segunda-feira - 07/03/2011 - 14:50h

Rosalba está a um passo de embaralhar a política do RN


A coabitação da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o senador José Agripino (DEM) no Democratas é uma questão de conveniência bilateral. Não se trata de uma vontade e empenho comuns.

O grupo da governadora chegou ao topo do poder no Rio Grande do Norte por esforços próprios.

Agripino não foi entusiasta de primeira hora, mas endossante compulsório, a partir do momento em que percebeu ser irreversível e sua própria reeleição poderia depender do êxito da "Rosa".

Rosalba e seu grupo há muito que querem mudar de lado. Também não é uma questão ideológica, mas de racionalidade e pragmatismo político.

Rosalba não é nem nunca foi de formação de esquerda, mesmo tendo sido eleita em 1088 à Prefeitura de Mossoró, sob o escudo do PDT do governador do Rio, Leonel Brizola. Depois de eleita, jogou a sigla na lata do lixo e adiante voltou a se inscrever no PFL (hoje, DEM).

Agora, a intenção é ficar à sombra do governo Dilma Roussef (PT), através de uma sigla da base aliada. A princípio, via um partido-ponte, o PDB (veja postagem mais abaixo) do prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM). Dali, como trampolim, a ordem é saltar para o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB).

As consequências dessa manobra política no Rio Grande do Norte chegam a ser caricatas, só por sua simples conjectura. Vamos enumerar alguns dos monstrengos saídos dessa hipotética alteração partidária:

1º – Rosalba deixa de ser adversária do PT no Rio Grande do Norte, para ser aliada com o mais importante cargo da base governista no RN, o de governadora;

2º – Como detentora do cargo de governadora, naturalmente se credencia ao comando partidário, deixando nomes como a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) em escala inferior;

3º – Em Mossoró, a "adversária" e prima Sandra Rosado (PSB), deputada federal, que possui o mais importante cargo do partido no momento no RN, seria sua aliada. Na prática, a união dos Rosado;

4º – José Agripino, o todo-poderoso presidente do DEM, seria o principal contendor da "Rosa";

5º – O PMDB, que se dividiu capciosamente na campanha do ano passado, para ganhar o pleito de qualquer jeito, agora se une com os primos deputado federal Henrique Alves e senador Garibaldi Filho (PMDB) em torno de Rosalba. 

6º A "companheirada" que sempre execrou a Rosalba como substrato do atraso político, passa a incensá-la e fazer coro: "É a Rosa! É a Rosa! É a Rosa!"

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Comentários

  1. MARCOS PINTO - Da AAPOL, ICOP, IHGRN e do IANTT. diz:

    Concordo, em parte,com suas observações analítico-políticas acerca de uma possível mudança no cenário político estadual. No entanto, não há a mínima possibilidade da “companheirada” fazer coro, em uníssono, com o nome da Rosalba Rosado. Para os companheiros já basta a decepcionante lição do pleito de 2008, quando cerraram fileiras com a oligarquia político-familiar numerada de Mossoró, coadjuvando com o nome de Tércio Pereira como companheiro de chapa da Larissa Rosado. Escoimando-se as trajetórias políticas da Sandra Rosado, Wilma de Faria e Rosalba Rosado,resta configurada a realidade de que nenhuma apresenta perfil político-ideológico arraigado nas diretrizes da esquerda brasileira, posto que oriundas de oligarquias político-familiares MAIA e ROSADO, com acentuada identidade com a nefanda e truculenta ditadura militar.

  2. zé roberto diz:

    Lula,que ama Sarney,que ama Dilma,que ama Rosalba.
    Piu,piu,piu…

  3. Rui Nascimento diz:

    Sem dúvidas um grande ganho ela e MMM teriam: se afastar do filhote de ditadura, então matava dois coelhos com uma cajadada só, pois além de se afastar dessa companhia indigesta, o isolava politicamente, pois os Alves, com certeza ficariam, como já estão, ao lado de Rosalba. Aí eu queria ver como ficaria o inimigo número um da “companheirada” sem uma boa “sombra” pra se encostar. Ele que nos últimos tempos tem vivido à sombra da ascensão alheia, já que não tem mais condições de “voar” sozinho. Seria o fim da oligarquia Maia no RN? Talvez, pois o boneco de enfeite, filhote do Senador não tem cacife para alavancar “carreira solo”, somente na companhia de seu “papito”, que ao meu ver está em fim de carreira. O tempo nos dirá.

  4. Marcus Vinicius diz:

    Será que é a companheirada que vai correr atrás da Rosa ou é a Rosa que tá correndo atrás da companheirada que vai completar 12 anos comandando uma das maiores economias do mundo?

  5. jb diz:

    Se a “cumpanheirada” já convive com Collor e Sarney não haverá dificuldade em conviver com Rosalba. É cada vez mais atual a máxima do Conde de Chesterfield “Os políticos não conhecem o amor nem ódio são conduzidos pelo interesse e não pelo sentimento”

  6. Chico Gregorio diz:

    Acredito que Rosalba esteja angustiada, pois nos primeiros 70 dias de Administração ainda não tomou nenhuma medida de impacto para o nosso Estado, nem mesmo na Area de Saúde que a mesma conhece bem, ainda não conseguiu nomear os Diretores do Walfredo, talvez por isso esse desejo de aliar-se oa Governo federal, uma coisa é certo, administrar o RN, não é administra Mossorró um municipio com muitos recursos, com a presença da PETROBRAZ.

  7. k mendes diz:

    Gregório, a Petrobrás também destina recursos ao estado.

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