“Maior contribuinte nessa situação, isso me preocupa”. Essa frase foi emitida pelo secretário da Tributação do Estado, André Horta, na audiência pública que discutiu os gargalos da indústria salineira.
Referiu-se à Petrobras. “Não podemos navegar apenas com a percepção de crise”, acrescentou. Exalou otimismo sem ufanismo, no evento realizado ontem na Assembleia Legislativa.
Para ele, há maciça divulgação de um quadro que é preocupante, “mas não nessa medida”. Existem também notícias boas, como recordes no ICMS nos primeiros meses do ano, salientou.
“Alemanha viveu isso (rombo financeiro) com algo em torno de 200 bi de Euros.” Venceu situação, se reinventando.
Impostos
Em sua ótica, a superação desse cenário na estatal e Estado do RN, é possível.
Apontou que o sonho da redução drástica de tributos, com o aumento inversamente proporcional no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), “não acontece nem nos países da Escandinávia.” Anotou que ” lá impostos também são altos.”
Horta arguiu, que “precisamos melhorar os serviços” pro contribuinte. Citou que em países da África quase não tem nada de impostos “e o IDH é baixíssimo”.
Para o secretário, os impostos indiretos punem de forma incisiva a base da pirâmide. Os diretos, não. É fundamental “a busca do equilíbrio”.
Disse que o Brasil, segundo estudo internacional, “tem a pior burocracia do mundo, entre 188 países”. Com um gargalo assim, o Estado é sempre um peso superlativo.
A propósito de “impostos indiretos punem de forma incisiva a base da pirâmide. Os diretos, não. É fundamental “a busca do equilíbrio”.” veja isto: “Na última década, porém, um grupo crescente de especialistas tem feito estudos que mostram como tal percepção passa longe da realidade. De acordo dados do IPEA, por exemplo, os 10% mais pobres da população brasileira gastam 32% de sua renda com impostos. Já entre os 10% mais ricos a proporção seria de 21%.
Em 2007, Maria Helena Zockun, pesquisadora da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) chegou a conclusões semelhantes com uma pesquisa de metodologia um pouco diferente.
Seus dados mostraram que quem ganhava até dois salários mínimos gastava 48,8% de sua renda pagando tributos. Já quem recebia mais de trinta salários comprometia apenas 26,3% de seus rendimentos.”
Fonte://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141003_justica_tributaria_ru