Poesia podre
Político, advogado, orador elouquente e um bom vivant por excelência, o ex-prefeito de Mossoró Raimundo Soares de Souza é interpelado por Ananias.
O interlocutor é um tipo popular em Tibau, praia-mor dos mossoroense. Vendedor de doces caseiros muito apreciados, ele é uma unanimidade nesse universo caiçara.
– Doutor Raimundo, faça aí um verso com “eu” – apela Ananias, tentando extrair algo da veia poética do ex-prefeito.
Sem qualquer vacilo, Raimundo parte pro improviso:
Eu sou amigo de Ananias
Ananias é amigo meu;
Eu como o c. de Ananias
Ananias não come o meu…
Diante do embaraço, o “homenageado” salta assustado e estrila:
– Ô homem da boca podre!!
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