domingo - 16/08/2020 - 05:30h

A maioria somos nós; eles não!

Por Aílson Fernandes Teodoro

Na última quinta-feira, 13 de agosto, o jornalista Carlos Santos, editor-chefe desse espaço, que na realidade é “Nosso Blog”, publicou matéria com o seguinte título: “Oposição precisa cativar povão e mexer com o egoísmo da elite“.

Li, achei interessante a análise e me senti instigado a escrever um artigo sobre o tema, onde deixo minhas impressões sobre o papel dos mossoroenses nas eleições que serão realizadas dia 15 de novembro.

Pois bem. Eis minha opinião: Considero a elite social e política local uma das mais conservadoras e corporativistas do país. Não consegue aceitar nem digerir quem ascende social e politicamente se não for da terra; principalmente se não fizer parte de alguma família tradicional da cidade. Financeiramente também são conservadores, olham com desconfiança e indiferença para quem consegue amealhar vultoso patrimônio, mesmo que adquirido honestamente.No campo político, é ainda pior.

Ajuda a manter no poder e a perpetuar um modelo, representados por uma prefeita desgastada política e administrativamente, fruto de uma gestão desastrosa que não consegue resolver as obrigações mais básicas que competem a um gestor de um município do porte de Mossoró. Uma prefeita que saiu do Governo do Estado avaliada como a pior chefe do executivo estadual do país, à época.

Sequer teve amparo do seu partido, o DEM, para tentar a reeleição em 2014. Em Natal, por exemplo, virou persona non grata.

Mas, a “doutora Rosalba Ciarlini (PP)”, como é chamada com a boca cheia por bajuladores, amigos, asseclas, admiradores, detentores de sine curas e outros que fazem parte da fauna política mossoroense, tem um diferencial: é de família tradicional e, dois anos depois, conseguiu retornar com relativa facilidade à titularidade do Palácio da Resistência, sede do executivo municipal.

O que me deixa constrangido e triste, é ver uma expressiva quantidade de pessoas, de todas as áreas, mas principalmente da classe médica, salvo raríssimas exceções, “passando pano” – gíria que está na moda nas redes sociais e significa “encobrir coisas ruins feitas por colegas ou pessoas que gostamos” – para a prefeita. Só e somente só, por conservadorismo e corporativismo. Algo inato às castas na tentativa de preservação do poder. Ou das espécies.

A elite social e política não aceita pessoas como Allyson Bezerra (Solidariedade), Isolda Dantas (PT), Gutemberg Dias (PCdoB), Cláudia Regina (DEM), e outros pré-candidatos, só por não pertencerem a nenhum ciclo elitista tradicional.

Uns são tolerados, outros nem isso. São vistos com reservas ou mesmo tratados com escárnios e insultos em rodas da “alta”.

Se reeleita, muitos atribuirão a vitória de Rosalba a bairros como Santo Antônio, Barrocas e Belo Horizonte, redutos de grande concentração popular, onde a prefeita já possuiu maior densidade eleitoral. Mas na verdade, aqueles que formam o PIB da cidade, em sua quase totalidade, votarão na atual chefe do executivo – por se sentirem representados na pompa e na mediocridade não assumida. Casa e botão.

Se fizer, hoje, uma pesquisa nos condomínios mais luxuosos da cidade, sejam eles compostos de casas ou apartamentos de médio e alto padrão, “A Rosa”, epíteto também atribuído à prefeita por alguns sabujos, aparecerá com mais de 80% de preferência entre os mais abastados financeiramente.

Não aceitam um jovem deputado como Allyson Bezerra, nascido na ‘roça’, filho de lavradores e originário da escola pública, tornar-se prefeito. Nem uma mulher, como Isolda, natural de Patu e criada em Upanema, concebida nas lutas sociais, desde a vida estudantil até se tornar militante e representante das minorias no legislativo municipal.

A eleição de dois deputados estaduais que não fazem parte das corriolas do vinho, das viagens europeias e spas chiques, que não moram em casarões luxuosos (muitos igualmente de péssimo gosto arquitetônico), mexeu com os brios dos donos da cidade. Julgavam-se vencedores e acreditavam em vitória fácil, por conta da estrutura que tinham à disposição.

Ouvi muita gente falando após o resultado 1. Turno, em 2018, a seguinte frase:

– “Como é que o povo de Mossoró deixa de eleger Larissa Rosado, para eleger esse Allyson e essa vereadora do PT? ”.

Falavam como se uma eleição municipal tivesse sido encerrada. E pasme, ponderavam sobre o assunto, como se Allyson e Isolda Dantasfossem os responsáveis pela derrota de Larissa, deputada estadual e candidata apoiada pelo executivo municipal.

Fechadíssimo clube é a elite política, social e financeira mossoroense. Cláudia Regina sabe disso. Foi eleita em 2012 com apoio do rosalbismo, mesmo sem possuir e desfrutar da ampla e irrestrita confiança dos atuais donos do poder e de grande parte da elite financeira e social.

À época governadora, Rosalba Ciarlini, com apoio do esposo e tutor político Carlos Augusto Rosado, usou e abusou da máquina estadual, através de falsas promessas e outras ardilosidades com o escopo de eleger sua candidata. E conseguiram o feito. Cláudia, que podia perder, foi eleita. Rosalba é que não podia ter sua candidata derrotada.

Depois, inúmeras cassações, o resto da história todo mundo conhece, inclusive quem é da elite política e acompanhou a forma que abandonaram Cláudia. Só não sabem exatamente como foi essa mágica que permitiu Rosalba sair ilesa legalmente. Bem, aí são outros quinhentos.

Lembro, à época, como foi renhida a disputa municipal em 2012. Inúmeras pessoas das classes média e alta, expunham: “Eu vou deixar de votar em Larissa Rosado, que é de Mossoró, para votar em Cláudia, que nem é daqui”. Desse jeito. Diziam sem pudicícia alguma. De forma torpe. Desonestidade intelectual grande.

Todos sabem que Cláudia Regina reside em Mossoró há décadas; é tão mossoroense quanto os que aqui nascem. Mesmo que não tenha sido condecorada com o título de cidadã mossoroense, uma das formas mais hipócritas que o legislativo encontrou para bajular pessoas ilustres, principalmente membros do Judiciário e Ministério Público, ou empresários ricos, forma de paparicar a elite. E mais nada.

Isolda, que é Dantas; Allyson, que é Bezerra, e outros pré-candidatos como Gutemberg Dias, Ângela Schneider e outros, nem sequer podem, na visão de alguns, sonhar em ganhar a eleição municipal dia 15 de novembro. Aliás, ver os intrusos Allyson e Isolda eleitos em 2018, já foi demasiadamente duro para muitos.

Ainda existem feridas não cicatrizadas.

A derrota de Larissa Rosado e Cadu Ciarlini (filho de Rosalba, que a mãe tentou empregar como vice-governador) foram duas das maiores vergonhas políticas dos Rosados e seus apaniguados nas últimas décadas. E, agora, fazem de tudo para não passar um vexame ainda maior: Rosalba não pode perder de jeito algum para os párias da oposição, que não têm sangue nobre.

A elite sabe onde, quando e como conversar com o grupo da prefeita. Conhece o caminho. No verão, frequenta os mesmos alpendres. E quando consegue o que quer, recolhe-se a seu valhacouto. Volta a cumprir seu papel subalterno de súdito.

Se a oposição deseja ganhar a eleição, o caminho é conversar com o povão. É essa fração vulnerável que vive em nossa cidade, que mais precisa dos serviços básicos da municipalidade.

É mostrar a essa massa, que é só é vista pelo executivo a cada 2 anos, intervalo entre uma eleição municipal e estadual, alternativas para se livrar da servidão.

Em 2018, o grupo da prefeita sofreu um grande baque eleitoral. De todos os seus candidatos e todos movidos à alta combustão da máquina pública, apenas Beto Rosado se reelegeu à Câmara Federal e, assim mesmo, no “tapetão”. Foi graças a um processo judicial lá para as bandas de Brasília, onde o direito não é exatamente o certo, o reto e o justo, que ele pegou a reeleição “pelo rabo“.

Essa derrota foi gerada pelo voto do povão; da massa-gente. Esse grande número de eleitores, formado por cidadãos mossoroenses, disse claramente que não estava satisfeito com a prefeita. E é essa fração de eleitores que devem ser procurados pelos prefeitáveis; são essas pessoas que vão decidir os destinos das eleições, contrariando a vontade dessa elite cavilosa, preconceituosa e que arrota caviar depois de beliscar um espetinho.

Durante a ditadura militar, o economista Edmar Bacha, definiu o Brasil como uma “ Belíndia”, resultado da fusão da Bélgica com a Índia. Quem conhece a frase percebe que ela se encaixa com o padrão de alguns bairros de Mossoró.

Existem duas Mossorós; uma rica e sintonizada com o primeiro mundo. Pertence à elite, que não quer mudá-la. A outra é miserável e ineficiente na prestação dos serviços públicos; é arcaica, e reservada a massa-gente.

Espero que em novembro, as classes média e baixa mossoroense, de origem popular, e da qual faço parte, comecem a reescrever uma nova história. A elite política e social, corporativista que é, tentará manter a história como está, seu status quo. Seu egoísmo ignora as necessidades alheias, ou seja, da maioria. A maioria somos nós. Eles não!

Aílson Fernandes Teodoro é bacharel em direito

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Categoria(s): Artigo
sexta-feira - 14/08/2020 - 21:22h
Sucessão municipal

Allyson Bezerra avisa que em breve apresentará seu vice

Allyson Bezerra é pré-candidato a prefeito (Foto: cedida)

Em entrevista ao radialista Carlos Cavalcante na Rádio Difusora de Mossoró nessa sexta-feira (14), programa Cidade em Debate, o deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) destacou o perfil do nome que quer para vice, em sua chapa à Prefeitura Municipal de Mossoró.

– “Será uma pessoa que tenha capacidade para atuar na gestão. Será um profissional que dentro da sua área de atuação seja reconhecido e seja consciente dos problemas da cidade e a consciência de que temos que resolver esses problemas”, afirmou Allyson.

Atributos

O pré-candidato a prefeito de Mossoró também declarou que o vice ou a vice “não deve estar alinhado com o atual sistema político que vem sendo praticado há décadas em Mossoró”.

E reiterou: “São esses atributos que estamos avaliando para compor a nossa chapa e que logo em breve estaremos anunciando o nome”, finalizou Allyson.

O parlamentar lançou sua pré-candidatura no último dia 15 de julho (veja AQUI).

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Categoria(s): Política
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quinta-feira - 13/08/2020 - 20:44h
Emenda

Deputado Allyson assegura R$ 300 mil à Liga Contra o Câncer

Allyson: recursos importantes (Foto: AL)

O deputado estadual Allyson Bezerra (SDD) destinou emenda de R$ 300 mil reais para a Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). O valor, segundo o parlamentar, deve ser usado para a compra de medicamentos e materiais hospitalares.

Allyson explica que a emenda beneficiará a oferta de serviços da instituição, uma das mais importantes no tratamento de homens, mulheres e crianças. “Nosso mandato sempre teve um olhar especial para as pessoas com câncer, entendemos que essas pessoas são prioridade porque passam por um tratamento complicado. Queremos contribuir com as melhorias dos serviços”, disse ele.

Verba de Gabinete

A Liga cobre mais de 60 municípios potiguares e atende por dia mais de 200 pessoas em suas duas unidades. Em seu primeiro ano de mandato, Allyson visitou a instituição diversas vezes. No mês de novembro, o parlamentar realizou a entrega de mais de 300 lenços arrecadados durante a campanha Lenço Solidário, idealizado pelo partido Solidariedade Mulher e Solidariedade Mossoró, da qual ele é presidente.

Em 2019, Allyson doou R$ 40 mil reais de sua verba de gabinete para a Liga de Combate ao Câncer de Mossoró também com o intuito de contribuir com as melhorias dos serviços da instituição.

Com informações da AL do RN.

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Categoria(s): Política / Saúde
terça-feira - 04/08/2020 - 20:50h
Eleições 2020

Mossoró tem outro nome a prefeito, num total de 10

Styvenson e Bianca: não é para ganhar (Foto: web)

Do Blog Carol Ribeiro

Além das cinco pré-candidatas à Prefeitura de Mossoró já apresentadas (veja AQUI), o Blog recebe a confirmação da pré-candidatura de mais uma mulher: Bianca Negreiros, do partido Podemos.

Ela é historiadora por formação e empresária em Mossoró, além de vice-presidente da legenda no Estado.

Objetivo “não é ganhar”

Segundo o senador Styvenson Valentim, que comanda o Podemos no estado e conversou com o Blog sobre a candidatura, o objetivo “não é ganhar, é dar opção para o eleitor analisar e escolher o candidato”.

Ele afirma que Bianca foi escolhida pela dedicação voluntária ao partido desde 2018.

“Avaliamos a conduta das pessoas, quem tem bom currículo e ficha limpa. E temos dificuldade, porque alguns desistem quando descobrem que não terão acesso a fundo eleitoral”, diz o parlamentar.

O senador explica que o Podemos já abriu mão dos fundos partidário e eleitoral. A campanha será feita com teto de gastos, com financiamento do bolso do candidato ou através de vaquinha. O teto será baseado no custo da sua campanha ao Senado em 2018, no valor de R$ 35 mil.

“Em Natal, por exemplo, a campanha será feita com, no máximo, R$ 50 mil”, diz. Ainda não foi definido valor para Mossoró.

Nota do Blog – Ainda existem os pré-candidatos Allyson Bezerra (Solidariedade), Gutemberg Dias (PCdoB), Jorge do Rosário (PL) e Daniel Sampaio (PSL). Ufa!

Total, por enquanto, de dez pré-candidatos. Isso, o que sabemos. Em breve precisaremos fazer um ‘censo’.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 02/08/2020 - 06:30h
Mossoró

Um encontro nada secreto da oposição que parece unida

Um aparente e descontraído encontro político em Mossoró, esparramado e às claras, à calçada da casa do vereador Ozaniel Mesquita (DEM), ganhou lugar nas redes sociais nesse sábado (1º).

Pré-candidatos e vereadores pareciam conversar sobre tudo, menos união política em 2020 (Foto: divulgação)

Na escalação dos presentes, pelo menos três pré-candidatos a prefeito: Isolda Dantas (PT), Allyson Bezerra (Solidariedade) e Cláudia Regina (DEM).

Além de Ozaniel Mesquita, os também vereadores oposicionistas Alex do Frango (PV), Genilson Alves (Pros), Petras Vinícius (DEM) e Raério Araújo (PSD).

Nota do Blog – A exposição pública, lógico, não representa qualquer avanço ou consolidação de hipotética composição oposicionista à campanha deste ano. Não se define estratégica de ‘guerra’ aos olhos inimigos e observação de passantes e máquinas fotográficas.

O rosalbismo-rosadismo, como inquilino quase perpétuo do Palácio da Resistência, não precisa se preocupar.

Se, se realmente eles começarem a se reunir secretamente, aí sim. O governismo sabe que a junção mínima de forças representativas nesse campo político poderá lhe custar o poder.

Leia também: Quem pode e quem não pode perder as eleições em Mossoró.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 29/07/2020 - 11:30h
Vencer ou vencer

Quem pode e quem não pode perder as eleições a prefeito

Disputa municipal de Mossoró impõe pressão a dois nomes, em especial, mas é bem mais complexa

O raciocínio é simples, apesar de parecer pueril, quando fazemos essa pergunta:

– Quem pode e quem não pode perder as eleições à Prefeitura Municipal de Mossoró em 2020?

Pelo menos duas pessoas não podem perder as eleições. Não apenas pelo dissabor do insucesso, mas por razões particularmente distintas.

Rosalba Ciarlini (PP), a atual prefeita, precisa se eleger a qualquer custo (‘qualquer custo’ não é força de expressão), por tudo que seu grupo e familiares precisam do poder e por planos futuros, como sonho de pleito ao Senado em 2022.

Rosalba, Cláudia e a então prefeita Fafá Rosado em 2012, numa história que segue sua tessitura (Foto: Ricardo Lopes)

Também pelo fato de necessitar da considerável imunidade que o cargo oferece. Ela convive com sérios problemas judiciais, sempre se esquivando com a destreza de um contorcionista. Dois processos relativos ainda ao Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, só para não esticarmos a lista, adormecem como répteis fossilizados nas comarcas de Mossoró e Natal, sem que ela seja molestada.

Uma dessas demandas teve citação entregue à então ex-governadora, após mais de um ano de despacho judicial. Era como se a “Rosa” não tivesse residência fixa em Mossoró, Tibau ou Natal. Supõe-se que vivia em alguma caverna na insular Tasmânia, ao lado de aborígenes com arco e flecha, ou perambulasse em arquipélagos da Indonésia, protegida por exemplares do dragão-de-komodo.

Esse hipotético compadrio com a elite judicial e fiscalizadora é-lhe mais importante do que o capital eleitoral abstrato que possui. Provavelmente, não teria sido sequer candidata a prefeito em 2016 se fosse uma pessoa comum na política. Mas o será agora de novo.

Com um mandato tudo fica melhor, lógico.

Cláudia Regina, ex-vice-prefeita e ex-prefeita cassada antes do fim do primeiro ano de seu mandato, também tem suas razões para só entrar na disputa (o que formalmente não anunciou, que se diga), se tiver consistência à vitória.

JOGADA ÀS FERAS PELO PRÓPRIO ROSALBISMO para ser deletada da política, visto que passou a ser uma ameaça, ela renasceu do ostracismo com a decisão de adiamento das eleições para 15 de novembro, o que abriu uma brecha à eventual postulação a prefeito ou vice.

A volta à política da ex-prefeita não é um movimento tangido pelo lema olímpico do Barão de Coubertin, de que “o importante não é vencer, mas competir com dignidade!” Nem tem o poder de cessar guerras e aplacar mágoas, como as olimpíadas na Grécia da antiguidade. Para Cláudia Regina, é uma forma de redenção pessoal. Se ganhar.

E, vencer Rosalba, é ainda mais simbológico. O inverso, também: a derrota. Seria um segundo desterro em vez de exorcismo da dor sofrida.

Os demais pré-candidatos e supostos pré-candidatos, não têm o que perder. Em tese.

Uns se apresentam para engordar currículo de modo bizarro, ou seja, com expectativa de votações ridículas. Outros não passam de balão de ensaio jocoso. Há quem trabalhe para tentar puxar eleição de nominata a vereador e fortalecer imagem pessoal e de legenda. Contudo, ninguém estranhe se aparecer alguma candidatura quinta-coluna, financiada pelo governismo para fracionar mais ainda os votos da oposição.

Na disputa

Existem também os que realmente concorrem, casos dos deputados estaduais Allyson Bezerra (Solidariedade) e Isolda Dantas (PT), praticamente sem ônus em jogo. Eles só não podem ter votações esqueléticas, o que é improvável que aconteça para qualquer um deles. Fácil perceber no olhômetro e em diversas pesquisas que tivemos acesso nos últimos meses.

Porém, os dois, precisam também estabelecer se é importante somar à ocupação de espaços no campo da oposição ou concorrer indiretamente à vitória de quem aspiram suplantar nas urnas. Cada um a seu modo, com conjunto de informações e avaliações à mão, hoje, sabe que Rosalba tem achatamento no capital de intenções de votos num comparativo com igual período de 2016. Mas é o suficiente para ela vencer.

Importante que fique claro, ainda: eleição não é um tribunal judicial, ao contrário do que o discurso popularesco ou de marketing triunfalista costuma propagar; por mais que muitas vezes possa ter característica plebiscitária. Eleição é eleição.

E, no Brasil, mais do que caráter de afirmação da cidadania e de evidência de uma suposta democracia, o voto por vezes é uma ferramenta à confirmação de dolo contra a coisa pública e escravismo do próprio povo, manada inocente útil. Mossoró não é diferente, apesar da mitologia de laboratório que sua elite política criou, de que nesse lugar existe um ‘país’ à parte.

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sábado - 25/07/2020 - 09:50h
Pré-campanha

Ações contra Covid-19 levam Rosalba pro ‘corpo a corpo’

Estratégia é mais presença física com ações da PMM (Reprodução: BCS)

Tem sido incansável a movimentação pública da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), aliada a outras ações políticas da gestão e em redes sociais, de olho nas eleições de 15 de novembro. Ela é pré-candidata à reeleição.

Nessa sexta-feira (24), por exemplo, sob o manto do próprio cargo em iniciativa de saúde pública, a testagem para Covid-19, a prefeita foi pro ‘corpo a corpo’ na comunidade rural da Maisa.

A proposta é pulverizar ao máximo a iniciativa, com a presença física da prefeita, que tem avaliações administrativas em baixa na área.

Seu marketing alterou estratégias e avança em maior exposição de Rosalba. São ajustes feitos após novas pesquisas político-administrativas e eleitorais, movimentação maior de pré-candidatos da oposição como deputado Allyson Bezerra (Solidariedade) e Cláudia Regina (DEM), além da própria mudança no calendário eleitoral com o adiamento do pleito para novembro (veja link abaixo).

Leia também: Prefeita e governo tracionam para fugir de zona perigosa.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 15/07/2020 - 23:44h
Pré-candidato

“Estou me colocando à disposição de Mossoró”, diz Allyson

“Estou me colocando à disposição de Mossoró”. Essa frase resume o anúncio de pré-candidatura a prefeito lançada oficialmente à noite dessa quarta-feira (15), pelo deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade).

Deputado apresentou evento pioneiro (Foto: reprodução BCS)

Ele promoveu evento ao vivo e simultaneamente em duas redes sociais próprias – Facebook e Instagram -, com expressiva participação online de internautas, mesclando pronunciamentos seus com depoimentos de pré-candidatos a vereador, familiares, populares e dirigentes partidários.

“Meu maior desafio não é só enfrentar um sistema que existe há mais de 70 anos, que decide quem entra e quem sai. Meu maior desafio é trabalhar pra enfrentar o desafio da fome, do desemprego. Esse projeto não vai ser pautado na intriga, na briga ou picuinha, esse projeto será pautado pela tranquilidade e acima de tudo falando a verdade para o povo”, disse ele.

Alcance

Em plena pandemia e com enormes restrições à aglomeração humana, o lançamento da pré-candidatura do deputado foi uma iniciativa pioneira, alternativa e com alcance exponencial.

Até às 23h42 tinha sido compartilhada somente no Facebook por 1,2 mil pessoas, com mais de 4,5 mil comentários e 17 mil visualizações.

“Eu acredito muito que é possível mudar. Me sinto vocacionado, me sinto preparado para junto com vocês empreendermos esse projeto de mudança, com muita vontade, para Mossoró”, concluiu Allyson.

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Categoria(s): Política
  • Repet
terça-feira - 07/07/2020 - 20:12h
Respiradores

Juiz freia repasse de Fátima Bezerra ao Consórcio Nordeste

O juiz Luiz Alberto Dantas Filho, titular da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, determinou que o Estado do Rio Grande do Norte e a governadora Fátima Bezerra (PT) suspendam, em caráter imediato, qualquer tipo de repasse financeiro destinado ao Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) até o julgamento do mérito da ação ou nova decisão judicial em contrário.

Kelps, Allyson e Cristiane são autores da ação para barrar o fluxo de recursos a uma organização sob suspeita (Foto: AL)

A medida liminar atende a pedido feito pelos deputados estaduais Kelps Lima, Cristiane Dantas e Allyson Bezerra, todos do Solidariedade, os quais ingressaram com uma Ação Popular requerendo a suspensão dos repasses para o Consórcio Nordeste até que este providencie o ressarcimento ao Estado do Rio Grande do Norte do montante de R$ 4.947.535,80 – desembolsado pelo ente estatal como cota-parte na aquisição de 30 respiradores pulmonares mecânicos. Eles seriam usados em unidades hospitalares para os pacientes diagnosticados com o novo coronavírus (Covid-19).

Licitude

Segundo a decisão, os autores questionam a liceidade (licitude) do ato praticado pelo Estado e pela governadora ao participarem do Contrato de Rateio nº 01/2020, datado de 6 de abril deste ano, em detrimento do patrimônio público estadual.

Os governos estaduais nordestinos (nove estados) realizaram o pagamento global antecipado de 300 aparelhos respiradores, mas a empresa contratada “Hempcare Pharma Representações Ltda.” não realizou a entrega dos equipamentos em momento algum, nem a devolução do dinheiro público recebido de forma adiantada.

Os autores buscam também impedir o repasse de R$ 898.962 pelo Rio Grande do Norte ao Consórcio Nordeste, montante equivalente ao aporte financeiro anual para o custeio das despesas do grupo, cujo pagamento está em fase de processamento para se concretizar.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Leia também: Secretário tenta explicar a deputados compra de respiradores.

Nota do Blog – Esse caso virou um escândalo de enormes proporções, com dimensão interestadual, intergovernamental e internacional, pois havia plano de aquisição do produto à empresa chinesa. No seu enredo aparecem atravessadores e desaparece dinheiro. As investigações já deflagradas têm mostrado que o caso se concentra nos intramuros do Governo da Bahia, com envolvimento de auxiliares do governador Rui Costa (PT).

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política / Saúde
sexta-feira - 03/07/2020 - 12:16h
Veto

Rosalba nega recursos para artistas e espera verba federal

A prefeita Rosalba Ciarlini (PL) vetou o Projeto de Lei 006/2020, de autoria do vereador Gilberto Diógenes (PT). O PL autorizava o Executivo a remanejar 10% dos eventos Mossoró Cidade Junina, Cidadela e Chuva de Bala no País de Mossoró para os vários segmentos artísticos da cidade, devido ao estado de calamidade vivenciado por conta da pandemia do novo coronavírus.

Artistas mossoroenses ficam outra vez como peça de discurso políticos, mas sem apoio efetivo (Foto: arquivo)

Para vetar a proposição, a prefeita alegou que haveria inconstitucionalidade nela. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Mossoró deu parecer favorável ao PL, que foi endossado pelo plenário.

O projeto não cria despesas novas, mas apenas pede o remanejamento de verba já prevista e recursos agendados para eventos do calendário de eventos da Prefeitura de Mossoró, para este ano.

A prefeita foi mais além e bem mais longe, para não sancionar a lei. Cita que o Governo Federal dará socorro aos artistas, através da “Lei Aldir Blanc. Ou seja, seria desnecessário esse apoio direto da municipalidade.

“Capital da Cultura”

Às vésperas da votação do PL na CMM (09 de junho), enquanto artistas ainda discutiam com os vereadores da base governistas a viabilidade do projeto, Rosalba apressou-se em fazer remanejamento de recursos para outra rubrica, ou seja, dando outras destinações. Assim, já enxugava ao máximo o que poderia atender aos artistas, na cidade que já chegou a pleitear há alguns anos o título de “Capital da Cultura” no país.

Chama a atenção também, que o PL vetado estabelecia que 90% dos recursos tivessem destinação para ações de combate ao Covid-19. Foi exatamente o que a prefeita fez, mas antes de receber o projeto, para supostamente não caracterizar sua atitude como ‘atendimento a um pleito’ de vereador da oposição.

Prefeita evita sugestões da oposição

Em março, o deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) – veja AQUI – já sugerira remanejamento de recursos do Cidade Junina para o combate à Covid-19. O vereador oposicionista Petras Vinícius (DEM) apresentou pleito nesse sentido – veja AQUI – na CMM. Gilberto Diógenes foi mais além, mas todos – que são oposicionistas – acabaram ignorados pela decisão de Rosalba.

O assunto não está encerrado. Ele voltará à Câmara Municipal. Caberá aos vereadores, inclusive à bancada governista que é formada por 14 vereadores, apreciarem o veto.

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Categoria(s): Cultura
  • Repet
terça-feira - 30/06/2020 - 11:40h
Sucessão municipal

Nominata do Solidariedade quer Allyson Bezerra candidato

Reunião virtual teve manifestação comum (Reprodução BCS)

Os pré-candidatos a vereador pelo Solidariedade-Mossoró defendem de forma conjunta que o partido lance a pré-candidatura do deputado estadual Allyson Bezerra a prefeito de Mossoró nas eleições de 2020.

Em reunião virtual nesse fim de semana, houve discurso comum dos pré-candidatos nesse sentido. Allyson até o momento não se apresentou como pré-candidato.

O deputado começou um ciclo de conversas e participação em eventos interpartidários oposicionistas ainda ano passado, no início do mandato. defendendo o lançamento de uma “competitiva”.

João Marcelo, um dos pré-candidatos a vereador, destaca que “Allyson é o nome forte do Solidariedade para disputar a majoritária em 2020. Tem feito um mandato com seriedade e transparência, sendo alternativa a um modelo de poder que só pensa em si e nos seus. Basta olhar como Mossoró está”.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 25/06/2020 - 10:08h
Eleições 2020

Rosalbismo faz pesquisa para seu vice-prefeito

Por Laurita Arruda (Blog Território Livre)

Uma pausa para o Coronavirus em Mossoró dá espaço para uma pesquisa de opinião na cidade.

Entre as principais perguntas; o candidato ideal para compor chapa com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP). A ex-deputada Larissa Rosado (PSDB) e o empresário Jorge do Rosário (PL) são opções do rol.

Também sondagem sobre a receptividade aos nomes dos pré-candidatos Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (Solidariedade), ambos deputados estaduais e pretensos candidatos à Prefeitura de Mossoró.

Em 2016, a jovem dentista Nayara Gadelha (PP) só teve seu nome conhecido na vice nos 45 minutos do segundo tempo e mesmo assim foi uma declaração pra lá de surpreendente.

Nota do Blog – Para quem conhece bem o modo de trabalhar e o pensamento político do núcleo de comando do rosalbismo, sabe que a pesquisa é um elemento norteador, mas não necessariamente quem decide escolha. Em outras ocasiões foi assim e assim o será de novo.

Em 2004, por exemplo, o grupo fez pesquisas para escolha do seu candidato a prefeito, mas paralelamente trabalhava a escolha da ex-adversária cooptada Fafá Rosado à sucessão de Rosalba Ciarlini. E assim ocorreu, não por força de pesquisa, mas por opção mesmo. Fafá sempre foi a ungida. O outro nome em questão, na ‘disputa’ interna, Cláudia Regina, nunca foi de verdade uma aspiração do casal Carlos Augusto-Rosalba. Acabou sendo a vice por outros fatores e não por pesquisa.

Em 1992, o nome ‘certo’ a prefeito ou vice seria o empresário Manoel Barreto. Mas injetaram o professor do PCB João Batista Xavier como vice e o então vice-prefeito Luiz Pinto (PFL), a prefeito. Xavier tinha sido candidato a prefeito em 1982 pelo MDB. O candidato à prefeitura também nasceu de escolha da cúpula e não de pesquisa. Luiz Pinto teve o nome inflado através de pesada campanha subliminar de divulgação e pareceu algo “natural” ser o candidato à sucessão de Rosalba.

Em 2016, Nayara surgiu sem uma única pesquisa mencionando seu nome. Em cima da hora, acabou imposta por Betinho Rosado (ex-deputado federal). O sonho de consumo do rosalbismo era o empresário Jorge do Rosário, esperado até à 25ª hora para o lugar. Rosário acabou sendo vice de Tião Couto (PSDB, hoje no PL) àquela eleição.

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quarta-feira - 24/06/2020 - 17:04h
Pedido de liminar

Desembargador notifica Ezequiel Ferreira sobre CPI da Arena

Despacho de Cornélio Alves (Reprodução BCS)

O desembargador Cornélio Alves emitiu despacho nessa terça-feira (23) para notificação do presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB). O parlamentar deve se pronunciar sobre decisão que suspendeu a CPI da Arena das Dunas, em tramitação nesse poder.

Integrante do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Alves justifica seu despacho como procedimento imprescindível para decidir se concede ou não liminar pretendida por quatro deputados que querem retomada da CPI.

Os deputados estaduais Sandro Pimentel (PSOL), Coronel Azevedo (PSC), Allyson Bezerra (Solidariedade) e Eudiane Macedo (Republicanos) entraram com um mandado de segurança, porque a CPI foi suspensa no último dia 9 (veja AQUI), sob a alegativa de que o período de pandemia atrapalharia o andamento normal desse tipo de trabalho na AL.

Na mesma petição, eles ainda solicitaram que o Ministério Público fosse intimado. O MP, a propósito, abriu investigação (veja AQUI) no dia 2 deste mês, para apurar hipotéticas irregularidades nesse negócio.

Mais de R$ 300 milhões de prejuízo

A CPI dava seus primeiros passos, após instalada no dia 29 de maio, na “análise da contratação e execução do contrato de concessão da Arena das Dunas pelo Governo do RN”, na gestão Rosalba Ciarlini (PP, à época no DEM), atual prefeita de Mossoró.

Na sessão remota ordinária do dia 9, por 12 votos a 8, requerimento do deputado Getúlio Rêgo (DEM) foi aprovado e freou o andamento da CPI. Auditoria recente do Governo do Estado apontou que teria ocorrido sobrepreço em contrato, com mais de R$ 300 milhões de prejuízos ao erário estadual.

O agravante à suspensão dessa investigação, num ano de campanhas eleitorais, é que o deputado coronel André Azevedo foi em seguida retirado da presidência do bloco parlamentar que lhe garantira a presidência da CPI. Leia: CPI da Arena das Dunas causa mais uma baixa. A manobra torna ainda mais difícil a sequência e apuração incisiva dos fatos que deram causa à CPI.

Leia também: Freio na CPI das Dunas passa pela Prefeitura de Mossoró.

Logo após votação, banner com exposição dos deputados votantes foi espalhada em redes sociais (Reprodução BCS)

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sexta-feira - 19/06/2020 - 07:28h
Comércio

Deputado e líder empresarial discutem saída pós-pandemia

O Deputado Estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) realizou “live” nesta quinta-feira (18) em suas redes sociais com o tema “Desafios para reabertura do comércio” (veja AQUI). O encontro contou com a presença do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (SINDIVAREJO), Michelson Frota.

“Tudo é muito novo, inclusive, o vírus. Em Mossoró, a gente fez um primeiro estudo, a gente estava perdendo cerca de 15 milhões de reais diário, que deixavam de circular na economia mossoroense. Nos meus debates sempre coloco que Mossoró vinha numa recuperação não de semanas, mas de uma década, com pesquisas mostrando retomada do crescimento”, afirmou.

Allyson provocou debate com Michelson sobre empregabilidade, comércio e segurança sanitária (Reprodução BCS)

Diante da problemática, Frota enfatizou que é o momento é de se reinventar. “Grandes empresários precisam dos pequenos, todos precisamos estar juntos nessa luta”, pregou. Mas o deputado Allyson apontou que levantamento apontava para um comércio com cerca de 21 mil empregados e as demissões e fechamento de lojas têm crescido em grande proporção.

Destacou que vivemos um momento crítico no setor comercial em razão da pandemia. “Sabemos que é um tema delicado. É algo que está afetando bastante a nossa sociedade. Empresas estão tendo que se adequarem, outras estão fechando, trabalhadores perdendo seus empregos, por isso consideramos importante debater e esclarecer esse tema pois o desemprego já atinge milhares de pessoas”, mostrou o deputado mossoroense que já trabalhou como comerciário, ainda na adolescência.

Pós-pandemia

“O que nos resta realmente é buscar fazer um planejamento diferente pós-pandemia porque muita coisa vai mudar e a gente tem que se adequar. E saliento que todo bom empreendedor, após uma crise seja ela qual for serve também como bastante estímulo e aprendizado”, disse.

“É fácil? Não. Há um custo? Há. Mas o cliente está precisando e nós temos que atender. O novo jeito de empreender vai mudar”, previu o dirigente do Sindivarejo, que vê como possível um planejamento para adequação de vários setores de comércio e serviço a normas de segurança, com reabertura gradual. Ele apontou que é necessário se estudar exemplos no Brasil e no mundo, “aprendermos com erros e acertos”.

Michelson Frota citou que “conseguimos no SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) um treinamento online para todos os colaboradores filiados ao Sistema S. Uma das coisas que mais aumentou na pandemia foi as pessoas querendo melhorar o seu conteúdo, o seu aprendizado. Sabem que pós-pandemia pode ser um diferencial se elas se capacitarem”.

Didático, Michelson mostrou que “as pessoas têm que entender que ficar em casa não é ficar em casa sem fazer nada. Estar com uma loja com portão fechado não é obrigado a estar fechado sem vender. Existem plataformas, o mundo virou digital. O momento é de união, de reinvenção”, apontou.

Com informações da Assessoria de Allyson Bezerra, Sindivarejo e Canal BCS

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quarta-feira - 10/06/2020 - 09:50h
Tomba Farias

Deputado propõe CPI para investigar compra de respiradores

Tomba: nova CPI (Foto: reprodução)

O deputado estadual Tomba Farias (PSDB) defedende a realização de uma rigorosa investigação sobre o fato de o governo do RN ter pago R$ 5 milhões por respiradores que não foram entregues ao Consórcio NE. O parlamentar, que considera importante se chegar a conclusão se houve ou não malversação do dinheiro público.

Anunciou que a Assembleia Legislativa poderá abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto.

“Mais de dois meses depois de ter antecipado o pagamento de quase R$ 5 milhões para compra conjunta de respiradores pelo Consórcio Nordeste, os aparelhos não foram entregues conforme o contrato. O dinheiro tampouco foi devolvido ao governo do estado”, disse o deputado.

Dinheiro jogado fora

Tomba destacou que a empresa responsável pela venda dos respiradores – a Hempcare, foi criada em 24 de junho de 2019 e alertou que de lá para cá só emitiu duas notas fiscais, incluindo a de número 002, referente à venda dos respiradores.

“O governo jogou fora 5 milhões de reais e eu não vejo o Ministério Público Estadual (MPRN) e o Ministério Público Federal (MPF) falarem nada.  A nossa Casa também está  calada.  Nós temos que tomar providências. Essa empresa tem como endereço um apartamento de 72 metros quadrados, ”  ressaltou.

Nota do Blog – O MPF anunciou que vai abrir procedimento. O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) adiantou também que haverá investigação. Outras vozes se manifestaram, como o senador Styvenson Valentim (Podemos) – veja AQUI, e o deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) e Kelps Lima – veja AQUI integram comissão interestadual parlamentar que investigará o caso.

Ontem, a maioria do plenário da AL decidiu por suspender a CPI da Arena das Dunas que já estava em andamento, proposta do deputado Getúlio Rêgo (DEM), alegando problemas com a pandemia (veja AQUI). Tomba votou pela suspensão.

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terça-feira - 09/06/2020 - 21:52h
Para, para

Maioria de deputados decide engavetar CPI da Arena das Dunas

Por 12 votos a favor e 8 contrários, a Assembleia Legislativa do RN aprovou requerimento apresentado pelo deputado Getúlio Rêgo (DEM), que suspende temporariamente depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Arena das Dunas enquanto perdurar a pandemia e o sistema remoto das sessões da Assembleia Legislativa do RN.

A votação foi durante a sessão remota por videoconferência desta terça-feira (9).

Os deputados favoráveis argumentaram que os trabalhos não terão prejuízo quando forem continuados de forma presencial.

A discussão do requerimento da CPI gerou um amplo debate em plenário virtual e o presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), externou o seu respeito a todos os colegas parlamentares e aos membros da CPI,  mas se absteve de votar.

Debate

O deputado Getúlio Rêgo reforçou que não há nenhum mistério ou interesse em ocultar os fatos: “O meu objetivo é serenar o momento no enfrentamento da pandemia. Sou a favor de tudo o que possa ser discutido e comunicado à sociedade de forma plena, esse é o nosso papel e faço com responsabilidade, não vou entrar em confronto com o sectarismo e a radicalização”, afirmou.

Presidente da CPI, o deputado Coronel Azevedo (PSC) se posicionou contrário à suspensão. “A CPI é um instrumento das minorias, isso está consagrado em todos os julgados do Brasil, no momento em que vai a votação, sua suspensão vai ser decidida pela maioria”, questionou.

Outros três membros – os deputados Sandro Pimentel (PSOL), Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (SDD) também foram contrários à suspensão temporária dos trabalhos. “Votar esse requerimento hoje descaracteriza o nosso papel, pois CPI é trabalho da minoria”, argumentou Sandro Pimentel que promete recorrer à Justiça para manter a investigação.

MPRN, MPF/RN e Polícia Federal

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu investigação sobre o mesmo tema, após instalação da CPI – veja AQUI. Um foco da apuração é a gestão da então governadora Rosalba Ciarlini (DEM, hoje no PP), atual prefeita mossoroense. Getúlio Rêgo era líder de seu governo (2011-2014).

Ano passado, a Polícia Federal ocupou endereços residenciais de Rosalba em Natal e Mossoró, coletando documentos e outros materiais, noutra frente de apuração sobre desvios na construção do Arena das Dunas. Foi a sugestiva “Operação Mão na Bola”. Agentes estiveram em seu apartamento mossoroense às 6h20, 10º andar, à Rua Luís Lopes, dia 10 de dezembro.

Leia: Rosalba é alvo da Polícia Federal, mas diz ter conduta correta.

As investigações tratam do possível cometimento de crimes de desvio de finalidade de financiamento (previsto no art. 20 da Lei n. 7.492/1986), de lavagem de dinheiro (artigo 1º da Lei n. 9.613/1998) e corrupção ativa e passiva (artigos 317 e 333, ambos do Código Penal). As investigações foram deflagradas pelo Ministério Público Federal (MPF/RN).

Em redes sociais, um cartaz virtual é espalhado com voto e posição de todos os deputados, encimado por uma pergunta: “O que estão querendo esconder?”

Leia também outras matérias sobre a CPI clicando AQUI.

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sexta-feira - 05/06/2020 - 21:48h
Formação

Escola Virtual Política em Mudança começa nesse sábado

O “Política em Mudança – Escola Virtual” inicia suas atividades neste sábado (05), a partir das 13h30, via aplicativo Zoom. São mais de 200 inscritos no curso de formação para pré-candidatos às eleições 2020 no Rio Grande do Norte.As aulas acontecerão sempre aos sábados das 13h30 às 17h de forma virtual.

O Módulo I contará com a participação do vereador de Mogi das Cruzes (SP) e Líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), Caio Cunha, que tratará sobre o tema “Como engajar pessoas para transformar as cidades”.

O deputado estadual, presidente do Solidariedade Mossoró, Líder RAPS e organizador do “Política em Mudança” Allyson Bezerra também fará palestra, tratando sobre o tema “É possível vencer”.

“Será um momento único para tratarmos de assuntos essenciais para o desenvolvimento de uma campanha eleitoral moderna e de baixo custo, mas também de defesa de valores republicanos que melhorem os mandatos e possam atrair pessoas que qualifiquem a política. Vou falar, mas também estou no projeto para aprender mais e mais”, disse Allyson.

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sexta-feira - 29/05/2020 - 11:00h
AL

CPI do Arena das Dunas terá Coronel Azevedo na presidência

Azevedo: presidente (Foto: AL)

Coronel Azevedo (PSC) será o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar possíveis desvios na obra do Arena das Dunas.

Já o deputado Tomba Farias (PSDB) é o vice-presidente.

A relatoria ficará com o deputado Sandro Pimentel (Psol), que a propôs.

Os demais membros são os deputados Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (Solidariedade).

As escolhas aconteceram há pouco em reunião dos membros, em reunião remota da Assembleia Legislativa do RN.

Leia tambémAuditoria mostra sangria milionária do Arena das Dunas.

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sábado - 23/05/2020 - 07:22h
Política

Escola Virtual vai preparar pré-candidatos para campanha

Em apenas quatro dias, já são mais de 100 candidatos inscritos no projeto “Política em Mudança – Escola Virtual”, iniciativa do deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) que vai capacitar pré-candidatos do Rio Grande do Norte para as eleições 2020.

As inscrições seguem abertas pela internet até o próximo dia 25 (segunda-feira). Para participar do projeto é preciso ser pré-candidato às eleições 2020 no Rio Grande do Norte; ser filiado a qualquer partido; querer fazer uma campanha moderna e de baixo custo; ter perfil ético, transparente e comprometido com a população.

Inscrição (clique AQUI) e Edital (clique AQUI).

A capacitação será 100% virtual. As aulas contarão com a participação de palestrantes referências em campanha política de baixo custo. A Turma 2020 será dividida em quatro módulos com encontros quinzenais, aos sábados, das 13h30 às 17h, realizados de forma virtual.

Temas

Serão abordados os seguintes temas: Marketing Eleitoral, Redes Sociais, Propaganda Eleitoral, Prestação de Contas e Estratégia Eleitoral.

“É uma oportunidade de compartilhar conhecimentos com diferentes pessoas, de diferentes cidades e regiões do estado, buscando assim aprimorar o modo de fazer política. Assim esperamos ter candidatos mais qualificados no nosso estado”, destacou Allyson.

A data de lançamento e os palestrantes do primeiro módulo serão anunciados após o término do período de inscrições.

Com informações da Assessoria de Allyson Bezerra.

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terça-feira - 21/04/2020 - 07:24h
Realismo

Vereadora pede de novo (outra vez) máscara para servidores

A vereadora governista Aline Couto (PSDB) mais uma vez (novamente, de novo) volta a solicitar à Prefeitura Municipal de Mossoró, a distribuição de um Equipamento de Proteção Individual (EPI) indispensável no trabalho do pessoal da saúde: máscaras.

Ofício é dessa segunda-feira, dia 20 (Reprodução BCS)

Em ofício encaminhado nessa segunda-feira (20) à municipalidade, ela reiterou o que já manifestara outras vezes. Em grupos de WhatsApp, a vereadora chegou a mostrar que seu trabalho não é de hoje nem de agora, em resposta a apelo feito pelo ex-vereador Tomaz Neto (SDD).

– Boa tarde querido amigo Tomaz Neto e a todos que fazem parte desse grupo. Já solicitamos desde o início dessa PANDEMIA, estamos aguardando os resultados e como os resultados não chegaram, estamos cobrando novamente e continuaremos cobrando até a solução chegar – mostrou Aline, através de postagem de uma assessora.

Verdade x mentira

À semana passada, o governo entrou em erupção, porque servidores da Saúde na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Belo Horizonte expuseram o problema, em visita dos vereadores Petras Vinícius (DEM) e Ozaniel Mesquita (DEM), além do deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade). A prefeita Rosalba Ciarlini (PP), dezenas de comissionados e páginas virtuais que dão suporte à gestão dispararam ataques contra os parlamentares, assegurando que tudo era “mentira” e “postura politiqueira”.

– “Tem servidor que passa 12 horas com uma única máscara [cirúrgica], quando o recomendado pelos órgãos de Saúde é o uso desse material por no máximo duas horas (…). A Prefeitura divulgou uma nota, afirmando que não estava faltando EPIs. Como sempre, nós mostramos a realidade e depois a Prefeitura divulga nota nos acusando de mentir. Nós estivemos lá [UPA] e ouvimos a queixa de servidores sobre a falta de EPIs”, – afirmou o vereador Ozaniel Mesquita, que é técnico em enfermagem do município há 23 anos e atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Nota do Blog – Importante sublinharmos: Aline Couto é vereadora da bancada rosalbista. Inquieta, vai à luta, por constatar o que todos sabem e o governo teima em negar. O rosalbismo dá chiliques toda vez que é contrariado ou flagrado em divórcio da verdade.

A mentira faz parte do programa de governo.  É um exercício diário levado a termo como método tático de poder. Mente, repete; mente de novo, repete; mente mais, até fixar no inconsciente popular a crença de que o mentiroso é quem fala a verdade. Representação clássica do que se identifica como “mitomania”, um desvio psicopatológico (entenda AQUI).

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sexta-feira - 17/04/2020 - 20:30h
Mossoró

Apesar do medo, servidores apontam precariedade da Saúde

Relatos a deputado Allyson Bezerra, vereadores Petras e Ozaniel mostram uma realidade sem disfarce

Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade“. Buda

O governo Rosalba Ciarlini (PP) segue insultando as evidências, desacatando os fatos e fazendo troça da verdade num momento delicado: a pandemia da Covid-19, que já ceifou 8 vidas em Mossoró. Duela contra uma retumbante realidade que afeta servidores da Saúde do município, que estão chegando ao seu limite de paciência.

Denúncias e queixas recorrentes de falta de condições mínimas de trabalho e de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) em Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Pronto-Atendimento UPA’s, por exemplo, são sempre rebatidas com fervor messiânico pela prefeita. Auxiliares e aliados escalados pelo governo e sua infantaria virtual completam a tática negacionista, atacando quem contraria a narrativa oficial.

Mas chega um momento em que fica difícil manter tudo reluzente e impecável, tamanha a dimensão do problema. Nessa quinta-feira (16), em visita que o deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) e os vereadores Ozaniel Mesquita (DEM) e Petras Vinícius (DEM) fizeram à UPA do Belo Horizonte – veja AQUI, vários servidores tomaram coragem e desabafaram.

A necessidade e o medo de contaminação e até da morte deram o tom dos testemunhos, num local que também vai abrigar o Hospital de Campanha da prefeitura até à próxima semana. Mais problemas e temores. “A gente quer o mínimo de condição para atender esses pacientes“, disse uma servidora.

Rosalba aposta na versão da politização do problema para desviar o foco do que é fundamental

A própria secretária da Saúde do município, Saudade Azevedo, que estava na UPA e acabou recepcionando os parlamentares, ouviu muito do que o governo nega diariamente. Ficou tão tatibitate que chegou a concordar com certas intervenções de vereadores e do deputado, o oposto da propaganda e do discurso oficiais.

Técnico de enfermagem há 23 anos na Prefeitura de Mossoró, lotado no Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU), Ozaniel Mesquita complementou o retrato do que ocorre na saúde pública mossoroense em entrevista nesta sexta-feira (17) ao programa Cidade Aflita (Rádio Difusora de Mossoró) e Jornal da Tarde (Rádio Rural de Mossoró).

– “Tem servidor que passa 12 horas com uma única máscara [cirúrgica], quando o recomendado pelos órgãos de Saúde é o uso desse material por no máximo duas horas (…). A Prefeitura divulgou uma nota, afirmando que não estava faltando EPIs. Como sempre, nós mostramos a realidade e depois a Prefeitura divulga nota nos acusando de mentir. Nós estivemos lá [UPA] e ouvimos a queixa de servidores sobre a falta de EPIs”, – afirmou o vereador (veja AQUI).

Mas Rosalba e sua tropa de choque continuaram e seguem mantendo a versão em confronto com o realismo.

Poucas horas depois, Rosalba Ciarlini, ela mesma, postou em endereço pessoal na Internet, tudo que contraria os fatos, invertendo os papeis. Atribuiu aos políticos o que é manufaturado diariamente por ela e seu governo: tudo seria fake news de adversários.  E se esforçou para novamente aparecer como vítima de uma suposta trama politiqueira.

Mais tentativa de esclarecimento

Institucionalmente, a “Prefetura” (assim mesmo) publicou hoje também uma Nota de Esclarecimento em suas páginas ratificando que “não há falta de EPI’s na UPA do Belo Horizonte”, visitada dia passado pelo deputado Allyson Bezerra e vereadores Petras e Ozaniel.

"Prefetura" escreve errado para tentar provar que está certa (Reprodução)

Talvez o problema, para a municipalidade, esteja do outro lado da cidade.

Há poucos dias, na UPA do São Manoel, servidores fizeram uma “vaquinha” para compra de EPI’s (veja AQUI).

– “Nós que fazemos a equipe de enfermagem, da UPA São Manoel, resolvemos por conta própria comprar nossos EPI’s. Enquanto as autoridades não fazem nada por nós, tivemos que tirar do bolso” – desabafou o grupo de profissionais.

Entretanto para a prefeita e seu governo, é tudo fake news.

Método de agressão pessoal

Também é recente, denúncia e cobrança do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), por atendimento às necessidades do pessoal da saúde, as mesmas queixas que deputado e vereadores ouviram, sob testemunho de Saudade Azevedo.

Nos dois casos, a municipalidade soltou sua matilha contra quem noticiou os fatos. Procurou ocupar todos os espaços disponíveis na mídia tentando desconstruir quem lhes incomodava.

Enfim, repetiu o que faz agora como método sistemático.Em vez de atacar as informações, agride as pessoas.

Sindicato, justiça, parlamentares

Também é recente, despacho da juíza Adriana Santiago Bezerra, da 3ª Vara da Fazenda, pedindo explicações ao município sobre essa situação (veja AQUI).

Equipe comprou os próprios equipamentos, mas prefeita e sua tropa garantem que eles estão mentindo (Reprodução)

O próprio Sindiserpum provocou o judiciário.

No dia 5 de abril, a Prefeitura Municipal de Mossoró já tinha espalhado Nota Oficial garantindo que estaria sobrando EPI’s nas UPA’s e várias outras unidades de saúde que estão sob sua alçada.

“O que ouvimos lá, a secretária também ouviu e os vereadores. Não pressionamos ninguém. Apenas ouvimos, manifestando nosso interesse em ofertar nosso mandato a demandas da saúde ou qualquer outra em que pudermos ser úteis”, justifica Allyson Bezerra.

“Acho estranho essa falta de respeito com quem diverge, com quem pensa diferente, mas cumpre seu papel, como nós. Tudo é ofensivo, é agressivo, é mentira, se não agrada a eles. Isso está ficando feio e já está dando na vista. Precisam aprender a conviver com quem não faz parte da corte”, aconselha Petras.

Leia também: Cala-te para que ninguém lhe escute.

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quinta-feira - 16/04/2020 - 20:52h
Covid-19

Deputado e vereadores ouvem queixas de servidores em UPA

Falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) é um dos problemas relatados a parlamentares

O deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade), juntamente com os vereadores Petras Vinícius (DEM) e Ozaniel Mesquita (DEM), visitou nesta quinta-feira (16) a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, em Mossoró. No local está sendo instalado o Hospital de Campanha do município para receber pacientes do Covid-19.

Allyson, Ozaniel, Saudade e Petras tiveram encontro na UPA, onde será instalado Hospital de Campanha (Foto: divulgação)

Allyson e os vereadores foram recebidos pela secretária municipal de Saúde Saudade Azevedo.

A secretária explicou aos parlamentares que o processo de instalação dos leitos dedicados ao pacientes com Covid-19 está em processo, por isso, há muito o que ser ajustado. Ela também informou que o município comprou mil testes do Coronavírus e aguarda a chegada.

Os profissionais de saúde relataram ao deputado e aos vereadores a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), a não realização de triagem dos pacientes que buscam atendimento na UPA, além do não funcionamento das salas específicas para estes pacientes.

Profundo conhecedor da área, por ser enfermeiro com atuação no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Ozaniel Mesquita destacou a questão da falta de EPI’s se arrasta há tempos. “Temos pedido, cobrado, apontado o problema”, repetiu.

Hospital de Campanha

Allyson reforçou junto à secretária que seu mandato está à disposição para contribuir com o município, especialmente em razão da pandemia do Coronavírus, que já fez 7 vítimas fatais em Mossoró. Ele também solicitou ao município atenção sobre as questões cobradas pelos profissionais da saúde da UPA.

Há cerca de duas semanas, Allyson sugeriu ao governo do estado e município que instalasse um Hospital de Campanha em Mossoró. “O hospital de campanha já é realidade em muitos lugares e é uma medida de urgência”, comentou.

Os vereadores Petras Vinícius e Ozaniel Mesquita lembraram que desde o início do mandato cumprem rotina de visita a estruturas de saúde e outros equipamentos públicos. “Ouvir e ver no local o que está se passando, necessidades e repassar essas queixas, cobrando providências, é nosso papel”, lembrou Petras.

Com informações da Assembleia Legislativa, Câmara de Mossoró e Assessorias de Petras Vinícius, Ozaniel Mesquita e Allyson Bezerra.

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