É, estava escrito. Nesta sexta-feira (26), mais um pré-candidato a prefeito de Mossoró ensarilha armas. Mais uma desistência. Agora, quem faz o anúncio de que não será candidato à municipalidade, a vice ou sequer à tentativa de reeleição, é o vereador Tony Fernandes (Avante).
Em endereço pessoal em redes sociais como o Instagram, Fernandes vai direto ao ponto, sem rodeios, mas sem detalhar nada dos bastidores:
– Comunico à população de Mossoró que decidi não ser candidato nestas eleições, e que através de acordo, não de rompimento, seguirei caminho diferente do Avante, quando acompanharei todos os vereadores de oposição no apoio à candidatura majoritária do Presidente da Câmara, Lawrence Amorim (PSDB).
Nos intramuros das conversas, Tony tentou se viabilizar a prefeito, apostando que o bom desempenho em votos no municÃpio em 2022, quando concorreu a deputado estadual, o catapultaria ao cume da preferência popular e polarização com o prefeito Allyson Bezerra (UB). Não vingou. Em absolutamente todas as pesquisas teve performance microscópica (veja AQUI). Nunca apareceu no retrovisor do prefeito.
Procurou viabilização como vice e não prosperou na chapa do próprio Lawrence Amorim nem com Genivan Vale, pré-candidato a prefeito pelo PL. Na última cartada, tentou um giro de 360 graus, para concorrer à reeleição, também sem sucesso. Com o Avante, em sua filiação, o compromisso era de ser concorrente ao cargo de prefeito ou vice. Vereador, não.
Sem saÃda, veio a desistência, mas mesmo assim, com outro rodopio, seguindo seu comportamento polÃtico bipolar: não seguirá a opção majoritária do partido. Estará de outro lado, estando também no mesmo lugar.
Em 2020, foi eleito pelo Solidariedade, mas só vinculou sua campanha majoritária de Allyson Bezerra (Solidariedade, agora no UB), quando as pesquisas apontaram vitória iminente do candidato do partido. Movimento pendular que se repetiu no mandato de vereador durante vários meses. Foi oposição e governista até ficar insustentável sua postura, com o Palácio da Resistência abrindo a porta para ele ficar só de um lado. Ufa!: o outro lado.
Tony Fernandes, ou “Cabo Tony Fernandes”, nome polÃtico adotado em 2020, deixa para trás também o segmento policial, que esperava continuar com representação com seu nome. A tropa está indócil. Mas, o vereador foca num plano B pessoal: quer ser médico.
A polÃtica exige uma noção mÃnima de grupo, o que o ex-policial militar não conseguiu entender e levar a termo, mesmo treinado num sistema extremamente hierarquizado e corporativo. Na medicina não será diferente. As lições duras da polÃtica podem fazê-lo um bom médico. E homem de grupo.
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Era só conversa fiada, pré-candidatura Fake.