Entre outros capitais à campanha à Assembleia Legislativa em 2022, mesmo longe da Prefeitura de Mossoró, onde esperava estar agora, a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) tem um trunfo em especial: ostentará suposto ‘atestado de honestidade’.
Com franco favoritismo para ser campeã de votos em seu berço político, Mossoró, além de provável eleição para uma das 24 vagas disponíveis à AL, Rosalba coleciona demandas judiciais e investigações à sua conduta como gestora. Porém, com relação à condução de milionários recursos para enfrentamento à Covid-19, em 2020, está se safando.
Esse discurso ela prepara para empinar em 2022. Com razão, que se diga. Faz sentido como retórica, mesmo que talvez não espelhe a verdade.
Até aqui, não há qualquer sinalizador de pedido de Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal, para prospectar informações e identificar supostas irregularidades na gestão de mais de 51 milhões destinados ao enfrentamento da pandemia. Apenas o vereador governista Tony Fernandes (Solidariedade) chegou a falar sobre o assunto, mas foi ignorado efusivamente (veja AQUI).
Em face da excepcionalidade do período, houve enxurrada de contratos de serviços, à contratação de pessoal e aquisição de produtos sem licitação alguma. Não faltaram questionamentos na imprensa e seguem muitas interrogações quanto à destinação dessa montanha de dinheiro. E daí? Se nada é oficialmente questionado, ‘bola para frente‘.
Só sei que nunca tivemos CEI
Enquanto isso, em Brasília a temperatura esquenta com a CPI da Covid-19 que coloca o Governo Jair Bolsonaro (sem partido) no paredão. No RN, a administração Fátima Bezerra (PT) é pressionada por instrumento investigativo semelhante.
Até o blindado prefeito Álvaro Dias (PSDB), do Natal, é acossado por tentativa de uma CEI, num legislativo majoritariamente favorável à sua administração.
Em Mossoró, há quadro inverso: a ex-prefeita não reeleita tem apenas três vereadores – Francisco Carlos (PP), Didi de Arnor (Republicanos) e Lucas das Malhas (MDB) -, dos 23 componentes da Câmara Municipal. Mesmo assim, só tem razões para sorrir.
Um antecedente histórico é bastante favorável à “Rosa”: nunca a Câmara Municipal de Mossoró instalou e fez andar uma CEI. Nunca mesmo. A própria Rosalba esteve ameaçada em pelo menos duas ocasiões e salvou-se.
Nos anos 90, vereadores tentaram emplacar a CEI do Relatório Marpe. Trataria de supostas irregularidades em seu primeiro governo municipal (1989-1992), que o sucessor Dix-huit Rosado levantou em auditoria, mas não conseguiu puni-la.
O último ensaio foi há pouco mais de 3 anos, a “CEI do Lixo”, quando seriam investigados contratos que passavam de R$ 52 milhões na limpeza urbana de Mosoró. Foi sepultada no dia 5 de junho de 2018 (veja AQUI). Com maioria em plenário, a então prefeita evitou a pretensão de minoria parlamentar, em sessão presidida pela então vereadora Izabel Montenegro (MDB) – veja vídeo abaixo.
Em Mossoró, vale um trocadilho com célebre frase do filósofo Sócrates: “Só sei que nunca tivemos CEI!”
Conheça um pouco sobre a “quase” CEI do Lixo
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Esta CÂMARA MUNICIPAL DE MOSSORÓ não consegiue apurar o que foi feito com o ALHO, CEBOLA, PIMENTÃO, TOMATE e COENTRO comprados na licitação realizada em 16/12/2020, gastos de mais de 143 mil reais, imagine apurar gastos de milhões de reais.
SUCUPIRA PERDE PARA MOSSORÓ
Qual será a proxima mentira de campanha? A última foi loja Havan