Quatro concorrentes à vaga do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP) foram autuados sábado (18 ) e domingo (19), suspeitos de fraude em exame para ingresso na instituição.
Polícia pegou um adolescente de 17 anos, além de três maiores de idade (duas mulheres, entre eles).
Eles usavam ponto eletrônico no ouvido, para receberem respostas das questões.
Pagaram fiança e foram liberados.
O mais interessante disso tudo não é o fato em si, mas o detalhe que o nome de ninguém foi divulgado (o menor de idade tem o direito à preservação, claro) pela imprensa que cobre o caso, na área policial.
Certamente, os envolvidos são de classes mais abastadas, daí a “compreensível” omissão.
Fossem da massa-gente, estariam com fotos estampadas e escrachados por polícia e imprensa.
Nota do Blog – Há alguns anos, na Universidade do Estado do RN (UERN), ocorreram vários casos de tentativa de ingresso – no curso de Medicina – de alunos advindos de escolas particulares, em cotas para estudantes de escolas públicas.
Um escândalo que teve repercussão menor do que deveria.
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Na minha opinião, o que é tão grave quanto é o fato de que caso assim não ser visto como crime pela opinião pública, imagine por quem contrata o serviço e por quem o executa. Tenho certeza que esse público esteve nas ruas reclamando da corrupção, dos outros.
Eu estaria surpreso se esse fato tivesse acontecido em um país sério. Como aconteceu, acontece e sempre acontecerá no Brasil, por que eu ficaria surpreso se isso faz parte do cotidiano???
Pensado bem, ”Corrupção e Impunidade” deveria substituir a frase ”Ordem e Progresso” na bandeira nacional.
Seria bem mais realista e… a cara escancarada do país.