O jornal "O Estado de São Paulo" traz hoje ampla reportagem mostrando o perfil da polÃtica no Rio Grande do Norte. Disseca, sem rodeios, o domÃnio imposto por seis famÃlia, que rateiam o poder no território potiguar e impedem o surgimento de forças alternativas ou novidades.
Elas produzem o que se denomina cientificamente de "oligarquia", vista como uma das formas mais viciadas e atrasadas de poder.
Veja o texto do "Estadão":
No Rio Grande do Norte, carreira polÃtica é passada de pai para filho e também entre mães, irmãos, sobrinhos e outras ligações familiares. Seis famÃlias contam com pelo menos dois de seus integrantes disputando os cargos de deputados estadual e federal, senador e governador em disputa neste ano.
Um dos clãs mais tradicionais da polÃtica potiguar, os Alves dividem-se em três candidaturas ao governo local. Entre os parentes e herdeiros do ex-governador e ex-ministro AluÃzio Alves, morto em 2006, há seis candidatos a algum cargo polÃtico.
Acostumados a dividir o palanque há 40 anos, os primos Garibaldi Alves, senador pelo PMDB, e Henrique Eduardo Alves, lÃder da legenda na Câmara dos Deputados, tomaram rumos opostos na eleição ao governo potiguar. Garibaldi está apoiando a colega de Congresso, senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
LÃder do PMDB na Câmara, o deputado Henrique Alves fará campanha para Iberê Ferreira (PSB), atual vice-governador. “Essa é a primeira vez que não vamos fazer campanha juntos. Não sei como fazer campanha sem ele (Garibaldi)”, lamenta Henrique Alves, que pretende renovar seu mandato nas eleições de outubro.
Detalhe: nem Garibaldi nem Henrique cogitam votar no primo, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, candidato do PDT ao governo potiguar.
O clã iniciado por AluÃzio Alves também terá três candidatos a deputado estadual: Agnelo Alves (PDT), irmão de AluÃzio e apoiador da candidatura de seu pai, Carlos Eduardo; Walter Alves e José Dias, respectivamente sobrinho e cunhado do patriarca, ambos filiados ao PMDB e engajados na eleição de Rosalba.
Os Maias
Pouco diferente dos Alves é a famÃlia Maia, que tem como o principal representante o ex-governador TarcÃsio Maia. Hoje, o clã está na disputa com quatro representantes. O senador José Agripino Maia (DEM), filho de TarcÃsio, e o deputado federal Felipe Maia (DEM), neto do patriarca, tentam a reeleição.
Já a deputada estadual Márcia Maia (PSB) e o advogado Lauro Maia (PSB), filhos do deputado estadual Lavoisier Maia e primos de TarcÃsio, disputam vagas na Assembleia Legislativa.
A famÃlia Rosado, originária do ex-governador Dix-Sept Rosado, que morreu em 1951 num acidente de avião, disputa as eleições com quatro representantes.
A senadora Rosalba Ciarlini (DEM), nora de Dix-Sept, é candidata ao governo. O deputado federal Betinho Rosado (DEM), filho do ex-governador, e a deputada federal Sandra Rosado (PSB), sobrinha de Dix-Sept, buscam a reeleição.
Faria
A deputada estadual Larissa Rosado (PSB), filha de Sandra, também tenta novo mandato.
Na lista das oligarquias potiguares há também a do ex-senador Carlos Alberto de Sousa, morto em 1998, pai da prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV).
O marido dela, Miguel Weber (PV), disputa uma vaga para Assembleia Legislativa e a irmã, Rosy de Sousa (PV), tenta uma vaga na Câmara dos Deputados.
Completam a lista de clãs duas famÃlias – os Faria e os Mesquita de Faria. A primeira tem como expoente a ex-governadora e candidata ao Senado pelo PSB Wilma de Faria (que foi casada com Lavoiser Maia, de outro clã).
Os Mesquita de Faria têm como liderança o deputado estadual Robinson Mesquita de Faria (PMN), candidato a vice-governador na chapa de Rosalba Ciarlini.
Seu filho, o deputado federal Fábio Faria (PMN), tenta a reeleição.
Das seis oligarquias potiguares, as três que mantêm a mesma aliança polÃtica são os Sousa, os Faria e os Mesquita de Faria.
Conclusão: Todos são farinha do mesmo SACO! ACORDA meu POVO!
Matéria tem erros. Coloca a famÃlia de Wilma como aliada das de Micarla e Robinson que na verdade são aliados dos maias e dos rosados (banda de Rosalba).
NOTA DO BLOG – É verdade, Bruno. A matéria do Estadão tem erros de associação de nomes a alianças, partidos e pessoas, mas em essência é primorosa. Os equÃvocos são naturais pois até mesmo para nós que cobrimos diariamente essa barafunda é à s vezes confuso entender a dança de nomes, siglas, alianças, apoios etc. Obrigado pela leitura diária.
A presença destas oligarquias tem maculado a nossa geografia polÃtica com atos ditos não republicanos.
é verdade,a maneira de pensar é a mesma e se reflete na politica estagnada do RN.Se revezam para maanipular o imaginario popular,se colocando como sendo uns melhores que outros.Até quando?