É tudo ou nada
O nacionalismo está na ordem do dia. O civismo está baseado no amor incondicional à pátria e na defesa de sua soberania. Estamos no final dos anos 60 em Areia Branca.
O desfile cívico do 7 de Setembro segue com as calçadas abarrotadas de gente. Dezenas de crianças e adolescentes marcham com fervor, compenetradas, sob o olhar atento de autoridades, familiares e os mais diversos segmentos sociais.
O ápice do desfile está definido. Um jovem à frente de outros estudantes se postará diante do palanque oficial e, com braço erguido, empunhando uma suposta espada, bradará o grito do Ypiranga:
– Independência ou morte!!
Tudo certo. Tudo certo, vírgula.
Na hora da encenação, o garoto se emociona com o papel de Dom Pedro I. Dá um “branco”.
Diante de olhares estupefatos e a angústia de seus instrutores, ele finalmente desabafa o grito da independência, à moda areia-branquense:
– É tudo ou nada!
Grande Carlos Santos, conheço muito essa história. O nome do personagem é Eduardo da Fonseca, popularmente conhecido por “Dadinho”, grande contador de histórias e meu companheiro de trabalho na CODERN, onde exerce a função de Trabalhador Portuário. Desse fato, tenho apenas um ponto a discordar, a famosa frase dita por Dadinho foi ainda mais interessante: “Matar ou Morrer”. Grande Abraço…