terça-feira - 05/03/2013 - 07:30h
Alerta geral!

Arrogância e estupidez produzem provas embaraçosas

As próximas campanhas eleitorais vão obrigar candidatos, partidos, marqueteiros e assessorias jurídicas a uma nova preocupação: o uso indiscriminado da Internet como espaço formal e informal de propaganda.

Marlus e Betinho Segundo no Sítio Hipólito (16-09-12): provas divulgadas na Internet

O “fogo amigo”, muitas vezes produzido por arrogância ou vontade de influir a qualquer custo no processo de escolha de candidaturas, tem histórico de estragos.

Os dissabores que a prefeita e o vice cassados de Mossoró – Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB) – vivem hoje foram, em boa parte, entregues de “bandeja” por militantes, jornalistas e blogueiros ligados à campanha.

No afã de mostrarem serviço e ajudar, produziram incontáveis provas de supostos excessos e abusos, comprometendo agora o mandato em questão.

Sem muito esforço, até hoje é possível se colher muitos depoimentos, fotos e vídeos embaraçosos sob o ponto de vista da legislação eleitoral.

Ministério Público Eleitoral (MPE) e adversários do governismo tiveram o cômodo trabalho de rastrear cotidianamente esses deslizes em redes sociais etc. Diante de um computador, apenas utilizando o mecanismo de copiar e reproduzir (Control C/Control V), amealharam informações envolvendo anônimos ou figurões envolvidos na campanha.

Um caso emblemático, por exemplo, foi a frenética participação da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) na reta final de campanha.

Rasgando e documentando

Ela chegou a ponto de percorrer comunidades rurais com promessas de benefícios, em troca de apoio a seus candidatos, além de comandar operação para substituição de cartazes da candidata adversária, Larissa Rosado (PSB), por peças similares de Cláudia. Veja AQUI.

Um filho e um sobrinho da governadora participaram dessa operação como simplórios militantes e operários, encarregados de rasgarem as peças de propaganda adversária, colando as novas.

No momento, Marlos Rosado (filho de Rosalba) e Betinho Segundo (sobrinho), integrantes desse “comando”, fazem parte do secretariado da prefeita cassada Cláudia Regina. Prêmio pelo esforço de campanha?

O caso ganhou enorme repercussão, principalmente porque a própria assessoria da governadora apressou-se em divulgar a “mudança” dos eleitores, espalhando fotos em redes sociais. Chegou-se a produzir  também um vídeo, mas em face do desatino com as fotos, houve surpressão de sua veiculação também na Internet.

Simplificando: a própria governadora, familiares e auxiliares abasteceram o MPE e opositores às demandas judiciais que  hoje enfrentam.

Há nítida mistura de estupidez com prepotência nessas situações. Não podem reclamar. São culpados pelos próprios aborrecimentos de agora.

Enfim, na próxima campanha o recomendável é mais parcimônia. Prudência, prudência com a língua e nas teclas.

Cada um segure seus pitbulls e pitburros.

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terça-feira - 05/03/2013 - 07:02h
Eleições em Mossoró

‘Força aérea” utilizada em campanha causa problema

Folheando-se um cabedal de denúncias do  Ministério Público Eleitoral  (MPE) e oposição, contra o governismo em Mossoró, é fácil perceber que foi utilizada uma verdadeira “força aérea” na campanha muncipal de 2012.

Além de avião do Governo do Estado, que somente no mês de setembro-2012 pousou 56 vezes no Aeroporto Dix-sept Rosado (veja AQUI), ainda há o caso do “Helicóptero 25”, de propriedade do Grupo Líder, no enredo dessa campanha.

Na opinião da promotora eleitoral Ana Ximenes, essa outra situação é ainda mais grave:

– Pior foi o ‘helicóptero 25’, usado na propaganda eleitoral: candidatos eleitos negam o uso na prestação de contas.

O caso consta de denúncias feita pelo MPE, com pedido de cassação, novas eleições e inelegibilidade da prefeita e vice eleitos, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB).

O MPE aguarda julgamento em primeira instância, de sete ações nesse sentido, sob sua autoria.

Nota do Blog – Veja vídeo, nessa postagem, imagem amadora feita na época da campanha, em que o citado helicóptero é utilizado como peça de propaganda. Na prestação de contas dos candidatos eleitos, não constaria prestação de contas quanto ao seu custo.

O MPE levantou valores de mercado no âmbito regional, para o aluguel desse tipo de equipamento. Chegou a consultar algumas empresas do ramo, formatando planilha de custos.

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segunda-feira - 04/03/2013 - 12:12h
Campanha 2012

Avião do Estado pousou 56 vezes em Mossoró num mês

O avião Bandeirante E 110 P1 (prefixo PP-ERN) -, de propriedade do Estado do Rio Grande do Norte, é uma peça-chave no rol de denúncias que desabam sobre a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), com respingos sobre prefeita e o vice cassados de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB).

Rosalba fez avião ter movimento comum à situação emergencial

O uso da aeronave durante a campanha municipal do ano passado pela governadora, alguns de seus auxiliares, familiares e acompanhantes (ou não) – impressiona pela quantidade e frequência, principalmente no último mês da corrida eleitoral.

Segundo dados oficiais levantados no Departamento de Aviação Civil (DAC), o avião pousou 56 vezes em setembro de 2012 no Aeroporto Dix-sept Rosado em Mossoró. A maioria dos registros é centrada em finais de semana.

Numa média-mês, são quase dois pousos por dia em setembro (último mês da campanha municipal).

É uma movimentação tão desproporcional, que seria como se existisse situação emergencial – justificando transporte de grande quantidade de pessoas doentes ou mantimentos, em calamidades naturais como terremotos, enchentes etc.

Acompanhe o Blog com bastidores exclusivos também pelo Twitter AQUI.

Os números são ainda mais alarmantes, num comparativo com relatório desse movimento de pousos e decolagens verificado no ano anterior, no mesmo equipamento aeroportuário.

Esse avião esteve 98 vezes no Aeroporto Dix-sept Rosado durante todo o ano de 2011.

Esse situação “estranha” de um avião (propriedade do patrimônio público do Estado) faz parte de outra demanda judicial-eleitoral desencadeada ano passado, questionando os métodos da campanha de Cláudia e Wellington, com suposto uso da máquina pública.

Nota do Blog – O Aeroporto Governador Dix-sept Rosado – Mossoró – foi oficialmente fechado para operações às 19h32 do dia 29 de agosto de 2011, em face de vários problemas técnicos.

Mas cerca de 48 horas depois, por pressão política articulada pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB), em Brasília, ao lado da governadora e bancada federal, obteve-se recuo da decisão.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apresentou relatório apontando 44 pontos de riscos à utilização do aeródromo em pousos e decolagens. O Estado, responsável pelo aeroporto, negligenciou.

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segunda-feira - 04/03/2013 - 10:56h
Mossoró

Ações tentam devolver tranquilidade a governo

Os advogados da prefeita e do vice-prefeito cassados de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB), tomaram providências que foram antecipadas por este Blog (veja AQUI) ainda na sexta-feira (1º).

Adiantam recurso eleitoral em Mossoró, em que buscam suspender a decisão do juiz José Herval Sampaio Júnior (33ª Zona Eleitoral) e entram com ação cautelar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Natal, também para suspender a decisão de primeiro grau, com pedido de liminar.

Correm contra o tempo, para que essa atmosfera de incertezas e constrangedoras para prefeita e vice seja aplacada.

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  • Repet
segunda-feira - 04/03/2013 - 10:26h
Impasse

Vereadores não sabem rumos do Executivo em Mossoró

Vereadores de Mossoró mobilizam-se nesse momento para localizar o presidente da Casa, Francisco José Júnior (PSD).

Querem uma posição sobre impasse institucional na prefeitura.

Mossoró, com cassação da prefeita Cláudia Regina (DEM) e vice Wellington Filho (PMDB), vive incerteza quanto à gestão pública, até posição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) referente à decisão do juiz José Herval Sampaio Júnior, prolatada sexta-feira (1º).

Há vacância no poder?

Francisco José Júnior precisa ser cientificado de suposta vacância?

A decisão do juiz é explícita e inequívoca determinando a imediata posse do presidente, em face da cassação e perda de direitos políticos por 8 anos de Cláudia e Wellington?

Nota do Blog – Já disse em outras postagens e volto a afirmar: a Justiça Eleitoral não tem interesse em fomentar instabilidade institucional com entra-e-sai de prefeito.

A tendência é que rapidamente a prefeita Cláudia Regina tenha a garantia de manutenção do cargo, ao lado do vice, até que uma decisão de colegiado (no TRE) julgue o mérito dessa matéria.

Anote, por favor.

 

 

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segunda-feira - 04/03/2013 - 07:49h
Incomum

Mossoró e igreja estão sem comando institucional

Dois fenômenos institucionais ocorrem no mundo e em Mossoró: a Igreja Católica está sem papa desde a semana passada e o município sem prefeita/vice a partir de 8 horas de hoje.

Os católicos estão sem o sumo pontífice em face de sua renúncia.

No caso da prefeitura, deriva de cassação imposta por decisão do juiz da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior, na última sexta-feira (1º). Os efeitos imediatos da sentença passam a valer a partir de 8h de hoje, mesmo com publicação no Diário Oficial da Justiça ainda na sexta-feira, na plataforma eletrônica.

Vale lembrar que o vice Wellington Filho (PMDB) também foi alcançado pela medida de primeira instância.

Legalmente, a Câmara Municipal precisa ser convocada para a posse do seu presidente, Francisco José Júnior (PSD), que deve ocupar o vácuo de poder no Executivo.

Paralelamente, advogados da prefeita e do vice cassados apresentam recursos no âmbito local e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Procuram obter uma liminar que devolva ambos ao comando da municipalidade, até julgamento do mérito, ou seja, apreciação do caso concreto pelo plenário desse corte.

Nota do Blog – Como já assinalei ainda na sexta-feira, acredito que os advogados obtenham liminar. Mesmo que isso hipoteticamente não ocorra no TRE, no TSE será possível.

Mesmo assim, nada pode ser vapt-vupt. A cidade não pode passar dias e dias sem prefeito, mesmo que “tampão”.

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sábado - 02/03/2013 - 11:06h
Labirinto jurídico

Francisco José Jr pode ser empossado prefeito

O Diário Oficial da Justiça publicou ainda ontem, em sua página virtual, a decisão do juiz da 33ª Zona Eleitoral de Mossoró, José Herval Sampaio Júnior, cassando e impondo outras sanções a prefeita e o vice de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellinlgton Filho (PMDB).

Se a defesa dos cassados não reverter a sentença através de uma cautelar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mantendo-os nos cargos até julgamento do mérito nessa própria corte, o presidente da Câmara Municipal – Francisco José Júnior (PSD), o “Silveira”, poderá tomar posse na prefeitura logo na manhã de segunda-feira (4).

Para isso, basta convocar seus pares para a liturgia de assunção à prefeitura.

O cabeçalho do Diário da Justiça destacou a informação que a data de disponibilização da sentença é o dia 01 de março de 2013 (ontem, sexta-feira) e a data de publicação é o dia 04 de março de 2013.

A sentença é considerada publicada com eficácia imediata às 8h do dia 04 de março de 2013. Prazo para recurso começa no dia 05 de março de 2013, ou seja, no dia seguinte ao da publicação. Dessa forma, se Francisco José Junior assim o quiser, poderá convocar a Câmara de Vereadores na segunda pela manhã e tomar posse como prefeito, face a vacância do cargo provocada pela publicação da sentença.

Outro detalhe: numa decisão de deferimento de liminar em Ação Cautelar para manter Cláudia e Wellington no cargo, a medida judicial terá eficácia a exemplo da sentença, após a sua publicação ou a intimação pessoal de Francisco José Junior.

Simplificando: somente na terça ou quarta-feira haveria ou pode ocorrer a materialização de uma possível liminar, o que tornaria o presidente da Câmara Prefeito de Mossoró por horas, um ou dois dias, prefeito mossoroense.

Nesse espaço de tempo, se Francisco José “não se mexer”, Mossoró poderá ficar legalmente sem prefeito.

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sábado - 02/03/2013 - 10:38h
Mossoró

Larissa evita maiores comentários sobre cassação

Com prudência e economia em palavras. Foi assim que a deputada estadual Larissa Rosado (PSB) reagiu, ao ser abordada pelo Blog à noite dessa sexta-feira (1º), para falar da cassação da prefeita e vice de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB).

Ela chegou atrasada à solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato da Construção Civil de Mossoró (SINDUSCON).

Ao ser cumprimentada, ponderou que suas obrigações com um filho recém-nascido estão tornando seus dias ainda mais corridos.

– É, eu vi… – comentou laconicamente a deputada, que concorreu à prefeitura no ano passado, numa referência à sentença do juiz José Herval Sampaio Júnior (33ª Zona Eleitoral).

Evitou se alongar em comentários. “Eu estou acompanhando; a gente sabe como foi a campanha, a forma como tudo ocorreu”, disse.

Em seguida, justificou a pressa para entrar no local do evento, para não continuar o bate-papo com o Blog.

 

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sábado - 02/03/2013 - 09:02h
Cassação

Cláudia Regina prega serenidade diante de decisão

A prefeita cassada de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), emitiu mensagem pessoal à população mossoroense ao final da noite passada.

Veja abaixo o conteúdo, na íntegra, dessa sua manifestação que trata da decisão judicial assinada no dia de ontem pelo juiz da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior:

Mossoroenses,

Fui surpreendida, no pleno vigor da luta administrativa, com a veiculação de noticiário sobre uma decisão judicial cassando o mandato que vocês me conferiram de maneira democrática, livre e soberana.

Fiquem tranquilos! Além de respaldada pela decisão do povo, tenho a consciência limpa. Minha vida é feita de desafios que foram vencidos com dedicação e transparência, pilares de minha formação familiar, humana, profissional e política.

Minha palavra é de serenidade e de alma sossegada por saber que cada dificuldade jamais me abaterá. Tenho Deus em meu coração e a certeza de que vocês caminham ao meu lado.

É hora de cada mossoroense, nascido aqui ou adotado, manter a cidade sossegada e em paz. As medidas na esfera judicial estão sendo tomadas. Nosso entusiasmo com o trabalho de construção de uma Mossoró de todos está renovado e fortalecido.

A administração e os serviços prosseguem na mais absoluta normalidade.

O inconformismo dos que foram reiteradas vezes rejeitados pelo povo e não conseguem tolerar a decisão popular não nos assusta.

O povo de Mossoró, de forma livre, democrática e soberana, me delegou o direito constitucional de governar a cidade. Com confiança em Deus e na Justiça, honrarei essa missão até o último dia do meu mandato.

Um abraço afetuoso,

Cláudia Regina – Prefeita de Mossoró

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sexta-feira - 01/03/2013 - 21:32h
Cassação de Cláudia e Wellington

Promotoras reforçam denúncias através do TRE

As promotoras eleitorais Ana Ximenes e Karine Crispim levantaram um cabedal de documentos e argumentos, cobrando da Justiça Eleitoral a cassação da prefeita e do vice-prefeito mossorenses – Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB) – eleitos ano passado.

Tem mais: não satisfeita em protocolarem as demandas na primeira instância, em janeiro deste ano elas apresentaram um Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) no próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

É um instrumento jurídico mais ágil. Pelo visto, as promotoras tinham cansado à espera de decisões sobre as matérias apresentadas na Justiça Eleitoral em Mossoró. No RCED, não há qualquer elemento novo, mas síntese do que elas teriam obtido contra os dois candidatos em plena campanha.

Veja abaixo o que tramita no TRE em termos de denúncias:

Apoio em troca de emprego

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM), também foi citada no processo pela nomeação de Rafaela Nogueira da Rocha para um cargo comissionado no Detran. Ela é filha do vereador Chico da Prefeitura (DEM), que estaria insatisfeito com o fato do DEM não ter o escolhido como candidato do partido a Prefeitura e sim Cláudia Regina. Ao nomear a filha dele, que tinha até mais proximidade com a candidata adversária, Larissa Rosado (PSB), Rosalba conseguiria a garantia de apoio de Chico. Segundo o MP, a nomeação não considerou qualquer aspecto técnico para o cargo, visto que ela é formada em Direito e passou a ocupar o cargo de coordenadora financeira.

Voto por cimento

O primeiro fato aventado na campanha eleitoral dos recorridos diz respeito à troca dos votos dos eleitores por sacos de cimentos. A referida captação ilícita de sufrágio foi flagrada pelo Ministério Público Eleitoral, juntamente com a Polícia Federal, após recebimento de denúncia anônima de compras de votos no estabelecimento comercial intitulado como Akanaa Construções. Segundo o ato da prisão em flagrante revelador do esquema de compra de votos em prol dos recorridos, o eleitor apresentava-se na loja na posse de um cupom e recebia um comprovante de pagamento de cimento no valor de R$ 50. A entrega do bem “cimento” era ajustada com o eleitor para acontecer somente dois dias após a votação, de maneira a construir um elo psíquico com o eleitor portador do cupom/comprovante que garantia seu voto nos candidatos recorridos.

Voto por óculos

Também após recebimento de denúncia anônima, o Ministério Público tomou conhecimento de que a Ótica Boa Vista, localizada em Mossoró, também trocava cupons por comprovantes de pagamento que garantiam o recebimento de óculos de grau pelos eleitores também dois dias após a votação, como pagamento pelo voto dado aos representados. Para comprovar a acusação, o MPE recebeu três referidos cupons-senhas, os quais serviam para serem trocados por comprovantes de pagamento que garantiam fornecimento dos óculos.

Filantropia e apostas

Durante a campanha em Mossoró, houve a declaração pública de um dos financiadores da campanha eleitoral dos recorridos, o empresário Edvaldo Fagundes, quando, em entrevista a um jornal da cidade, asseverou dois dias antes da votação que, caso Cláudia Regina fosse eleita, efetuaria a doação de valores que seriam recebidos a titulo de apostas a quatro instituições filantrópicas da cidade de Mossoró: a APAE, o abrigo Amantino Câmara, o lar da Criança Pobre e a casa dos Doentes Renais. Segundo o MP, a promessa de doação em caso de vitória dos candidatos recorridos provocou forte impacto e, embora mascarada de ato filantrópico, consistiu em acintosa ofensa à legislação eleitoral e ao direito de sufrágio.

Reuniões em pleno expediente

O MP denunciou também a realização de uma reunião de servidores públicos municipais durante horário de expediente com o intento de organizar e adotar estratégias para a campanha eleitoral de Cláudia Regina e Wellington Filho. Após denúncia ofertada em setembro, foi lavrado pelos fiscais da Justiça Eleitoral auto de constatação de reunião político-eleitoral ocorrida numa residência localizada em Nova Betânia, em Mossoró, onde se observou a presença de servidores públicos em horário regular de expediente. Como o acesso era livre a qualquer pessoa, os fiscais adentraram no imóvel com o afã de colher fotografias e realizar filmagens que permitissem comprovar o ilícito eleitoral. O chefe do gabinete da Prefeitura, Gustavo Rosado, que hoje é secretário de Cultura de Mossoró, conduzia a reunião.

Uso de servidor público

Policiais rodoviários federais, em cooperação com o MPE, abordaram dois veículos que circulavam pelo bairro Castelo Branco com servidores municipais dentro. Materiais de campanha de Cláudia Regina e formulários a serem preenchidos com o nome da pessoa e endereço. Além disso, na denúncia do MP, o secretário de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, Alexandre Lopes, tinha reuniões diárias, em horário de expediente, com servidores municipais para discutir a campanha eleitoral.

Helicóptero, Hilux, prestação de contas

O Ministério Público Eleitoral também constatou irregularidades a respeito da prestação de contas da campanha de Cláudia Regina. Entre elas a omissão da prefeita eleita de apresentar perante a Justiça Eleitoral a prestação de contas quanto à utilização de helicóptero durante a campanha eleitoral. Segundo o MPE, há provas também que o helicóptero era integrado com o uso de mais 20 caminhonetas Hilux, de propriedade do empresário Edvaldo Fagundes (aquele mesmo da doação em dinheiro). Segundo Ana Ximenes, vale ressaltar que “o valor de R$ 1.341.814,20 consiste em dinheiro ilicitamente utilizado na campanha eleitoral dos recorridos, e que, desse montante, cerca de pelo menos R$ 1.200.000,00 sequer foi declarado na prestação de contas apresentada”. Isso corresponde a 42,5% do valor total recebido pela chapa do DEM durante a campanha.

Com informações do Jornal de Hoje.

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sexta-feira - 01/03/2013 - 19:58h
Cassação

Cláudia e Wellington respondem a mais 11 processos

A prefeita e o vice-prefeito cassados de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB), não estão às voltas apenas com esse processo de número 313-75.2012.6.20.0033, sentenciado hoje pelo juiz da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior.

O redemoinho processual é mais amplo e denso.

Eles ainda vão “ouvir” decisões em mais 11 demandas provocadas pela oposição mas, principalmente, pelas promotoras eleitorais Ana Ximenes e Karine Crispim de Medeiros.

Ambas se transformaram em implacáveis fiscais da lei no processo eleitoral de Mossoró.

Os juízes eleitorais Herval Sampaio e Pedro Cordeiro Júnior (34ª Zona Eleitoral) deverão se pronunciar quanto aos demais processos até o final deste mês.

Acompanhe mais novidades sobre o caso e bastidores em outras postagens, além de nosso endereço no Twitter AQUI.

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sexta-feira - 01/03/2013 - 19:27h
Comunicado

Advogado vai se pronunciar sobre cassação

“Amanhã, 10h, a Assessoria Jurídica da prefeita Cláudia Regina (DEM) concede entrevista coletiva no escritório do advogado Humberto Fernandes”.

A informação foi passada há poucos minutos pelo jornalista Julierme Torres, secretário de Comunicação da Prefeitura de Mossoró.

Ele utilizou endereço próprio na rede de microblogs Twitter para fazer o comunicado.

Julierme refere-se à cassação da prefeita e do seu vice, Wellington Filho (PMDB), em decisão tomada hoje pelo juiz da 33ª Zona Eleitoral, José Herval Sampaio Júnior.

Saiba mais detalhes em postagens abaixo e outras que serão veiculadas ainda hoje, além do nosso endereço no Twiteer AQUI.

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sexta-feira - 01/03/2013 - 18:39h
Cassação

Problema de Cláudia Regina já está no TRE

Do Blog Território Livre

Existem dois recursos contra a expedição de diploma da prefeita afastada Cláudia Regina no TRE.

Na mesa de dois magistrados;  Artur Bonifácio e outro com Verlano Medeiros.

Segundo os trâmites do tribunal, o primeiro a despachar fica “prevento”, ou seja, assume o julgamento dos demais recursos de matéria semelhante.

Até hoje à tarde, a incumbência ficaria para Bonifácio, que foi o primeiro a despachar.

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sexta-feira - 01/03/2013 - 18:07h
Hipótese possível

Francisco José Júnior pode ser prefeito de Mossoró

Em caso de hipotético afastamento da prefeita cassada Cláudia Regina (DEM) e do seu vice Wellington Filho (PMDB), a legislação é translúcida: assume interinamente o presidente da Câmara Municipal.

No caso de Mossoró, é o vereador Francisco José Júnior (PSD), o “Silveira”.

Se a Justiça Eleitoral tornar irreversível a saída de prefeita e vice, em qualquer instância, Silveira – como presidente da Câmara Municipal – tende a ser o prefeito para que o novo processo eleitoral transcorra, num pleito complementar.

Deve ser salientado, que numa virtual disputa os cassados não poderão ser novamente candidatos. O governismo teria que encontrar outros nomes em substituição aos banidos pela lei.

Uma nova eleição, aconteceria em 90 dias, a partir da definição do pleito pela Justiça.

Saiba mais informações acompanhando nosso Twitter AQUI.

Veja a seguir:

– Justiça tem mais 11 processos que implicam em cassação de Cláudia e Wellington.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 01/03/2013 - 17:45h
Cargo mantido

Cláudia Regina deve conseguir liminar no TRE

A sentença de cassação que determina – ainda – inelegibilidade por 8 anos, além de novas eleições em Mossoró (veja postagens mais abaixo), provoca situações distintas entre oposicionistas e governistas mossoroenses. Euforia de um lado, abatimento de outro.

Mas nada deve ser comemorado de forma efusiva nem aceito como catástrofe irreversível.

A cassação da prefeita e do seu vice, respectivamente Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB), é uma decisão em primeira instância na Justiça eleitoral. É certo que a demanda deve ser esticada até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), passando antes pelo crivo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

É muito provável, talvez 100%, que advogados de Cláudia e Wellington consigam suspender os efeitos da sentença no TRE, através de uma cautelar.

Tendem a conseguir uma liminar que os mantenha na prefeitura, até o julgamento do mérito do processo (número 313-75.2012.6.20.0033) no próprio TRE.

A sentença do juiz José Herval Sampaio Júnior tem efeito “imediato”. Entretanto, em situações semelhantes é Justiça Eleitoral tem adotado postura parcimoniosa, para evitar o entra-e-sai de prefeitos, causando instabilidade institucional e comprometimento de trabalho em prol da comunidade.

Enfim, essa notícia não deve ser encarada como definitiva. É parte de uma longa história.

A guerra judicial que começou ainda ano passado, passa agora a um novo e delicado capítulo.

Nota do Blog – O Blog soube que a candidata e o vice trabalham para obtenção de efeito suspensivo da decisão. Providências estão sendo agilizadas.

Saiba mais detalhes através de nosso Twitter AQUI.

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sexta-feira - 01/03/2013 - 17:23h
Mossoró

Rosalba e uso de máquina pública são base de cassação

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) de número 313-75.2012.6.20.0033, em desfavor da prefeita mossoroense Cláudia Regina (DEM) e do vice Wellington de Carvalho Costa Filho (PMDB), assevera que houve “abuso do poder econômico, abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação”.

A inicial protocolada pela coligação ““Frente Popular Mossoró Feliz” aponta um extenso e contundente repertório de excessos com utilização da coisa pública, que teria sido encabeçado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM), em favor dos então candidatos Cláudia e Wellington.

Veja abaixo, a base das denúncias acatadas pelo juiz da 33ª Zona Eleitoral de Mossoró, José Herval de Sampaio Júnior, para sentença cassando prefeita e vice, além de determinar realização de novas eleições em Mossoró:

Rosalba e Cláudia no dia 30 de junho de 2012: convenção partidária (Carlos Costa)

1. Da utilização de carros de som, usados na campanha eleitoral dos representados, para a transmissão de mensagem da Sra. Governadora do Estado, apregoando feitos da administração publica estadual, com a intenção de favorecer – segundo à representante -, os candidatos ora representados (paginas 14/21 e 224).

2. Do comparecimento da Sra. Governadora para inauguração e/ou a anunciação de obras públicas semanalmente, inclusive, aliado ao retardamento, ou o anúncio de futuras ações da administração publica estadual, obtendo farta cobertura dos meios de comunicação, bem como fazendo campanha pessoal, aliada ao corpo a corpo com eleitores, em favor dos investigados, utilizando-se tanto do anúncio como da realização de obras pelo Governo do Estado para a promoção dos mesmos, o que configuraria claro abuso de poder político (paginas 21/22).

3. Da realização de campanha em favor dos investigados, através de meios midiáticos, cooptados a partir da utilização dos poderes político e econômico, decorrentes do emprego de verbas publicas, pela Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, bem como o fato da mesma supostamente ter “reaproveitado” fatos dantes anunciados, como se novos fossem (paginas 22/28).

3.1. Superexposição da movimentação da governadora, bem como de obras do governo estadual e, ainda, propaganda em prol dos investigados, como também, de forma associada, criticas e veiculação de noticias desabonadoras à candidata adversária e a políticos ligados a ela, através de blogs e jornais impressos, ligados à corrente política da governadora (paginas 28/2 e 227 à 1204). Destaque especial dado ao Blog do César Santos, sobretudo postagem do dia 14 de Agosto de 2012 (paginas 31/33), segundo a coligação investigante.

3.2. Declarações em entrevistas, comícios e outros, dando a entender, segundo os proponentes, que Mossoró só continuaria a avançar, ou que ela (Rosalba) e o governo do Estado só faria parceria “com quem é amigo, quem é leal”, assim, sua parceria “é com Cláudia na Prefeitura”, bem como diversos anúncios de obras realizadas ou a serem realizadas, inaugurações e afins, na cidade de Mossoró a cada fim de semana (paginas 33/36), com destaques de trechos de entrevistas e discursos, entre eles, “eu preciso dessa prefeita para fazer mais por Mossoró” (paginas 36), o que, segundo dar-se a entender pela argumentação acusatória, se referia às obras anunciadas durante os dias anteriores.

4. Das Práticas de favorecimento nos comícios e atos públicos, com o uso de obras do Estado como assunto de campanha, bem como o uso de avião do poder público para deslocar-se para evento (páginas 38/66).

4.1. Dos acontecimentos do dia 24 de Setembro de 2012, como exemplo das supostas condutas que estariam sendo praticadas durante o período eleitoral, como uso de obras do governo do Estado para promover a campanha dos ora investigados, bem como uso de recursos e bens públicos (Avião) para tal.

4.2. Outros exemplos de abuso do poder econômico, político e midiático, encabeçados pela governadora Rosalba Ciarlini com o intuito – segundo se afirma – de favorecimento pessoal e desequilíbrio eletivo/político (páginas 46/66).

4.2.1. Utilizações de expressões que buscariam fazer a ligação da campanha política e a propaganda institucional do município de Mossoró (páginas 46/54).

4.2.2, Referência, de forma subliminar, do número dos investigados em ato de assinatura de licitação para a construção de adutora (Páginas 54/56).

4.2.3. Utilização da exposição e amparo midiático decorrente de suas atividades políticas estatais para favorecer a campanha dos investigados, inclusive com o uso da estrutura de mídias e da influencia estadual e municipal sobre elas, bem como a intensificação desses meios para promover os investigados (páginas 56/66).

5. Da prática ilícita de cooptação de votos pela governadora, seus assessores e familiares, em prol dos investigados, à custa da influência política em função do cargo de Governadora (páginas 57/66).

6. Exemplo da utilização da máquina administrativa municipal em prol da campanha dos investigados. Inauguração de bem público em pleno evento político eleitoral, com discurso em que se utiliza obras públicas para favorecer a campanha dos investigados (páginas 67/74).

7. Propaganda irregular em favor dos investigados, através de outdoor em nome do governo do Estado e anuncio de obra pela governadora, como plataforma de campanha (páginas 74/78).

Nota do Blog – Acompanhe mais postagens sobre esse assunto neste Blog e através de nossa página no Twitter AQUI.

– Veja quais são os prováveis passos no labirinto jurídico eleitoral a serem trilhados por Cláudia e Wellington Filho;
– Cassados devem enfrentar ainda 11 processos referentes à campanha de 2012;
– MP lança mal de cabedal de denúncias contra cassados;
– E mais bastidores.

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sexta-feira - 01/03/2013 - 15:59h
Mossoró

Cláudia Regina e seu vice são cassados

O servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Sérgio, postou em seu twitter notícia da cassação do prefeito e vice de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB).

Ele escreveu o seguinte:

Juiz Eleitoral Herval Sampaio cassa os mandatos de Claudia Regina e Wellingtob Filho (sic).

Nota do Blog – Acompanhe o Blog Carlos Santos com sentença sobre a decisão do juiz Herval Sampaio Júnior (33 Zona Eleitoral) e também bastidores da notícia em nosso endereço no Twitter:

www.twitter.com/bcarlossantos

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sexta-feira - 01/03/2013 - 06:12h
Hoje

Prefeita de Mossoró assume presidência da Amorn

A prefeita mossoroense Cláudia Regina (DEM) assume hoje a presidência da Associação dos Municípios do Oeste do Rio Grande do Norte (AMORN). A solenidade está marcada para o Thermas Hotel e Resort.

Acontecerá a partir das 11h.

Cláudia Regina foi eleita em janeiro deste ano.

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) participará do acontecimento.

A Amorn tem atualmente, 15 municípios associados, mas há crescente interesse na ampliação de seus quadros.

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  • Repet
quinta-feira - 28/02/2013 - 07:48h
Mossoró

Prefeita apresenta Central de Regulação de Consultas

A Prefeitura de Mossoró apresenta hoje às 8h, a nova Central de Regulação de Consultas, Exames e Cirurgias. A estrutura foi instalada no Centro Administrativo do Município – no espaço onde funcionava o Gabinete do Secretário da Cidadania – com mais espaço, conforto e melhor estrutura – informa a Secretaria de Comunicação do Município.

A prefeita Cláudia Regina (DEM) visita a nova Central de Regulação. Ela estará acompanhada dos 15 vereadores que integram a bancada governista na Câmara Municipal de Mossoró e também do secretariado municipal.

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sábado - 23/02/2013 - 18:45h
TRE

Promotora tenta, noutra instância, cassar Cláudia Regina

D´O Jornal de Hoje

Três meses depois de eleita, dois meses após ser diplomada e um mês como prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, do DEM, ainda está ameaçada de perder o cargo eletivo. Na próxima quarta-feira, 27, o juiz Verlano Medeiros, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), vai reunir a gestora municipal, o vice-prefeito, Wellington Filho, do PMDB, e as testemunhas arroladas pela defesa deles para explicar as acusações de compra de votos e abuso de poder econômico e político.

Isso é consequência do recurso contra expedição de diploma (RCED) da democrata que o Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio da promotora Ana Ximenes, ingressou direto no TRE no início de janeiro. O recurso, protocolado no dia 7 do mês passado, chegou às mãos do juiz eleitoral Verlano Medeiros nesta quinta-feira, mas ainda não foi apreciado de maneira mais aprofundada pelo magistrado. “Deferi as diligências solicitadas pelo MPE, mas ainda não analisei o caso de forma mais completa”, explica ele.

Na verdade, o recurso não tem muitas novidades sobre o caso, foi mais uma estratégia diferente da inicialmente utilizada pelo MPE. Ana Ximenes, que em novembro entrou com sete representações contra Cláudia Regina, pedindo a cassação do registro de candidatura e do diploma dela e do vice, decidiu reunir todas essas ações em uma só. Um recurso de 48 páginas (sem contar os anexos), onde ela explica e fundamenta as denúncias feitas contra a prefeita eleita de Mossoró.

“O objetivo é o mesmo das representações: conseguir a cassação do diploma de Cláudia Regina. Só a estratégia foi diferente, porque o RCED, pode-se dizer, tem tramitação mais rápida. E essa tramitação ocorre já no Tribunal Regional Eleitoral”, explicou Verlano Medeiros.

Por isso, inclusive, que a defesa que a prefeita eleita apresentou para as representações na primeira instância, serão consideradas também para esse recurso do TRE. “Já recebemos essa defesa e vamos convocar na próxima quarta-feira Cláudia Regina, Wellington Filho e as testemunhas arroladas por eles para a defesa. O MP pediu diligências, mas não arrolou nenhuma testemunha”, acrescentou Verlano Medeiros.

Não era para menos. A maioria das ações foi protocolada na primeira instância ainda em novembro, contudo, até o momento, nenhuma foi julgada. No final daquele mês, inclusive, Karine Crispim, promotora de Justiça que assinou de forma conjunta as representações, afirmou que esperava que todas fossem julgadas até a diplomação que ocorreria no dia 18 de dezembro.

Nada disso. Os processos tiveram poucas novidades durante esse período e tanto Cláudia Regina, quanto Wellington Filho foram diplomados – e empossados. “Fizemos tudo que poderíamos fazer. Estamos cientes disso, mas está tudo na mesma. A gente reuniu as provas, fez as ações, mas só uma teve instrução até agora”, avaliou Karine Crispim.

Diante desse fato, Ana Ximenes ressaltou no recurso que não houve qualquer decisão anterior na primeira instância, mas os diplomas foram expedidos. “Não há qualquer decisão judicial anterior combatida pelo RCED, como ocorre com as demais peças recursais. Porém, tal ação visa reformar o ato administrativo certificatório e declaratório da última fase do processo eleitoral, que é o ato de expedição de diploma”, afirmou Ana Ximenes, na RCED protocolada no TRE no dia 7 de janeiro.

Ana Ximenes, por sinal, manteve nesse recurso as declarações fortes das representações. “Acontece que, diferentemente do que se almeja, a campanha eleitoral dos recorridos não se conduziu com o respeito devido às normas eleitorais. Tais infringências, observadas tanto uma a uma, quanto em seu conjunto, permitem inferir que o resultado das urnas restou insofismavelmente maculado pelo abuso de poder político-econômico e pelo uso da máquina pública”, avaliou a promotora de Justiça.

Ana Ximenes também afirmou ainda que “certamente, em face dos mais diversos fatos compreendidos como ilegais e imorais, não se pode afirmar que a soberania popular prevaleceu na disputa eleitoral mossoroense, posto que o voto foi, em situações várias, corrompido em benefício dos eleitos”.

Ana Ximenes colocou no recurso que houve a utilização indevida dos bens e servidores públicos municipais e estaduais como forma de privilegiar a candidata dos recorridos, visando precipuamente à manutenção de determinado grupo político na administração da cidade.

“Os motivos que foram todos unidos no processo para pedir a cassação do diploma de Cláudia Regina são os mesmos que foram utilizados na formulação de sete representações contra a prefeita eleita na primeira instância da Justiça Eleitoral, com as “provas pré-constituídas dos atos compreendidos como ilícitos, sendo todas elas anteriormente ajuizadas nas aludidas representações”, analisou.

Veja matéria completa AQUI, em que são assinalados os supostos crimes eleitorais cometidos na campanha da prefeita empossada Cláudia Regina.

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quarta-feira - 20/02/2013 - 20:24h
Mossoró

Líder de prefeita acumula papeis estratégicos

O vereador Manoel Bezerra de Maria (DEM) vai acumular duas enormes tarefas na atual legislatura na Câmara de Mossoró. Na verdade, tarefas que podem se conflitar.

Ele é líder da prefeita Cláudia Regina (DEM) na Casa e hoje foi eleito pela maioria de seus pares como presidente da Comissão de Constituição e Justiça.

Essa comissão é a mais importante da Casa, por qual passa todas as matérias delicadas.

Normalmente, projetos do interesse do governo passam pelo colegiado, o que pode gerar suposto conflito de obrigações do vereador.

O vereador e advogado Tomaz Neto (PDT) participou da votação, mas ficou inferiorizado. Chegou a ponderar que o governismo escolhesse outro nome, principalmente por essa incongruência de acumulação de papeis, mas não foi ouvido.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 20/02/2013 - 14:07h
Sociedade do atraso

Números e conveniências que inibem verdadeiro debate

Um webleitor cobra que o Blog divulgue quanto a gestão passada, no Estado, deixou de débito para a atual.

Resmunga, porque leu nesta página o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) fazendo referência à administração de Micarla de Sousa (PV), que teria deixado rombo de cerca de R$ 200 milhões, fora outros compromissos.

Eis minha resposta, que serve para sedimentar a tese de que a maioria de nós – brasileiros – não debatemos política. Optamos pela discussão politiqueira e em cima de nomes, não de ideias e fatos.

Precisamos provar que um é mais sujo do que o outro e ficamos sempre com o ônus do lamaçal, enquanto cidadãos:

Meu caro, bom dia:

Quem poderia lhe dar essa informação era a atual gestão, mas não o faz. Começou dizendo que era cerca de 1,2 bilhão, depois baixou para 1 bi, em seguida falou-se em 800 milhões, mas com o passar dos meses e anos não tem números seguros.

Vale lembrar que a arrecadação não para de crescer e a receita só no primeiro ano passou de 10 bilhões.

Cada caso é um caso, mas o problema é que a maioria das pessoas não quer debater e sim, discutir. Responde à crítica com acusação a outrem, pois é a estratégia de atacar para poder se defender – muitas vezes do indefensável.

Infelizmente isso é péssimo para a sociedade. Sujos falando de maus lavados e o contribuinte levando a pior.

Você sabe, por exemplo, quanto a gestão da ex-prefeita de direito Fafá Rosado (DEM) deixou só na rubrica “propaganda” para a gestão Cláudia Regina pagar? Fonte segura: mais de R$ 2,5 milhões.

Quantas obras inacabadas?

Você sabe quantos milhões estão em aberto em compras e serviços da mesma administração?

Tens noção de quantas pessoas aguardam nomeação em cargos comissionados no novo governo, como compensação do trabalho feito na campanha eleitoral de 2012?

Alguém divulga? Claro que não.

São aliadas.

Uma não pode queimar a outra. Se fosse oposição, claro que o discurso seria outro.

Essa situação de animosidade não acontece apenas em relação a Carlos Eduardo Alves e Micarla, Rosalba Ciarlini (DEM) e Iberê Ferreira (PSB)/Wilma de Faria (PSB).

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) fez o mesmo em relação ao antecessor Garibaldi Filho (PMDB) e esse no tocante a Vivaldo Costa (então no PL) e José Agripino (DEM), que o antecederam. É praxe.

Rosalba afirmou – com dez meses de gestão Wilma de Faria, que ela tinha feito por Mossoró muito mais do que Garibaldi em oito anos de governo.

Agripino disse certa vez, que Garibaldi para ser honesto não devia permitir que seus aliados e compadres roubassem o Estado.

Depois, todos ficaram juntos e misturados, com o ingrediente da amnésia.

Quem fica com cara de tacho? Aqueles que compram briga por essa gente, que se aglutina ou se separa ao sabor de seus interesses pessoais e de grupos.

Nosso atraso como civilização está centrado nesse ponto: em nossa ignorância, em nossa incapacidade crítica, em nosso analfabetismo político.

É mais fácil, para a maioria, trocar insultos do que promover o entrechoque de opiniões na construção de uma dialética capaz de encontrar um ponto em comum, em favor da coletividade.

Quem fala mais alto, normalmente, é quem não possui argumento.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
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