quarta-feira - 25/11/2015 - 17:46h
Mossoró

Vice-prefeito é solidário a estudantes e prefeito corta diálogo

O vice-prefeito, Luiz Carlos Martins (PT) visitou na manhã desta quarta-feira, 25, o acampamento dos estudantes instalado no Palácio da Resistência, sede do governo municipal mossoroense. Na ocasião o vice-prefeito dialogou com alguns estudantes.

Luiz Carlos Martins visita estudantes num gesto que o separa mais ainda do prefeito (Foto: cedida)

Ele também se colocou à disposição do movimento que desde ontem ocupa o prédio público. “Estou aqui na qualidade de vice-prefeito, mas também quanto cidadão, e reconheço a legitimidade e a justeza do movimento. Cumprindo meu dever de gestor público, coloco-me assim, à disposição dos que aqui estão,” disse.

Prefeito evita vice

Luiz Carlos ainda afirmou que tenta um contato com o prefeito Francisco José Júnior (PSD) desde a última sexta-feira (20), mas não obteve sucesso. “Infelizmente tenho tentado dialogar com o prefeito, mas não obtive sucesso. Já liguei diretamente para ele e para assessores mais próximos, mas ainda não tive retorno”, comentou Luiz Carlos.

O vice-prefeito admite preocupação com esse hiato entre sociedade e Governo, cidadão e administração pública.

Lamentou episódio ocorrido na última sexta-feira, quando integrantes sofreram agressão policial, inclusive com uso de spray de pimenta.

O acampamento na Prefeitura foi “montado” à manhã de ontem.

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Nota do Blog – Outra prova de como o prefeito continua isolado e isolando-se. Como dificulta sua própria gestão, se esquivando do diálogo e só admitindo conversar quando percebe o estrago ou lhe parece conveniente.

O vice-prefeito começou a participar do jogo de esconde-esconde. Com o empresariado foi pior. Segmento passou quase dois meses esperando uma simples audiência e só foi recebido quando o Francisco José Júnior precisou utilizá-los para reforço à aprovação do projeto de antecipação de royalties do petróleo.

Lamentável.

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quarta-feira - 25/11/2015 - 16:40h
Prefeito em baixa

Ruim em casa e execrado fora dela

O prefeito mossoroense Francisco José Júnior (PSD) está sem poder andar livremente em sua própria cidade.

O incidente de hoje na Praça de Eventos (veja AQUI ou em postagem abaixo) é prova disso.

Em vários municípios, ele também não é bem-vindo por espantar taxistas intermunicipais de Mossoró.

Não tem sido fácil.

As pesquisas apenas atestam o que os fatos exprimem.

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segunda-feira - 23/11/2015 - 12:10h
Mossoró

PCdoB reconduz presidente e reforça aliança com governismo

O geógrafo Gutemberg Dias foi reeleito presidente municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para o biênio 2015/2017. A eleição foi realizada durante a Conferência Municipal do PCdoB, que aconteceu no Hotel VillaOeste, na manhã do sábado passado, 21.

Conferência reuniu outros partidos (Foto: Opa Comunicação)

A escolha de Gutemberg Dias, que esteve à frente da gestão partidária no biênio 2013/2015, para continuar representando o PCdoB Municipal se deu por maioria dos votos, através da apresentação de nominata consensual na direção que encerrou sua gestão, submetida a todos os conferencistas que fazem a indicação dos membros.

Na ocasião, a integrantes do Partido, Albaniza Bandeira, e os integrantes Jairton Falcão e Jeremias Fernandes foram eleitos delegados para representar o Comitê Municipal, na Conferência Estadual, que acontecerá nos dias 27 e 28 deste mês, em Natal.

Já a escolha do secretariado que irá compor a nova gestão acontecerá na primeira reunião do comitê eleito, prevista para ser realizada após a Conferência Estadual. Nesse momento, serão definidos todos os cargos da diretoria.

Prefeito

Foi realizado ainda um ato político que contou com a presença dos representantes do Partido Social Cristão (PSC), Renato Fernandes; Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB), Rútilo Coelho; Partido dos Trabalhadores, Nelson Gregório; e Partido Social Democrático (PSD), Francisco José Júnior.

“No ato político houve o pronunciamento de todos os partidos e o prefeito Francisco José Júnior ratificou a parceria para essa gestão com o PCdoB”, informa Gutemberg Dias.

Também estiveram presentes o prefeito de Apodi, Flaviano Monteiro (PCdoB), o presidente estadual do Partido, Antenor Roberto, e o secretário adjunto estadual de Esporte, Canindé de França. Comitês municipais das cidades de Grossos, Areia Branca e Baraúna, além de demais filiados também participaram da Conferência.

Com informações do PCdoB.

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segunda-feira - 23/11/2015 - 11:24h
Mossoró decisiva

Robinson tem ausência mais sentida do que presença notada

Governador não consegue dar resposta às demandas mossoroenses e opta por distanciamento delicado

Perto de completar seu primeiro ano de Governo, Robinson Faria (PSD) tem considerável déficit com o município que, segundo ele mesmo afirmou, “foi decisivo” à sua vitória eleitoral em 2014. Mossoró sente o ‘sumiço’ claro.

Sua presença nesse tempo foi escassa e praticamente sem nada concreto a oferecer. Sua ausência, em determinados momentos, até falou mais alto.

Nesse espaço de tempo, dois fatores foram determinantes para o hiato: o desgaste avassalador da gestão do seu principal apoio na cidade, prefeito Francisco José Júnior (PSD), e a greve recorde de um símbolo da pujança do município, a Universidade do Estado do RN (UERN). Com um atenuante: o esforço do próprio prefeito para cobrir, principalmente na Segurança, a enorme deficiência da gestão estadual.

Robinson, ladeado pelo prefeito, fez sua primeira visita à cidade dia 6 de janeiro, indo à A&C (Foto: Ivanízio Ramos)

Também concorre para esse comportamento do governador, uma realidade que ele luta para superar em face de uma crise sem precedentes: não tem o que mostrar, inaugurar, entregar. Praticamente não existe sobra para investimentos.

Na ponta do lápis, o governador esteve em Mossoró três vezes: dias 6 de janeiro, 9 de abril e 19 de junho. Noutra ocasião, apenas pousou no Aeroporto Dix-sept Rosado. Em momentos de programações importantes do município, não apareceu. Enfim, não tem um acervo minimo de realizações para apresentar.

Veja abaixo um resumo desse enredo:

Dia 6 de Janeiro, primeira vez

Robinson Faria fez sua primeira visita a Mossoró logo no dia 6 de janeiro, cinco dias após sua posse. Aportou na empresa privada de call center C&A; ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM); inauguração Base Integrada Cidadã (BIC) – obra municipal – do bairro Barrocas; além de encontro com dirigentes da Agrícola Famosa, maior produtora de frutas do País, em Mossoró.

Dia 9 de Abril, segunda vez

O governador Robinson Faria e alguns secretários (Ricardo Lagreca, da Saúde; e Kalina Leite, da Segurança, por exemplo, chegaram novamente à cidade no dia 9 de abril. Ele teve almoço com o segmento empresarial da cidade, que reiterou pauta de reivindicação da época da campanha e reforçou sobretudo apelo em termos de Segurança Pública.

Conheceu canteiro de obras do “Parque da Cidade” que remonta à gestão Wilma de Faria (PSB).

Visitou o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), unidade hospitalar do complexo Apamim (Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância em Mossoró) que está sob intervenção e tem o suporte financeiro da Prefeitura de Mossoró.

Também prestigiou o II Batalhão de Policia Militar, onde foi apresentada a Base Móvel de combate ao crack.

Já à noite, participou da inauguração da InterTV Costa Branca.

Dia 19 de junho, visita fora da programação

Já no dia 19 de Junho – em pleno “Mossoró Cidade Junina” – o  governador e a primeira-dama Julianne Faria desembarcaram em solo mossoroense, fora da programação que tinham. Foram convencidos pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD) da necessidade de prestigiar o evento. Assim ocorreu, mas sem alardes ou aviso prévio de sua assessoria.

No Cidade Junina, passagem sem aviso prévio (Foto: PMM)

Dia 15 de Agosto, de passagem

A agenda do governador Robinson Faria no dia 15 de agosto incluiu Mossoró por necessidade de pouso e decolagem da aeronave do Estado. Seu destino foi a cidade de Areia Branca, onde participou de programação da padroeira dos Marítimos, Nossa Senhora dos Navegantes.

Dia 17 de Agosto, uma falta

Na segunda-feira (17 de agosto), o governador não acompanhou a inauguração do Residencial Santa Júlia, do programa Minha Casa Minha Vida, como era esperado. Foi representado pela primeira-dama e secretária da área social do Governo, Julianne Faria.

Dia 28 de Setembro, outra ausência anotada

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) completa 47 anos. Sua Assembleia Universitária no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, na segunda-feira (28 de Setembro), teve um acontecimento raro: a ausência do seu chanceler, o governador do Estado, em meio à maior greve contínua de sua história, que chegou a 147 dias.

Dia 30 de Setembro, mais uma falta

Na data magna da cidade, o Dia 30 de Setembro, também esteve ausente. Os protestos nas ruas em relação à Segurança Pública, Saúde Pública e Uern tiveram maior eco.

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sexta-feira - 20/11/2015 - 23:40h
Diálogo

Guarda Municipal não vai entrar em greve

A Guarda Civil Municipal de Mossoró (GCM) não vai entrar em greve.

Audiência ontem com o prefeito Francisco José Júnior (PSD) avançou, com diálogo sendo reaberto entre as partes.

Hoje, a categoria resolveu “desarmar” ânimos, sob a promessa de que entendimento com o Governo Municipal ficará aberto, para discussão de ampla pauta da categoria.

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sexta-feira - 20/11/2015 - 09:20h
Mossoró

Secretariado de prefeito vai passar por mudanças

O secretariado do prefeito Francisco José Júnior (PSD) deverá passar por mudanças em breve.

Serão pelo menos duas.

Uma, por injunção (necessidade) – devido rastro de escândalos que ele não está conseguindo camuflar.

Está difícil segurar o auxiliar, apesar da necessidade.

Esse secretário talvez não chegue a ver Papai Noel no exercício do cargo.

Outra, por insatisfação pessoal  – devido oportunidade fora da equipe, que determinado auxiliar enxerga na iniciativa privada.

Vamos aguardar.

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sexta-feira - 20/11/2015 - 08:10h
Dentro do Governo

Vice-prefeito diz que prefeito não dialoga sobre transporte

“A Prefeitura de Mossoró foi bem-intencionada no trato da demanda da população de cerca de mais de 20 anos por transporte público, mas se equivocou quando não aprofundou o diálogo, o debate pró-ativo, qualificado e propositivo com as pessoas usuárias do sistema”. A declaração não é de um oposicionista, mas do vice-prefeito mossoroense Luiz Carlos Martins (PT).

Luiz critica prefeito e observa insatisfação como natural (Foto: divulgação)

Para o vice-prefeito, o investimento em transporte público através da empresa Ocimar, é uma decisão isolada à melhoria do serviço. Falta muito. O prefeito Francisco José Júnior (PSD) precisa reordenar sua política gerencial, que isola a sociedade do diálogo.

Melhorias

“Hoje, temos nas ruas e praças a classe estudantil e os demais segmentos usuários do transporte público protestando contra o aumento das passagens, mas isso já ocoreu anteriormente e nós ouvimos todas as partes para entender que os anseios da população não eram atendidos”, disse Luiz Carlos.

Em sua ótica, “o aumento das passagens de R$ 2 para R$ 3 não vem acompanhado de melhorias para o segmento do transporte coletivo”.

Nota do Blog – O depoimento de Luiz Carlos Martins é emblemático. Mostra que a falta de diálogo é uma regra e não uma exceção no Governo Francisco José Júnior.

Infelizmente.

Por isso, que ele é obrigado a fazer tantas manobras, tendo que retroceder para tentar rearrumar o que ele mesmo espalhou.

Por isso, já torrou quase R$ 5 milhões em propaganda só este ano, para “provar” que está certo.

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quinta-feira - 19/11/2015 - 14:42h
Ciclo natalino

Prefeitura faz parceria com setor produtivo de Mossoró

O prefeito Francisco José Júnior (PSD) recebeu no Palácio da Resistência, na manhã desta quinta-feira, 19, os representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Industrial de Mossoró (Acim), Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) para a assinatura de um Termo de Convênio.

Tem o objetivo de estimular as compras no comércio de Mossoró durante o ciclo natalino de 2015, através de campanha de incentivo ao consumidor.

“Mossoró precisa que os setores estejam unidos para enfrentar a crise que se agravou em todo o país. Por isso, estamos fortalecendo cada vez mais esse trabalho em conjunto com os setores produtivos”, disse o prefeito.

“Assim, somamos forças para o crescimento de Mossoró, pois quando planejamos em parceria, as decisões tomadas são boas para todos. São boas para a nossa cidade”, enfatizou o prefeito Francisco José Júnior.

Veja detalhes AQUI.

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quarta-feira - 18/11/2015 - 17:10h
Izabel Montenegro

Aliada de prefeito defende pressão para Estado apoiar Saúde

O quase fechamento da UTI Pediátrica do Hospital Wilson Rosado (HWR) para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi tema de debate hoje (18), durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Mossoró. A vereadora governista Izabel Montenegro (PMDB) responsabilizou o Governo Robinson Faria (PSD) pela situação.

Izabel defende pressão (Foto: Valmir Alves)

Ao mesmo tempo, ela convocou a Câmara Municipal à pressão em Natal. Sugeriu uma audiência na Governadoria, para cobrança do que é devido em termos de repasses da Saúde, à Prefeitura de Mossoró.

Impasse

“Em conversa com a secretária municipal da Saúde, Leodise Cruz, fui informada que o Governo do Estado deveria ter depositado um valor superior a R$ 2 milhões, mas até o momento isso não aconteceu”, relatou.

“Em virtude desse impasse a prefeitura não fez o repasse”, informou Izabel Montenegro.

Segundo ela, o débito é da ordem de R$ 12 milhões.

Nota do  Blog – Mais uma vez os vereadores governistas se propõem a fazer a coisa certa com erro de endereço. Ontem, alguns foram cobrar pagamento das terceirizadas ao secretário da Fazenda do Município veja – AQUI, quando deveriam ter feito essa pressão na sede da Prefeitura.

Quem deve pressionar o governador é o prefeito Francisco José Júnior (PSD), que se jacta de ser amigo do governante. Ele é uma das principais lideranças do seu grupo.

Vereadores em Natal, sem o prefeito, terão a força de um zero à esquerda. Com ele, um pouco mais do que isso.

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terça-feira - 17/11/2015 - 21:00h
Mossoró

Terceirizados pedem socorro; vereadores batem na porta errada

Alguns vereadores estiveram hoje no gabinete do secretário da Fazenda de Mossoró.

Cobraram dele pagamento a empresas terceirizadas, que estão com mais de quatro meses de salários em atraso.

Terceirizados fizeram movimento à porta da Câmara Municipal pedindo socorro (Foto: Valmir Alves)

Puro faz de conta. Jogo de cena dos governistas que aportaram na sala do secretário Jerônimo Rosado de Sousa, titular da secretaria.

O ordenador de despesas, quem tem a caneta cheia, dá ordens e determina pagamentos, é o prefeito.

Ordenador de despesas é o prefeito, repito.

Secretário cumpre ordens.

Endereço errado

A comitiva de vereadores governistas errou por cerca de 300 metros o endereço.

Na mesma Avenida Alberto Maranhão, onde está a sede da Fazenda, fica o Palácio da Resistência – endereço do gabinete do prefeito Francisco José Júnior (PSD).

Hoje pela manhã, dezenas de empregados de empresas terceirizadas estiveram na Câmara Municipal, apelando para que os vereadores fizessem algo por eles. Não recebem salários há mais de quatro meses.

Estranho, é que à semana passada os vereadores governistas derrubaram proposição do vereador Tomaz Neto (PDT), para realização de Audiência Pública. Proposta era buscar saída para o problema, ouvindo de Delegacia Regional do Trabalho (DRT) à própria Prefeitura (veja AQUI).

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terça-feira - 17/11/2015 - 19:39h
De olho no futuro

Antecipação de royalties tem projeto pulverizado em municípios

Além de Mossoró, o prefeito mossoroense Francisco José Júnior (PSD) trabalha a aprovação de projeto semelhante de antecipação dos royalties do petróleo, em outros municípios.

Tem prestado assessoria informal a prefeitos, através da Federação dos Municípios do RN, a Femurn, que ele preside.

Uma estratégia mais política do que institucional-financeira, para fortalecer seu nome na entidade, com foco em projetos futuros.

Enxerga adiante, digamos.

Veja como foi aprovação do projeto em Mossoró clicando AQUI.

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segunda-feira - 16/11/2015 - 18:18h
Mossoró

Governistas temem concorrência predatória à Câmara

Huuum! Não é bom o clima entre alguns vereadores da bancada governista na Câmara Municipal de Mossoró.

Alguns vereadores temem a não-reeleição, porque vêem algumas candidaturas serem montadas dentro do próprio governismo, como alternativas a eles. São postulações predatórias.

Teriam o carimbo do prefeito Francisco José Júnior (PSD), que quer se livrar de determinadas dependências.

Paralelamente, alguns pequenos partidos, como este Blog já apontou à semana passada, fazem silencioso e inteligente trabalho na formação de nominatas a vereador e podem apresentar surpresas no próximo ano.

A luta à Câmara Municipal promete ser mais empolgante do que à Prefeitura.

Um salve-se quem puder.

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sexta-feira - 13/11/2015 - 18:42h
Antecipação de royalties

Fetam critica forma de aprovação de projeto em Mossoró

A Federação dos Trabalhadores em Administração Pública Municipal do Rio Grande do Norte (FETAM/RN) entidade que congrega os sindicatos dos servidores municipais do Estado, lançou nota na qual critica a forma como a Câmara de Vereadores de Mossoró aprovou o projeto, que autoriza o prefeito Francisco José Júnior (PSD) a contrair empréstimo milionário tendo como garantia os recursos dos royalties.

Veja a nota na íntegra:

NOTA

A Federação dos Trabalhadores em Administração Pública Municipal do Rio Grande do Norte (FETAM/RN) entidade defensora dos direitos dos trabalhadores, instituição vigilante à gestão dos recursos públicos, vem a público protestar contra a forma como a Câmara de Vereadores de Mossoró aprovou o projeto que autoriza empréstimo milionário tendo como lastro os recursos dos royalties da Petrobras.

A FETAM/RN reconhece o momento de dificuldade financeira que alguns municípios brasileiros atravessam, mas entendem que não se resolve desequilíbrio financeiro com atropelos, desrespeitando instituições.

Para a FETAM/RN, um empréstimo financeiro, que compromete a finanças do município, deve ser precedido de amplo debate com a sociedade. Tal proposta de endividamento, obrigatoriamente, tem que contar com um plano de aplicação dos recursos a serem arrecadados, além de mostrar, pari passu, como o dinheiro vai contribuir para amainar a crise que a prefeitura passa.

Lamenta, por fim, que membros do Legislativo, poder constitucionalmente constituído, empenhem a palavra junto ao Ministério Público e, por razões desconhecidas da sociedade, quebrem compromissos institucionais, votando projetos importantes às pressas.

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quarta-feira - 11/11/2015 - 17:16h
Antecipação dos royalties

Pedido de informação de Justiça apressa aprovação de projeto

Com mais de 30 anos cobrindo política, deparo-me com uma constatação: estamos ficando pior em Mossoró. Patinhamos na lama. Isso é submundo. Tem um odor asfixiante.

O que aconteceu nessa quarta-feira (11) na Câmara de Mossoró foi nauseante. Bancada governista aprovou projeto de antecipação de royalties do petróleo – que envolve algumas dezenas de milhões, sem sequer folhear a matéria. Não sabe quanto, onde e como serão aplicados. Nada.

Recebeu ordens à aprovação urgente. Pronto. Nem questionou. É uma espécie de “democracia impositiva”, made in Francisco José Júnior (PSD) atual inquilino do Palácio da Resistência, sede da Prefeitura local.

Prefeito foi alertado que o juiz Pedro Cordeiro Júnior, num despacho, pedira informações sobre o projeto à Câmara Municipal. Isso desencadeou operação de urgência para evitar comprometimento de sua aprovação.

 

Muitos se sentem em seu habitat, patinhando na lama (Foto ilustrativa)

Daí a decisão tomada hoje no final da manhã, para que projeto fosse votado logo e não à próxima semana. Já! Para o prefeito, matéria jurídica perde seu objeto. Morreria ali mesmo.

No sábado (7), a bancada oposicionista tinha entrado com um Mandado de Segurança Preventivo. No enunciado, pedia a suspensão da tramitação do projeto apresentado à semana passada no Legislativo, até que fossem informados detalhes técnicos como um Plano de Aplicação.

O despacho de hoje do magistrado colocou o prefeito em polvorosa. Houve agilidade em enviar o texto de urgência especial pronto à Câmara Municipal, para a bancada apenas endossá-lo. Assim foi feito.

A decisão da bancada foi anunciada durante suspensão temporária da sessão para os vereadores receberem servidores da Saúde, na sala da presidência. A oposição revoltou-se e pediu até, via telefone, interveniência do Ministério Público (veja AQUI).

Prefeito monitora votação

O presidente Jório Nogueira (PSD) tentou uma decisão intermediária: seria a antecipação da audiência pública sobre a antecipação dos royalties para amanhã. Em seguida, nova sessão botaria a matéria para análise e votação.

A bancada governista fincou pé. “Vamos votar de qualquer jeito. Quem tem maioria é assim mesmo”, bradou um palaciano.

Por telefone, Francisco José passou a interagir principalmente com o líder governista na Casa, Soldado Jadson (Solidariedade).

No plenário, a sessão terminou sendo retomada e o direito a espernear dos oposicionistas Tomaz Neto (PSD), Francisco Carlos (PV), Lahyrinho Rosado (PSB), Vingt-un Neto (PSB) e Genivan Vale (PROS) foi exercido à plenitude.

Depois de muito a oposição argumentar e protestar, tendo apenas o Soldado Jadson levantando a voz para se contrapor (os demais ficaram calados), a votação foi lógica: projeto aprovado.

O toque de ironia na sessão que terminou pouco antes das 16h, acabou saindo da própria bancada governista: fez aprovar uma emenda ao projeto, para que ele seja debatido quanto ao conteúdo  da aplicação dos recursos, após sua aprovação.

Não houve uma votação, mas ‘execução sumária’ coletiva. Trata-se de um crime de lesa-Mossoró.

Nos dá o direito de desconfiar ou mesmo fazer juízo de valor sobre as reai$ necessidades da aprovação a toque de caixa.

Mas deixa pra lá. Aí são outros quinhentos.

Pobre Mossoró!

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Leia também: Governo tenta aprovação antecipada dos royalties na “marra” AQUI.

Leia também: Líder de Governo engana até o Ministério Público AQUI.

Leia também: Inconfessáveis propósitos e o submundo dos royalties AQUI.

Leia também: Operação para antecipação de royalties ‘anestesia’ Mossoró AQUI.

Leia também: Mossoró entrega seu futuro sem qualquer reação AQUI.

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Categoria(s): Política
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quarta-feira - 11/11/2015 - 15:20h
Pobre Mossoró!

Inconfessáveis propósitos e o submundo dos royalties

Ideia de antecipação dos royalties do petróleo é vendida, fantasiosamente, como uma panaceia. Dinheiro tem outros propósitos inconfessáveis.

Dinheiro não garante atualização de salários de servidores diretos ou terceirizadas. Cerca de R$ 12 a 15 milhões seriam para Santuário de Santa Luzia na Serra Mossoró, conforme promessa do prefeito Francisco José Júnior (PSD). Pode representar 25% dos recursos da antecipação.

Único projeto de uso de recursos dos royalties é para monumento católico, numa cidade que falta insulina, salário de servidor não é pago e creche é fechada por falta de pagamento de aluguel.

O prefeito de Assu, Ivan Júnior, demitiu 311 pessoas de cargos comissionados e extinguiu 11 secretarias. O de Mossoró: 72 cargos e deu gratificação a outros como compensação para assumirem novos papeis.

Prefeitura de Mossoró mantém carros e imóveis alugados, por valores insondáveis. Alguns sem uso. Falta dinheiro para a folha e investimentos, lógico.

Prefeitura de Mossoró tem 735 cargos comissionados. Seriam 651 trabalhadores ocupados hoje. Terceirizados passariam de 4 mil. Mas quem sabe?

Como a Prefeitura não trata com clareza nada do que faz, não tem confiança e respeito da população. Crise é financeira, mas sobretudo moral.

Você confiaria num “sócio” que pede seu sacrifício para não fechar a empresa, mas continua gastando com bebedeira, roupas caras e restaurante finos?

O prefeito não faz seu dever de casa, não corta na carne. Nos últimos dias até ampliou investimento em propaganda em Mossoró e Natal.

Daí…falsa, absolutamente falsa, por exemplo, a propaganda de que a auditoria feita ano passado, encontrou “622 fantasmas”.

A administração sabe que boa parte desse contingente era cedida. A desorganização burocrática da maioria um espectro de servidor.

Prefeito quer apoio do servidor e do cidadão. Numa analogia, pode ser dito que é a parceria do pescoço com o machado.

Ele é o machado.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
terça-feira - 10/11/2015 - 08:18h
Antecipação dos royalties

Mossoró entrega seu futuro sem qualquer reação

Mossoró está à beira de tomar uma decisão delicadíssima em relação ao seu futuro. Trata-se da iminente aprovação do projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contratar antecipação de royalties do petróleo, a agente financeiro estatal. Está nas mãos da Câmara Municipal o amanhã.

O empresariado está calado, nossas faculdades e universidades não se pronunciam. Sindicato dos servidores municipais, Ministério Público, também são inaudíveis. Parte da imprensa já assumiu posição, sem realmente provocar o debate: é o que o prefeito Francisco José Júnior (PSD) deseja e ponto final.

Se é bom ou ruim para Mossoró, tanto faz.

Tecnicamente, o quantitativo da antecipação depende de cálculos feitos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que podem não se confirmar no futuro próximo. Ela trabalhará uma equação quanto à média de produção e estimativas para próximos anos etc.

No âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), há discussão que trata da redistribuição dos royalties (Lei 12.734/12). Poderemos ter uma redução maior no pagamento, com a redistribuição do “bolo” dos royalties tornando ainda menor o fluxo financeiro às prefeituras que hoje são beneficiadas.

Essa queda já vem ocorrendo ano após ano.

Na Petrobras, devido a uma série de fatores – como a Operação Lava Jato – seu Plano de Negócios prevê uma drástica redução de investimentos numa visão plurianual. Menos recursos para a exploração e pesquisas do petróleo em terra, afetando a produção e consequentemente os royalties.

Mossoró já sente na pele esse “desmanche” há mais de dois anos, de forma continuada, quebrando uma cadeia econômica que fora crescente durante quase três décadas. O “efeito dominó” afeta do setor imobiliário a uma simples lanchonete.

Mesmo assim, a Prefeitura de Mossoró empurra o projeto goela abaixo, sem nenhum plano de investimento, como exige a própria lei.

Mossoró tem crescimento comprometido por conjuntura, gestão nebulosa e decisão comprometedora (Foto: Raul Pereira)

Promove a antecipação dos royalties como a ‘salvação da lavoura’. É um remédio para todos os males, uma espécie de “garrafada do sertão”, vendida em feiras populares, que promete combater de espinhela caída a morróida – na linguagem do sertanejo.

Vale ser lembrado, que do total a ser antecipado, apenas 40% podem ter destinação livre. De acordo com a Resolução 43, o valor da antecipação terá que estar vinculado ao investimento projetado no PPA (Plano Plurianual) e a outras condicionantes legais e técnicas.

Informação viciada

O Projeto de Lei do Executivo local não amarra o valor da Antecipação à sua aplicação. Pulveriza o imaginário popular com desinformação ou informação viciada.

Maior parte dos recursos antecipados (60%), que podem chegar ou ultrapassar os R$ 40 milhões, são amarrados (saúde, educação, por exemplo). Mesmo assim precisa, repito de novo, novamente, mais uma vez, de um plano de investimento.

Câmara tem papel decisivo (Foto: Valmir Alves)

A saída para a crise não é a antecipação dos royalties. Na verdade, o Governo Municipal precisa “cortar na própria carne“.

Isso não ocorrerá exonerando mulher (Amélia Ciarlini) e cunhada (Mirella Ciarlini) do prefeito, para que o governante pareça zeloso, incisivo, drástico e exemplar. A medida, como já afirmamos, não tem efeito prático algum para o erário (veja AQUI). É mera peça de propaganda político-eleitoral.

Podia deixá-las por lá, nas secretarias do Desenvolvimento Social e Comunicação. A mudança de nomes, não altera o produto final.

A Prefeitura de Mossoró não fez o dever de casa. Seus números são nebulosos quanto à aluguel de imóveis, cargos comissionados, locação de veículos, contratos terceirizados, custo real da limpeza urbana e vantagens capciosas dadas a servidores privilegiados.

Ninguém, absolutamente ninguém da sociedade civil organizada sabe nada sobre essas questões. Nem a bancada governista na Câmara Municipal tem noção disso.

A antecipação dos royalties é um atalho ir-res-pon-sá-vel e de má-fé. Nele, não aparecem, aqueles que serão os reais beneficiados de um negócio (ou negociata) de milhões a expensas do sofrimento da maioria.

Pode ser comparado ao criminoso “acerto” feito pelo Governo do Estado para construir o Arena das Dunas. Vincularam os royalties como garantia para o Estado pagar mensalmente quase R$ 12 milhões, que fazem falta à Segurança Pública, Saúde, Educação, Infra-estrutura e outros setores.

Clique AQUI e leia também Operação para antecipação de royalties ‘anestesia’ Mossoró

Por isso, que se sataniza a Universidade do Estado do RN (UERN), considerando-a um “peso” para o erário, o que é um raciocínio eivado de estupidez e desconhecimento. Não se leva em conta o sustento milionário com o suor do povo, do suntuoso e excludente Arena das Dunas, que sem esses recursos estaria literalmente às moscas.

Mesmo com todos esses riscos, exigências e incertezas, Mossoró caminha para entregar seu futuro em mãos alheias, sem discutir. Os espertalhões estão exultantes!

Lasque-se! Sofra!

Não poderá reclamar do que virá adiante.

Pobre Mossoró!

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
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terça-feira - 10/11/2015 - 05:30h
Mossoró

Novos secretários são empossados para “grande desafio”

Como cumprimento do Plano Municipal de Enfrentamento à Crise Econômica foram realizadas alterações na equipe do governo, com adequações e substituições de funções. Nesta segunda-feira, 09, o prefeito Francisco José Júnior (PSD) conduziu a cerimônia de posse dos novos secretários da gestão no Palácio da Resistência.

Francisco José Júnior e novos secretários posam para foto em Prefeitura (Foto: Gildo Bento)

Empossados

Foram empossados os novos secretários da Comunicação Social, José de Paiva Rebouças, o “Jota Paiva”; do Desenvolvimento Social e Juventude, a servidora de carreira Irenice de Fátima; do Planejamento, Gutemberg Dias; e da Administração, que passa a englobar a Secretaria Executiva de Licitações, Compras e Contratos, Marcos Fernandes.

Gutemberg Dias agradeceu em nome dos empossados e falou sobre o desafio de gerir em meio a crise.

“É um grande desafio, mas estamos empenhados e vamos trabalhar com muito afinco para superar todas as limitações”, afirmou o secretário.

Saiba mais informações clicando AQUI.

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Categoria(s): Administração Pública
segunda-feira - 09/11/2015 - 09:44h
Alta jogada

Operação para antecipação de royalties ‘anestesia’ Mossoró

Articulação atrai apoio do empresariado, utiliza Santa Luzia e deverá ser aprovado sem problemas

Por formação técnica, o prefeito mossoroense Francisco José Júnior (PSD) é contabilista. Mas um leque de situações mostra que ele tem certa desavença com os números. Pelo menos nos que se referem à Prefeitura de Mossoró; nas suas contas pessoais, não. São outros quinhentos.

Daí, todo cuidado é pouco com a nova cartada do prefeito, que traz à tona uma nova “solucionática” para a gestão municipal, que se afunda em débitos milionários – num nítido quadro de insolvência. A panaceia vendida pelo prefeito é a contratação de serviço de antecipação de royalties do petróleo.

Tudo dentro da lei, que se diga.

O problema não está na lei, mas nos propósitos e no modus operandi. Outra vez, a estratégia mistura ardilosa e nebulosa negociação de bastidores, com uma espécie de ‘democracia impositiva’. Impõe sua vontade e espera garanti-la com o endosso da Câmara Municipal e o silêncio cúmplice do sindicato de servidores (SINDISERPUM), imprensa domesticada, o empresariado e restante da sociedade civil dita organizada de Mossoró.

Quanto aos organismos institucionais de fiscalização… deixa para lá.

A operação antecipação de royalties começou lentamente há alguns meses. Há pouco mais de 50 dias ganhou velocidade, ou mesmo pressa, sob um manto de desinformação e de mistério calculado.

Empresariado é atraído

Além de trabalhar juridicamente o projeto, o prefeito entendeu que precisaria cooptar o empresariado. Daí ter resolvido receber em seu gabinete representantes da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato do Comércio Varejista (SINDIVAREJO) – veja AQUI. As entidades tinham pedido essa audiência no dia 31 de agosto e só foram recebidas quase dois meses depois. Agora, o prefeito tinha interesse. A audiência, assim, tinha razão de ser.

Prefeito (centro) atraiu entidades que se recusava a receber há quase dois meses (Foto: Raul Pereira)

Com os empresários, a empreitada dos royalties foi levantada por Francisco José Júnior. Até considerou nomear – como sugerido por um dos participantes – representante indicado pelo empresariado para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, bem como priorizar pagamentos em atraso do setor produtivo local. Passado quase um mês, nada.

À semana passada, o prefeito fortaleceu mais a pasta, porém com uma pessoa de sua confiança, o advogado Luiz Antônio Costa, mantido na cadeira.

Noutra frente, negociou com sua bancada o fechamento de questão: tem que aprovar o projeto sem maiores discussões. Assim será. São 16 votos amarrados. Bancada já rejeitou até pedido para apresentação de Plano de Investimento (veja AQUI).

Não para por aí a tessitura desse salto que lançará Mossoró no escuro. Na prática, é como diz uma expressão popular: a gestão do atual prefeito “vai comer na frente, como enxada”, uma montanha de dinheiro que pode passar dos R$ 40 milhões. Isso, num momento de queda na produção do produto. Mais do que um projeto de lei, a matéria tem perfil de plano de pilhagem.

Igreja e Santa Luzia

No plano, nem a Igreja Católica fica fora do ilusionismo. No lançamento da programação da Festa de Santa Luzia, padroeira local, à semana passada, ele prometeu que parte desses recursos vai ser empregada na construção de um santuário em louvor à ela, no cume da Serra Mossoró. Até aqui, é o que tem definido para o dinheiro.

Lá se vão de 12 a 14 milhões de reais para um empreendimento que não tem qualquer relação com o próprio projeto apresentado. Resta saber se a Igreja de Mossoró é a mesma do Papa Francisco, que prega humildade e zelo pelos mais pobres.

Sobre o projeto, nem a bancada governista tem segurança quanto ao seu conteúdo. Não há qualquer detalhamento. A simples apresentação a pegou de surpresa (veja AQUI). No dia em que foi protocolado no Legislativo, um dos membros da bancada governista dizia em plenário que o projeto talvez até fosse encaminhado no próximo ano. Foi surpreendido.

A Prefeitura de Mossoró deve a incontáveis credores, em valores insondáveis. Um exemplo alarmante: a previdência própria, o Previ, são números que hoje passariam de 40 milhões de reais. A fornecedores em geral, incluindo terceirizadas, alugueis de imóveis, veículos etc., são valores que também chegariam a esse montante, ou seja, mais R$ 40 milhões.

Rombo poderá ser maior

As contas do prefeito ficam ainda mais confusas, quando ele fala de redução de custos no seu Governo. Anunciou um Plano Municipal de Enfrentamento à Crise Econômica no mês passado (veja AQUI), para economizar R$ 4,5 milhões por mês. Mas admitiu que o déficit mensal da Municipalidade passaria de R$ 8,5/mês. Ou seja, ainda ficaria um rombo mensal em torno de R$ 4 milhões.

Se esses números do contabilista “Silveira” estiverem corretos, até o final do seu Governo, em dezembro de 2016, a Prefeitura terá mais de R$ 56 milhões de déficit, fora o que já estaria contabilizado até aqui. Vamos somar com o prefeito: 40 milhões, mais 40 milhões e mais 56 milhões. Total que passaria de de R$ 136 milhões de buraco no erário.

Medidas e eleições 2016

O agravante é que o prefeito anunciou medidas com “corte na própria carne” (veja AQUI), na Prefeitura, que no vai-e-vem dos números servem mais como peça de marketing político-eleitora do que como redutores do vermelho. Demitiu pouco mais de 70 cargos comissionados, contudo engordou com gratificações a renda de outros que ficam.

Mossoró – anestesiada – está diante de uma matemática financeira que não é clara porque parece feita para confundir e não para explicar. Também não deve passar despercebido algo de extrema delicadeza: município viverá outro ano eleitoral em 2016.

E quem se lembra o que aconteceu em 2012, tem o direito de imaginar o que podemos esperar para o próximo ano. A Prefeitura de Mossoró é o maior cabo eleitoral do município.

Aguarde mais enfoques sobre o tema.

Bastidores fervem.

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segunda-feira - 09/11/2015 - 08:20h
Um "país" à parte

Mossoró, onde tudo ocorre e nada acontece

Mossoró parece mesmo “um país”, ou um país à parte dentro do país. Tudo ocorre e nada acontece.

Como interino no início de 2014, o atual prefeito Francisco José Júnior (PSD) denunciou ‘rombo’ no erário e superfaturamento na compra de insulinas em governo antecessor.

Na Câmara Municipal, uma professora aposentada denunciou em viva voz há poucos dias, com transmissão pela TV Câmara, que falta insulina nas unidades de Saúde.

Uma auditoria foi entregue ao Ministério Público há vários meses, apontando supostas irregularidades na Prefeitura, como servidores fantasmas.

Bancada oposicionista faz dezenas de pedidos de informação sobre a administração municipal e todos são derrubados pela bancada governista.

Municipalidade aluga imóveis em plena crise e não os utiliza.

Empresas terceirizadas que servem à Prefeitura não pagam salários de trabalhadores há vários meses.

Líder do Governo Municipal – vereador Soldado Jadson (Solidariedade) – denunciou na tribuna da Câmara Municipal e imprensa, irregularidades na Secretaria da Mobilidade, em que agentes de trânsito chegam a ganhar mais de R$ 11 mil por mês.

Prefeitura recolhe dinheiro da previdência de seus servidores, mas não o transfere ao instituto previdenciário.

Um juiz de direito que se transformou em símbolo contra a corrupção pública, na cidade, pede desesperadamente que a Rede Globo de Televisão investigue o que ocorre em Mossoró.

Chega.

Tem muito mais.

E daí!?

Pobre Mossoró!

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 06/11/2015 - 20:20h
Momento importante

Tomaz vai propor plebiscito sobre antecipação de royalties

Plebiscito. Para o vereador Tomaz Neto, do pedetismo mossoroense, a “democracia direta, com o povo se manifestando, é fundamental – mais do que nunca – em Mossoró”.

Tomaz: "O povo deve dizer que aprova ou não" (Foto: Valmir Alves)

Ele anuncia que à próxima semana vai apresentar proposta para que seja realizado um plebiscito, em que a população vote se é a favor ou não da antecipação de royalties do petróleo, como pretendido pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD) – veja AQUI.

“Tenho estudado o assunto, debatido ou tentado debater na Câmara Municipal, mas nós não temos como avançar no assunto de forma técnica, porque a Prefeitura tem 16 vereadores que obedecem cegamente às decisões do prefeito”, comenta.

Legitimidade

Tomaz Neto argumenta que o prefeito não pode ir contra sua proposta, por uma questão de legitimidade popular. “O povo deve decidir seu futuro. Deve dizer que aprova ou não, pois os recursos envolvidos são milionários e podem comprometer o futuro do município”.

O vereador destaca que em outros municípios, como no estado do Rio de Janeiro, a questão de antecipação dos royalties do petróleo tem gerado proposta de plebiscito. “É muito dinheiro envolvido”, lembra.

Democrata

“É algo muito sério, que não pode ser aprovado com a urgência e com tanta falta de detalhamento, como o prefeito está impondo, com a aprovação cega de seus vereadores”, defende.

“Se o prefeito é um homem que gosta de ouvir o povo, democrata, não ficará contra minha proposta”, assinala.

A bancada governista rejeitou esta semana, proposição que pedia detalhamento de uso dos recursos dos royalties (veja AQUI).

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sexta-feira - 06/11/2015 - 19:28h
Mossoró

Prefeito anuncia mais medidas para reduzir gastos

Mudanças provocam exonerações até da mulher e cunhada do governante, que eram secretárias

Ufa! Finalmente o prefeito Francisco José Júnior (PSD) anunciou medidas concretas para tentar cumprir o que anunciou mês passado, que é a contenção de despesas, na intenção de reduzir em cerca de R$ 4,5 milhões/mês o custo da máquina pública. Hoje, essas medidas foram divulgadas.

Em destaque, por exemplo, a exoneração da esposa do prefeito e de sua cunhada, respectivamente Amélia e Mirella Ciarlini, titulares das pastas do Desenvolvimento Social e Comunicação.

No Desenvolvimento Social, além de Amélia Ciarlini foi exonerada a adjunta Suzaneide Ferreira da Silva. Assume a pasta, a funcionária de carreira Irenice Ferreira da Silva. A secretaria ficará sem adjunto.

Extinção

Mirella Ciarlini dá lugar ao jornalista José de Paiva Rebouças, que atuava como Gerente Executivo de Comunicação. A secretaria de Planejamento, que estava vaga desde a saída de Josivan Barbosa, será comandada pelo geógrafo Gutemberg Dias, nome indicado pelo PCdoB em nova aliança partidária.

A extinção das pastas da Transparência e Ouvidoria marca parte dessa mudança também. De acordo com a nova organização, a Ouvidoria passa a funcionar dentro da Secretaria do Gabinete Civil.

A Secretaria de Transparência foi incorporada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e a Secretaria Executiva de Gestão, que tinha status de secretaria, está sob o comando da Secretaria de Administração.

Primeiro escalão

Gutemberg: cara nova (Foto: arquivo)

Ainda foi publicada a exoneração de Sirleyde Dias de Almeida, que atendia pela Secretaria de Administração. Assume a pasta Marcos Antônio Fernandes, que respondia pela Secretaria Executiva de Gestão, agora incorporada à Administração. Também deixa a equipe, Sebastião Almeida de Medeiros, que atendia como ouvidor do município.

A soma das modificações com as exonerações, alterações e modificações terminam com a margem anunciada mês passado de 10% de redução. De acordo com o Jornal Oficial do Município (JOM), foram 88 exonerações de cargos comissionados e 16 novas nomeações, totalizando 72 exonerações. A gestão dispõe de 186 funções gratificadas, porém utilizava apenas 113. Com as mudanças, ocorreram 20 exonerações e nove nomeações, totalizando 10% de redução. As mudanças no organograma completa o percentual desejado.

Reação

As mudanças atingem todos os escalões, representando diminuição de 10% nas equipes e funções gratificadas, conforme o planejamento. Essa é a informação passada pela Prefeitura.

O prefeito afirma que o critério para demissões passou também para questão de assiduidade de pessoal ao trabalho e outras questões funcionais. Se houver uma reação positiva do erário em 60 dias, ele admite que poderá recontratar os exonerados dos cargos comissionados.

Com as novas alterações, foram reduzidos 72 cargos comissionados e 10% das funções gratificadas em todas as pastas. Por lei, a gestão tem o direito de indicar 735 cargos em comissão. No início da gestão, o prefeito havia reduzido para 723 e agora utiliza 651 trabalhadores nestas vagas.

Veja AQUI o Plano de Municipal de Enfrentamento à Crise Econômica.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
terça-feira - 03/11/2015 - 23:06h
Royalties antecipado

Futuro de Mossoró está comprometido, avisa vereador

“Santa Luzia deve estar morrendo de chorar lá no céu”, descreveu hoje, com mãos postas e olhar fitando o teto do estúdio da TV Cabo Mossoró (TCM), o vereador Tomaz Neto (PDT).

Tomaz prevê futuro nefasto (Foto: TCM arquivo)

Entrevistado pelo Cenário Político da TCM, hoje, o vereador oposicionista voltou a dizer que é terminantemente contra aprovação de projeto (veja AQUI) do prefeito Francisco José Júnior (PSD), para antecipação de recursos dos royalties do petróleo em favor da Prefeitura.

Tomaz avisou que até topava dar apoio do próprio bolso para construção do Santuário de Santa Luzia, padroeira da cidade, na Serra Mossoró. Mas considerava um “absurdo”, que esse fosse um projeto de governo com recursos advindos dos royalties, como prometeu o prefeito à semana passada.

Daí, seu clamor para sanar o hipotético chororô da padroeira.

Futuro

Tomaz Neto previu, que os royalties na antecipação pretendida pelo prefeito, “vão comprometer o futuro de Mossoró”. O presente já está afundado, constatou.

Ele também apontou números que revelam como será inevitável a convivência do próximo prefeito e de Mossoró, com uma herança desastrosa deixada pelo atual prefeito.

“Temos uns 40 milhões de dívidas com o Previ Mossoró,” disse. Frisou em seguida, que o prefeito lançou um plano para contenção de despesas, que mostrou um déficit mensal de R$ 8,5 milhões, mas que mesmo com as medidas, deixará um rombo de mais de R$ 4 milhões/mês.

“Até o final do próximo ano serão mais de R$ 50 milhões a mais de déficit”, contabilizou.

Com débitos perante fornecedores, terceirizados e ouros credores que podem passar dos 40 milhões de reais, a Prefeitura acumula esqualidez crescente, que será ampliada com a provável aprovação da antecipação dos royalties. “Será mais uma conta a pagar”, ressaltou o vereador.

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