quinta-feira - 04/12/2008 - 11:45h

Saída do Afim é o redimensionamento

Quando foi inaugurado pelo então prefeito Dix-huit Rosado em 1985 (junho, não me falhando a memória), o Afim tinha objetivos ambiciosos. Grandiosos, ao gosto do governante.

A idéia era utilizá-lo como equipamento de garantia sanitária, indústria de embutidos (lingüiça etc.) e na comercialização de produtos com preços módicos à população mais carente.

Poder-se-ia dizer que “hoje os tempos são outros”. É verdade.

Mas o papel do ente público não mudou: ele precisa atender às aspirações da sociedade e assumir papéis intransferíveis, como garantia da saúde.

Mossoró não pode abrir mão de um abatedouro, acrescido de eficiente fiscalização à garantia da carne vendida na cidade. Questão de redimensionamento, que qualquer bodegueiro (com todo respeito a eles) sabe o que é.

O “controlador” Noguchi Rosado acha R$ 60 mil/mês de déficit um rombo no cofre público, porém não levanta a voz para R$ 80 mil doados mensalmente a Potiguar e Baraúnas. A jogada é política. Vez por outra sua irmã Fafá Rosado (DEM) aparece no estádio e acena à multidão passional, mesmo sem distinguir quem é tricolor e quem é alvirrubro em campo, pelas cores das camisas.

Tudo é uma questão de prioridade e respeito (ou desrespeito) ao cidadão.

Quanto é despejado anualmente no Cidade Junina? Fala-se em R$ 1,6 milhão, R$ 2 milhões. Qualquer ignorante observa que direta e indiretamente são consumidos bem mais. Entretanto, a cada pesquisa de opinião pública pós-evento, a popularidade da prefeita sobe consideravelmente.

“Os povos precisam de festas brilhantes, pois os tolos gostam do ruído, e as multidões são tolas", afirmava a genialidade militar e política de Napoleão Bonaparte.

Mesmo com sua notória incapacidade político-gerencial, a patota inquilina do Palácio da Resistência conseguiu assimilar essa assertiva da ciência política. Nesse episódio do Afim, a aposta é que o povo-massa não levará em conta devorar pelanca, bofe e buchada de “moita”, ou se servir em lixões.

Afinal de contas, Mossoró é “Da gente”.

Pobre Mossoró!

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Faustino de Souza/Mossoró-RN diz:

    Sem falar meu caro Carlos, que há anos o museu municipal está fechado, passou-se a campanha política e nenhum dos candidatos falou em priorizar o nosso museu que memória da nossa história. Lamentavel esta situação do museu. Vou esperar para vê quando se dará sua reabertura.
    Muito bom este seu blog. Sucessos amigo.

  2. Faustino de Souza/Mossoró-RN diz:

    Há muito tempo que o nosso museu foi extinto. Fala-se tanto em cultura, e cadê o nosso museu, o que fizeram com ele?
    Lamentavel esta situação do museu. Cadê nossa história, o que fizeram com ela? A história de Mossoró está lá, mas infelizmente a prefeitura, não prioriza nosso patrimônio cultural.
    Triste, tristeza.

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