O jornalista e escritor Rubens Lemos Filho, o “Rubinho”, lança no próximo dia 13 de setembro a partir das 18 horas, na AABB em Natal, seu sexto livro: Juvenal Lamartine – Primeiro Estádio – Minha Versão. É a história do primeiro templo do futebol potiguar, inaugurado em 1928 com detalhes de todos os campeonatos locais e bastidores da presença de ídolos nacionais.
São 480 páginas e farto material fotográfico. O Juvenal Lamartine foi o centro das atenções do futebol potiguar de 1928 a 1972, quando foi inaugurado o Estádio Castelão (Machadão), demolido para a construção da Arena das Dunas, sede da Copa do Mundo de 2014.
O livro, como sempre faz o autor, é uma reportagem pelas diversas fases do chamado campinho do Tirol, inaugurado pelo governador Juvenal Lamartine e sede de momentos épicos do esporte potiguar. Além de contar em minúcias cada campeonato e a história de Natal ao longo dos anos, o livro trará reportagens especiais sobre a presença de ídolos como Pelé, que esteve pelo Santos contra o América em 1971.
Natal foi a última cidade a receber Pelé e ele foi decisivo. Jogadores do América pediram para ele errar a cobrança de falta, mas não houve jeito.
Garrincha, com três apresentações, Zizinho, astro da seleção brasileira vice-campeã de 1950, a humilhação do goleiro Barbosa em Natal, marcado pela derrota do Brasil na Copa de 1950, Paulo César Caju, que perdeu um pênalti, defendido pelo goleiro Erivan, do ABC, Jairzinho, Bellini, Telê Santana, Ademir da Guia e vários outros craques nacionais e internacionais como iugoslavos e peruanos.
Campeão do Nordeste
A conquista de campeão do Nordeste de 1959 pela seleção do Rio Grande do Norte e as duas partidas eliminatórias contra o Rio de Janeiro são considerados pelo autor, os momentos mais importantes do estádio. “Foram jogos estupendos, que promoveram, de verdade, o nosso futebol,” afirma Rubinho.
Os anos 1950 trazem duelos marcantes entre o genial Jorginho do ABC e o célebre atacante Saquinho do América. O decacampeonato do ABC, de 1932 a 1941, o bicampeonato americano em 1956 e 1957, a vitória imprevisível do América em jogos misteriosos contra o ABC em 1969. Os títulos do Alecrim. E a Era Alberi com a camisa alvinegra, duelando com Pancinha, irmão de Saquinho do América.
“O livro mostra que Natal avançou, o estádio estagnou, qualquer jogo estava lotado pelo menos uma hora e meia antes de começar. É um mergulho pelo passado que considero mais romântico e emocionante do nosso futebol”, afirma Rubens Lemos. “Quem ama o futebol vai gostar demais desse trabalho que levou três anos de pesquisa”, afirma Rubinho. “Contei a história do Castelão, mas acho que a do JL é mais instigante.”
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