Por Marcos Ferreira
É sexta-feira, 13 de setembro, dezenove horas e trinta e quatro minutos. Este é o momento em que, após uma semana bastante desconfortável, dou início a esta página com a expectativa de que ela vingue e se transforme em uma narrativa ao menos medíocre. Aqui eu emprego medíocre (acaso valha a pena ressaltar) no sentido de mediano, de modesto. Nem as ostras produzem somente pérolas.
Muito bem. Lá vamos nós. O primeiro parágrafo já foi. O segundo, como percebem, está em construção. Também este, a exemplo do primeiro, há de se salvar. Assunto para mais ou menos uma página e meia é o que não falta nesse tempo de disputa (palmo a palmo) pelo voto dos eleitores. Sim, é época de eleições municipais, coisa que não preciso dizer. Todas as pesquisas têm mostrado que Allyson Bezerra, atual prefeito e candidato à reeleição, disparou na dianteira com cento e treze por cento dos votos válidos. Os outros, decerto indivíduos de semelhante competência e bem-intencionados, estão comendo poeira na corrida pela Prefeitura. Terão que operar um milagre se quiserem superar Bezerra a essa altura do campeonato. Não desejo, entretanto, discorrer sobre política. Deixo com os expertos. Que vença o melhor.
Raciocino aqui com os meus botões (perdoem o lugar-comum) e acho que os demais colaboradores do Canal BCS — Blog Carlos Santos já enviaram seus textos. Especialmente Odemirton Filho e Bruno Ernesto, dois hábeis garimpeiros de reminiscências. Outro com cadeira cativa no blogue é o doutor Marcelo Alves Dias de Souza, de vasto cabedal, especialmente no que se refere a literatura nacional quanto estrangeira. Aqui e acolá, para dar mais brilho ao blogue, surgem o escritor e professor Marcos Araújo e o não menos ilustrado Honório de Medeiros.
Como veem, decerto sou o retardatário. Destaco, no entanto, se isto atenua a minha barra, que padeci alguns dias com enxaqueca, velha e indesejável visita que volta e meia ocupa a minha sinagoga por tempo demasiado longo. Em dias assim, mal-acompanhado pela cefaleia, o manejo da escrita fica difícil.
Além dos já citados articulistas, nós da confraria do cafezinho sabemos que temos um precioso observador neste blogue (falou-se nisso recentemente) que está nos devendo a publicação de um livro com suas ricas e cristalinas memórias. Estou me referindo ao nosso fraterno amigo Rocha Neto. Pois é. O homem é um baú da história mossoroense e adjacências. Torço que Rocha abrace o desafio.
Seguindo minha lista de talentos, não posso deixar de fora o delegado e contista Inácio Rodrigues Lima Neto. Esse mesmo! Inácio Rodrigues, de quem já me tornei um fã, escreve ficção como gente grande. O conto dele intitulado “Memórias em cacos”, publicado neste blogue, é uma pequena joia. Espero que Inácio retome a produção. É um desperdício um autor assim ficar no anonimato.
Por falar em ficção, eu soube que o também professor e escritor David de Medeiros Leite está se preparando para lançar um livro de contos. David é um literato prolífero, autor de diversos livros, entre os quais o romance “2020”. O nome da obra, segundo foi divulgado nos últimos dias, é “Contos do Tirol”.
Hoje, portanto, em plena sexta-feira 13, vou me dando bem na construção e na trama de mais uma crônica, embora um tanto quanto digressiva. Tenho um especial gosto por essa data. Estou ciente de que o leitor espera (desde a escolha do título) que eu diga qualquer coisa acerca desse dia mítico, místico e emblemático. Já enrolei demais. O que não se pode perdoar é não escrever uma vírgula a respeito. O 13, como para outras pessoas, é meu número favorito. Só não sei o porquê.
Dizem que se trata de um dia de azar. A verdade é que as superstições em torno da sexta-feira 13 são numerosas e algumas beiram a bobice. São tantas que até mudei de ideia e não vou mais relacioná-las. Melhor o próprio leitor fazer uma busca no Google e verificar as crendices a respeito de tal assunto. A aura sombria que envolve o tema em foco é explorada, sobretudo, até pelo cinema.
Não me ative à data, conforme se vê, todavia lhes ofereço uma sopa de letrinhas. Ou eu deva dizer salada de palavras? Bem! O que importa, ao menos para mim, é que dou por concluída mais crônica para este blogue.
Marcos Ferreira é escritor
Meu dileto amigo, obrigado pela parte que me toca. Realmente o nosso amigo Rocha Neto nos deve um livro de reminiscência, pois ele tem um conhecimento enorme sobre os tempos idos de Mossoró. Vou continuar cobrando, embora eu já esteja careca de pedir.
Um forte abraço, amigo. E uma abençoada semana.
Querido Odemirton Filho,
Vamos continuar batendo nessa tecla: a de que o nosso estimado Rocha Neto tome gosto, arregace as mangas e traga a lume o seu livro de memórias. Sabemos que ele tem muitas narrativas importantes para contar
Abraço.
Bom domingo, poeta.
Sexta-feira 13 é apenas uma numerologia…
A vida é a gente que faz…
Coincidências sempre acontecerão…
E parafraseando, Zeca pagodinho, deixe a vida nos levar!
Caro Poeta Francisco Nolasco,
Eu também não sou de me deixar influenciar por essas crendices. Apenas faço um “pantim” com relação à sexta-feira 13. Não sou, portanto, nada supersticioso.
Abraços e uma ótima semana.
Bom dia a todos. É necessário ressaltar isto: que texto lindo, meu nobre amigo Marcos. Verdade plena: ” sexta-feira 13 é apenas uma numerologia “, conforme profere o amigo Francisco Nolasco. Caríssimo Marcos, acontece comigo e com outros leitores que têm acesso ao Blog Carlos Santos, indubitavelmente. Quem tem o privilégio de ler esta página ( dir-se-ia assim) nunca mais a deixará. E o porquê é cristalino: além da satisfação de estarmos lidando com a palavra, ainda temos as reflexões que advém dela e isso culmina no nosso aprendizado. Eu amo este espaço. Parabéns para você, para os demais escritores, para Carlos Santos e leitores . Meus parabéns. Muito obrigada pela oportunidade em fazer parte deste belíssimo ambiente.
Querida amiga Rozilene Ferreira da Costa,
Sua leitura e seus comentários são sempre uma fonte importante de estímulo para mim. Além de sua sensibilidade e percepção do contexto da crônica, você escreve muito bem. Sinto-me honrado por contar com uma leitura do seu nível. Uma ótima semana para você e Edu.
Abraços.
Onde se lê advém, leia-se: advêm. Muito obrigada.
Correção registrada.
Adoro matemática e, por conseguinte, gosto de números e costumo analisar as coisas sob a perspectiva numérica. Os meus preferidos são o 7 (data de nascimento) e o 13, por simpatia, mesmo. Desenvolvi fórmulas mentais e identifico de pronto, se o número é múltiplo de um deles ou se é múltiplo dos dois simultaneamente (cada doido com sua mania). Portanto, números não me assustam; nem os que se referem às idades (mas deixa pra lá). Tenho algumas manias (acho que a maioria das pessoas, tem). Costumo seguir a intuição e tento ler os sinais que o universo me manda! Estou sempre atenta! Costumo frear se minha intuição sinalizar. Achei engraçado (você sempre coloca uma ponta de humor no que escreve), quando fala nas possibilidades matemáticas do candidato que está no topo da preferência dos eleitores mossoroenses. Outra coisa que me deixou curiosa foi sobre os caracóis (produzem pérolas e o que mais?). Esse seu jeito de escrever é sério e ao mesmo tempo coloca pontos de reflexão. Adoro seus textos, crônicas, romance (só conheço um, por enquanto). Enfim, você escreve bem demais e nos proporciona viagens imaginárias. Já me expressei demais! Abraço e boa semana (sem enxaqueca).
Minha prezada amiga Bernadete Lino,
Como é bom ter o seu ponto de vista acerca de minhas crônicas. Ainda mais você, que se sai tão bem com os números quanato com as palavras. Muito obrigado por mais esse relevante comentário.
Beijos.
Amigo Marcos,
Grato pelo incentivo em tela para que eu venha integrar o elenco dos escritores da terrinha de Santa Luzia!! a torcida vinda de você Marcos Ferreira (mestre dos mestres), Carlos Santos, Odemirton Firmino, Marcos Araújo, Bruno Ernesto, e por justiça lembro do nosso inesquecível cronista Paulo Menezes, que partiu tão cedo para ir morar no céu, e quando em vida expunha seus artigos neste espaço do blog C.S. e nos encantava com sua fluidez criativa exemplar, fazia-me ele, constantes cobranças para que escrevesse o livro hoje solicitado por vocês.
Confesso aos torcedores acima, e aos demais aqui não citados, que logo, logo irei começar a por em prática a vontade de todos nós.
GRATIDÃO, é o que transmito para todos.
Querido Rocha Neto,
Todos nós torcemos que esse seu livro de memórias venha à tona o meis breve possível. Mas que seja no seu ritmo, sem afobação. Sinto uma falta danada, também, das nossas reuniões nas tardes-noites do nosso cafezinho aqui em casa. É uma ocasião muito agradável ouvir você e as brincadeiras de Odemirton tirando você a pagode. Precisamos nos reunir com o nosso Editor Carlos Santos, Odemirton e Bruno Ernesto. Uma ótima semana para vocês.
Abraços.
Meu caro Marcos Ferreira, você tem uma receita indecifrável de nos prender nos seus textos. Não é para qualquer um concatenar com tal maestria. A despeito da sexta-feira 13, lembro muito bem da sua crônica Mau-Olhado, publicada em 01/10/2023 ( //blogcarlossantos.com.br/mau-olhado/ ), na qual você narrou uma verdadeira Via Crucis ao encontrar uma mulher traída na saída de uma livraria. Confesso que após ler o seu relato, tenho evitado certos lugares e caprichado no incenso. Um forte abraço, meu amigo!
Prezado Bruno Ernesto,
Estou com saudades de você e dos nossos amigos Carlos Santos, Rocha Neto, Marcos Araújo e Odemirton Filho. Sei que é difícil conciliar a agenda de vocês, mas deixo aqui o registro de que me encontro saudoso do abraço de todos vocês. Grato por sua leitura e comentário instigante. Uma ótima semana para você, saúde e paz.
Abraços.