O ex-prefeito natalense (quatro vezes) Carlos Eduardo Alves (PDT) não poderá participar diretamente do pleito sucessório deste ano, em Natal, por injunção legal: estaria caracterizado o terceiro mandato consecutivo, o que a legislação veda.
Entretanto é certo que ele terá participação na campanha, até pela representatividade que seu nome tem no cenário político da capital, realçado mais ainda com as eleições do ano passado. Carlos foi candidato a governador (sem êxito), vencendo os dois turnos em Natal.
Quem Carlos Eduardo apoiará e que peso pode ter seu apoio à campanha municipal?
A princípio, há um hiato entre ele e o seu ex-vice-prefeito e sucessor Álvaro Dias (MDB). Esse distanciamento pode se alargar ou ser tamponado, o que só os próximos meses dirão com segurança.
Em 2018, Carlos Eduardo venceu em Natal o primeiro turno ao governo estadual com 70.478 votos de maioria sobre Fátima Bezerra (PT). Teve 47,65 % dos votos válidos, contra 29,05% da petista.
No segundo turno, o a diferença foi mais esticada, chegando a 90.064 votos de dianteira. Alcançou 60,76% dos votos válidos dos natalenses, enquanto Fátima somou 39,24%.
Transferência de votos
Ninguém tem dúvidas, mesmo os mais ferrenhos adversários do ex-prefeito, que ele é individualmente o maior eleitor da capital na atualidade. Candidato, ostentaria novamente o favoritismo, deduz-se.
A força eleitoral de Carlos em favor próprio já está provada em Natal, mesmo na derrota ao governo estadual, em 2018. Transferir votos é algo bem mais delicado e sujeito a uma série de fatores.
Tê-lo como reforço é expectativa de maior capitalização de votos, sobretudo se houver sinergia entre apoiado e apoiador, o que a princípio existe – mesmo com as rusgas pós-campanha estadual – entre Carlos Eduardo e o prefeito Álvaro Dias.
Para Álvaro Dias, é muito mais prudente tê-lo ao lado e no seu palanque, do que na companhia de algum adversário competitivo. Mesmo assim, o ex-prefeito não é-lhe garantia de vitória. “Ajudaria” – cabe o futuro do pretérito.
História
Natal aqui e ali se rebela contra conchavos e alianças de ocasião, ou nomes em desacordo com seu pensamento majoritário. Em 2008, por exemplo, a deputada estadual Micarla de Sousa (PV) ganhou eleições à prefeitura logo em primeiro turno, dia 5 de outubro, com 50,84% dos votos – equivalente a 193.195 votos.
Obteve uma maioria de 53.249 votos sobre a então deputada federal Fátima Bezerra, que empalmou 139.946 votos (36,82%), apoiada pela então governadora Wilma de Faria (PSB), o prefeito Carlos Eduardo e o presidente Lula da Silva (PT). No mesmo palanque, ainda estavam o senador Garibaldi Alves (PMDB) e o deputado federal Henrique Alves (PMDB).
Natal preferiu Micarla; não teve jeito.
Em 2020 veremos a nova escolha.
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