Uma virada e uma ligação
Jornalista, escritor/poeta, político e mais um monte de coisas, Crispiniano Neto senta o pé no acelerador de seu carro na BR-405.
Destino? Apodi.
Vruuumm!!
Apesar de apreensivo com a velocidade e desconfiar da destreza do piloto, o também poeta Antônio Francisco mantém a fé ao lado, no banco do passageiro. Vão chegar em paz ao destino, terreno, traçado – assim ele espera.
De repente, Crispiniano perde o controle do carro…
O veículo patinha na pista, avança por um arremedo de acostamento e decai de bico. É seguro a duras penas, sob uma cortina de poeira.
Agarrado ao volante e a um celular que começa a tocar, Crispiniano concilia o contratempo com o interlocutor do outro lado da linha:
– Tô virando um carro agora… depois eu retorno…!!!
Tudo acabou em paz.
Bom demais.
kkkkkk. Aproveito a deixa para abordar uma espirituosidade do inteligente e hilário poeta Antonio Francisco. Eu possuía um carro da marca Voyage, de certa forma bem conservado, porém com os tapetes quase que desprezados em sua necessária limpeza, o que com o passar do tempo acumulava areia, já que àquela época frequentava a praia todos os FINDE. Ocorre que, certo dia, o lépido e folgado poeta tinha acabado de participar de um evento cultural ao qual me fiz presente, e como ví que o vate estava sem transporte, ofereci-lhe uma carona, no que ele aceitou de bom grado. Ao abrir a porta do carro viu logo os tapetes do carro cheios de areia, no que foi logo disparando: Homi, esse é o único carro em que vou ter que bater os pés quando eu for sair, de tanta areia que vou carregar em meu chinelo. Caímos em disparadas gargalhadas. Mas também devolvi a jocosidade na mesma moeda, redarguindo-lhe: Mas poeta, é porque você não sabe que essa areia deve-se ao fato de que estou criando dois pebas dentro do carro. Novamente outras gaitadas. Amenidades para atenuar o enfrentamento dos desafios cotidianos.
kkkkkkkk Só podia essa história acontecer com esses dois. Um abraço aos amigos poetas!!!
kkkk, isso é que é transmissão em tempo real, bem típico do rápiso raciocínio do poeta Crispa.