Segue a guerra de informação e contra-informação entre Governo do Estado e grevistas da Educação.
Em nova estocada, através de sua comunicação, a Secretaria da Educação declara: “Em razão da insistência do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) em divulgar inverdades, buscando confundir a imprensa e a população, a Secretaria de Estado da Educação encaminha cópia do requerimento assinado pelos coordenadores gerais do sindicato, solicitando a cessão de 36 servidores para a entidade. Também encaminhamos lista com os nomes dos servidores cedidos, especificando quais deles tem dois vínculos com o Estado, representando para a secretaria um número total de 46 cessões.
E acrescenta: “O sindicato utiliza do mesmo expediente, para provocar dúvidas sobre a ação da secretaria, de cortar o ponto dos servidores, apresentando suposta decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo o ato”.
“Sobre o assunto, a verdade é que a decisão apresentada pelo Sinte não foi transformada em Súmula Vinculante, logo não tem validade sobre todas as questões relacionadas ao tema. A Secretaria de Estado da Educação, conta inclusive com uma recomendação, por escrito, da Procuradoria Geral do Estado, para cortar o ponto dos grevistas”, finaliza.
Nota do Blog – No meio desse cabo-de-guerra estão os estudantes. Como sempre, prejudicados.
É mais um confronto sem trégua entre o Estado e um de seus duelistas.
Pobre RN Sem Sorte.
Caro amigo Carlos Santos, sou assíduo ao seu grandioso blog por está nos trazendo informações bastante atualizados dos assuntos ligados a atual conjectura na qual encontra-se nossa sociedade. Gostaria de lhe informar que acabei de participar de uma Assembléia dos Educadores da rede Estadual no SINTE?RN aqui em Mossoró e que por unanimidade acaba se ser deflagrada também a greve da educação da rede estadual daqui de Mossoró e região.
Um grande abraço.
Gilneran
FOLHA DE PAGAMENTO DO TJ/RN ESTÁ AMEAÇADA POR CORTES DO GOVERNO ROSA/DEM! TAMO FRITO CUMPADE!
//jornaldehoje.com.br/folha-de-pagamento-do-tjrn-ameacada-por-cortes-de-rosalba/
Carlos Santos,
Gostaria de sugerir a matéria seguinte, do Jornal de Hoje, sobre a greve dos professores. É bom para ver o outro lado da história.
Greve ‘judicializada’ esvazia escolas em Natal
Data: 14 agosto 2013 – Hora: 18:00 – Por: Carolina Souza
O pedido de ilegalidade da greve dos professores da rede estadual de ensino, que chegou apenas ao seu segundo dia hoje, já foi enviado à Procuradoria Geral do Estado, que está procedendo com os trâmites legais. Enquanto a Secretaria de Estado da Educação (Seec) tenta interromper a paralisação por tempo indeterminado dos professores, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) continua visitando as escolas no município de Natal que estão em estado probatório para convocar mais profissionais a se juntarem à categoria.
De acordo com a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, o discurso da secretária Betânia Ramalho sobre o “pequeno número de adesão à greve é ilusório”. “Ela está tentando desviar o foco da nossa pauta. Além de dizer que há uma motivação política na paralisação, declara que apenas 20% das escolas estaduais em Natal aderiram à greve. Isso é ilusório. Se realmente fosse esse número, eu iria confirmar os dados e cancelar imediatamente a greve”, afirmou.
A líder sindical disse ainda que não conseguiu visitar todas as 121 escolas da rede estadual existentes em Natal para averiguar a realidade de cada uma delas. Entretanto, de ontem para hoje já foram visitadas 58 escolas. Dessas, 90% estão com os portões fechados. “Vamos dar continuidade a essas visitas para chegar a um número final. O que nós já sabemos é que os municípios de Caicó, Macau e Currais Novos também estão em greve na Educação”, disse Fátima Cardoso.
“Betânia dizer que tem pouca gente aderindo é um discurso normal de todo gestor que quer derrotar uma categoria forte. Estou desafiando a secretária de todos os jeitos. Ela devia consultar melhor seus auxiliares antes de divulgar alguma coisa”, destacou a professora aposentada e sindicalista.
O JORNAL DE HOJE visitou, esta manhã, três escolas de referência no ensino público para verificar a situação dos professores e alunos. Na Escola Estadual Governador Walfredo Gurgel, em Candelária, o vice-diretor declarou que apenas o turno noturno de aulas está funcionando dentro da normalidade. “Os alunos que estudam à noite representam um índice alto de baixa frequência e, por isso, os professores resolveram não paralisar para não prejudicar mais o aprendizado deles”, disse Valmir Lopes.
Perguntado sobre quais seriam os danos dessa greve para mais de 1.250 alunos matriculados na escola, Valmir disse há situações em que os estudantes são mais prejudicados. “É certo que há prejuízo ao aprendizado desses alunos e que teremos que reorganizar o calendário letivo. Porém, os alunos também são prejudicados de outras maneiras, como na falta de transporte escolar, falta de segurança, problemas na estrutura física da escola e infiltrações, por exemplo. Ninguém faz greve por brincadeira”, afirmou.
Referência há 33 anos em Natal, a Escola Estadual Floriano Cavalcanti, em Capim Macio, também amanheceu hoje sem alunos. A diretora Soraia Cristina disse que, à exemplo do Walfredo Gurgel, apenas as turmas noturnas estão funcionando em sua totalidade. “Há um professor que não entrou em greve no turno matutino e outros poucos no vespertino, mas a maioria do tempo a escola estará assim, vazia”, disse.
A Escola Floriano Cavalcanti também realiza aulas preparatórias para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Porém, com a greve, a sala de aula que comporta 40 alunos estava hoje com apenas quatro candidatos a uma vaga na universidade pública. “Essa situação da greve atrapalhou até esse projeto que não tem nada haver com o currículo escolar. São aulas gratuitas de preparação para o Exame que deveriam ajudar os alunos, mas diante disso acabou sendo esquecida”, destacou a diretora.
“Entre a cruz e a espada”
No Morro Branco, a Escola Estadual Hegésippo Reis não aderiu à greve. Ainda. A responsável administrativa pela escola disse que os professores preferiram cumprir com o calendário letivo dos alunos, sem que o aprendizado deles fosse prejudicado. “Mas estamos pensando seriamente em aderir. Desde junho que pedimos a reposição de uma professora que está de licença até janeiro de 2014, mas ainda não recebemos nenhum retorno. Não temos como conduzir os trabalhos com essa defasagem”, afirmou a diretora Maria Evânia de Oliveira.
Segundo ela, todos os outros professores da escola estão empenhados em conseguir dar conta da demanda de aulas, “mas está faltando compromisso por parte do Governo”. “É muito descaso. Será que uma categoria tem que entrar em greve para que suas necessidades sejam atendidas? Estamos entre a cruz e a espada, sem saber mais como iremos dar conta”, afirmou Evânia.
(…)
Fonte: //jornaldehoje.com.br/greve-judicializada-esvazia-escolas-em-natal/
Nota de apoio do ADURN-SINDICATO ao SINTE-RN,contra a truculência do Governo ROSA/DEM/25
No Brasil, ao longo da sua história, o Movimento Sindical tem se desenvolvido com enormes dificuldades, dentre elas a perseguição de governos conservadores que não sabem e não toleram conviver com movimentos sociais e entidades sindicais que exerçam a prerrogativa de reivindicar os direitos de suas categorias, consagrado na Constituição de 1988, de defender suas categorias.
O episódio recente, de clara retaliação política de dirigentes sindicais e de tentativa, por parte do governo estadual, via Secretaria de Educação, em desestruturar e asfixiar a organização do SINTE-RN insere-se num contexto em que um governo conservador, descumpre acordos, desconhece a representação sindical e promove mais um ataque direto a uma entidade com uma longa historia de luta pela educação publica no Rio Grande do Norte.
O SINTE-RN representa 30 mil associados, distribuídos em todos os 167 municípios do RN dispõem de 17 Regionais, representado 87 núcleos municipais. Portanto é inegável que esta entidade tem a representatividade política dos professores do RN expressa na sua história e necessita do trabalho organizativo de seus dirigentes para poder encaminhar as demandas e reivindicações da categoria.
O ADURN-SINDICATO, que representa a categoria dos professores universitários da UFRN, rechaça de maneira veemente essa tentativa antidemocrática do governo estadual em tentar desestruturar uma entidade sindical representativa de uma das mais importantes categorias profissional em nossa sociedade.
A defesa da autonomia sindical e da liberdade de atuação dos mesmos foi conquistada através de lutas históricas e esse ataque representa um grave perigo à democracia e, especialmente, aos direitos de representação de toda uma categoria, além de demonstrar, de maneira inequívoca, o descompromisso desse governo com a Educação do Rio Grande do Norte e o não respeito ao direito de reivindicação dos trabalhadores em educação.
Natal, 13 de agosto de 2013
Adurn-Sindicato/UFRN.
Não concordo que servidores do governo venha trabalhar em Sindicatos, ora toda vez que tem eleição vem toda uma equipe nas repartições pedir votos e muitas vezes a chapa que concorre tem 10 ou 12 representantes, que esses representantes trabalhem pela sua classe, não fiquem esperando a grana no fim do mês, quando um professor está trabalhando em algum Sindicato com certeza estará fazendo falta na sala de aula. Opinião própria, o que tem de vagabundos nesses Sindicatos é de dá nojo. Respeitando alguns que se dedicam a sua classe verdadeiramente. Veja o caso de Lula usou o sindicato por anos até chegar a Presidência olha no que deu UM GRANDE MENSALÃO QUE ATÉ HOJE NÃO DEU EM NADA, E NÃO VAI DÁ. SAUDAÇÕES.
A história está aí para provar que todos os governantes potiguares que partiram para o confronto direto com a profícua classe do magistério estadual, amargaram imediato ostracismo político e pessoal. Cite-se como exemplo o Geraldo Melo, que só logrou êxito eleitoral graças ao acirrado empenho da classe, principalmente em Mossoró, onde desencadearam profundo processo de marketing junto ao alunado estadual.