Café vegetal e animal
Pré-candidato à presidência da República, o governador mineiro, Juscelino Kubitscheck, pede audiência ao presidente Café Filho. Encontro marcado, ele aparece no Palácio do Catete, Rio, Capital Federal.
O interesse de Juscelino é tratar com o presidente sobre questões relacionadas ao setor cafeeiro. Apesar de politicamente antagônicos, os dois procuram manter a fleuma e a diplomacia.
Café Filho chega até a oferecer sua cadeira presidencial para o convidado sentar-se. Apesar de embaraçado com a proposta inesperada, o governador aceita.
De inopinado, o presidente ruboriza-se. Transfigura-se: “Pode levantar-se, por favor. Fique certo que essa foi a primeira e última vez que o senhor ocupou essa cadeira."
Juscelino infla de raiva, mas se contém. Levanta-se incontinênti e sai em largas passadas, sentindo-se provocado.
À saída, no térreo do Palácio do Catete, vários repórteres cercam o governante mineiro e indagam-lhe pela questão da pauta com o presidente: os preços do café.
– De que café você está falando, rapaz? Do vegetal ou do animal? – reage.
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