sábado - 23/03/2019 - 08:32h
Pesquisa

Álvaro Dias, Fátima Bezerra e Bolsonaro têm aprovação

O jornal Tribuna do Norte traz em sua edição deste sábado (23), os primeiros números deste ano com avaliações dos governos do Natal, do Estado do RN e Federal.

O levantamento contratado ao Instituto Consult foi feito entre os dias 7 e 11 deste mês, apenas em Natal, ouvindo 800 pessoas, com margem de erro de 3,5% e nível de confiança de 95%.O Governo Álvaro Dias (MDB) é aprovado por 57,13% dos natalenses.

A gestão Fátima Bezerra (PT) alcança 47,13% de endosso popular.

Quanto à administração do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a aprovação alcança 41,13%.

Desaprovação

Álvaro Dias tem desaprovação de 16,13% dos natalenses.

Já o Governo Fátima Bezerra atinge 22%.

O presidente Jair Bolsonaro tem maior índice negativo, com 37,25%.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 22/03/2019 - 16:40h
Política e tosse

Gargarejo de romã

Por François Silvestre

É bom pra tosse. A previdência venceu Temer no poder, e agora toma alento com sua prisão.

Bolsonaro vai ver o que é bom pra tosse, com seu papo de não dar satisfações aos políticos.

Administração se efetiva pelo trabalho dos servidores com o gerenciamento da política. É assim em todo canto do mundo, nos regimes democráticos. Não se vive coletivamente sem política.

Quem não gosta de política é ditador ou alienado.

Sérgio Moro tá vendo a diferença entre sua independência de magistrado e a dependência política do executivo. Ou dá satisfações ou leva cocorotes, como os tomou do presidente da Câmara.

O Capitão vai continuar dizendo uma coisa e fazendo outra. E a sargentada se engalfinha, entre filhotes e insatisfeitos, sem saber pra onde vai.

Enquanto a merda fede por aqui, o Capitão tá “resolvendo” os problemas da Venezuela. Tudo para o agrado do seu líder-mor Donald Trump.

Receita: Um punhado de cascas de romã, meio copo de água; deixando em descanso por oito horas. Quando a água estiver bem amarela, da cor da bandeira, gargareja-se cada gole por alguns segundos e depois cospe.

Durante o gargarejo não se deve conversar bosta, pra não engasgar.

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
quarta-feira - 20/03/2019 - 22:44h
Ibope

Pesquisa aponta queda de 15% em aprovação de Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, em evento do 7 de março de 2019, dia da comemoração dos 211 anos do corpo de fuzileiros naval da Marinha brasileira, na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro (Foto: Fábio Mota/Estadão)

Do G1

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (20) mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL):

  • Ótimo/bom: 34%
  • Regular: 34%
  • Ruim/péssimo: 24%
  • Não sabe/não respondeu: 8%

A avaliação positiva do presidente caiu 15 pontos percentuais desde a posse. Em fevereiro, segundo a pesquisa, 19% consideravam o governo “ruim/péssimo”; 30%, “regular”; e 39% o avaliavam como “bom/ótimo”.

A pesquisa também avaliou a opinião dos entrevistados sobre a maneira de governar do presidente da República:

  • Aprovam: 51%
  • Desaprovam: 38%
  • Não souberam ou não responderam: 10%

Em fevereiro, 57% aprovavam e 31% desaprovavam.

Outro ponto questionado pelo Ibope foi sobre a confiança dos entrevistados em relação ao presidente:

  • Confia: 49%
  • Não confia: 44%
  • Não souberam ou não responderam: 6%

Em fevereiro, 55% afirmaram confiar no presidente e 38% disseram não confiar.

A avaliação positiva de Jair Bolsonaro é inferior àquelas registradas para Fernando Henrique Cardoso (1º mandato), Lula (1º e 2º mandatos) e Dilma Rousseff (1º mandato). No entanto, ela é maior que as de Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff no início do segundo mandato.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 16 e 19 de março.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Nota do Blog – O grande problema de Jair Bolsonaro neste início de governo é ele mesmo. A oposição saiu destroçada das urnas e ainda busca um rumo, um guia ou meios para se agrupar e ter maior musculatura.

O presidente tem perdido muita energia com questões periféricas, além da companhia de um trio de filhos tagarelas e inconsequentes. Início de governo, a perda de nutrientes na imagem é “aceitável”, mas é óbvio que o presidente ainda não entendeu o que seja a “liturgia do cargo.”

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 18/03/2019 - 14:26h
Câmara Federal

Reforma da Previdência pode ter semana de avanços

Maia, Bolsonaro, Alcolumbre e Toffoli no sábado tiveram reunião em Brasília (Foto: J Batista)

Do Congresso em Foco

A reforma da Previdência deve avançar esta semana na Câmara, com o envio do projeto que trata da aposentadoria dos militares. A entrega da proposta, prevista para esta quarta-feira (20), é condição imposta pelo presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), por pressão de líderes partidários, para designar a relatoria da reforma.

O texto, que está nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes, deve propor aumento de tempo e percentual de contribuição.

O governo tem enfrentado dificuldade para encontrar um relator experiente e com boa capacidade de articulação política.

O ex-líder do governo Michel Temer na Câmara Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é considerado um bom nome pelo Planalto e desponta como favorito, já que outros interessados na função são deputados estreantes, com pouco trânsito na Casa.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
  • San Valle Rodape GIF
quinta-feira - 28/02/2019 - 10:52h
Reforma da Previdência

Propostas contra homem do campo e idoso são rechaçadas

Walter: BPC preocupa (Foto: Assessoria)

O deputado federal Walter Alves (MDB-RN) revela atenção no tocanto à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) – Reforma da Previdência – apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), no último dia 20. De acordo com o parlamentar, a reforma é necessária, mas alguns pontos precisam de mudanças e ampla discussão com a sociedade.

De acordo com o parlamentar, é preciso analisar exaustivamente a proposta apresentada pelo Governo Federal e efetivar mudanças em alguns pontos, como por exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as regras para aposentadoria dos trabalhadores rurais, entre outros.

“É precisa muita cautela. Sabemos que há necessidade da reforma, mas é inadmissível e não vamos acatar a proposta de mudança do BPC para idosos que altera o valor do benefício para apenas R$ 400,00″, afirma.

“Outra questão que precisa ser revista é a relacionada aos trabalhadores rurais. Há muito o que ser discutido com a sociedade. Vamos analisar detalhe por detalhe com muito cuidado”, ponderou Walter Alves.

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Categoria(s): Política
domingo - 24/02/2019 - 09:20h

Os atropelos da família Buscapé

Por Paulo Linhares

O celibato é algo que está na contracorrente da natureza, qualquer que seja a sua motivação, vez que impede a reprodução da espécie. Ora, ao menos no âmbito da raça humana, a preservação da espécie se dá fundamentalmente a partir do encontro do material genético da mulher e do homem, fêmea e macho, numa linguagem mais simples. E que pode ser estendida para todas as espécies de mamíferos, répteis, aves e peixes. Mesmos no mundo vegetal, muitas espécies dependem, também, dessa  interação biológica de gêneros.

Enquanto manifestação cultural, o celibato visa impedir que homens e mulheres procriem e, sobretudo, formem famílias, pelas mais diversas razões. E pode ser objeto de convencimento racional a partir de normas de proibição ou, em casos mais graves, mediante sérias mutilações de homens ainda na fase infantil, transformados em eunucos, eis que eram castrados.Hoje, entende-se o  celibato, em seu sentido genérico, como  a condição de quem, por opção, não contrai matrimônio, sendo igualmente norma regulamentar em determinadas instituições, como é o caso da Igreja Católica cujos clérigos são obrigados a fazer voto de celibato.

Até o século 10, os padres católicos podiam casar. Além de São Pedro, outros seis papas viveram em matrimônio. Até o Concilio de Elvira, que o proibiu no ano 306, um sacerdote podia inclusive dormir com sua esposa na noite anterior a celebrar a missa. Isso começou a mudar dezenove anos mais tarde, quando o Concilio de Nicea estabeleceu que, uma vez ordenados, os sacerdotes não podiam mais casar-se.

O papa Gregorio VII impôs o celibato, em 1073, definindo  o matrimônio dos sacerdotes como heresia, por desviar os sacerdotes  do serviço religioso  e contrariar o exemplo de Cristo. A verdade é que  nessa decisão de impor o celibato havia a intenção de evitar que os bens dos bispos e sacerdotes casados fossem herdados por seus filhos e viúvas em vez de beneficiar à Igreja.

Aliás, nada indica que a Igreja Católica vá rever essa norma a curto prazo, mas o próprio papa Francisco já afirmou: o celibato clerical, ou seja, o voto que obriga os padres a permanecerem castos, não é um dogma de fé – e, sim, um regulamento da Igreja: “O celibato não é um dogma de fé; é uma regra de vida que eu aprecio muito e acredito que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, sempre temos a porta aberta. Neste momento, contudo, não temos em programa falar disso”, afirmou recentemente o papa, em conversa com jornalistas.

Certo é que a existência dessa regra de celibato sacerdotal, nos últimos dez séculos, tem sido positiva para a Igreja Católica, embora apresente, também, alguns efeitos colaterais indesejáveis,  como o dos escândalos sexuais que envolvem religiosos católicos em vários países, inclusive, muitos casos de pedofilia e têm merecido veemente condenação e medidas enérgicas da parte do papa Francisco.

E não é apenas na Igreja Católica que esposa, filhos e outros parentes podem atrapalham. Na política os estragos são maiores. As ingerências de esposas, maridos, filhos, irmãos, pais e outros parentes nos negócios de governo e das atividades políticas têm sido fatores de muitas confusões, nas mais diversas latitudes e épocas históricas.

A discrição dos familiares de um governante ou de líder político evita muitas atribulações. Ademais, não é razoável alguém que não esteja investido legalmente no exercício de cargo público eletivo possa tomar decisões ou ter benefícios apenas em função de seu parentesco. Não sem propósito, na família real inglesa os seus membros são proibidos de opinar publicamente sobre temas políticos.

No Brasil, o país do nepotismo, a mistura de parentesco com política ainda é uma prática corrente e aceita. Não é de estranhar que com a eleição de tantos parentes, nas eleições de 2018,  as dinastias políticas se fortaleceram no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas e na ocupação dos governos estaduais. Só na família Bolsonaro foram eleitos, além do presidente da República, dois filhos, um para o Senado e outro para a Câmara dos Deputados. Além disso, lembre-se que Carlos (Pitbull) Bolsonaro é vereador pelo Rio de Janeiro.

Em menos de dois meses de governo, a prole do presidente Bolsonaro tem causado enormes contratempos, bem mais do que toda a oposição tem feito ao novo inquilino do Palácio da Alvorada.

O problema começa com o completo desconhecimento do clã Bolsonaro acerca da liturgia que cerca o exercício da presidência da República, a exemplo da atitude infantil do vereador Carlos Bolsonaro que, no desfile presidencial pela Esplanada dos Ministérios, quando da posse em 1º de janeiro de 2019, subiu na traseira do Rolls Royce que conduzia o pai e a atual esposa deste, Michelle, para uma ridícula e indevida ‘carona’.

Os Bolsonaro, pai e filhos, falam pelos cotovelos e o que lhes vem à cabeça, com intenso uso das redes sociais. E provocam crises diárias no governo. A última envolveu o presidente, seu filho Carlos, a quem ‘carinhosamente’  chama de “meu Pitbull” e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL e um dos principais articuladores  da candidatura de Bolsonaro à presidência. Ele foi gratuita e grosseiramente exposto – chamado de “mentiroso” – nas redes sociais, pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro, com publicações que acabaram sendo compartilhadas pelo presidente, que as corroborou, para jogar  o governo numa baita e desnecessária crise. Mesmo que Bebianno tenha unido em seu favor os segmentos político e militar do governo, não tem condições de permanecer no cargo. Claro, Jair prefere o seu pitbul.

Os meninos de Bolsonaro têm atacado em especial os membros do PSL, o partido ‘alugado’ por Jair para levá-lo ao Palácio do Planalto e fazer do filho Eduardo o deputado federal eleito com a maior votação  do país, em  2019, além da eleição de Flavio a senador pelo Rio de Janeiro. Inúmeras desavenças vêm ocorrendo, pelas redes sociais e fora delas. Parece claro que o clã Bolsonaro  está disposto a ter um partido “para chamar de seu”: vai exumar a velha União Democrática Nacional (UDN), a sigla fundadora em 1945  e  que se tornou o grande estuário da direita brasileira. A proposta atual segue no mesmo rumo, agora com os Bolsonaro. O pedido de registro da UDN já tramita no TSE.  Seguindo uma tradição tupiniquim – “se há governo, sou a favor” -, logo a UDN será um dos grandes partidos da cena política brasileira.

É a nova família Buscapé, em sua versão brasileira, que está em ação. E vai aprontar muitas nos próximos quatro anos. No mínimo, os humoristas terão um riquíssimo filão a explorar. No geral, os meninos de Bolsonaro tendem a comprovar o triste vaticínio do poeta latino Horácio, no verso das Odes (III, 6, 46-8) sobre pais e filhos:

“Nossos pais, piores do que os seus, geraram-nos / ainda mais celerados do que eles; nós, por nossa vez, geraremos  / filhos mais perversos do que nós” (Aetas parentum peior avis tulit / nos nequiores, mos daturos / progeniem vitiosiorem).

Paulo Linhares é professor e advogado

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 24/02/2019 - 07:46h

Expectativa e realidade

Por Odemirton Filho

Os primeiros dias de governo de Jair Bolsonaro (PSL) estão sendo marcados pela continuidade dos embates entre os seus séquitos e adversários. Não existe, até o momento, uma trégua, pois alguns partidários ainda não desceram do palanque e continuam a se digladiar nas redes sociais.No tocante ao Presidente, esse cumpriu algumas promessas de campanha, como o Decreto sobre a posse de armas e o pacote anticrime, que possui três eixos, combate à corrupção, crime organizado e crimes violentos.

Além disso, a proposta da reforma da Previdência foi encaminhada ao Parlamento e, segundo expertises, é imprescindível para o equilíbrio fiscal do país, muito embora alguns pontos apresentados já causem insatisfações.

No que diz respeito ao pacote anticrime apresentado pelo ministro Sérgio Moro,  levanta-se uma densa discussão político-jurídico, porquanto trata de temas que, para alguns, padecem de inconstitucionalidade, com um propósito eminentemente populista punitivista.

Entre os temas propostos, destacam-se: a possibilidade de acordo entre o Ministério Público e o acusado, a execução provisória da pena após julgamento em segunda instância e a legítima defesa.

Essa diz que “o juiz poderá reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de escusável medo, surpresa ou violenta emoção”.

Há pesadas críticas a proposta da legítima defesa, pois daria ao agente de segurança uma “licença” para matar, haja vista essas escusas justificarem o crime perpetrado, mesmo com manifesto excesso doloso.

Por outro lado, aqueles que vivem à margem da lei, há tempos que praticam toda sorte de crime, inclusive, homicídio, necessitando de uma firme resposta do Estado-juiz. São, sem dúvida, valores constitucionais em conflito que precisam de ponderação quando da aplicação da norma.

Por fim, o Presidente e seus articuladores políticos sabem, mais do que ninguém, que no Congresso Nacional é preciso habilidade para aprovar projetos. Ademais, muitas emendas deverão ser apresentadas para que se chegue ao texto final.

Vamos ver se o Chefe do Executivo Federal evitará o fisiologismo, isto é, o toma lá, dá cá, que tanto rechaça, para conseguir aprovar o que pretende.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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sábado - 23/02/2019 - 17:32h
Base

Governo prepara pré-requisitos para atender parlamentares

Do Congresso em Foco

O governo federal está definindo um conjunto de critérios que deverão ser seguidos para o preenchimento de funções de confiança na administração federal. A medida será anunciada como prova de coerência com a promessa do presidente Jair Bolsonaro de por fim ao “toma lá dá cá”, isto é, à prática de oferecer aos parlamentares nomeações de afilhados políticos e outras benesses em troca do compromisso de votar a favor das propostas do governo no Congresso Nacional.

Base do governo quer "agrado" para poder endossar importantes votações (Foto: Luís Macedo)

A intenção, porém, é exatamente criar uma forma tecnicamente defensável, politicamente palatável e moralmente aceitável de atender à notória sede dos deputados e senadores por cargos governamentais.

“Não vai haver toma lá dá cá. Vamos atender aos parlamentares, na medida das possibilidades, se os nomes indicados atenderem aos critérios técnicos que serão divulgados nos próximos dias e sem fazer nenhuma exigência de contrapartida em votações na Câmara ou no Senado”, disse ao Congresso em Foco uma fonte do governo.

Bolsonaro poderá assinar um decreto com a lista dos pré-requisitos que serão obedecidos nas nomeações. Tais critérios deverão incluir a exigência de formação educacional adequada, experiência comprovada na área e “ficha limpa”.

Entre outras coisas, o indicado não poderá ter condenação criminal confirmada por órgão colegiado do Poder Judiciário nem ter tido suas contas rejeitadas por qualquer tribunal de contas em razão de “ato doloso de improbidade administrativa”, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 17/02/2019 - 09:48h

A perversão da dialética

Por Paulo Linhares

A História não é uma múmia, algo estanque, engessado, morto. Ao revés, ela é movimento para frente ou para trás, avanços e retrocessos; uma espécie de ‘retrato’ do mundo, este que é “tudo o que ocorre” e traduz a “totalidade  dos fatos, e não das coisas”, para usar a categoria genial de Ludwig Wittgenstein, do seu “Tractatus Logico-Philosoficus”.

É bem certo que as pessoas tendem (erroneamente) a pensar a História como um contínuo encadeamento de superação de fatos – os avanços -, porém, quase sempre não se dão conta de que, na maioria das vezes, ela é feita de repetições – os retrocessos – muitas vezes trasvestidas de farsas inescondíveis, como alertava Karl Marx no seu “O 18 de Brumário de Luís Bonaparte” (de 1852).

Posto que farsas, os retrocessos históricos findam por impor ao mundo real uma lógica daquilo que pode ser denominado como ‘dialética perversa’, em que a síntese, a despeito das antítese contrapostas, é mera repetição da tese, íntegra e insuperada. Por força de incompreensíveis mistérios das coisas humanas, fatos trágicos e indesejáveis do passado rebrotam no cotidiano de nossas vidas, como se as lições escritas em sangue, suor e lágrimas de nada valessem.

Pode até parecer complicada está cogitação, todavia, tudo se faz claro quando os fatos paridos da realidade são objeto de reflexão, por apressada e perfunctória que possa ser.

Ora, quem pensou que após 1985 – com o fim da ditadura militar – o Brasil avançaria para se tornar um país moderno, calcado nos princípios do Estado Democrático de Direito, na sobrelevação da cidadania civil e política, no fim das desigualdades sociais e regionais, no respeito à convivência pacífica e respeito à soberania de outros povos na ordem internacional, ademais da adoção de uma pauta de direitos e garantias fundamentais, afinal declarados na Constituição de 1988, foi vítima de ignóbil e monumental engano.

Os fatos ocorridos no campo político-institucional a partir do ano de 2016, sobretudo, com o impedimento ex-presidente Dilma Rousseff, a despeito de todos os erros e desvios cometidos no seu governo e nos governo de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, mostram um enorme retrocesso factual de todas as conquistas da sociedade brasileira nas últimas três décadas. Tudo o que parecia ‘sólido’ se desmanchou no ar. E retrocedeu a um passado que, pensava-se, estava superado.

Claro, erros aconteceram, em especial o estabelecimento de relações promíscuas entre governos petistas (e os que os antecederam) e setores avançados do capital industrial, as  empresas de construção civil pesada, grandes empreiteiras de obras governamentais na área do petróleo transformadas em nefastas organizações criminosas que estabeleceram poderosos ‘propinodutos’ a contaminar gravemente o chão republicano.

No bojo das espetaculosas operações levadas a cabo pela aliança entre Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal – empoderados na Constituição de 1988 e apoiados pelos governos petistas, ademais do significativo apoio dos grandes barões da mídia -, parcela expressiva da sociedade brasileira assumiu uma pauta política conservadora, em desprestígio até de direitos e garantias de berço constitucional.

Mais grave, ainda, foi a dura resposta que esses setores – fundamentalmente das camadas médias da sociedade brasileira – deram nas urnas de 2018: optaram por um esboço de projeto política, social e economicamente bem mais retrógrado que aquele do ciclo militar de 1964-1985.

A pior, porém, está nas eleições de um presidente da República, alguns importantes governos estaduais e muitos parlamentares estaduais e federais, em ambientes rigorosamente democráticos, sem que isto represente efetivo avanço para uma sociedade complexa e juncada de contradições como a brasileira. A propósito, a eleição de Jair Bolsonaro à presidência da República não foi objeto de qualquer maior contestação, a despeito das inermes acusações da prática de delitos eleitorais (‘disparos’ de “fake news” bancados por empresários sem conhecimento da Justiça Eleitoral). Na lógica do sistema político-eleitoral em uso, a sua eleição pode ser considerada como inequivocamente livre de mácula.

Aceite-se ou não, a verdade é que o corpo eleitoral induvidosamente optou pela onda conservadora que vem atingindo outros países, a exemplo da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos da América. A palavra de ordem mesmo, neste momento, é “direita, volver”!

A tendência política conservadora, no Brasil, se confirma com as eleições do deputado Rodrigo Maia e do senador Davi Alcolumbre, ambos do Partido Democratas, de direita, segundo e terceiro na vocação sucessória da presidência da República que, nos próximos dois anos, presidirão respectivamente a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.

Seguramente, a pauta ultraconservadora do governo Bolsonaro terá fortes aliados no Congresso Nacional para aprovação de leis e até de importantes reformas da Constituição. E de outros importantes setores da sociedade brasileira, inclusive, de parcela da chamada grande imprensa.

Embora possa parecer bizarro, tudo valerá a pena quando nossas humildes almas de democratas e republicanos – e esses dois termos se equivalem! – não forem pequenas, para lembrar o poeta Pessoa, embora, denuncia implacável a História, tantas (grandes) almas tenham fenecido sob Hitler, Stalin, Mussolini, Franco, Salazar, Pol-Pot, Garrastazu Médici, Pinochet etc.

E todas estas questões remetem às dificuldade e retrocessos de se desfrutar da liberdade numa ordem genuinamente republicana, como lembrou, há mais de dois mil anos, o filósofo latino Marco Túlio Cícero:“Quando o povo pode mais e rege tudo ao seu arbítrio, chama-se a isso liberdade; mas é, na verdade, licença”.

Por isto é que, na sua licença de decidir, em muitos casos, o povo  se torna algoz de suas próprias expectativas. E seu futuro pode estar irremediavelmente  comprometido, restando, apenas, a morte dos ideais  republicanos e cada vez mais distante a noção de uma sociedade livre, economicamente próspera e socialmente justa, com iguais oportunidades para todos.

Depois de muita caminhar e até sangrar – e tantos sangraram! – a sociedade brasileira dá um enorme salto para trás e aposta no inverso de tudo o que se assentara no seu coletivo imaginário a partir de 1985 e cristalizado na Constituição de 1988. Agora, é marco zero, pois tudo o que se edificou nesse campo ameaça a virar fumaça. Resta esperar para ver no que resultará esse intragável angu.

Paulo Linhares é professor e advogado

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Categoria(s): Artigo
sexta-feira - 15/02/2019 - 21:32h
Xará

Filho boquirroto, presidência sob ameaça

Meu xará Carlos Bolsonaro (PSL) ainda não entendeu que seu pai – Jair Bolsonaro (PSL) – é presidente da República.

Boquirroto, na ânsia de defender o pai de tudo, sempre atacando a todos, é hoje o maior problema da presidência.

Aliados de primeira hora e de ocasião não o suportam.

Adversários em boa parte o levam na galhofa e o provocam às asneiras.

Tome o smartphone desse rapaz, presidente.

Que coisa!

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
quarta-feira - 13/02/2019 - 14:12h
Mossoró

Governos transferem chefões do PCC para presídios federais

Do G1

Os governos federal e de São Paulo transferiram nesta quarta-feira (13) Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes de uma facção criminosa para presídios federais. São homens do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os presos estavam na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e em Presidente Bernardes, no interior do estado, e foram levados para presídios federais em Brasília, Mossoró (Rio Grande do Norte) e Porto Velho (Rondônia).

Embarque aconteceu hoje; operação vinha sendo tratada há bastante tempo (Foto: Heloise Hamada/TV Fronteira)

O prazo de permanência nos presídios federais é de 360 dias. Nos primeiros 60, os integrantes da facção ficarão no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Um comboio com oito carros, escoltados por policiais federais, chegou ao presídio federal de Brasília às 14h24.

A transferência de integrantes do PCC ocorre após o governo de São Paulo ter descoberto um plano de fuga para os chefes e ameaças de morte ao promotor que combate a facção no interior de São Paulo. A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente.

Em Mossoró

Foi confirmada em uma entrevista coletiva na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) que o Exército está em Mossoró por causa da transferência de presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

A informação foi dada no Meio-Dia Mossoró (95 FM) pelo repórter Francileno Góis do jornalismo TCM.

Não está confirmada a vinda para Mossoró do líder do PCC, Marcos Camacho, o “Marcola”.

São 800 homens que ficarão na cidade até o dia 27. Há possibilidade de a permanência ser prorrogada (Blog do Barreto).

Forças Armadas e rigor em visitas

Na edição do Diário Oficial da União desta quarta, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou decreto autorizando a presença das Forças Armadas em um raio de 10 km dos presídios de Porto Velho (Rondônia) e de Mossoró (Rio Grande do Norte).

Também nesta quarta, o governo federal publicou uma portaria com regras mais rigorosas para visitas a presos em presídios federais de segurança máxima. A portaria é assinada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
quarta-feira - 06/02/2019 - 22:30h
Brasil

Lula sofre nova condenação; Filho de Bolsonaro é investigado

Lula: sentença em primeiro grau (Foto: Hélvio Romero)

Do G1

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, nesta quarta-feira (6), a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato que apura se ele recebeu propina por meio da reforma de um sítio em Atibaia (SP). A defesa de Lula diz que recorrerá da decisão.

A sentença da juíza substituta Gabriela Hardt, da primeira instância, é a segunda que condena Lula na Operação Lava Jato no Paraná. Cabe recurso. Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Filho de Bolsonaro é alvo de investigação

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou para a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro o inquérito no qual o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é investigado.

Filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio é alvo de investigação por suposta prática de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

O inquérito foi revelado pelo jornal “O Globo” nesta quarta-feira (6) e apura “negociações relâmpago” de imóveis que, segundo as investigações, resultaram no aumento patrimonial de Flávio.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 03/02/2019 - 09:36h

O vazio de Davos

Por Paulo Linhares

Na fase mais recuada de minha infância literária consumia vorazmente livros de bolso, subliteratura de ficção vendida nas bancas de jornais. Quem queria começar  na arte do romance e não encontrava um editor maluco que o acolhesse, aqui como na França, ia para os “livres de poche” de baixo custo em papel-jornal  e  diminutos méritos literários. Alguns até faziam enorme sucesso no populacho e findavam por alçar os quase sempre ínvios degraus das academias, quando não catapultavam obscuros escribas às glórias de destacados círculos intelectuais.

Dito isto, hei de confessar: mexeu ferozmente com minha imaginação (e hormônios!) um livrinho de bolso intitulado “Giselle, a Espiã Nua Que Abalou Paris”, de autoria de David Nasser, publicação da mixuruca Editora Monterrey, edição de 1967. Narrava a saga da espiã Giselle Montfort, uma integrante da Resistência Francesa que, pela enorme beleza e corpo escultural, usava de seus atributos físicos para abobalhar militares de altas patentes do exército de ocupação nazista e extrair importantes informações  que eram repassadas aos compatriotas “maquis”.As peraltices de sedução e política da bela Giselle, levaram-me a um interesse por tudo o que escrevia ou escreveu o maldito ‘pai’ dessa glamurosa e não menos letal espiã: David Nasser. Misto de compositor, jornalista e escritor, Nasser era uma explosiva mistura de gênio e canalha que ocupou privilegiados espaços nas revistas “O Cruzeiro” e “Manchete”.

Acérrimo inimigo de Leonel Brizola, ‘presentou-lhe’ com  duríssimas críticas sob forma de artigos.  Em dezembro de 1963, num casual encontro  no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, Brizola aplicou uma cachoeira de bofetes em David Nasser que sobre o episódio escreveu o impagável “O coice do pangaré”.

Como compositor de muitos sucessos da MPB, ele foi o autor, em parceria com Rubens Soares, do clássico samba “Nega do cabelo duro”, imortalizado na gravação do famoso conjunto musical Bando da Lua e que hoje seria considerado politicamente incorretíssimo, senão racista mesmo.

Em suma, Nasser foi uma versão  tupiniquim de H. L. Mencken, o bombástico e corrosivo jornalista norte-americano autor do “Livro dos Insultos”, este, aliás, o formulador de frase lapidar que bem serve para uma reflexão sobre o empoderamento e onipotência do Poder Judiciário e do Ministério Público brasileiros neste momento: “A injustiça é relativamente fácil de aturar; é a justiça que fere”. E isto nos “calha à fiveleta”, para usar a expressão tão em moda quando o padre Antônio Vieira ainda fazia o Seminário Menor, antes até do famoso “estalo”…

Dos tantos escritos do calhorda genial Nasser, cheguei à sua obra magna: “Falta alguém em Nuremberg: torturas da polícia de Filinto Strubling Müller”. Algo difícil de esquecer; coisa definitiva e extraordinária na arte de escrever as chamadas “grandes reportagens”, inclusive com auxílio das fantásticas lentes do cineasta e fotógrafo Jean Manzon. E quando não havia fatos, Nasser os inventava – a exemplo do seu mestre Mencken – e Manzon, fiel escudeiro, aportava inolvidáveis registros fotográficos. Anti-jornalismo? Dependeria da ótica de quem visse. Ambos foram geniais repórteres. E o voluntarioso Zé Leão, do alto de um serrote de livros e revistas semanais (O Cruzeiro, Manchete, Realidade, Fatos e Fotos), lá nas Caraúbas, se encantava com as diatribes e diabruras jornalísticas paridas da corrosiva pena de David Nasser.

Pode até parecer absurdo, mas, essas lembranças todas afloraram com força à revelação dos recentíssimos episódios ensejados por mais uma edição Fórum Econômico Mundial de 2019,  realizado em Davos, na Suíça, pois, se faltou  alguém  em Nuremberg, agora faltaram muitos em Davos: Donald Trump; Xi Jinping, presidente da China; Emmanuel Macron, presidente da França; Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido.

Enfim, uma Davos esvaziada e inexpressiva cuja maior atração seria o novel presidente do Brasil, Jair (se acostumando) Bolsonaro, a quem foi deferida a possibilidade de falar por generosos 45 minutos. Para Davos “et orbi”. Jair se encolheu e falou, no máximo, para sua pequena Glicério, São Paulo, em reles seis minutos. Lançou mão de um pobre arsenal de clichês. E nada disse para aplacar a enorme curiosidade da comunidade mundial reunida na fria conferência suíça. Na verdade, pouco disse do que tantos esperavam ouvir. Vexame. Enfim, saiu bem menor do que entrou; perdeu uma grande “janela” para anunciar ao mundo o que seria o Brasil “sob nova direção”.

O grave é que o presidente Bolsonaro estava ladeado dos mais expressivos quadros de seu governo: o superministro da economia Paulo Guedes e o arquiministro da Justiça Sérgio Moro. Por injunção de fatores obscuros, o trio desmarcou entrevista coletiva muito aguardada por jornalistas do mundo inteiro. Prevaleceu, enfim, a cortina de silêncio que foi a grande tática de campanha do Bolsonaro após ser esfaqueado por um maluco. Os jornalistas que cobriam o evento de Davos ficaram a “chupar os dedos”, sem dados confiáveis a transmitir aos seus leitores de todo o mundo alguma impressão sobre o que se deve esperar, em vários domínios, do novo governo brasileiro.

Dessarte, a estreia que o presidente Jair Bolsonaro fez, o seu “début” no palco internacional no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, demonstrou despreparo e, sobretudo, a ausência de uma agenda positiva do Brasil em face da comunidade internacional. O mundo queria saber o que pensa o novo presidente  do Brasil. Pouco ou quase nada captaram os ávidos jornalistas presentes. Foi rápido e não menos preciso, o solitário dirigente do Brasil. Claro, basta dizer que se partirmos para um campo comparativo entre ele e os últimos presidentes brasileiros que discursaram noutras edições do fórum de Davos, quem falou menos, no discurso inicial, gastou expressivos 28 minutos. Nos seus raquíticos seis minutos de tatibitate pronunciamento, Bolsonaro falou pouco e nada disse do seu projeto para o Brasil nos próximos quatro anos. Frustrante. Uma fala bem estruturada do presidente brasileiro até serviria para ‘adoçar’ a sua imagem na imprensa mundial, hoje tida como bastante negativa e não menos grotesca.

Aliás, vale recordar  a “sacada” que tivemos,  em artigo publicado acerca do ‘eloquente silêncio’ que marcou a campanha presidencial de 2018: de um lado, um candidato com amplas condições de ser eleito – a tirar pelas pesquisas divulgadas – , Lula,  porém, preso por unânime decisão da máquina judiciária brasileira, e do outro, pelo que representava no imaginário da expressiva parcela da população  eleitora, o expurgo  da cena política brasileira “a volta do PT”,  tudo a partir de construções midiáticas, tendo como vetor um fanfarrão que espargia conceitos morais e políticos que se coadunam com o que há de mais retrógrado e reacionário na  agenda política da extrema direita subdesenvolvida. Eleição brilhantemente ganha.

Tudo o que foi planejado, pelos barões midiáticos e lideranças políticas – o emplastramento do PT e de suas mais expressivas lideranças, com impedimento legal de Lula disputar as eleições de 2019 – foi cumprido com milimétrica precisão: Lula preso e condenado em tempo recorde a severas penas, corroboradas (e até agravadas) na 2ª Instância.

Teoricamente, o caminho estava aberto para uma tucano de alta plumagem disputar a presidência da República. Nada. Tudo deu errado: os  tucanos do PSDB eram lastimavelmente comprometidos com práticas políticas corruptas e até com perigoso envolvimento com o narcotráfico (veja-se o episódio da apreensão do helicóptero de Gustavo Perrella, amigo de Aécio Neves, carregado de cocaína). E como não havia mais “céus de brigadeiro” para tucano voar, um capitão paraquedista da linhagem do corvo Lacerda aterrissou nos impúdicos gramados de Brasília.

Noutras palavras, como o ‘xerém’ não  podia ser dos tucanos, o foco recaiu em Jair Bolsonaro,  inexpressivo parlamentar do baixo clero da Câmara Federal que apareceu como ‘reserva moral’ da Nação, o novo santo guerreiro no combate à corrupção. O resto todos sabem. Curioso é lembrar que os dois outros presidentes que se elegeram no passado com plataformas anticorrupção, Jânio Quadros (“o homem da vassoura “) e Fernando Collor (“o caçador de marajás”), sequer terminaram seus mandatos presidenciais. O tal “mar de lama” sempre traduzido em execração suprema na política brasileira em sete décadas, respinga naqueles que o denunciam e que o fazem de trampolim para ganhar eleições. Uma maldição inafastável.

Assim diante da sofisticada plateia de Davos, o presidente Bolsonaro, em raríssimo momento de ‘inspiração’, pontificou: “o Brasil precisa de vocês e vocês com toda certeza em parte precisam do nosso querido Brasil”. Mais podia, não pôde, travou geral. Os solitários neurônios Tico e Teco do capitão,  angustiados se afogaram na bolsa de colostomia presidencial.

E o quê dizer diante de algo tão profundo? PQP! Nada! A sensação que transparece é a de que, mesmo com um acanhado Bolsonaro e seu telegráfico discurso de seis precários minutos, faltou muita gente em Davos. E não foi apenas o tresloucado Donald Trump…

Paulo Linhares é professor e advogado

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Categoria(s): Artigo
quinta-feira - 31/01/2019 - 18:22h

Presunção opinativa

Por François Silvestre

Ninguém consegue me convencer de que Lula é inocente. Ninguém consegue me convencer de que Bolsonaro é honesto.

Não vai nisso qualquer ranço pessoal, pois ambos estão em patamares tão distantes de mim que não cabe, na minha pequenez, qualquer relação pessoal.

São deuses fanatizados e postos em altares. Cujas imagens merecem, para mim, iconoclasta, apenas um olhar irônico. Mais de pena dos adoradores do que de escárnio aos adorados.

Repito: Um não é inocente nem o outro é honesto.

Fica o dito no campo da presunção, pois não disponho de provas para acusá-los. E sem provas ou acusação específica, resguardo-me da imputação de calúnia. Posto que na tipificação criminal, do nosso Direito Penal, não exite o tipo calúnia presumida.

Apenas passo no patamar dessa igreja, sem nela adentrar, observando de longe a liturgia dos idiotas. A idiotice também não é crime. Nem contravenção.

É apenas um pastoril de cores sem quermesse, que deixa a cada lado o exercício de apedrejar a Diana.

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terça-feira - 29/01/2019 - 05:12h
Brasil

Desastre, diplomacia, demagogia

Por François Silvestre

Brumadinho oferece à história lições de patifaria. Em todos os níveis. A lição mais terrível é do sacrifício humano. Vidas relegadas à vala comum do cemitério da ganância. Alguém ousa negar? Desgraça sem trena medidora. Ponto um.

Privatização a preço de cocada de uma estatal, não pública, que sempre serviu a interesses privados encrustados no poder público. Ponto dois.

O atual governo poderia ter escapado da responsabilidade do evento. Ninguém o culparia.

Mas, preferiu fazer a repetição da sacanagem. Aí, para exibir-se convocou Israel, que bajulara mudando a embaixada do Brasil para Jerusalém,  cujo governo de lá anda metido em inúmeras denúncias de corrupção.

Em “gratidão”, Israel mandou técnicos e equipamentos caríssimos para prestigiar Bolsonaro, mexendo na lama de Brumadinho.

Sabe no que isso vai dar? Em nada. Aposto o que prevejo.

Essa vinda da ajuda de Israel vai ser a maior piada diplomática dos últimos tempos. E Bolsonaro, que tava fora da lama, mergulhou nela pela demagogia.

Israel vai sair de Brumadinho com sua embaixada enlameada. Ponto três.

Torço para estar errado. Caso esteja, darei a mão à palmatória.

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Categoria(s): Artigo
quarta-feira - 23/01/2019 - 21:24h
Cortes

“Sistema S” vive momentos de muita apreensão

É de muita apreensão o clima no “Sistema S” no Rio Grande do Norte.

A insegurança quanto ao futuro alcança de nomes graduados a servidores de carreira ou temporários, nas entidades que compõem essas organizações ligadas ao setor empresarial.

Assusta, a ideia do Governo Bolsonaro de podar recursos bilionários para essas organizações em todo o pais. “Passar a faca”, como chegou a declarar o ministro da Fazenda, Paulo Guedes.

Em 2018, segundo a Receita Federal, foram repassados R$ 17,08 bilhões às entidades. Em 2017, foram R$ 16,47 bilhões.Com quem conversamos, há temor quanto a demissões e cortes em programas e estruturas de entidades como Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Indústria (SENAI), Serviço Nacional do Comércio (SENAC) etc.

Dilma tentou, mas recuou

Em 2015, o ministro da Fazenda do Governo Dilma Rousseff (PT), Joaquim Levy, cogitou mudanças no volume de repasses, com supressão da ordem de 30%, mas pressões políticas o fizeram Dilma recuar.

* Sistema S é o nome pelo qual ficou convencionado de se chamar o conjunto de nove instituições de interesse de categorias profissionais, estabelecidas pela Constituição brasileira. O sistema S reúne entidades empresariais voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica – serviços considerados de interesse público. Saiba mais clicando AQUI.

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
segunda-feira - 21/01/2019 - 23:06h
Alexandre Nóbrega

Ex-diretor da Manoel Onofre é cotado para cargo federal

Nóbrega: em alta (Foto: Web)

Advogado e ex-diretor da Cadeia Pública Manoel Onofre, em Mossoró, Alexandre Santos Nóbrega está cotado para assumir cargo na esfera federal no âmbito do Rio Grande do Norte.

Ele tem muita proximidade com o deputado federal eleito General Eliéser Girão (PSL).

O futuro parlamentar foi uma das primeiras vozes no RN em defesa da postulação do atual presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Terá muita influência política no Rio Grande do Norte e Nóbrega é nome de sua confiança.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 21/01/2019 - 21:54h
Governadoria

Bancada fecha pacto de apoio à recuperação do RN

Em reunião com deputados federais e senadores do Rio Grande do Norte, nesta segunda-feira (21), na Governadoria em Natal, a governadora Fátima Bezerra (PT) e seu vice Antenor Roberto (PCdoB) obtiveram dois importantes compromissos da bancada federal do estado.

Houve promessa de união para obtenção de recursos extras que dependem da autorização e liberação pelo Governo Federal e definição que haverá pedido de audiência conjunta com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e ministro da Economia, Paulo Guedes.

Governadora e vice-governador posaram ao lado da bancada federal desfalcada (Foto: Elisa Elsie)

Ao lado dos auxiliares que compõem o Comitê de Gestão e Eficiência da administração, Fátima explicou como recebeu o Estado e informou as medidas do Plano Estadual de Recuperação Fiscal – lançado no segundo dia da gestão e já em execução – e a necessidade de obtenção de recursos não previstos em orçamento.

Os deputados federais reeleitos Beto Rosado (PP) e Rafael Motta (PSB) estiveram na reunião, além dos deputados eleitos Natália Bonavides (PT), João Maia (PR), Eliéser Girão (PSL) e Benes Leocádio (PTC), bem como os senadores Jean-Paul Prates (PT) e Zenaide Maia (PHS).

Também participaram da reunião os secretários de Estado do Gabinete Civil, Raimundo Alves, da Administração, Virgínia Ferreira, da Tributação, Carlos Eduardo Xavier, controlador geral, Pedro Lopes, procurador geral, Luiz Antonio Marinho.

Faltaram os deputados federais reeleitos Walter Alves (MDB) e Fábio Faria (PSD), além do senador eleito Styvenson Valentim (Rede).

Nota do Blog – Não há a menor possibilidade do Estado do RN sair do buraco em que está metido, sem socorro externo. Como ente federado, é mais do que natural a busca de afinação com a União. Tem que ensarilhar armas. A campanha passou.

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  • Repet
sábado - 19/01/2019 - 23:38h
Audiência Pública

Evento fará defesa da “Justiça do Trabalho”

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN), por meio da Comissão de Advogados Trabalhistas da OAB/RN, convoca os advogados e toda sociedade para participarem na segunda-feira (21), às 15h30, na OAB/RN, de audiência pública em defesa da Justiça do Trabalho.

O evento pretende colher opiniões dos diversos setores ligados a justiça trabalhista, bem como discutir a importância da Justiça do Trabalho para população e os impactos de seu eventual fim.

No dia de 4 janeiro, a OAB/RN emitiu uma nota defendendo a permanência  da Justiça do Trabalho após declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), apontando para o fim da instituição.

A audiência pública tem como organizadores a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN), Associação Norteriograndense dos Advogados Trabalhistas (ANATRA), Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª região (AMATRA21), Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte (SINTRAJURN), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT).

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terça-feira - 15/01/2019 - 22:22h
Jornalismo

Tô coçando a língua

Por François Silvestre

Jornalismo é oposição, o resto são secos e molhados. Ensinou Millôr Fernandes.

Tô me coçando pra começar nesse exercício saudável, onde a língua apimentada deixa a vida alheia de lado e cuida de sarrafar o poder público.

Poder público que vive a fazer uso da privada.

Pois bem. Não me surpreende governo ruim. Nem aqui nem no Planalto.

Difícil é governo bom, ou melhor, dificílimo. Ou melhor, raríssimo.

No caso dos atuais, pra nós daqui, temos uma boa e prazerosa tarefa de baixar o sarrafo. Quem for petista vai cuidar de escrachar Bolsonaro. Anti-petista vai descascar Fátima.

Quem não é petista nem anti-petista, tipo esse locutor que vos fala, vô-lo digo: Tô afiando a língua, ansioso pra não entrar no comércio da cantina. Secos e molhados? Não é meu ramo.

Tomara que acertem.

Se acredito no acerto?

Olha, tem dia que acredito até na mãe-da-lua. Mas ela anda sumida…

Se eu tivesse uma bodega não venderia fiado nem a um lado nem ao outro.

Responderia para os portadores de Bolsonaro ou Fátima: Rasguei a caderneta.

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Categoria(s): Artigo / Opinião
  • Repet
terça-feira - 15/01/2019 - 12:18h
Fátima-Bolsonaro

A oposição de cada um

Fátima-Bolsonaro: duas oposições (Fotomontagem)

A oposição aos governos Jair Bolsonaro (PSL) e Fátima Bezerra (PT) nessas primeiras duas semanas de gestão é de fácil visualização.

Uma, partidária, articulada e sistemática, com forte dor de cotovelo.

A outra, paradoxalmente sindical e específica; hoje, quase dissipada.

Expliquemos.

O presidente sofre cerrado ataque nas redes sociais – principalmente.

São militantes, setores da imprensa e internautas de matiz esquerdista, com cobranças, denúncias e provocações, sentenciando ocaso do próprio governo.

Em relação à Fátima, há uma oposição político-partidária que praticamente inexiste após ser destroçada nas urnas. Hiberna, observa. Vive um período para repensar sua própria sobrevivência ou subsistência.

Não é sequer um espectro crítico ou tênue ameaça à governadora.

Quem incomodou e acuou o governo estadual foi o sindicalismo, braço e força-motriz da própria Fátima em sua germinação, marcha e conquistas eleitorais.

Causou estranheza essa oposição já refreada, mas latente, em face de uma cruzada específica: atualização salarial. Poucos esperavam tamanha incisividade nos primeiros dias de governo da amiga Fátima.

Enfim, estamos apenas começando a era Bolsonaro e Fátima.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
terça-feira - 15/01/2019 - 09:08h
RN

“PSL Day” vai reforçar ideais e defesa do presidente Bolsonaro

Será na próxima quinta-feira (17) mais uma edição do “PSL Day” no Rio Grande do Norte.

Começará às 18h

É a primeira mobilização do Partido Social Liberal (PSL) do presidente Jair Bolsonaro, após sua posse.

Mensalmente, sempre no dia 17 (número da sigla no registro da Justiça Eleitoral), há movimentação.

A iniciativa acontecerá em Natal, na sede do PSL no RN, ensejando filiação de novos membros, pregação de ideais, comunicação de informações gerais e defesa do mandato e do presidente Bolsonaro.

O endereço do PSL é BR-101, 1803 – Lagoa Nova.

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Categoria(s): Política
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