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terça-feira - 20/09/2011 - 10:11h
Civilização do Século XXI

Saúde despreza médico experiente e concursado

Carlos,

Já havia prometido não falar neste assunto, mas…… que fazer? Retorno ao tema.

Até setembro de 2010, eu dava sobreaviso em neurologia com plantões semanais e cobria todos os internamentos de neurologia na enfermaria (Hospital Regional Tarcísio Maia-HRTM), com visitas diárias e pareceres em outras clínicas quando necessário.

Com o concurso do Estado a ser realizado, este meu atendimento (na época pagos com convênios com a Prefeitura Municipal de Mossoró-PMM) foi terminado e, lógico, o meu trabalho e assistência dados.

Como teste pessoal resolví fazer o concurso e, pra supresa de muitos e até minha fui aprovado, ficando com 10 (dez) em neurologia.

Fui chamado a Natal para assumir e, depois de idas e vindas com inúmeros exames, me informaram que não podia assumir, pois sou aposentado por tempo de serviço no Ministério da Saúde.

Dizer que não gosto do HRTM seria sacanagem. É lá que realizo as urgências, já que no consultório é mais suave.

Neste ano afastado já consegui recuperar em outras atividades o que lá no HTM ganhava e, com certeza não pretendo mais voltar.

Apenas lamento que esses fatos venham se repetindo há anos e, nada se resolve.

Um abração e, continue nesta luta.

Paiva Lopes – Webleitor e médico

Nota do Blog – Civilização estranha e “moderna” a nossa, não?

Civilização que despreza a experiência, a maturidade e a capacidade de um indivíduo, por entender que ele está “velho”.

A “burrocracia” emperra não apenas o serviço público, mas sobretudo despreza a vida e insulta a inteligência alheia.

Em Esparta, cidade-estado grega, há mais de 2.500 anos havia um colegiado formado apenas pelos cidadãos mais experientes, que ofertavam seu saber à existência da sociedade. Era a Gerusia.

Por aqui, ocorre o inverso, em pleno Século XXI.

Pobre Rio Grande “Sem Sorte”.

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Categoria(s): E-mail do Webleitor / Saúde

Comentários

  1. Josué Moreira diz:

    Lamentável, como ainda ocorre esse tipo de tratamento com um profissional de saúde numa área tão necessitada.

  2. Clicerio Rebouças diz:

    É um lastima realmente a ausência sempre tão prestativa do Professor Paiva Lopes no HRTM… O hospital e principalmente os pacientes perdem muito com a sua ausência. Como diria o poeta:
    “Admiro a juventude
    Não querer envelhecer
    Velho ninguém quer ficar,
    Novo ninguém quer morrer
    Só é velho quem vive
    Bom é ser velho e viver”
     

  3. Iris Maia diz:

    No entanto, pode ser contratado um profissional, que em seu plantão estava em Tibau e uma paciente acidentada que chegou ao HRTM com fratura exposta na perna, para ser atendida, teve que pagar a esse senhor que se diz médico, a importância de R$ 5.000,00 para que ele visse atendê-la, num hospital público, melhor que não tivesse vindo, pois essa paciente só não perdeu a perna porque a família a removeu para Natal.

  4. Ubiratan Lemos diz:

    Carlos, o fato de ser aposentado por tempo de serviço no serviço público federal não é impedimento para ocupar outro cargo público. Os cargos da área de saúde podem ser acumuláveis. No entanto, não tenho maiores dados para abordar a questão. Não sei se o médico já completou 70 anos, aí entra a questão da compulsoriedade; se não, poderia acumular a aposentadoria e o cargo efetivo na estrutura do HRTM.

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