quinta-feira - 06/06/2019 - 23:20h
Governo Bolsonaro

Fátima nega assinatura de apoio à Reforma da Previdência

Em seu endereço pessoal no Twitter (rede social) à noite desta quinta-feira (6), a governadora Fátima Bezerra (PT) afirma: “Não assinei nenhuma carta de apoio à Reforma da Previdência. Estou disposta a cooperar, a trabalhar pelo bem comum e pelo progresso de um país que não suporta mais os venenos da recessão”.

Fátima mostra que assinou Carta dos Governadores do Nordeste (reprodução)

O desmentido dela é em relação a um documento supostamente subscrito por governadores  (com seu nome incluído), dando apoio à Reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Ela afirmou que assinou a Carta dos Governadores do Nordeste, outro texto, ao lado dos demais governantes nordestinos. O tom do discurso é diferente.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 04/06/2019 - 19:00h
Economia

Indústria faz breve resumo do Interesse Social do Sal

A indústria salineira do Estado do Rio Grande do Norte é uma atividade secular composta por 35 salinas situadas no semiárido brasileiro, nos municípios de Mossoró, Grossos, Areia Branca, Macau, Porto do Mangue, Guamaré e Galinhos.

A produção anual brasileira é de aproximadamente 7,5 milhões de toneladas, correspondente a 6 milhões de toneladas de sal marinho e 1,5 milhões de sal gema – sendo o sal gema utilizado integralmente de forma cativa, como insumo em determinadas indústrias químicas detentoras de sua exploração. Logo, o sal marinho do Estado do Rio Grande do Norte representa a quase totalidade do sal brasileiro que é negociado para os diferentes segmentos de mercado, seja no Brasil ou no exterior.

Setor salineiro tem decreto que lhe garante segurança jurídica para sobrevivência (Foto: arquivo)

Desde o ano de 2013, o setor salineiro está sendo sitiado por ações do Ministério Público Federal (MPF/RN). Apontam que as salinas potiguares estão atuando em Áreas de Preservação Permanente (APP) – protegidas por lei e de uso não regularizado. Pelo menos 18 delas foram acionadas, comprometendo o segmento.

Segundo representantes do setor, nesses locais foram construídas todas as benfeitorias que constituem a indústria salineira, tais como cristalizadores, evaporadores, canais, estações de lavagem do sal, estações de bombeamento, áreas de estocagem do sal, portos de embarque, edificações para instalações de beneficiamento de sal, escritórios, oficinas e demais facilidades operacionais dos empreendimentos.

Importante salientar, que a indústria salineira do Estado do Rio Grande depende da proximidade dos rios para viabilizar a sua produção, na medida em que o processo é todo por evaporação solar da água captada do mar.

Continuidade do setor

A insegurança jurídica à atividade salineira vem inibindo investimentos e gerando desconfiança quanto à sua continuidade por parte de fornecedores e clientes. Não fosse esse Decreto, a atividade chegaria em curto espaço de tempo a um verdadeiro colapso, atingindo os mais de 50 mil empregos diretos e indiretos gerados no semiárido brasileiro pela indústria salineira, sem falar que a produção local certamente seria substituída pelo sal importado em pouco tempo.

O Decreto Presidencial que reconhece ser de Interesse Social a atividade salineira do Estado do Rio Grande do Norte fortalece o setor. A medida do Presidente Jair Bolsonaro (PSL), tão esperada pelos produtores, obedece os preceitos estabelecidos no Código florestal. Abrangerá àquelas indústrias consolidadas até o ano de 2008 e sem alternativa locacional – garantindo não só a continuidade do setor salineiro, mas a própria preservação do ambiente hipersalino desenvolvido na região, sempre respeitado pela indústria do sal.

“O Presidente Jair Bolsonaro, com a edição deste Decreto, se torna personagem principal da garantia desses empregos e da autossuficiência do país como produtor de sal, propiciando, deste modo, a presença do produto nacional na mesa do brasileiro, na pecuária nacional, na indústria de transformação, na indústria química nacional, além das divisas geradas pelas exportações do produto”, destaca documento da indústria salineira do RN.

Com informações do setor salineiro.

Leia também: Indústria salineira quer apoio para se manter viva;

Leia também: Governo sinaliza que fará decreto favorável ao setor salineiro.

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sexta-feira - 31/05/2019 - 08:28h
RN

Vereador do PSL se queixa de “ditadura partidária”

Por Daniela Freire (Agora RN)

“O PSL virou um quartel” e promove uma “ditadura partidária” no RN. A afirmação não é de um petista ou de algum político de esquerda; é de um parlamentar do próprio PSL, o vereador natalense Cícero Martins.

Ele planeja deixar a sigla, assim como já fez o deputado estadual Coronel Azevedo, sob o argumento de que apenas os “militares” têm vez e voz nas questões internas da legenda e nas indicações para cargos.

Raiz

“Todos ‘chiam’, são militares e são ‘de fora'”, reclamou Cícero, durante entrevista nesta quinta-feira (30) ao  programa Agora News (97FM), referindo-se aos ocupantes de cargos federais indicados pelo PSL no RN.

Certo de que deixará o PSL, Cícero Martins, ressalta, no entanto, que não deixará de seguir e apoiar o presidente da República Jair Boslsonaro.

“Sou Bolsonaro raiz”, disse o vereador.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 28/05/2019 - 17:36h
Veja

Blog comenta pesquisa Fiern/Consult no Enfoque Político

Nessa segunda-feira (27), o programa Enfoque Político da Super TV de Mossoró nos recebeu para um bate-papo sobre recente pesquisa administrativa Fiern/Consult (veja AQUI e AQUI) e política mossoroense.

No vídeo constante desta postagem está a íntegra de nossa conversa com o âncora do programa, jornalista Saulo Vale.

Leia também: Fátima Bezerra ganha crédito, mas com prazo de validade;

Leia também: Fátima tem desempenho parecido com Robinson e Rosalba.

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sábado - 25/05/2019 - 08:20h
Na rua

Mobilização de apoio a Jair Bolsonaro será nesse domingo

Movimento tem temas prontos (Foto: Arquivo/Eraldo Peres)

Partido e partidários do presidente Jair Bolsonaro (PSL) promoverão Mobilização Popular nesse domingo (26) em Mossoró. A manifestação terá início às 15 horas e término por volta de 18h30, para apoio ao presidente e uma pauta de governo.

Vai começar na Avenida Presidente Dutra no bairro São Manoel, à altura do posto de combustíveis de “Ceguinho” e Pousada Mossoró.

O término será ao lado da Estação das Artes Eliseu Ventania.

Defesa da Reforma da Previdência, Pacote Anticrime, Reforma Administrativa  e CPI Lava Toga são os principais temas da iniciativa que está programada para vários outros municípios do país.

A princípio, o presidente chegou a cogitar participar diretamente de manifestações, mas foi aconselhado a recuar. Oficialmente, passou a tratar o evento como “manifestação livre e espontânea do povo”.

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segunda-feira - 20/05/2019 - 21:58h
Economia

Governo sinaliza que fará decreto favorável ao setor salineiro

Decretos são 'atalho' (Foto: Marcos Corrêa)

Em matéria sob o título “Com decretos, Bolsonaro oferece a deputados ‘atalho’ para aprovar propostas“, o jornal O Globo desta segunda-feira (20) discorre que o presidente da República põe a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil à disposição de parlamentares e cria canal alternativo para acelerar proposições legislativas.

No enunciado da matéria há um sinalizador de boa nova para Mossoró e a economia do próprio Rio Grande do Norte.

O chefe da SAJ, Jorge Oliveira, afirmou que a orientação é responder a todas a sugestões depois de acionar os ministérios envolvidos. E citou um exemplo prático.

Garantiu que “em breve” deve ser formalizado o decreto que regulamenta a produção de sal em áreas demarcadas para preservação ambiental.

Trata-se de uma proposta levada ao governo pelo deputado Beto Rosado (PP-RN).

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segunda-feira - 20/05/2019 - 15:16h
EUA

Cadê o OCDE?

Por François Silvestre

O gato comeu? Lembram?

Jair Bolsonaro foi aos Estados Unidos, bateu continência para Donald Trump, abriu as pernas, digo portas, para americanos entrarem no Brasil sem qualquer controle, quando e onde quiserem, sem a recíproca para os brasileiros entrarem na terra do Tio Sam. E ainda abriu mão de interesses nacionais na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Tudo para quê?

Para Trump bancar o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube comercial dos ricos.

Bolsonaro deu mas Trump não cumpriu a promessa.

Agora, véspera do encontro desse “clube”, Trump está bancando o ingresso da Argentina e nada disse sobre o Brasil.

Os diplomatas americanos informaram que não receberam nenhuma recomendação sobre o Brasil.

É isso aí.

Trump, que nada tem de besta, percebeu que Bolsonaro é um fã e não um aliado.

Um lírico bocó, pousando de estadista de quintal.

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domingo - 19/05/2019 - 07:52h

Desgoverno, português e tabuada

Por François Silvestre

Bolsonaro curtiu e repercutiu um texto que afirmava ser o país “ingovernável sem os conchavos”, e ainda afirma que Bolsonaro até agora “não fez nada”.Quando alguém divulga um texto alheio, para deleite de outros leitores, sem contestar o que está escrito, confirma concordância com o que leu. Isso é tão elementar quanto “dois mais dois É quatro”, diria o ministraço da educação, como disse e repetiu em sua fala na Câmara.

Portanto, Bolsonaro concorda que sem cambalacho não pode governar e que nada fez até agora. Se fizer alguma coisa daqui pra frente terá de ser com cambalacho.

Essa é uma confissão pré-paga.

Depois Bolsonaro deixou-se fotografar com garotos de um colégio público.

Após a fotografia, ele aconselhou a garotada: “Primeiro obedeçam papai e mamãe, depois obedeçam os professores, que devem ensinar coisas importantes como português e tabuada”.

Pronto.

Tá explicado o desastre do governo.

Os ministros de Bolsonaro não tiveram bons professores no primário, não aprenderam português nem tabuada.

François Silvestre é escrirtor

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sexta-feira - 17/05/2019 - 23:08h
Desastre

Apoiador de Bolsonaro, Lobão antecipa que “governo vai ruir”

O músico Lobão se tornou nos últimos anos um dos influenciadores da direita e, principalmente via redes sociais, vocalizou seu apoio à eleição de Jair Bolsonaro (PSL), em 2018. Agora, ele se diz desapontado com o desenrolar do governo, que define como um “desastre”, e afirma que é “óbvio” que a atual gestão do país vai “ruir”.

Lobão foi um dos maiores incentivadores de Bolsonaro e hoje se assusta com nível do presidente (Foto: Keiny Andrade/UOL)

Em entrevista ao “Valor”, o músico, que deixou de votar no PT após uma promessa não cumprida de Lula referente à educação, analisou o momento, criticando o modo de governar de Bolsonaro, cercado por seus filhos.

– “Eu tinha que optar por alguém e esse alguém foi o Bolsonaro. Mas ele mostrou que não tem a menor capacidade intelectual e emocional para poder gerir o Brasil. Isso está muito claro para mim e fico muito triste. É óbvio que o governo vai ruir,” disse.

“Está todo mundo querendo um mínimo de ordem e autoridade, o que não tem no governo. O Bolsonaro definitivamente não tem nem voz, nem inteligência política para isso. Está longe de ser um estadista. Tá uma zona ingovernável”, opinou o roqueiro.

“Se você fizer uma pesquisa de campo com os que votaram no Bolsonaro, 90% das pessoas estão decepcionadas. E não podia ser de outra maneira, porque isso está uma novela mexicana de quinta categoria, um melodrama horroroso e brega”, destacou.

Veja matéria completa clicando AQUI.

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quarta-feira - 15/05/2019 - 22:30h
Hoje

Bolsonaro e seu governo puxam povo de volta às ruas

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) é realmente um ‘mito’.

Tinha destroçado a esquerda nas urnas e até aqui não testemunhava qualquer lampejo de força popular de rua, contra seu governo.

Em Natal no final da tarde e em Mossoró no início da manhã houve grande participação popular (Fotos: web)

Mas ele mesmo é hoje o maior fomentador da volta da esquerda e das mobilizações populares.

A movimento desta quarta-feira (15) teve um fôlego que não víamos há tempos, ocorrendo nas principais cidades do país, contra cortes orçamentários que chegam a 30% em universidades federais e institutos federais.

“São uns idiotas úteis”, avaliou o presidente em entrevista hoje nos Estados Unidos, dimensionando o perfil dos integrantes do protesto.

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domingo - 05/05/2019 - 10:30h

Dose de moderação

Por Odemirton Filho

Desde 2013, com as manifestações que foram às ruas em quase todo o Brasil, o país vive uma polarização política sem fim.

Seja de matiz à esquerda ou à direita, a sociedade permanece em um espiral de ódio e intolerância.

Com a eleição de Dilma Rousseff, em 2014, e seu impeachment em 2016, os ânimos se exaltaram mais ainda.

Entretanto, o ponto nevrálgico, sem dúvida, foram as eleições gerais de 2018, na qual as redes sociais foram o fio condutor de uma guerra política insana.

A prisão do ex-presidente Lula (PT) acendeu a chama de seus partidários que afirmam ser política e ilegal a sua prisão, ainda que julgado por três instâncias.

Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), mesmo pós-eleições, insiste em postar nas redes sociais temas que só aumentam o fogo da discórdia. Com isso, os seus asseclas fazem todo tipo de contorcionismo para dar razão a todas as suas medidas.

De salientar que os embates políticos não se travam apenas em nível nacional. É uma realidade nos estados e municípios, em defesa ou contra governadores e prefeitos.

No Rio Grande do Norte e em Mossoró os partidários da governadora e da prefeita a defendem com todo vigor.

Ou seja, no entendimento de alguns criticar qualquer gestão pública é ser da oposição e não apenas um posicionamento de cunho político-administrativo.

Saliente-se que o condenável não são os debates, imprescindíveis para a consolidação da democracia e a convivência dos contrários. O que se questiona são os excessos, a falta de discernimento para aceitar uma opinião crítico-reflexiva, sem o maniqueísmo atual.

Moderação não é sinônimo de omissão, como pode parecer para alguns. Ao contrário, é analisar os fatos despido de paixões, sem ofender ou difamar o interlocutor, que pensa contrário.

Dessa forma, respeitando-se o limite da razoabilidade, é dever de todo cidadão fiscalizar e cobrar de qualquer gestor público uma escorreita condução do seu mandato, seja no âmbito do Poder Executivo ou do Poder Legislativo.

Porém, uma dose de moderação, por favor.

Odemirton Filho é bacharel em direito e oficial de Justiça

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segunda-feira - 29/04/2019 - 21:10h
Plim-plim

A “inimiga” abre as pernas

Por François Silvestre

Desde que Bolsonaro elegeu a Globo inimiga do seu governo e a platinada começou a perder grana por escassez de publicidade, a velha cortesã do poder, que apoiou a Ditadura, paparicou Collor, chupou os bagos de Sarney, apoiou a “nova república”, virou tucana, agora tenta bolsonarizar-se.

Não por isenção jornalística, que nunca foi seu norte, mas por sobrevivência.

Até escalar um time de charlatões, bonecos de novelas, que não resistiriam a um teste de teatro, para fazer figuração ética.

A televisão brasileira é certamente uma das mais escrotas e depravadas, em matéria jornalística, do mundo.

Em matéria cultural é um esgoto de massificação.

Globo, Record, SBT.

A trindade estupradora da cultura.

Cafetinas deste vasto cabaré.

* Ilustração: Caio César Arts

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segunda-feira - 29/04/2019 - 06:56h
Análise

Fátima e Bolsonaro e o peso de cada um nas eleições 2020

Que influência terão as gestões do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e da governadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições municipais do próximo ano no Rio Grande do Norte?

A pergunta é pertinente, sobretudo porque há quem aposte em campanha nacionalizada ou estadualizada nos ambientes paroquiais.

Se tomarmos como exemplo recente pesquisa publicada pelo Blog do Barreto em Mossoró, realizada pelo Instituto Seta de Natal, teremos uma mostra de como o eleitor secciona até aqui as gestões federal, estadual e municipal.

Fátima Bezerra e Jair Bolsonaro: dois pesos negativos até esse momento (Fotomontagem)

A administração Jair Bolsonaro foi reprovada por 51,8%, a de Fátima Bezerra por 54,3% e a da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) por 48,5%.

Em termos de aprovação, a tendência foi a mesma. Para baixo. Bolsonaro teve endosso de 39,3% dos mossoroenses, Fátima de 30,3% e Rosalba foi aprovada por 33,8%.

Nitidamente, o eleitor está mais atento e crítico. Muito mais suscetível às ações e omissões dos principais atores políticos desse universo de poder.

Nos três níveis, os executivos tiveram avaliações negativas, poucos meses após resultados de urnas onde a postura do eleitor teve outros elementos analíticos à definição de voto. Era outra conjuntura.

Jair Bolsonaro, por exemplo, ganhou no primeiro turno em Mossoró, com 34,17% e no segundo perdeu para Fernando Haddad (PT), que alcançou 59,22%, contra 40,78% dele.

Já Fátima Bezerra somou 43,02% e 54,17% nos dois pleitos, vencendo os dois sem praticamente fazer campanha no município.

Plebiscitário

Rosalba não foi candidata a nada, mas amargou uma trilha de derrotas de nomes que apoiava, incluindo o filho Kadu Ciarlini (PP), candidato a vice-governador de Carlos Eduardo Alves (PDT), derrotado nos dois turnos em Mossoró.

A corrida eleitoral municipal terá outro ambiente. Os mandatos de Bolsonaro e Fátima, que estão em depreciação aos olhos da opinião pública até o momento, podem e devem influir negativamente à alavancagem de eventuais candidatos que os representem. Se nada mudar, claro.

Porém, é provável, que a campanha marche para ter um caráter plebiscitário (aprovo/não aprovo) em relação ao Governo Rosalba Ciarlini. Ela tentará a reeleição sob julgamento do que faz.

Será testado se seu slogan da campanha 2016 (ela fez, ela faz, ela sabe fazer) é uma realidade ou um embuste. Uma mentira.

Levar outra vez o antecessor (ex-prefeito Francisco José Júnior) debaixo do sovaco, para justificar a pequenez de sua administração, pode não colar. O retrovisor está embaciado. O prazo de validade desse discurso não chega a 2020. Já venceu.

Por enquanto, a mais de um ano e cinco meses das eleições, sua reprovação é sinal de alerta. Mesmo não tendo a princípio nenhum adversário isoladamente com vigor para enfrentá-la, é fácil perceber que seu principal capital não é a sua gestão ou mesmo seu perfil populista e de carisma pessoal, mas o fato de inexistir oposição minimamente organizada.

Trabalhar para desqualificar eventuais oponentes e manter fracionada a oposição são prioridades no rosalbismo, no que já vem bastante empenhado. Até à campanha do próximo ano, o governo municipal não terá muito mais a mostrar do que já fez, faz e consegue fazer.

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sábado - 27/04/2019 - 17:46h
Reação

Bolsonaro diz que boa parte da turma de Lula “está presa”

Bolsonaro ironizou entrevista (Foto: reprodução)

Da IstoÉ

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) rebateu neste sábado (27) as críticas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, em sua primeira entrevista da cadeia, afirmou que o Brasil é governado por um “bando de maluco”.

“Pelo menos não é um bando de cachaceiros, né?”, disse o atual mandatário, durante breve conversa com jornalistas na periferia de Brasília. Segundo Bolsonaro, a Justiça cometeu um “erro” ao autorizar Lula a conceder a entrevista, que foi dada aos jornais El País e Folha de S. Paulo.

“Eu acho que o Lula, primeiro, não deveria falar. Falou besteira. Maluco? Quem era o time dele? Grande parte está presa ou está sendo processada”, afirmou.

Além disso, em entrevista à Record, Bolsonaro ironizou as declarações do petista: “Acho que bebida é proibida na cadeia.”

Lula pode receber jornalistas na carceragem da Polícia Federal em Curitiba após uma longa batalha nos tribunais e, durante a entrevista, reafirmou sua inocência, disse que não trocará sua “dignidade” por sua “liberdade” e garantiu ser alvo de uma “farsa” montada no Departamento de Justiça dos Estados Unidos (veja AQUI).

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Categoria(s): Política
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sexta-feira - 26/04/2019 - 22:06h
Entrevista

Lula afirma que país é governado por “bando de malucos”

Preso há um ano e 19 dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista pela primeira vez, nesta sexta-feira (26). Ele falou com os jornalistas Florestan Fernandes, do El País, e Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, por duas horas e 10 minutos.

Veja a íntegra da entrevista:

“Fico preso mais cem anos. Mas não troco minha dignidade pela minha liberdade”, afirmou o petista ao reafirmar sua inocência. Questionado sobre a possibilidade de nunca mais sair da prisão, respondeu:

“Não tem problema”, e completou: “Eu tenho certeza de que durmo todo dia com a minha consciência tranquila. E tenho certeza de que o [procurador Deltan] Dallagnol não dorme, que o [ministro da Justiça e ex-juiz Sergio] Moro não dorme.”

Embora atacando diretamente e várias vezes seus condenadores, não foi tão enfático ao falar do presidente Jair Bolsonaro (PSL), embora já o tenha criticado em outras ocasiões.

“Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso”.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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quinta-feira - 25/04/2019 - 16:26h
Brasil

Palanque de barro

Por François Silvestre

Os inimigos da Direita eram os comunistas, socialistas, anarquistas. Cuba, China, Castro, Guevara. Agora é vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).

Até o guru anda chamando o Exército de “milicos covardes”. Nem nisso a Direita consegue avançar. Falta de inimigos ou de competência para realizar o “sonho” da fartura e da ordem?

A Direita ainda não descobriu que ganhou a eleição? Continua a fazer oposição aos derrotados? Cômodo, não?

É o disfarce para esconder que não sabe o que fazer.

Quanto ao espectro do comunismo, a direita bolsonariana ampliou o leque dos suspeitos. Reinaldo Azevedo, guru sagrado até bem pouco tempo, virou agente duplo. Era um comunista infiltrado na Veja. E Diogo Mainardi? Suspeitíssimo. Deve ser o Reinaldo d’O Antagonista.

Enquanto o “mártir” Bolsonaro, segundo o guru sagrado Olavo, precisa trabalhar em paz. E já começou a trabalhar.

Agora mesmo decretou o fim do horário de verão. Jânio só acabou briga de galo.

O “mártir” reduziu o limite da Lei Rouanet.

Jânio só proibiu biquinis na praia.

Isso faz lembrar uma musiquinha dos tempos do governo Dix-Sept Rosado: “Cala a boca língua ferina,/ apaga a lamparina,/ e deixa Dix-Sept trabalhar”.

O passado era mais inteligente, o que significa menos idiota.

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terça-feira - 23/04/2019 - 23:50h
Câmara Federal

CCJ dá aval para projeto de Reforma da Previdência

Após quase 9 horas de uma sessão marcada por diversos embates entre deputados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou no fim da noite desta terça-feira (23) o relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) e, com isso, deu aval à tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.

Coube à CCJ analisar se a proposta do presidente Jair Bolsonaro está de acordo com a Constituição.

Esta foi a primeira etapa da tramitação da reforma. O parecer foi aprovado por 48 votos a 18.

Na prática, com a aprovação na CCJ, a proposta seguirá para uma comissão especial, responsável por analisar o mérito da reforma, ou seja, discutir efetivamente as mudanças sugeridas pelo governo.

Somente depois da comissão especial é que o texto seguirá para o plenário da Câmara.

A PEC da reforma da Previdência foi entregue por Bolsonaro ao Congresso em 20 de fevereiro.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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terça-feira - 23/04/2019 - 07:12h
Ô louco, meu!

O “hospício está nas redes

Por François Silvestre

Lembram dos napoleões de hospício? Aquele doido que fica andando pelos corredores com um chapéu de abas pra cima e com a mão enfiada, na altura do peito, num colete imaginário? Pois bem. O governo bolsonariano, gêmeo antagônico do bolivariano, criou e alimenta o Sócrates de hospício.

Chama-se Olavo de Carvalho, que já tem vários discípulos hospedados em muitos hospícios espalhados pelas redes sociais. Essa coisa só se sustenta porque a fatia majoritária da oposição também não bate bem dos miolos.

Lula é o frei Damião de hospício, ou o padre Cícero, sei lá.

Essa doideira generalizada deixa no chinelo a ficção de “O alienista” de Machado de Assis. Doutor Simão Bacamarte cresceu e multiplicou-se.

Encheu tribunais, palácios e parlamentos. Porém, todos doidos com método.

Não rasgam dinheiro nem dispensam privilégios.

E o país nadando de braçadas no oceano do ridículo.

Aposentaram o senso e o bom senso.

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Categoria(s): Artigo / Política
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
segunda-feira - 08/04/2019 - 15:20h
Fake News, não!

Ministro é demitido, como jornalista antecipou há dias

O ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez (Foto: Cleia Viana)

Definido. A demissão do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez na semana em que o governo Jair Bolsonaro completa seus 100 dias marca uma gestão que, entre crises, controvérsias e recuos, gerou insegurança nos servidores, nos gestores estaduais e municipais e nos especialistas sobre os riscos para a execução de metas e ações prioritárias.

Nascido em Bogotá (Colômbia) e naturalizado brasileiro em 1997, o agora ex-ministro é autor de mais de 30 obras e professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior do Exército.

Novo

Abraham Weintraub é o novo ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro. Ele foi anunciado nesta segunda-feira (8) após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez. Weintraub era secretário-executivo da Casa Civil, cargo considerado o “número 2” da pasta de Onyx Lorenzoni.

Antes, atuou na equipe do governo de transição de Bolsonaro. Junto com o irmão, Arthur Weintraub, foi responsável pela área de Previdência no período. Os dois foram indicados a Bolsonaro por Lorenzoni.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Nota do Blog – Há alguns dias, a jornalista Eliane Cantanhêde, da Globo News, foi agredida moralmente por milhares de pessoas, a começar pelo presidente Jair Bolsonaro, por ter noticiado a saída do ministro. “Pode ser em horas, em dias, mas deve ser muito rapidamente. Ele [Vélez] não vai ficar no governo”, antecipou Cantanhêde.

Está aí, consumado o fato. O presidente, na ânsia de desqualificar mais uma vez a imprensa, acabou esticando a corda de uma crise que não podia sustentar por muito mais tempo.

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Categoria(s): Cultura / Política
domingo - 07/04/2019 - 07:48h

O deserto de ideias e a necessidade de negociação

Por Josivan Barbosa

O Consórcio Bolsonarismo precisa ter um programa de governo para ser compartilhado. Bolsonaro foi extremamente bem-sucedido na estratégia eleitoral, mas e agora? É “Um deserto de ideias” como disse Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Com exceção da Reforma da Previdência, do projeto de Moro (Alexandre de Morais – cópia segundo Rodrigo Maia e a agenda de concessões (herdada de Temer), as demais áreas ainda não disseram a que vieram.

Apesar do novo Congresso possuir identidade ideológica com o governo, mas o presidente não sabe aproveitar essa imensa oportunidade.
Paulo Guedes na articulação política da Reforma da Previdência com o Congresso repete o Joaquim Levi o que é altamente arriscado. Guedes tem um superministério para administrar e agenda liberal muito robusta. Colocar alguém para negociar com a missão de dizer “não” será abrir mão da pouca credibilidade que ainda resta no governo.

Economia

O Primeiro trimestre mostrou-se desanimador. A atividade segue capenga, sem engrenar, e o desemprego continua elevadíssimo: 13,1 milhões de desempregados ou 12,4% da população. ATaxa de subutilização está em 24,6% (28 milhões) da força de trabalho (desempregados, as pessoas que trabalham menos tempo do que gostariam, os que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego). O crescimento econômico tende a ser abaixo de 2% em 2019. A grande Incerteza é até quando a Selic vai continuar em 6,5% ao ano. O Índice de confiança do consumidor recuou e a confiança da indústria também caiu.

Política
Do ponto de vista político o consórcio bolsonarismo demonstra desarticulação e amadorismo. A tendência é uma Reforma da Previdência modesta e mais demorada. A Fraqueza da economia pode contaminar o ambiente político, corroendo a popularidade do governo, lembrando que a Regra do reajuste do salário minimo, a política salarial dos servidores públicos e as mudanças no sistema tributário são pautas que trarão mais desgaste político.

Inoperância

Se Bolsonaro envelhece mais rapidamente do que gostaria é mais pelo que deixa de fazer do que pelo que cumpriu até aqui. Das 35 metas, apenas sete foram integralmente cumpridas, dez estão em curso, uma foi parcialmente atingida e 17 estão pendentes.

O levantamento mostra que o ministro da Educação não é um ponto fora da curva. O padrão “lista de desejos”, que desmoralizou Ricardo Vélez na comissão da Câmara contaminou o governo e dificulta o cumprimento das metas. Entre as 35, anunciou-se, por exemplo, a “intensificação do processo de inserção econômica internacional”. Não se listaram medidas fiscais ou de desburocratização nesse sentido. No limite, a viagem aos EUA o governo brasileiro colaborou com a inserção internacional dos exportadores americanos de trigo e de carne suína.

Na linha “lista de desejos” das metas do governo Bolsonaro está, por exemplo, uma medida do Banco Central completamente inexequível para 100 dias, a independência do Banco Central. A mudança, que tem sido debatida há décadas no Congresso, teria que ser proposta por emenda constitucional. O presidente do BC já se manifestou favoravelmente à medida, mas se desconhece qualquer minuta de proposta.

Caravana do PT

A lembrança da data da prisão de Lula foi o mote para o PT retomar mobilizações pelo país. A caravana começou em Porto Alegre e em Florianópolis e termina no domingo em uma vigília em Curitiba, onde o ex-presidente está preso. Coordenador da caravana, o dirigente Marcio Macedo prevê um número menor de apoiadores nas ruas. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), reconhece a dificuldade para mobilizar militantes no Sul, onde o partido enfrenta resistência nas urnas.

Não precisa de pressa

Os números do Ministério da Economia demonstram que não precisa de tanta pressa para a Reforma da Previdência. O Ministro Paulo Guedes calcula apurar cerca de R$ 280 bilhões entre este e o próximo ano, sem contar com a cessão onerosa. Desses, R$ 80 bilhões viriam das privatizações, e R$ 126 bilhões, da devolução antecipada de recursos do BNDES para o Tesouro Nacional. O Tesouro tem um estoque de R$ 80 bilhões em instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD) emitidos em favor de bancos federais, que também devem ser devolvidos à União.

MEC incapaz

Um exemplo claro da deficiência da atual equipe do MEC, incluindo o ministro é a falta de proposta para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), principal mecanismo de redistribuição de recursos da União para Estados e municípios. O Fundeb expira em 2020 e precisa ser discutido neste ano no Congresso Nacional, sob o risco de colapsar a educação básica.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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segunda-feira - 25/03/2019 - 21:22h
Opinião

Complexo de inferioridade

Por François Silvestre

É uma manifestação psicossocial do indivíduo que se pretende maior do que acha que é avaliado.

Em se achando maior do que imagina ser visto, expõe-se feito o cururu, que incha para enganar o predador, fazendo-se maior do que realmente é.

O Juiz Marcelo Bretas é um arquétipo dessa condição humana. Feio, sofre com a beleza dos outros. Inculto, esbanja-se em citações alheias. Fanático religioso, usa o credo da sua crença para fundamentar o infundamentável.

Agora, após a auto defenestração de Sérgio Moro da magistratura, negociada com Bolsonaro por uma vaga no Supremo, Bretas decidiu ocupar o vácuo.

E aí destrambelha-se, como sói acontecer com todos os complexados. Vêm à tona os recalques de quem não os trabalhou para resolvê-los.
Mandou algemar o ladrão Sérgio Cabral com algemas dos pés para as mãos, do torço, num espetáculo grotesco.

Por quê? Porque o larápio, perigoso corrupto, mas inofensivo como preso, comentou numa audiência que o juiz Bretas era filho de lojista de bijuterias. Suprema humilhação.

E na tentativa de aparecer como sucessor de Moro, que foi sucessor de Joaquim Barbosa, o arrependido, decreta prisão preventiva na mais escrachada desconsideração definidora desse tipo de prisão.

Nem um juiz de paz, do sertão antigo, cometeria tal aberração. Fruto do complexo de inferioridade.

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domingo - 24/03/2019 - 10:18h

Inimigos íntimos

Por Paulo Linhares

A avassaladora e inesperada performance de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018 deu inicialmente a impressão de que se formara um novo consenso à direita, estribado na formidável montanha de 57.797.847 votos garantidores de vigorosa legitimidade.

Obviamente que uma série de manobras  bem sucedidas que envolvia uma aliança composta pela plutocracia financeiro-industrial, pelo baronato da grande imprensa e por setores da grande máquina estatal do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal, além de bem articuladas bancadas temáticas conservadoras do Congresso Nacional, as bancadas BBB (os três “b”: bancadas da Bíblia, do Boi e da Bala), poderia derrotar   a “organização criminosa petista” que governava o Brasil desde o ano de 2003.

Para conseguir esse desiderato, era imprescindível interromper o governo legal e legitimado pelo voto da então presidente da República Dilma Rousseff. Uma extenso e bem montado processo de impedimento foi iniciado. Embora sem a configuração dos requisitos constitucionais para o impeachment da então inquilina do Palácio do Planalto, elencado no artigo  85 da Carta de 1988, todas as etapas foram cumpridas e que redundaram, à final, na deposição da mandatária petista.Uma bem urdida  manobra judiciaria-parlamentar consumou inequívoca e nova forma de golpe de Estado: tudo formalmente nos marcos institucionais vigentes, sem um tiro ou uma gota de sangue derramado. Foi como tomar um vermelhíssimo pirulito de  desalentada criança.

As próprias vítimas, os petistas, ingenuamente findaram como avalistas da patranha que os apeou do poder federal, ao acreditar que seria possível lutar e vencer nos marcos jurídicos-processuais da institucionalidade. Satanizados pela Globo e seus aliados, os tais “lulopetistas” se transformaram na quintessência da corrupção.  Não importava os corruptos do PMDB, do governo Temer, do PSDB, do PP ou do PTB.O PT, passou a ser o culpado por todos os desmandos e desacertos da República. Mais ou menos como ocorre naqueles romances policiais em que o mordomo é sempre  o culpado pelo crime: o PT, mordomo do governo e jamais do poder, passou a ser tido como vilão de todos os malfeitos deste país.

Na sadia vivência republicana, o dever dos homens públicos não é apenas não dilapidar, mas, também, impedir que outros dilapidem o dinheiro do povo, desde os tempos de  Marcus Tullius Cicero que, a propósito, ensinava: “O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem, novamente, aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”

Por isto é que, decerto, o grande pecado do PT (e de seu líder mais eminente, o ex-presidente Lula), tenha sido as alianças espúrias que fez na busca da tão propalada “governabilidade” e que resultou na conivência com gravíssimos e vultosos casos de corrupção.  Aliás, o paradoxo é que Lula ‘coma cadeia’ em razão de uma reles apartamento e um acanhado sítio que, sabidamente, não lhe pertencem e que, juntos, valem menos de dois milhões de reais.

Tanto que, na recente prisão do ex-presidente Michel Temer, decretada pelo juiz federal Marcelo Bretas, revelou-se que ele e o seu escudeiro Moreira Franco, o famoso “Gato Angorá”, teriam recebido cerca de um bilhão e oitocentos milhões “em tenebrosas transações”, como diz a canção de Chico Buarque, enquanto “A nossa pátria mãe tão distraída/ Sem perceber que era subtraída”.

Traída mesmo, por que manobrava os cordéis dos marionetes da política brasileira. Claro, a prisão preventiva de ambos é desnecessária e  um absurdo do ponto de vista do sistema de garantias desenhado na Constituição da República, mas, aí já é uma outra história. Voltaremos ao tema.

Doutra parte, constata-se que, nestes tempos de agora, a luta política se transferiu para o terreno movediço das bolorentas pendengas judiciárias enfeixadas na velha fórmula do interesse supremo do Estado que tantas vidas imolou, alhures e aqui, no promíscuo altar da política: o apóstolo Pedro, a guerreira francesa Jeanne D’Arc, o líder escocês William (Brave Heart) Wallace, o filósofo Giordano Bruno, o nosso Tiradentes, o Padre Miguelinho, o poeta Federico García Lorca, a combatente Olga Benário Prestes, o casal Rosenberg e o cantor chileno Victor Jara, entre tantos. Em nome de Deus, da pátria ou da lei, sempre a aflição de mortes cruéis e desnecessárias.

O primado da lei, do Estado, do interesse coletivo, da prevalência do público sobre o privado, das instituições implacáveis e impessoais. E por trás desse biombos salpicados de sangue e lágrimas, grassam mendazes interesses patrimoniais, políticos e ideológicos.

Entretanto, como se dizia antigamente, “o castigo vem a cavalo”. Hoje, é mais correto dizer que o  castigo vem a foguete, redes sociais ou grandes aparatos de comunicação. Aliás, o presidente Bolsonaro não apenas é assíduo frequentador das redes sociais, em especial do Twitter, como a partir do besteirol que destila nessas plataformas, paradoxalmente se transformou, ao lado de seu filhos e de alguns de seus ministros, no maior adversário de seu próprio governo.

A cada semana, temas polêmicos vêm à tona e deflagram novas crises. Bolsonaro, seus meninos e ministros, já são suficientes para manter o clima de guerra no seio do governo; eles fazem o furdunço todo, enquanto a oposição  apenas (estarrecida!) observa. Em suma, o governo Bolsonaro não precisa de adversários ou opositores. Só a família do presidente Bolsonaro, além dele próprio, já gera bizarras e absurdas crises, isto sem falar nos grupos que dividem o poder a trocar cotoveladas.

Enfim, esse governo alberga elementos díspares que, até agora, têm impedido uma atuação política em bases monolíticas.  É um governo marcado pela antinomia: o paradoxo de ser, a um só tempo, situação e oposição.

Algo bem parecido até com aqueles versos da canção  “Contrários”, do Padre Fábio de Melo: “Que o verso tem reverso/ Que o direito tem o avesso/ Que o de graça tem seu preço/ Que a vida tem contrários/ E a saudade é um lugar/ Que só chega quem amou/ E o ódio é uma forma tão estranha de amar.” E para melhor compor a cena tragicômica que se avoluma a cada dia neste Brasil de 2019, aquele característico e ‘carinhoso’ gesto da arminha.

Paulo Linhares é professor e advogado

Foto: revista IstoÉ

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