Para a vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Município de Mossoró (SINDISERPUM), Marilda Maria, das decisões tomadas pelo governo Fátima Rosado (DEM), no suposto propósito de reestruturar a rede de saúde, nem tudo é equivocado. Há acerto.

Ela cita que "o único acerto foi a demissão dos servidores contratados sem concurso público."

Entretanto ela estima que "os usuários serão prejudicados porque haverá aumento da demanda nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que ficarem responsáveis pelos serviços das unidades que forem extintas.

Marilda questiona, inclusive, a viabilidade técnica da transferência dos serviços de uma  UBS para outra. "Se não for feito reforma, será difícil acomodar os equipamentos e os novos usuários. Se necessitar reforma, então ficará inviável, já que a ideia é reduzir gastos", analisa a sindicalista.

Em relação aos servidores, Marilda Maria diz que estes serão prejudicados pelo fato de que as UBS´s já têm suas equipes. "Não há previsão de local para lotação desse pessoal. Os servidores vão ficar para lá e para cá, sem ter um local definido para trabalhar."

Pela proposta da prefeitura, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) seria transferido para uma área do São Camilo de Lelis, os atendimentos da UBS do Abolição II  passariam para a UBS do Abolição III, e parte do Centro de Reabilitação Infantil iria para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

"Essas medidas, caso sejam postas em prática, vão precarizar ainda mais os serviços de saúde de Mossoró", finaliza Marilda Maria.