Prezado Carlos Santos,
Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo debate sobre a violência urbana. Ainda bem que seu Blog é bastante visitado pelas autoridades constituÃdas, oportunidade em que a assiduidade do debate acerca dos assaltos em Mossoró, especificamente na área do Nova Betânia (Mossoró), provavelmente poderá ensejar alguma atitude daqueles em solucionar tal problema.
Por isso, por favor, deixe-me relatar também a minha angústia acerca da matéria em epÃgrafe. Foi no Dia de Finados (2 de novembro) do ano passado. Segundo os preceitos históricos, tal dia tem por escopo celebrar a vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.
Nesse dia, diferentemente do Dia de Finados, foi um martÃrio para eu e minha famÃlia. Explico: quando tinha terminado um Show HumorÃstico no Thermas, lá por volta das 23h, dirigi-me juntamente com meus irmãos para nossa residência. No trajeto, percebi uma pessoa atravessando a Rua principal da TCM.
Pensei que era um circunvizinho realizando uma travessia. Normal. Dando continuidade ao meu trajeto, na hora em que me aproximei do individuo com meu veÃculo, fui surpreendido quando o referido puxou de sua lateral uma ‘picareta’; sim, uma picareta mesmo, aquele instrumento de ferro, de duas pontas, usado para escavar terra, arrancar pedras; e fez o gesto para eu parar o carro.
Quando percebi que era realmente um assalto, passei a 2º marcha do carro e coloquei por cima do ‘cidadão’. (In)Felizmente não acertei em cheio. Para completar a situação, ele tinha fechado a Rua (sim, aquela principal da TCM) com paralelepÃpedo, onde eu passei por cima de tudo, destruindo a suspensão do meu carro.
Some-se a isso que quando cheguei à delegacia, percebi que tinha uma fissura na coluna da porta do motorista. Por 3 dedos, a ‘picaretada’ não pegava em mim. Depois de algumas semanas sem dormir e com trauma de sair de casa, consegui, ainda com seqüelas, retornar à minha rotina.
Disseram-me que aquela área está uma situação caótica. Agora, cá prá nós, trata-se de uma anomalia social misturada com impunidade, uma vez que um cara fechar uma rua principal com paralelepÃpedo e tentar roubar o outro com uma picareta, não é coisa de gente normal.
Se fosse uma arma eu ficaria até tranquilo. É um caso para estudo de criminologia. Observe-se que somente hoje tive coragem de relatar meu caso. Hoje, estou precavido (e entendam como quiser).
Ademais, nem noticiei o crime uma vez que o escrivão me disse que não adiantaria nada porque eu falei que não reconheceria o cara. E as estatÃsticas? Isso é história para outro capÃtulo…
Até que ponto está à segurança de Mossoró!!! Até quando continuaremos nessa angústia? De um lado, temos um Estado que nos exige ao máximo, com imposição de tributos, fiscalizações e mais exigências e, ao mesmo tempo, é aquele Estado que deveria prezar por nossa segurança, tal qual está preconizado em nossa Constituição Federal.
A recÃproca não está sendo verdadeira! Vereadores marquem uma audiência pública!
Não gostaria de ser identificado porque moro próximo ao local da tentativa de assalto e parece que o meliante vive próximo à minha casa.
Saudações.
Nota do Blog – O webleitor que enviou esse texto falou pessoalmente comigo. Daà a liberação do comentário sem sua identificação pública, acatada pelo Blog em face da necessidade de sua segurança e famÃlia.
O relato desse cidadão mais parece uma história de filme de terror. A que ponto chegamos! Pergunta-se: quantos cidadãos de bem terão que passar por situações semelhantes, ou até mesmo terem suas vidas ou de entes queridos ceifadas, para que providências sejam tomadas?
A policia militar pode até ter suas limitações, mas trabalha incansavelmente na cidade. E quando a gente chega na delegacia pra prestar queixa o desânimo é grande. Nossa cidade está uma lástima. Imagino o sufuco do cidadão que passou por isso. ALÔ POLITICOS E AUTORIDADES MOSSORÓ PEDE SOCORRO URGENTE PELA SEGURANÇA!!!
Amigo Carlos,
Felizmente o cidadão agredido não atingiu o cidadão agressor com seu carro. Se o tivesse atingido mortalmente estaria hoje respondendo pelo crime praticado, ou seja, para cidadãos de bem EXISTE PUNIÇÃO, para picaretas NÂO.