Darwin explica “seleção” política “natural” na história recente no RN
Deputado federal ao final dos anos 50, Aluízio Alves ousou desafiar seu líder político. Entendeu que era a vez de disputar o governo do estado, mesmo a contragosto do então governador, Dinarte Mariz. Enfrentou-o e foi eleito.
O rompimento entre ambos ensejou uma das mais longas arengas pessoais e políticas do RN.
Aluízio é um exemplo da criatura que reagiu contra o mandarinato do líder Dinarte, produzindo uma marca própria conhecida como “aluizismo”. Outros tentaram a mesma sublevação e se deram bem, mas também existem situações em contrário.
Em Mossoró, o então prefeito Dix-huit Rosado rompeu com a liderança do irmão Vingt Rosado e ciceroneado pelo filho Mário Rosado costurou um novo grupo. Morreu no exercício do poder (1996), sem gerar sequer um simulacro de força política.
O pai de Micarla de Souza (PV), prefeita eleita do Natal, ex-senador Carlos Alberto de Souza, desafiou a liderança de Aluízio Alves e enfrentou o poderio do esquema Maia em 1985. Derrotado humilhantemente na candidatura da sua mulher Miriam, a prefeito da capital, inclinou-se outra vez à condição de aliado do sistema Maia.
– Capivara fora do bando é comida de onça – declarou certa vez, numa metáfora que sintetizava a constatação de como é difícil ficar vivo no ecossistema político do RN.
A teoria darwiniana (naturalista Charles Darwin) da “seleção natural”, com a prevalência dos mais fortes, continua imperando.
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