeira de prefeituras e empresas, alardeam os jornais. Como se um mísero salário mínimo pudesse justificar a corrupção desenfreada nas prefeituras, governos estaduais, governo federal e poder judiciário.
Mas, ela prometeu que iria “Fazer Acontecer”! Está fazendo… Nada!!!