Orador à prova de choque
Campanha de 1986 em andamento, o ex-prefeito mossoroense João Newton da Escóssia é novamente candidato a deputado estadual, com apoio do líder Vingt Rosado.
Afeito a um microfone, como tantos outros candidatos, ele não perde a oportunidade para discursar. Mas a coordenação de campanha resolve estabelecer uma regra: limitar número de oradores e o tempo de cada um à fala.
Apesar de muitos resmungarem, a medida termina sendo comunicada e imposta. Para ser acatada.
Porém, em cada comício, haja conflito. Quase ninguém obedece ao que fora normatizado. João está entre os insubordinados.
Ele atropela o relógio e não para de falar. “Está bom, João Newton”, alerta alguém às suas costas.
Relutante em parar, o ex-prefeito é surpreendido por falhas no microfone, que começa a provocar seguidos choques elétricos. A cada descarga, um pinote e um soluço.
Agarrado ao microfone com voz trêmula, o candidato não retrocede:
– Vão me matar, mas eu não largo!
Essa é uma das piores funções,em uma campanha,a de distribuição de candidatos,em comícios,para fazerem as suas falas,na primeira campanha de Rosalba a PMM,essa batata-quente,me foi entregue,no que se refere a vereadores,candidatos,imaginem,Zé Gago,”tinha interesse”,em quase todos os bairros,daí,eu me tornei,um GARRINCHA.E inaugurando : Homi,vá cagar!
Eu me “cago”,quando vejo um microfone,há alguns anos atrás,fui convidado para uma posse,da Associação dos Garçons e fui escalado,”para cuspir no microfone”,quando soube,tomei seis cervejas e três “Visque”(como chama o meu amigo Stejepan Barisic),mas,ainda não dava,a minha salvação,foi a chegada de João Newton,mas,que felicidade.