quarta-feira - 12/11/2025 - 07:30h
Pesquisa Genial/Quaest

Segurança freia recuperação na popularidade de Lula

Presidente fez declaração infeliz sobre quem é "vítima" na guerra contra facções (Foto: Evaristo Sá/AFP)

Presidente fez declaração infeliz sobre quem é “vítima” na guerra contra facções (Foto: Evaristo Sá/AFP)

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu interrompida sua ascensão de quatro meses consecutivos. Segundo pesquisa Genial/Quaest (íntegra) divulgada agora há pouco, a avaliação positiva de Lula recuou de 48% para 47%, enquanto a reprovação avançou na mesma medida, de 49% para 50%. Embora dentro da margem de erro, a variação quebrou uma tendência constante de recuperação da popularidade do presidente, iniciada em junho. A mudança no humor do eleitorado está ligada ao tema da segurança pública.

As entrevistas foram feitas após a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, e da fala de Lula classificando traficantes como “vítimas dos usuários” — rejeitada por 81% dos entrevistados, inclusive pela maioria entre lulistas. Já a operação, que deixou 121 mortos, foi aprovada por 67%. A violência segue como principal preocupação nacional, saltando de 30% para 38%. “Se o tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente”, avalia o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest. (Meio)

Mesmo com o Planalto enfraquecido na área da segurança, o relator do projeto de lei antifacção, o deputado e secretário licenciado de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), não resistiu às pressões. Após um dia inteiro de reuniões e idas e vindas, ele anunciou que vai manter as prerrogativas da Polícia Federal no combate ao crime organizado e retirar do seu parecer (íntegra) as mudanças previstas na Lei Antiterrorismo. Derrite, porém, não deu o braço a torcer. “O que você chama de recuo, eu chamo de estratégia. Estratégia para punir o crime organizado no Brasil”, afirmou aos jornalistas. (Meio)

A proposta inicial de Derrite foi criticada por todos os lados: pela PF, pelo Planalto e até mesmo pelo principal nome no combate ao PCC no país, o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya. Ele critica o trecho que determina que investigações de crimes cometidos por organizações criminosas equiparadas ao terrorismo fiquem sob responsabilidade da Polícia Civil, com controle externo do Ministério Público. Para o especialista, essa formulação afasta o MP das apurações. “A Constituição já atribuiu ao Ministério Público o controle externo das polícias, não era necessário que uma lei ordinária repetisse isso. Ao meu sentir, mantém o MP fora das investigações”, afirmou. (Estadão)

Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que pretende colocar em votação ainda hoje o projeto do Marco Legal da Segurança Pública contra o Crime Organizado. Segundo ele, o objetivo é buscar “convergência” entre os parlamentares antes da deliberação em plenário. “No processo legislativo, temos que ter a capacidade de buscar convergência, principalmente para os grandes temas”, disse Motta, o responsável, em última instância, pela escolha de Guilherme Derrite para a relatoria do texto. (CNN Brasil)

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Categoria(s): Política / Segurança Pública/Polícia

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