domingo - 25/08/2019 - 09:10h

De senhor embaixador e filho de guaiamum

Por Paulo Linhares

Que têm a ver Érico Veríssimo e Elino Julião? Por desconcertante que isto possa ser para alguns, muitas coisas os unem, a partir da plataforma comum de que ambos foram artistas, no sentido mais profundo e legítimo dessa palavra. O primeiro, escritor gaúcho e um dos maiores romancistas da literatura brasileira.

Um dos belos romances de Veríssimo, de sua fase mais madura, “O Senhor Embaixador”, narra o livro a vida na republiqueta fictícia de Sacramento, um estado-ilha latino-americano, tendo como personagem central o embaixador desse pequeno país nos Estados Unidos da América, o velho  militar Gabriel Heliodoro que é íntimo do sanguinário ditador de Sacramento.À frente de numerosa família, Gabriel rompe com a esposa Franscisquita e família, indo viver a aventura de um duplo romance ao lado de uma amante glamourosa, a  sua conterrânea  Rosalia Vivanco, e de Frances Andersen, americana branca, loira, fútil e rica.

Na trama, faz contraponto com o corrupto e dissoluto embaixador Gabriel, o jovem Pablo Ortega, secretário da embaixada, com menos de 30 anos, filho e neto de revolucionários que, apesar de hostil à ditadura de seu país, mantém um relacionamento de amizade com aquele. Outras personagens comparecem num cenário de muitas tramas individuais, além de um movimento revolucionário que abala Sacramento. Enfim, uma excelente obra literária de Veríssimo conhecido pelas personagens complexas, a riqueza com que são construídas suas as tramas.

Por seu turno, Elino Julião, foi um dos mais notáveis compositores da música nordestina, do estilo “baião” tornado célebre por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Sivuca, entre outros. A lembrança aqui focaliza uma canção de autoria de Julião, um dos seus grandes sucessos, “Filho de Goiamum”, naquela estrofe primeira que diz: “É filho de guaiamum/ É filho de guaiamum/ Todo mundo tem um pai/ E eu não tenho um (…)”.

E o que isso tem a ver com o “Senhor Embaixador”? Quase tudo! Ora, o presidente Bolsonaro tem mostrado uma inequívoca propensão autoritária no comando do governo da República, quando trata com enorme e não menos irresponsável desdém importantes instituições jurídico-políticas e valores fundamentais das sociedades civilizadas.

A sua insistência em entronizar o filho Eduardo Bolsonaro no posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América tem dado azo a inacreditáveis bizarrices. Exemplo disso foi o que disse o presidente em entrevista à jornalista Leda Nagle, quando defendeu que se o novo embaixador do Brasil em Washington “tem que ser filho de alguém, então por que não pode ser o meu?”.

Uma coisa é certa: filho de goiamum não pode ser embaixador; é sempre filho de alguém, sobretudo, “filho d’algo” como se dizia antanho, que se torna embaixador. O problema é que Eduardo Bolsonaro, a despeito de ser o deputado federal que obteve maior votação em 2018 e de ser o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, teima em ser o embaixador do Brasil em Washington.

Ora, o nosso primeiro embaixador nos EUA foi nada mais nada menos que Joaquim Nabuco; depois, manteve-se a tradição de manter naquele posto diplomático os melhores quadros do Itamaraty. Enfim, ser embaixador dor Brasil nos States não é tarefa para amadores, sobretudo, para quem fala um inglês macarrônico e cuja maior experiência naquele país foi fritar desqualificados hamburgers, se é que estes podem ser tidos como comida aceitável.

Fato é que o ônus do presidente Bolsonaro para entronizar o seu polêmico filho Eduardo na embaixada do Brasil em Washington é enorme. Além de ser essa investidura contrária à tradição da diplomacia brasileira, constituiria inequívoco caso de nepotismo.

Mais grave é que, na obrigatória sabatina de Eduardo Bolsonaro no Senado Federal, dificilmente será aceita: em números atuais, o jovem Bolsonaro obteria míseros 14 votos num universo de 81, o que deixa claro que ninguém de juízo gostaria de ver no posto mais importante da diplomacia brasileira alguém inexperiente e, o pior, claramente um sabujo das reinações de mister Trump. Nos últimos dias, o presidente Bolsonaro tem mostrado cansaço nessa empreitada: fazê-lo o senhor embaixador do Brasil em Washington pode representar um enorme e desnecessário desgaste.

Enfim, o menino Bolsonaro não deve ser o nosso embaixador em Washington. Se o pai, tiver algum juízo. Se mantiver o fantástico argumento de que, repita-se, “tem que ser filho de alguém, então por que não pode ser o meu?”, deverá sofrer grande derrota política.

Vai o presidente Bolsonaro bancar isso? Talvez não, aliás, já dá mostras de que mandar o seu serelepe filho para babar o alaranjado Trump implica incompensáveis ônus políticos. O Brasil não precisa desse canhestro senhor embaixador, mesmo que não seja um reles filho de guiamum. É mais da conta!

Paulo Linhares é professor e advogado

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sexta-feira - 23/08/2019 - 19:08h
Natal

Direita vai fazer protesto domingo focando o Supremo

No próximo domingo (25), os movimentos de direita do Rio Grande do Norte voltarão às ruas para protestar em apoio à Operação Lava Jato, contra os desmandos e manobras dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) e pedir o impeachment dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.

Mobilização organizada para o domingo tem o ministros do STF como um dos principais alvos (Foto: divulgação)

Também está na agenda, apoio ao ministro Sérgio Moro e ao procurador da República Deltan Dallagnol.

Manifestantes ainda vão pedir o veto total à Lei de Abuso de Autoridade.

O protesto está marcado para às 15h, no cruzamento das avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira, em Natal.

Para um dos organizadores, Carlos Reny, “o STF já extrapolou todos os limites, mostrando que vários de seus indicados estão a serviço de políticos corruptos. Um exemplo claro disso foi a decisão da não-transferência do presidiário Lula, em menos de 24 horas, enquanto pessoas de bem morrem em filas de espera sem decisões judiciais”, declara.

Ele é integrante do movimento denominado de Força Democrática.

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Categoria(s): Política
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terça-feira - 20/08/2019 - 07:22h
Projeto

Temor de controle, apressa autonomia da Polícia Federal

Do Congresso em Foco

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR) deseja que seja apresentado em setembro o relatório do projeto que define a autonomia da Polícia Federal.

“Essa semana eu coloco o relator e vou pedir celeridade, no máximo em 15 dias, para ele apresentar o voto”, disse ao Congresso em Foco.

Polêmica com presidente Jair Bolsonaro confronta membros da PF com Executivo (Foto: Web)

tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na nomeação do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu o caminho para a retomada da proposta parada no Congresso.

Após a declaração do presidente de que ele é “quem manda” na definição dos cargos de comando do órgão, delegados federais decidiram cobrar dos congressistas a aprovação da autonomia administrativa, financeira e orçamentária da Polícia Federal, além da fixação de um mandato fixo para o diretor-geral da instituição.

O presidente da CCJ, que é filho do delegado da PF e  deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR), minimizou o atrito causado com a intervenção na categoria no Rio de Janeiro.

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domingo - 18/08/2019 - 12:58h

Abuso de autoridade, uma lei e a injustiça num país injusto

Por João Paulo Costa

O polêmico e discutido Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, apresentado ainda no ano de 2016, onde tramitou pelas diversas Comissões do Senado (PLS 85/2017) e na Câmara dos Deputados (PL 7.596/2017), posteriormente aprovado em ambas as casas, e agora aguarda a sanção Presidencial, ficando conhecido popularmente como a referência acima citada,  pretende atualizar a Lei original de abuso de autoridade, que data o ano de 1965.

O Presidente da República declara avaliar possíveis vetos ao projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que endurece a punição a agente públicos por abuso de autoridade. E para fechar a informação: a Lei só entra em vigor caso sancionada pelo chefe do executivo, seja em sua integralidade ou com vetos parciais, pontuais.As medidas previstas na Lei de Abuso de Autoridade se aplicam aos servidores civis e militares e integrantes do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e tribunais de contas. A depender do caso, estão previstas as seguintes punições: prestação de serviço, multas, prisão (entre 3 meses a 4 anos de cadeia), afastamento temporário ou perda do cargo.

Entre os pontos polêmicos e que causam discussão entre as diversas classes representativas, está o item que pune autoridades que iniciem investigação sem justa causa fundamentada ou que usem algemas de forma inadequada, ou seja, em pessoas que não representem alguma ameaça. Outro trecho polêmico é o que prevê detenção de 6 meses a 2 anos para quem fotografar ou filmar preso, investigado ou vítima sem seu consentimento com o intuito de constranger a pessoa.

Para os críticos dessa medida, o texto abre brecha para criminalizar o agente público que permitir que um preso seja fotografado antes mesmo da culpa formada, ainda como apenas suspeito.

Uma pergunta sempre surge: quem é que não conhece um caso de abuso de autoridade, de carteirada, de exorbitância de poder e funções, de excesso autoritário? A verdade é que somos, por excelência, o país dos abusos de autoridade. Neste país de bacharéis, em que qualquer engravatado preza ser chamado de ‘doutor’, o abuso vem de berço, herança colonial, senhorial, escravocrata.

Cristaliza-se com as disparidades sociais, já que somos um dos países mais desiguais e injustos do planeta nesses termos. E isso reflete, sim, no cotidiano da vida do brasileiro, na ação da Justiça, na atividade policial e etc.

E a análise que podemos fazer de uma dura realidade , e que vê nesse projeto de lei a esperança de mudanças, pois a população comum, pobre, será a principal beneficiária de uma eventual aprovação, lembrando casos recentes como o da menina presa em cela com homens no Pará e que sofreu estupro coletivo e de uma policial processada por prender um magistrado embriagado durante blitz no Rio de Janeiro, dentre outros casos espalhados pelo País.

Pontos Polêmicos

Prisão indevida: Se um juiz decretar prisão “em manifesta desconformidade” com as regras previstas em lei, poderá ser preso por até quatro anos.

Prova ilicita: A medida prevê pena de até quatro anos de cadeia para a autoridade que durante investigação ou fiscalização obtiver uma prova “por meio manifestamente ilícito”.

Uso de algemas: O texto veda algemar ou amarrar de alguma forma uma pessoa quando não há clara resistência à prisão, risco de fuga ou ameaça à integridade física. A pena para esse abuso vai até dois anos de prisão. Um caso recente que repercutiu nacionalmente foi o de Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro condenado e preso na Lava Jato do Rio. Em janeiro de 2018 Cabral foi transferido de presídio e apareceu algemado nas mãos e nos pés, por decisão da Polícia Federal, o que gerou uma controvérsia jurídica se havia necessidade em algemá-lo.

Depoimento forçado: O projeto aprovado determina que uma autoridade pode ser presa por até quatro anos se forçar o depoimento de quem deve resguardar sigilo profissional (como médicos sobre seus pacientes ou jornalistas sobre suas fontes), quem tenha optado por não falar ou quem esteja sem a presença do advogado, tendo solicitado um defensor.

Encontro com advogado: A autoridade que impedir, “sem justa causa”, uma pessoa, presa ou não, de se encontrar reservadamente com seu advogado pode receber pena de até dois anos de cadeia.

Entrada em domicílio: A autoridade que adentrar a casa de alguém, contra a vontade do morador, sem determinação judicial ou sem atender exceções determinadas na lei, pode, segundo o texto, ser presa por até quatro anos. O mesmo abuso vale para quem cumpre mandado legal em residência entre 21h e 5h da manhã.

Cela com mulheres e homens: Manter homens e mulheres detidos na mesma cela passa a ser considerado um abuso passível de até quatro anos de cadeia. Um caso famoso ocorreu em 2007, quando uma adolescente ficou detida por decisão judicial durante quase um mês numa cela com 30 homens em Abaetetuba, no Pará. Ela relatou ter sofrido uma série de abusos e estupros.

Para Elias Mattar Assad, presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (AbRACRIM): “É barbárie o que se pratica hoje no Brasil. Investigar, acusar, defender e julgar pessoas são atos de ciência, construção e respeito ao próximo, jamais de ódio, destruição e linchamento. Essa lei confere tutela no manejo da norma processual”.

Entidades representativas de juízes, procuradores e delegados criticaram enfaticamente e alertaram para um possível ‘enfraquecimento’ do combate ao crime organizado e à corrupção com a aprovação.  Procuradores argumentam, ainda, que a medida representará “um ato de vingança” dos políticos contra a Lava Jato, que, desde 2014, já atingiu políticos de 28 dos 32 partidos do Brasil.

É fato que o Presidente da República está sofrendo pressão de diversos núcleos da política para vetar alguns trechos do texto que é visto como uma possível forma de dá margem para criminalizar condutas que têm sido praticadas em investigações no País.

Por outro lado, os defensores da medida argumentam que a discussão é necessária, já que, hoje, a definição do que se enquadra em abuso de autoridade é genérica e não há penas delimitadas para as condutas.

João Paulo Costa é advogado criminalista

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quinta-feira - 25/07/2019 - 12:44h
Opinião

Analfabetismo não exclui inteligência.

Por François Silvestre

Bolsonaro é analfabeto em matéria de instrução, mas não é desinteligente. Ninguém se iluda. Ele é esperto e matreiro.

Quando ele diz uma “burrada” e todo mundo vai na onda de contestar, discutir, repercutir, acontece o que ele quer. Isto é, desviar a atenção das coisas realmente graves que seu governo não ataca nem resolve.

Essa coisa de embaixada nos esteites é uma jogada inteligentíssima. E todo mundo escorregou na casca.

Esqueceram Queiroz, esqueceram o laranjal dos filhos, esqueceram os depósitos da primeira dama. E todo mundo foi pra “luta” contra um Bolsonaro na embaixada do Trump.

Grande luta.

Pra que serve embaixada em Washington? Pra nada. Diplomacia hoje é tão atraente quanto texto escrito em papel. Ninguém dá bolas. Diplomacia é máscara em baile de amizade.

Os americanos elegeram Trump, merecem Bolsonaro. E a Câmara dos Deputados ganha uma ausência ilustre.

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segunda-feira - 22/07/2019 - 08:22h
Nordeste e nordestinos

Deputado Girão atribui a perdedores críticas a Bolsonaro

Girão: "Decore" (Foto: José Aldenir/Agorarn)

Deputado federal em primeiro mandato como representante do Rio Grande do Norte, o general Eliéser Girão (PSL) relativizou declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no fim de semana, vistas como preconceituosas, em relação a nordestinos e o Nordeste.

Para ele, tudo não passa de lengalenga de derrotados nas urnas, desconsiderando as palavras do presidente, que usou o termo “paraíba” para definir nordestinos (veja AQUI).

– Vamos ouvir essa “CANTILENA” de quem perdeu por vários anos. Independente do que O Presidente falou, o que importa mesmo é o que ele está fazendo pelo NE e pelo Brasil – disse o parlamentar, utilizando seu endereço na rede social Twitter.

“O Brasil está mudando. Não entendeu? Decore”, complementou.

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domingo - 21/07/2019 - 10:36h

Governadores fecham acordo para socorro aos estados

Por Josivan Barbosa

Os 27 governadores fecharam um acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que até o fim de setembro seja concluída a votação de pelo menos quatro propostas da “pauta federativa”. A sintonia que os governadores buscam com o Congresso é reflexo do atual momento político.

Tanto Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre já deixaram claro que o Legislativo vai assumir o protagonismo do debate na agenda econômica.

Em relação ao Plano Mansueto, os governadores esperam que possa permitir a liberação de R$ 10 bilhões aos Estados com déficit fiscal mais grave e outros R$ 5 bilhões aos com dificuldades moderadas.

Estão, também no pacote, o acordo que permite o bônus de assinatura dos contratos da cessão onerosa de gás e petróleo e a construção de consensos para a reforma tributária. Outra proposta negociada é a criação de um imposto sobre jogos eletrônicos que poderia financiar o Fundo Nacional de Segurança Pública, com capacidade de geração de receita de aproximadamente R$ 16 bilhões/ano.

RN tem jeito

Mais uma gigante asiática pode ser contactada para estudar a possibilidade de se instalar na terra potiguar. A japonesa Shizen Energy escolheu o Brasil como primeiro país fora da Ásia para investir em geração de energia, com foco em projetos da fonte solar fotovoltaica.

Por enquanto, a companhia está em fase de testes no mercado local por meio de dois projetos de geração distribuída de 1 megawatt (MW) cada em Brasília, mas a meta é atingir cerca de 60 MW em operação até o fim do ano que vem. Por enquanto, o foco é apenas nesta fonte, já que parques eólicos, por exemplo, levam mais tempo para serem executados. Além disso, no Brasil, a companhia não atuará na construção dos empreendimentos, e pretende fechar parcerias com terceiros para as obras e, também, operação e manutenção, mantendo a gestão e o uso da tecnologia desenvolvida pela companhia.

CEF

Os produtores do Polo de Agricultura Irrigada RN – CE interessados em crédito bancário para a perfuração de poços profundos ou outras obras de infraestrutura para facilitar a implementação de programas de certificação inicial ou a própria manutenção da certificação para os mercados interno/externo podem contar com aporte de recursos da Caixa Econômica Federal.  A estratégia da Caixa ocorre em um momento no qual produtores se queixam da falta de recursos disponíveis para financiar infraestrutura em propriedades rurais e a indústria de máquinas reclama da oferta insuficiente de recursos do Moderfrota, linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos subsidiados.

Nesse sentido, a Caixa admite que sua estratégia para o crédito rural se complementa à atuação do BNDES no meio rural, calcada em financiamento com prazo maiores – para pagamento em 10 a 15 anos.

Future-se

O Ministério da Educação lançou o Future-se, programa que chega repleto de dúvidas e incertezas quanto a sua aplicabilidade na atual conjuntura do Sistema Federal de Ensino Superior do país.

Em resumo, o plano do ministro da educação prevê um fundo de mais de R$ 100 bilhões, administrado por uma instituição financeira a ser definida. Os recursos serão distribuídos como uma espécie de recompensa para as universidades públicas que melhor avançarem em temas como empreendedorismo, gestão, pesquisa e internacionalização. O MEC não detalhou as leis que seriam alteradas para aprovar o projeto, mas afirmou que não vai mexer em regras constitucionais para facilitar a tramitação.

Future-se II

A operacionalização do Future-se ocorrerá por meio de contratos de gestão firmados pela instituição de ensino com organizações sociais, entidades de caráter privado ligadas a atividades de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. A adesão das universidades será voluntária, mas as instituições que decidirem não fazê-lo ficarão sujeitas a contigenciamentos e às limitações do teto de gastos. Vamos esperar como a nossa UFERSA e a nossa co-irmã UFRN irão encaminhar o projeto nos seus intramuros.

Queijo de coalho

Uma boa oportunidade de mercado pode ser aberta para os produtores de queijo de coalho da nossa região. Batizada informalmente de “Lei Áurea dos Artesanais”, a nova legislação permite que os produtos sejam vendidos em todo o território nacional após passarem por inspeção dos serviços sanitários estaduais, que ficarão encarregados de conceder o selo aos produtos. Até então, esses produtos precisavam passar pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) para serem vendidos fora dos Estados ou municípios de origem.

Queijo de manteiga

A nova legislação também se aplica ao nosso queijo de manteiga e a nossa manteiga da terra. A lei prevê que cada Estado tenha uma legislação específica para a produção dos alimentos que receberão o selo. Caberá ao Ministério da Agricultura criar um cadastro nacional de produtores artesanais. A lei não estabelece multas. Os produtores que não respeitarem a legislação perderão o selo. A lei considera como artesanal o produto que utiliza técnicas predominantemente manuais na fabricação, que tem a origem das matérias-primas conhecida e que utiliza produtos de origem animal.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido

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domingo - 21/07/2019 - 09:36h

Alcione, marrom de todas as cores

Por François Silvestre

Bravo.

Sua resposta a esse destemperado, analfabeto e racista Jair Bolsonaro (PSL), só confirma o que eu tenho dito aqui e alhures: Nordestino que se baba de afeto por essa figura ou é masoquista ou tem complexo de jegue.

Com todo respeito ao quadrúpede. Mas, com muita pena dos bípedes.

Valeu, Alcione.

Cantora Alcione:

“Presidente Bolsonaro, eu não votei no senhor e não me arrependo. Eu sou uma brasileira que não torço contra o governo, não sou burra. Eu sei que se torcer contra, estou torcendo contra o meu país. Agora meu pai sempre me dizia, que meu avó já dizia para ele: “QUEM QUER RESPEITO, SE DÁ”. E o senhor não está se dando respeito. O senhor precisa respeitar o povo nordestino. RESPEITE O MARANHÃO. O senhor tem medo de facada, tem medo de tiro, mas o senhor precisa ter medo do pensamento. O pensamento é uma força. Pense em mais de 30 milhões de nordestinos pensando contra o senhor? Comece a nos respeitar. RESPEITE O POVO BRASILEIRO” (veja AQUI).

Uma cantora e artista brasileira que nunca se envolveu em militância política. Sua militância é a da arte.

Mas não se nega a defender sua gente e sua terra, pois é da gente que se é e da terra em que se nasce que nasce em cada um a sua arte.

François Silvestre é escritor

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quarta-feira - 17/07/2019 - 23:50h
TV

Enfoque Político fala sobre Bolsonaro, Fátima e sucessão

Participamos nessa terça-feira (16) do programa comemorativo de um ano do “Enfoque Político”, da Super TV, Canal 173 (Brisanet), de Mossoró.

Veja na caixa de vídeo acima, conteúdo desse bate-papo com o jornalista Saulo Vale, âncora do programa, além do jornalista e professor de jornalismo Esdras Marchezan.

Oportunidade para falarmos sobre política nacional, gestão estadual e sucessão municipal.

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segunda-feira - 15/07/2019 - 04:26h
Brasil

Quanto mais promete mudar…

Por François Silvestre

…mais é a mesma coisa. plus ça changeplus c’est la même chose.

É isso mesmo ou pior do que isso. nenhum dos presidentes da “era medieval”, a ser execrada, liberou tantas verbas individuais de parlamentares quanto agora (veja AQUI). Tudo para convencer o patriotismo parlamentar.

O prometedor ridículo de nova política, mais ridícula do que o próprio, não só repete a prática criticada como a esbanja milionariamente comparada com os antecessores.

E ainda por cima inventa nova definição de nepotismo.

Pergunto: Imaginou Lula nomear um filho para embaixador em Cuba?

Dilma nomear o ex-marido embaixador na Bulgária? FHC nomear a esposa embaixatriz na França?

Temer nomear um sobrinho embaixador na Argentina?

Imaginou?

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segunda-feira - 08/07/2019 - 21:50h
Primeiros meses

Manoel de Brito elogia esforço de Fátima e Bolsonaro

Brito: política aos 91 anos (Foto: cedida)

O ex-deputado estadual Manoel de Brito aniversariou nesse último sábado (6). Esperou a data chegar em sua cidade-pátria, Jardim do Seridó (a 243,3 km de Natal). São 91 anos de vida.

Figura ativa até hoje, Brito foi entrevistado pela Rádio Cabugi do Seridó sobre vários temas. Em temas políticos, não se esquivou de comentar sobre as administrações  Fátima Bezerra (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

Veja abaixo um resumo desse bate-papo com a Cabugi:

– Falando um pouco de politica, se costuma fazer uma primeira avaliação das administrações públicas após 90 dias iniciais. Dentro desse conceito, qual avaliação após seis meses da gestão Fátima Bezerra?

– Veja bem, todos sabem minha posição politica, eu não apoiei a candidata Fátima Bezerra para o Governo do Estado por divergir da ideologia petista, todavia, decorrido seis meses, eu como observador e atuante da politica do Estado, reconheço que ela tem feito um esforço sobre-humano para que o estado preencha os caminhos indispensáveis ao seu desenvolvimento. Tem feito um esforço muito grande, recorrendo aos meios de que dispõem, seja junto à classe politica, seja junto à classe empresarial, seja junto ao próprio governo federal, para cuja eleição ela não contribuiu. Todos nós sabemos que o Brasil é uma federação, e nestes tempos não podem distinguir quem quer que seja por ser contrário à eleição do presidente da república, da mesma forma que ela faz por onde respeitar os prefeitos municipais que não foram eleitos pela legenda petista.

Bolsonaro

– O senhor avalia que o Governo Bolsonaro nesses primeiros seis  meses tem correspondido a expectativa do Brasileiro?

– Eu posso reconhecer que o esforço do presidente da república é inegável, é  incontestável. A cada dia que passa se comprova a diligencia dele e o empenho dele em colocar o Brasil no caminho certo. Temos que considerar o fardo pesado que ele recebeu da desastrada administração do governos petistas. Reconheço também o esforço do presidente que antecedeu Bolsonaro,  o presidente  Michel Temer (MDB). Fez um esforço muito grande, mas o tempo que lhe sobrou foi pouco, foi impossível dele realizar o que pretendia para deixar o Brasil, na sua recuperação não só politica como econômica. E é isso que nosso presidente Bolsonaro está tentando realizar, e que todos nós devemos ter compreensão para que reconheçamos seu empenho e seu esforço, e de seus auxiliares, inclusive o ministro Sérgio Moro.

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sexta-feira - 05/07/2019 - 09:00h
Fogo-amigo

O desapontamento de aliados com Bolsonaro e Fátima

Fátima e Bolsonaro: fogo-amigo (Fotos Web)

Em Brasília, policiais federais passaram a tratar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por “traidor”.

No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) é tachada de “caloteira” por setores do funcionalismo público.

Nos dois casos, não temos exemplos de revolta, intriga ou recalques de oposição.

Mas desapontamento de aliados/votantes.

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quarta-feira - 03/07/2019 - 21:02h
Reforma da Previdência

Policiais recusam proposta de Bolsonaro e derrubam acordo

Bolsonaro: desgaste (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Do Folha de São Paulo

Sem acordo com representantes de policiais federais, caiu o acordo para aliviar regras de aposentadoria para a categoria, policiais rodoviários e policiais legislativos.

O presidente Jair Bolsonaro atuou para favorecer policiais na reforma da Previdência e líderes da Câmara chegaram a fechar um acordo nesse sentido, mas a categoria continuou insatisfeita, o que derrubou as negociações.

Assim, a nova versão da proposta não suaviza regras para policiais federais, policiais rodoviários federais nem policiais legislativos.

Presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, disse à Folha que a proposta feita pelo governo “não resolve o nosso problema”.

Os policiais querem que quem está perto de se aposentar tenha que trabalhar 17% a mais do período que falta para cumprir o tempo mínimo de contribuição. Esse é o mesmo “pedágio” previsto para Forças Armadas, policiais militares e bombeiros dos estados.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Leia também: “Acabou o amor; Bolsonaro traidor”, gritam policiais.

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domingo - 30/06/2019 - 22:20h
Brasil

Quase 90 cidades têm mobilização em favor de Sérgio Moro

Do G1

Até por volta de 19h30 deste domingo (30), 88 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tinham registrado atos de protestos em apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, à Operação Lava Jato, à Reforma da Previdência e ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Manifestantes fizeram ato em Natal no cruzamento de duas avenidas (Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi)

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se reuniram na Zona Leste de Natal em um ato de apoio às medidas do Governo Federal neste domingo (30). A ação em frente ao shopping Midway Mall, na Avena Senador Salgado Filho, no bairro Tirol, começou por volta das 15h.

Os manifestantes foram às ruas em defesa de Moro após a divulgação pelo site Intercept de diálogos atribuídos a ele e procuradores da Lava Jato, da época em que ele era o juiz de primeira instância responsável pelos processos da operação.

Até por volta de 19h30, 88 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tinham registrado atos.

Manifestantes usavam roupas com cores da bandeira do Brasil e levavam faixas com frases de apoio ao projeto anticrime de Moro e de pautas defendidas por Bolsonaro. Até a última atualização desta reportagem, os atos eram pacíficos.

Sérgio Moro se pronunciou sobre movimentação ocorrida neste domingo pelo país

É o primeiro dia de manifestações desde que o site The Intercept Brasil começou a publicar supostas mensagens atribuídas a Moro e a procuradores do Ministério Público o que, segundo o site, mostraria parcialidade do então juiz durante julgamentos da Lava Jato.

Moro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens e não admitem que nada do que foi divulgado até agora contenha irregularidades.

Sérgio Moro se manifestou em uma rede social na tarde deste domingo.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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domingo - 30/06/2019 - 10:30h

Faz somente seis meses, “taokey”?

Por Odemirton Filho

O governo do presidente Jair Messias Bolsonaro (PSL) chegou aos seis meses. Com sua linguagem coloquial e costumeiros arroubos, o presidente vem se notabilizando por dizer aquilo que lhe vem à cabeça, sem receio de ofender quem quer que seja.

É nítida a sua incapacidade para articular ideias e proferir um discurso coeso, não muito diferente, nesse particular, da ex-presidente Dilma Rousseff.

Com efeito, todo início de mandato traz a inexperiência daqueles que ainda não estão afeitos à máquina administrativa, sobretudo, porque o presidente nunca esteve à frente de qualquer Poder Executivo.

A equipe que formou, tem como expoentes os ministros Paulo Guedes, conduzindo a Pasta da Economia, e o ministro Sérgio Moro, capitaneando o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

É precipitado, a meu ver, creditar fracasso ao governo. Ainda há um longo caminho para concluir seu mandato (se concluir). Porém, já se pode antever qual seu será o seu estilo de governar.

A pauta conservadora dos costumes será uma constante, além de se imiscuir em debates nas redes sociais que somente inflamam o já politicamente dividido país.

O presidente, como se diz, ainda não desceu do palanque e insiste em travar disputas ideológicas que nada acrescentam ao seu governo, como o combate ao tal marxismo cultural e a ideologia de gênero.

Com o Congresso Nacional a relação do governo é feita de altos e baixos, não sendo tão harmoniosa como prevê a Constituição Federal, a despeito do presente ter estado no Parlamento por quase trinta anos.

Na seara econômica o ministro Paulo Guedes tem envidado esforços com o escopo de aprovar a Reforma da Previdência, como crucial para equilibrar as contas públicas e atrair investimentos.

Entrementes, é interessante notar, que os especialistas na área econômica asseveram que somente a reforma previdenciária não é suficiente para retirar o país da crise e fazer o Produto Interno Bruto (PIB) voltar a crescer de forma significativa.

Uma das principais promessas de campanha do então candidato à Presidência era a ampliação do porte e posse de armas o que, de fato, cumpriu, expedindo Decreto nesse sentido.

Contudo, posteriormente, ante a resistência do Congresso Nacional, revogou o Decreto e expediu três novos, além de projeto de lei sobre o tema.

Nessa mesma linha, o ministro Moro encaminhou seu pacote anticrime ao Parlamento, todavia, a tramitação do projeto caminha a passos lentos.

No aspecto político, a primeira baixa se deu com o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria Geral da Presidência, envolto no escândalo das candidaturas laranjas do PSL. Com a prisão de assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no caso do laranjal, poderá ser o próximo a cair.

Posteriormente, o ministro da Educação, Ricardo Vélez, foi à lona, por manifesta incapacidade administrativa, além de frases infelizes, como a que os brasileiros se comportam como “canibais” quando no estrangeiro, bem como querer recontar o golpe de 64 por outro viés, minimizando aquele período negro.

Houve, de igual modo, uma baixa na equipe econômica do até então intocável ministro Paulo Guedes, quando o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu exoneração, após declarações do presidente.

O ministro Sérgio Moro está no meio do fogo cruzado em razão do vazamento de conversas pelo site The Intercept Brasil entre ele e o Procurador da República, Deltan Dallagnol, na operação Lava Jato.

Entretanto, o ex-juiz ainda goza de credibilidade perante o governo e a opinião pública, mas se forem comprovadas a autenticidade dos diálogos sua permanência ficará, sem dúvida, insustentável.

Não se pode esquecer, ainda, as “pérolas” da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub e dos filhos do presidente (um deles sob suspeita de práticas nada republicanas). Tudo sob o olhar vigilante e mal-educado do guru ideológico dos Bolsonaro, Olavo de Carvalho.

Cabe ressaltar que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, mostra-se, até o momento, o mais proativo, adotando medidas para “destravar os projetos de melhoria da logística do País, remover entraves burocráticos e reduzir exigências para a participação do setor privado em novos empreendimentos”.

Houve, é certo, uma baixa significativa no número de homicídios no país, mas não se pode aferir se existe uma relação direta com ações do governo federal ou se os estados-membros estão mais firmes no combate à violência.

Por outro lado, o desemprego continua em alta, na casa de 13 milhões de pessoas, e o consumo das famílias ainda não atingiu níveis que possam fomentar o crescimento da economia.

Faltam investimentos do setor produtivo, sem esses não há criação de postos de trabalho, aumento da renda e arrecadação de impostos.

Para o ministro Paulo Guedes a aprovação da Reforma da Previdência é uma verdadeira panaceia. Contudo, vale lembrar, que a Reforma Trabalhista iria criar milhões de empregos e, o que vemos, até o momento, foi mera retórica.

Cabe, ainda, menção ao relacionamento do governo com a comunidade internacional.

De início, a pretensão da mudança da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém causou mal-estar com os países árabes, tendo o presidente, de forma prudente, recuado. Aliás, não se entende a subserviência de Bolsonaro ao governo norte-americano. A vassalagem a Trump não condiz com o nacionalismo apregoado pelo presidente.

Ademais, recentemente, a Chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que é “dramática” a situação do Brasil em questões ambientais e de direitos humanos sob o atual governo e que ver com preocupação as ações do governo brasileiro em relação ao desmatamento.

Destaque-se, porém, que um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia está iminência de ser celebrado o que é um alento para a economia da nossa região.

Eis, em linhas gerais, os seis primeiros meses do governo Bolsonaro.

Por fim, é de se esperar que o governo pare de promover “um show de besteiras”, conforme afirmou o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, resgatando o país da crise social e econômica vivenciada há tempos.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 23/06/2019 - 08:44h

A falácia da Reforma Previdenciária

Por Paulo Linhares

A despeito do corte ultra-liberal da visão econômica do ministro Paulo Guedes, fortemente radicado nos postulados conservadores da Escola de Chicago e no pensamento do seu principal guru, o economista Milton Friedman (1912-2006), prêmio Nobel de Economia de 1976, a sua presença na cabeça da equipe econômica do governo Bolsonaro ensejou um clima de confiança no mercado.

Claro, inegável que a passagem de Guedes pelo mundo das finanças, neste país, tem sido pontilhada por histórias de sucesso, sendo um dos fundadores do Banco Pactual  e de vários fundos de investimentos e empresas, o que reforça em muitos as expectativas que cercaram a sua ascensão como mentor do candidato Jair Bolsonaro que, na campanha presidencial,  se recusava responder sobre questões de economia e sempre fez vexatórias remissões ao seu “Posto Ipiranga”, como ‘carinhosamente’ tratava o seu futuro Ministro da Economia.

Milton Friedman é o "guru" do ministro Paulo Guedes que vê a reforma como remédio para todos os males (Foto: Web)

Entronizado no Ministério da Economia, Guedes passou a ter poder e influência jamais imaginados por seu antecessores nos últimos cinquenta anos, inclusive, na montagem da equipe.

No entanto, para desencanto de muitos, nada de novo apresentou para dar um novo ânimo à economia brasileira, passados seis meses de governo, apenas ‘requentando’ ações dos governos anteriores. E o país seguiu afundando no pântano no marasmo econômico, com projeção de uma cenário de profundas incertezas.

O mais estranho é que o ministro Paulo Guedes, certamente para satisfazer subalternos aspectos ideológicos, se fixou na realização de (mais) uma reforma da Previdência Social como o “abre-te sésamo” econômico do governo Bolsonaro: sem ela, advertiu Guedes ao Congresso Nacional, nada poderá acontecer na economia. Enorme falácia. Bobagem mesmo.

Ora, neste contexto uma reforma da previdência social resolve apenas aspectos secundários da economia, mormente, a busca do equilíbrio das contas públicas, porém, mantém intocados vários outros aspectos mais sensíveis e relevantes da gestão econômica: política cambial, retomada do crescimento, investimentos, redução do desemprego, aumento das exportações etc.

Em si, a reforma da previdência preconizada por Paulo Guedes, se aprovada integralmente pelo Congresso Nacional sem uma vírgula a mais ou a menos, ainda assim deixaria irresolvidas as grandes questões que atravancam, hoje, a economia brasileira.

O mais grave é que deputados federais e senadores jamais darão o que Guedes quer, até mesmo porque o governo Bolsonaro é órfão de bons negociadores com o Congresso Nacional. Isto o torna refém do bloco parlamentar conservador autodenominado como “Centrão”, que lhe tem imposto seguidas derrotas. Isto sem falar que o habilíssimo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que está cada vez mais desenvolto nas críticas a Bolsonaro, a tirar pelo comentário que fez no episódio da demissão do presidente do BNDES: um ato de enorme “covardia”. Pano rápido. Deu no osso do “Capitão”.

Assim, a reforma previdenciária sairá diferente daquela que Guedes planejou, restando-lhe acudir a outros espectros mais relevantes da gestão da Economia. E terá que dizer a que veio, o que não fez até agora. Se não der uma repostas positiva, aprofundará perigosamente a crise econômica.

Óbvio que o mercado tentará ganhar com isto, todavia, aos cidadãos comuns não restará  alternativa, senão  da resignação pura e simples, bem nos moldes da lição pessimista do mesmo Milton Friedman, na introdução do sua obra “Capitalismo e Liberdade”:

– “Se o governo deve exercer poder, é melhor que seja no condado do que no estado; e melhor que seja no estado do que em Washington. Se eu não gostar do que minha comunidade faz em termos de organização escolar ou habitacional, posso mudar para outra e, embora muito poucos possam tomar esta iniciativa, a possibilidade como tal já constitui um controle. Se não gostar do que faz o meu estado, posso mudar-me para outro. Se não gostar do que Washington impõe, tenho muito poucas alternativas neste mundo de nações ciumentas.”

Se trocarmos “condado” por “município” e “Washington” por “Brasília” teremos a dimensão do pouco espaço de manobra que resta aos cidadãos comuníssimos (nada a ver com comunista!) que somos nós, a não ser fugir para alguma dessas “nações ciumentas”. Onde, aliás, por pura precaução, não haja nenhum “Posto Ipiranga”…

Paulo Linhares é professor e advogado

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sexta-feira - 21/06/2019 - 20:16h
Reflexão

As virtudes de Bolsonaro

Por François Silvestre

Ele as tem? Sim. São virtudes dele que, mesmo involuntariamente expostas, levam à compreensão dessa figura tosca que é legitimamente presidente de uma república burlesca.

Ele não controla a língua. E se revela. Nem sabe usar a língua e se enrola.

Essa condição em vez de ser negativa é positivamente benéfica, pois expõe o rei nu no tecido inexistente de um governo sem costura. O gaiato é ver pessoas inteligentes tentando remendar os rasgões na estopa dessa tecedura. E essa tentativa expõe inteligentes à fronteira da bobagem, quando não do fanatismo.

Até agora, o “governo” sobrevive apenas da comparação com o passado. Só. Não fez absolutamente nada que o diferencie do mesmo passado que critica. Além de nada fazer pra mudar o azimute da economia, envolve-se em trampolinagens semelhantes ao passado.

Cadê Fabrício Queiroz? É coisa pequena, mas o grande cresce na maturidade do pequeno. E essas negociações processuais do ex-juiz?

Voltemos a Bolsonaro. Todo dia, uma pérola da sua estultice. Nomeações com critérios por ele mesmo questionados. Demissões por ele mesmo informando inimizades internas.

Um governo cujo afeto da cozinha espia com desconfiança os amigos de sala de estar.

Essa é a virtude involuntária de Bolsonaro.

Aplaudamos.

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terça-feira - 18/06/2019 - 23:52h
Plenário

Senado derruba decretos em favor de armas

O Governo Jair Bolsonaro (PSL) foi derrotado no plenário do Senado da República à noite desta terça-feira (18).

Por 47 votos a 28, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que pede a suspensão dos decretos do presidente que tratam do porte de armas, acabou prevalecendo.

Agora, o texto será apreciado na Câmara Federal.

Os três senadores do RN – Jean-Paul Prates (PT), Zenaide Maia (PROS) e Styenson Valentim (Podemos) votaram contra os decretos presidenciais.

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domingo - 16/06/2019 - 06:20h

Estradas começam a dar novas perspectivas econômicas

Por Josivan Barbosa

Faltam apenas 8 km e o término de uma pequena ponte para a conclusão das três novas estradas que interligam a Serra do Mel com as diferentes mesorregiões do Estado.

A partir da Vila Brasília (sede do município) até a BR 110 sentido Areia Branca a nova estrada facilita muito o deslocamento das pessoas da cidade salinésia para o Vale do Açu.

Estrada da Serra do Mel II

A partir da Vila Brasília há uma outra excelente estrada quase concluída, faltando pouca coisa, que interliga a Serra do Mel com o município de Carnaubais, facilitando muito o escoamento da produção de sal da região de Macau para as indústrias de moagem localizadas no Distrito Industrial de Mossoró. Essa Estrada também facilita muito o deslocamento de veículos leves da região de Mossoró para o Aeroporto de São Gonçalo. A distância e o tempo passam a ser praticamente equivalentes quando comparados com o deslocamento tradicional.

Estrada da Serra do Mel III

A terceira estrada liga a sede do município com a BR 304, facilitando o deslocamento da produção de caju (castanha e pesudo-fruto) para os grandes centros como Natal, João Pessoa, Recife e Campina Grande. Essa estrada está bem avançada, faltando apenas cerca de 8 km.

Estrada da Serra do Mel IV

O principal setor beneficiado com as novas estradas é a indústria de energia eólica. Como o acesso dos equipamentos é muito complexo em função do tamanho, essas novas estradas facilitarão por demais o deslocamento das carretas transportando os diversos sistemas. A partir das três novas estradas estão sendo construídas novas estradas carroçáveis de excelente qualidade, sob a responsabilidade das eólicas, o que beneficiará, também, o morador da vizinha Serra do Mel.

Todos os recursos para as três estradas foram provenientes do RN Sustentável (empréstimo junto ao Banco Mundial). Nesse caso, os recursos não foram pulverizados e trarão melhoria considerável para a microrregião de Serra do Mel.

Royalties

As perspectivas do Rio Grande do Norte para avançar na captação de recursos de royalties não são animadoras. O declínio dos campos maduros deve puxar para baixo as receitas de vários Estados. Hoje, fora do pré-sal, praticamente todas as demais regiões se encontram declinantes. No Amazonas, a arrecadação deve cair 13%, dos R$ 282 milhões previstos para 2019 para R$ 244 milhões em 2023. Na mesma base de comparação, as receitas devem recuar 19% na Bahia (R$ 166 milhões em 2023); 11% no Rio Grande do Norte (R$ 173 milhões); 44% em Alagoas (R$ 14 milhões) e 21% no Ceará (R$ 11 milhões).

Seis meses de Bolsonaro

Passados quase seis meses da posse, o governo Jair Bolsonaro segue focado na reforma da Previdência e pouco se sabe de suas prioridades no campo social para além do anúncio de pagamento do 13 º para os beneficiários do Bolsa Família. Enquanto isso, a recente estagnação econômica colocou em xeque a recuperação de indicadores sociais, que sofreram piora acelerada durante a crise econômica. A pergunta que ainda martela a cabeça de especialistas é o que esperar do governo no social?

Um dos desafios de economistas e sociólogos tem sido separar dos rumos da política social do governo o que tem origem na restrição fiscal, e que impactaria qualquer mandatário, do que é de fato uma orientação política. Mesmo assim, a restrição fiscal não isenta o governo de ter políticas sociais mais claras, inclusive com foco na eficiência de programas existentes.

Fundeb

A proposta da governadora Fátima Bezerra de mais recursos para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) foi bem recebida pelo MEC. O secretário executivo da Pasta sinalizou que o MEC poderá elevar a complementação de 10% para 15%. Isso ocorreria gradualmente ao longo de cinco anos, com aumento de um ponto percentual a cada 12 meses.

O Fundeb reúne impostos estaduais e municipais para redistribuí-los a Estados e municípios. O repasse conta com uma complementação da União para as regiões que não atingem o patamar mínimo de investimento por aluno, definido anualmente pelo MEC. Hoje, este valor corresponde a 10%, ou seja, R$ 0,10 a cada R$ 1,00 depositado no fundo.

Fundeb II

Nove Estados têm direito a receber esses recursos neste ano. O orçamento do Fundeb (R$ 156,3 bilhões) equivale a 63% do que é aplicado em educação básica no país.

E, diferentemente de outras verbas, não está sujeito às regras do teto de gastos. Por isso, é a via com a qual as entidades ligadas ao setor contam para tentar melhorar a qualidade do ensino.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido

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sábado - 15/06/2019 - 11:00h
Sérgio Moro

A vida como ela é…

A vida como ela é…

Quando foi alçado à condição de ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), dizia-se que o ex-juiz Sérgio Moro lhe daria maior respaldo e status.

Boa imagem, digamos.

Hoje, Jair é quem o respalda no cargo, mas sem poder lhe dar muito mais do que isso.

E, talvez, por muito pouco tempo.

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  • Repet
terça-feira - 11/06/2019 - 09:46h
Caso The Intercept

Deputado Girão separa país entre bandidos e mocinhos

Em seu Twitter, o deputado federal General Eliéser Girão (PSL) escuda a Operação Lava Jato e indiretamente o ministro da Justiça do Governo Jair Bolsonaro (PSL), ex-juiz Sérgio Moro.

Deputado General Girão: um só lado (Foto: Twitter)

“A Lava Jato tem sido o maior grito de independência do Brasil nos últimos anos contra a corrupção. A decisão é sua! De que lado você quer ficar? Do lado dos criminosos ou do lado de quem os ataca? Eu sempre tive um só lado: o da honestidade acima de qualquer coisa!”

“Lugar de bandido é na cadeia ou no cemitério”

Para ele, “o cidadão de bem sabe muito bem quem são os Mocinhos e quem são os Bandidos. A começar pela Mídia que insiste em defender criminosos. Que a Polícia e a Justiça cumpram o seu papel. Lugar de Bandido é na Cadeia. Ou no cemitério”.

A intervenção de Girão é em resposta a uma série de reportagens iniciada pelo site The Intercept Brasil (veja AQUI), que reproduz diálogos entre Moro e o procurador federal Deltan Dalagnoll, ensejando compartilhamento-parceria ilegal no bojo da Lava Jato.

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sábado - 08/06/2019 - 16:26h
'Prisidente'

Moeda de latão

Por François Silvestre

Vejo nas folhas que nem o mercado nem o Congresso levam a sério esse estrupício de moeda comum entre o néscio Bolsonaro e o desmoralizado Macri.

Bolsonaro e Macri: Peso Real (Foto: Agustin Marcarian)

Um é o outro em tempos diferentes. Bolsonaro é Macri amanhã.

A pergunta é: O que danado pode ser levado a sério nesse “guverno”. Canclomo, coclomo quem possa responder.

O prisidente acaba de nomear embaixadora do Brasil na Venezuela indicada por Guaidó. Cadê Guaidó? Bolsonaro, o conclomante, guardou?

Fez uma zoada de tambor e mostrou ação de cuíca. Mesmo com Maduro caindo de podre. Sumiu nas mentiras de Trump e Bolsonaro, que lhe garantiram apoio e mijaram na rabichola.

Sem fazer nada, absolutamente nada, até agora, o néscio quer resolver os problemas da Argentina à custa da grana escassa dos brasileiros. Misturar o real, moeda ainda respeitada, com o peso argentino, completamente desmoralizada.

Só um ministro de economia, discípulo filosófico de Olavo de Carvalho, poderia inventar tamanha estupidez. Tudo para mascarar e iludir a realidade da sua incompetência.

Cantado em verso e prosa como salvador da economia, agora diz que tudo depende do Congresso. Ora, se tudo dependo do Congresso qualquer um poderia ser ministro da economia. Até um dos filhos do prisidente.

Em resposta à Dilma, que queria ser chamada de presidenta, Bolsonaro se diz prisidente, pois presidente significa antes do dente. Ou dente presado.

Eita que chafurdo na falta de Stanislaw Ponte Preta.

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