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domingo - 11/02/2018 - 03:28h

Saudade do Carnaval de outrora

Por Odemirton Filho

Quem viveu à época dos bailes do Clube Ypiranga e da Associação Cultural e  Desportiva Potiguar (ACDP) diz que não havia carnaval melhor. Quem brincou ao som de trio elétrico ou dançou ao som do frevo afirma que não há festa mais animada.

O carnaval é cultura popular. Cada um carrega na alma o seu carnaval saudade.  Na maioria das cidades, em tempos idos, o carnaval era realizado nos clubes. Era ali que a sociedade se fantasiava e brincava os quatro dias de momo.

Com o passar do tempo, o carnaval saiu dos clubes e migrou às ruas, com o desfile de escolas de samba e, mais recentemente, trios elétricos a puxar blocos com centenas de foliões. Atualmente, o axé da Bahia e o frevo de Pernambuco ainda dominam os grandes carnavais do país.

Chico Márcio e Valdecir Matias: disputa do Rei Momo (Foto: web)

A beleza dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo são tradicionais e atraem turistas do mundo inteiro.

Mas, o que quero falar é sobre aquele carnaval que cada um guarda, com especial carinho, na memória e no coração. Seja em um clube, nas ruas, em blocos ou em casa. Para quem gosta de celebrar essa festa há sempre uma lembrança que marcou a alma.

Na Mossoró do passado existia o chamado “corso”, na praça do Pax, onde nas tardes do carnaval havia o desfile de carros e foliões, circulando pelo centro da cidade. Era comum a tradicional “guerra” de lança-perfume.

Não cheguei a vivenciar os carnavais dos clubes de Mossoró. Segundo dizem, os blocos disputavam quais eram as fantasias mais bonitas e o mais animado.

Cristina dos pimpões e “Maria espaia brasa” não podem ser esquecidos da geografia carnavalesca de Mossoró.

Em mim, guardo o carnaval do clube Creda em Tibau. A juventude inflava esse momento com especial alegria, cercados de amigos. Durante o dia curtíamos a praia. À noite o frevo era no clube.

Nos idos de 1990 a cidade de Aracati/CE despontou com um ótimo carnaval, bons momentos foram vivenciados.

Hoje, em parte do país, as tradicionais marchinhas de carnaval e o frevo foram substituídos pelo carnaval “sertanejo”, embalado, ainda, pelo ritmo do forró. Acho estranho, mas não existe carnaval melhor ou pior.  Há o meu, o seu carnaval.

Por fim, milhares de pessoas aproveitam esse momento para viajar, descansar e participar de retiro espiritual.

Não importa. Aproveite o carnaval à sua maneira.  Em paz.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Jimmy Thomas Duarte De Amorim diz:

    Faltou também do meu avô duiti homem do chocalho, também fez parte da história do carnaval de Mossoró!

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