• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 25/09/2011 - 10:06h

Só Rindo (Folclore Político)

O caixão de Mário

Candidato novamente à Câmara Federal, em 1998, o herdeiro político do ex-prefeito mossoroense Dix-huit Rosado, industrial Mário Rosado, enfrenta uma campanha difícil. Pela primeira vez está sem a retaguarda do pai.

Como em toda corrida pelo voto, não faltam os pedintes profissionais, mestres da mendicância.

Mário, pão-duro empedernido, não cai na tentação de empalmar a mão.

– Doutor Mário, minha mãe morreu – suspira um circunstante diante do candidato, com olhos decaídos, boca em forma de bico, manifestando em trejeitos o seu sofrimento.

Na tentativa de despistar o inoportuno eleitor, Mário usa velho lugar-comum à ocasião: “Amigo, meus pêsames!”

O pedinte insiste. Não dá trégua ao candidato. Vai pro ataque decisivo, lhe pedindo dinheiro para pagar o caixão.

– Passe daqui a um mês. Vou ver o que posso fazer – reage Mário Rosado.

Aí o pedinde apela: “Então, doutor, arranje aí R$ 1,00 para comprar de sal!”

Estático, o candidato é obrigado a lhe indagar: “Sal pra quê?”

A resposta de humor negro vem a seguir:

– Vou salgar a velha pra ver se o corpo aguenta até lá!

 

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Categoria(s): Folclore Político

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