Dois viados e uma galega
Na sua tentativa frustrada de voltar ao Governo do Estado em 1990, a trajetória de Lavoisier Maia não é diferente de outras jornadas eleitorais. Ele é o beijoqueiro-mor da política potiguar.
Na campanha ao governo, o seu companheiro e concorrente ao Senado, é o ex-adversário Garibaldi Filho. Dois estilos diferentes. O primeiro, elétrico e incansável; Garibaldi, naquela maciez sem pressa, quase parando.
Sem nenhum açodamento, Garibaldi faz sua catequese eleitoral em meio ao povão, com escassos beijos e abraços. Lavoisier é o oposto: passou uma mulher em sua frente, tome beijos e afagos.
Corpo a corpo rolando no interior do Estado, outra vez Garibaldi Filho desaparece em meio ao povão. Lavoisier, bem à frente, é obrigado a retroceder para tentar localizá-lo. Quer sua companhia lado a lado.
Encontrando-o, o candidato a governador dispara uma síntese do sufoco que vinha passando no seu “esporte” favorito em campanha:
– Vamos, Garibaldi! Ande! Por sua causa já beijei dois viados e perdi uma galega!
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