Por François Silvestre
Há contratos de gaveta, coisa antiga, entre mutuários vendedores de imóveis que deixam pendentes a quitação. Coisa dos costumes na legislação civil.
O Brasil inova com a democracia de gaveta. O que é isso?
É o contrato eleitoral que desconhece a importância da opinião do eleitor e dá prevalência às decisões da justiça. Questionáveis ou não. Aí estão os fatos. Derrubaram Dilma, legalmente. Dentro da Lei. Prenderam Lula, legalmente, dentro da Lei.
Temer assumiu a Presidência, legalmente, dentro da Lei. O que diz o povo sobre isso? Que é tudo uma mentira democrática. Uma farsa eleitoral.
Temer é rejeitado por noventa por cento da população. E população é sinônimo de eleitor. Lula é aprovado por trinta e sete por cento da população, mesmo preso legalmente.
Depois dele, vem Bolsonaro, que não pertence a nenhum dos grandes partidos que derrubaram Dilma. E Dilma está disparada na disputa para o senado, em Minas Gerais, o Estado cujo candidato ao governo foi o relator do impeachment dela.
Eu não votaria em Lula nem em Dilma, mas não reconheço legitimidade nessa nossa democracia de gaveta. Nessa eleição de miçanga.
Fórum não é foro legítimo para verificar vontade do povo. Vontade do povo, certa ou errada, é coisa de eleição. E eleição não é legítima com ausência de candidato líder nas pesquisas, de qualquer pesquisador. Ou então a justiça eleitoral, jaboticaba, declare a inveracidade das pesquisas e as proíba.
País grandioso sob o tacão de anões, exibidos numa vaidade que envergonha os anjos da Rua Conde Lage, virados para a parede pelas meretrizes do Bairro da Glória.
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