sexta-feira - 23/02/2018 - 12:10h
Mossoró

Secretário de Segurança deverá pedir exoneração

Girão: saída (Foto: Web)

O general Eliéser Girão Monteiro Filho, secretário de Segurança do município de Mossoró, está com os dias contados no cargo.

Deverá pedir exoneração em breve.

Ele é um dos organizadores no estado da pré-campanha à Presidência da República do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).

Girão também recebe incentivo para ser candidato a governador.

São escolhas que conflitam com o cargo e com a linha política do grupo da prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Leia também: Secretário de Rosalba é pré-candidato ao governo do estado;

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terça-feira - 06/02/2018 - 17:10h
PSL (Livres)

Bolsonaro passa a comandar partido e convive com reação

Por Maurício Lima (Coluna Radar, Veja) e Blog Carlos Santos

Aliados do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) assumiram o controle de 11 das 16 cadeiras da direção executiva do PSL (Livres).

Jair: Controle partidário (Foto: Web)

A definição foi feita nesta segunda (5), durante a convenção da executiva nacional da legenda.

Já seu advogado e assessor Gustavo Bebianno está com a vice-presidência do PSL.

E, na prática, também a presidência. Isso porque o líder Luciano Bivar está de licença até o segundo semestre.

Debandada

No âmbito do RN, à tarde dessa segunda-feira em Natal, ocorreu o I encontro com os pré-candidatos a deputado estadual, deputado federal, governador e senador do Grupo de Bolsonaro no Rio Grande do Norte – como o Blog Carlos Santos noticiou (veja AQUI).

Esse desembarque em massa dos “bolsonarianos” provoca reação instantânea de debandada de muitos filiados ao partido.

Mas paralelamente há disposição da sigla, sob novo comando, lançar candidatos em todos os níveis, como o atual secretário de Segurança Pública de Mossoró, general Eliéser Mourão, ao governo do RN.

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segunda-feira - 05/02/2018 - 10:38h
Eliéser Girão

Secretário de Rosalba é pré-candidato ao Governo do Estado

Secretário de Segurança da Prefeitura Municipal de Mossoró e ex-secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (SESED), ambos em gestões Rosalba Ciarlini (PP), o general general Eliéser Girão Monteiro Filho (sem partido) é pré-candidato a governador do RN.

Em redes sociais, Eliéser Girão é apresentado e replica defesa do seu nome ao governo estadual (Foto: reprodução)

Nas redes sociais e em programações políticas que empreende desde o ano passado, ele faz parte de articulação em prol da postulação do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à Presidência da República.

Seu nome já é exaltado por militantes desse movimento como pretenso candidato ao governo estadual.

Hoje  (segunda-feira, 5), haverá o I encontro com os pré-candidatos a deputado estadual, deputado federal, governador e senador do Grupo de Bolsonaro no Rio Grande do Norte.

Será às 14 horas, no Auditório do Tyrol Business Center – Avenida Rodrigues Alves, 800 – Tirol, Natal/RN.

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quarta-feira - 31/01/2018 - 08:54h
Datafolha

Pesquisa mostra que Lula segura vantagem após condenação

Do jornal O Globo

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), manteve vantagem sobre os demais pré-candidatos à Presidência da República.

Segundo o levantamento, que foi realizado na segunda e na terça-feira, o petista tem até 37% das intenções de voto.

No entanto, a briga por uma vaga no segundo turno fica acirrada caso Lula seja impedido de disputar a eleição — a condenação na segunda instância do Judiciário o enquadra na Lei da Ficha Limpa.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganha em todos os cenários (Foto: Edilson Dantas - Agência O Globo)

Lula lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. Já o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não apresentou crescimento, mesmo nos cenários sem Lula. Bolsonaro oscila entre 15% e 20% e lidera todos as simulações sem a presença do petista.

Por outro lado, o Datafolha mostra que a condenação de Lula no TRF-4 pode impulsionar a candidatura de Marina Silva (Rede), que sobe de 8% para 13%, e Ciro Gomes (PDT), que vai de 6% a 10%. Nos quatro cenários sem Lula, Ciro e Marina se revezam no segundo lugar. A ex-ministra do Meio Ambiente chega a ter 16% em cenário sem Lula e Alckmin.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), varia entre 6%, nos cenários com Lula, a 11%, sem o petista. Os percentuais são semelhantes ao registrado na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada em dezembro.

Bolsonaro não cresce sem Lula (Foto: Marcos Alves/O Globo)

O apresentador Luciano Huck tem 8% em um cenário sem Lula. No entanto, Huck disse que não pretende disputar o Palácio do Planalto.

Após ter anunciado a intenção de participar novamente da disputa pela Presidência, o senador Fernando Collor (PTC-AL) foi incluído no levantamento do Datafolha. Ele aparece entre 1% e 3% nos diferentes cenários.

Segundo turno

No segundo turno, Lula venceria o tucano Geraldo Alckmin por 49% a 30%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) por 47% a 32%; e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) por 49% a 32%.

Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro também seria derrotado por Marina Silva (42% a 32%) e estaria em situação de empate técnico com Alckmin (35% a 33%). Esta segunda hipótese estaria dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

A simulação envolvendo Alckmin e Ciro Gomes aponta, também, um empate técnico — nesse cenário, Alckmin teria 34%, e Ciro, 32%.

Rejeição

A condenação do TRF-4 não alterou significativamente a rejeição do ex-presidente LUla, que subiu de 39% na pesquisa anterior para 40%. A mudança mais sensível foi na rejeição do presidente Michel Temer, que caiu de 71% para 60% em cerca de um mês.

Fernando Collor aparece com a segunda maior rejeição, com 44%, atrás de Temer. Bolsonaro tem 29%, Alckmin, 26% e Huck, 25%.

O Datafolha registrou ainda que a saída de Lula da corrida presidencial poderá afetar a participação nas eleições — 31% dos eleitores do petista declararam voto branco ou nulo nos cenários sem o ex-presidente.

Transferência de voto

O Datafolha também mostra que Lula perdeu pontecial de transferência de voto. Em novembro, o percentual de eleitores que não votariam no político apoiado por Lula era de 48%. A pesquisa desta quarta-feira registra 53% de rejeição a qualquer nome indicado pelo ex-presidente.

Apesar da queda, a influência de Lula não pode ser desconsiderada como cabo eleitoral. Isso porque 27% dos entrevistados ressaltam que o ex-presidente “com certeza” influenciaria suas escolhas, e 17% afirmam que “talvez” seguissem a indicação do petista.

O Datafolha também levantou como seria a performance do juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula na primeira instância, no ano passado. Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados não votariam no candidato apoiado pelo magistrado, enquanto 25% confirmaram que seguiriam a indicação dele.

Outros 22% admitiam a possibilidade de ouvi-lo e votar com ele.

FHC, Temer

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, garante o voto de 11% dos eleitores aos seus apadrinhados. Outros 22% estudariam votar no nome apoiado pelo tucano. Mas 64% dos entrevistados rejeitam a indicação do líder do país entre 1995 e 2002.

Michel Temer é o cabo eleitoral mais impopular das opções estudadas pelo instituto: 87% dos eleitores rejeitam o candidato do presidente, apenas 4% acolheriam a indicação e 8% avaliaram a possibilidade.

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR 05351/20018. O levantamento foi divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 28/01/2018 - 07:06h
COLUNA DO HERZOG

Lula e Bolsonaro, extremos que se completam na sucessão

Por Carlos Santos

A iminente inelegibilidade do ex-presidente Lula da Silva (PT), em face de condenação em segundo grau, ocorrida à semana passada (veja AQUI), embola sobremodo a sucessão de Michel Temer (MDB). Mas quem seria o principal favorecido com esse fato?

Ouvimos algumas vozes que apontam para provável crescimento do nome de Jair Bolsonaro (PSC-RJ); outras até antecipam sua vitória. Nada disso. Menos, menos.

“Os extremos não se excluem. Pelo contrário, se completam e se influenciam mutuamente”, lembra o consagrado jurista Paulo Nader.

O prélio entre Bolsonaro e Lula faz bem a ambos. Um “precisa” do outro para garantia de uma polarização excludente, ou seja, de inibição de algum eventual e potencial disputante. É como um clássico ABC x América, por exemplo.

Essa emulação é benéfica aos dois extremos, reiteramos.

O ódio ofídico que vomitam de lado a lado, como peça de marketing ou reflexo de estupidez mútua, elevou-os aos píncaros da preferência popular, açulando a massa ignorante – e outros tantos inocentes – a uma guerra doentia.

“A toda ação corresponde uma reação”, provou o físico inglês Isaac Newton (1642-1727), no que ficou conhecido como “princípio da ação e reação”.

Sem Lula, Bolsonaro precisará de outro contendor para não ficar falando sozinho até definhar. O que não significa que o petismo cruzará os braços.

Lula seguirá à frente do seu exército vermelho, para sustentar capital mínimo que catapulte o partido ao segundo turno, com ou sem ele. Provavelmente sem ele.

Os dois pré-candidatos conflitantes sabem que um candidato de centro pode surgir e galvanizar a atenção popular. Em especial daqueles eleitores que veem em ambos o próprio retrato de um país rachado, irritadiço e intolerante. O Brasil de hoje; talvez o mesmo de amanhã.

PRIMEIRA PÁGINA

O governador Robinson Faria (PSD) e sua Comunicação acharam a coisa mais natural do mundo a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) publicar nesse sábado (27) a instalação (veja AQUI) de um Inquérito Civil Público (ICP) para lhe investigar por uma série de supostas irregularidades na gestão estadual, que podem lhe trazer sanções políticas, cíveis, criminais e administrativas. Sequer emitiu uma manjada “nota de esclarecimento” em contraponto.

A “caixa-preta” do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN/RN) sobrevive a uma averiguação mesmo superficial da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), no Inquérito Civil Público (ICP) que deflagrou, para investigar a gestão Robinson Faria (PSD)? Sei não. Talvez não. Ouvido ao chão como bom índio Sioux, Navajo, Apache, Cherokee, Comanche ou Cheyenne.

Nas eleições municipais de 2016, PT e MDB estiveram juntos – em chapas majoritárias – em 570 municípios do país (veja AQUI), apesar do enfadonho discurso de “gópi“. A propósito, a cúpula nacional petista há tempos refreia essa ladainha, pois trabalha aliança com o MDB em vários estados. O papel do emedebismo como partido de centro, é de uma importância elementar no Congresso Nacional e assim tende a continuar. As urnas dirão.

Três partidos empenham-se à mudança de nome: O Partido Social Democrata Cristão (PSDC), que passaria a ser o Democracia Cristã (DC); Partido Ecológico Nacional (PEN), que deseja ser o Patriota (PATRI) e o Partido Progressista (PP) que pleiteia ser apenas Progressistas, mantendo a sigla PP. Ano passado, o Partido Trabalhista Nacional (PTN) ganhou a capa do Podemos (PODE) e o Partido Trabalhista do Brasil (PT do B) já se converteu no Avante. O PMDB deu marcha à ré e voltou a ser Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Gilmar Mendes, ministro do STF, caminha para ser o voto decisivo na iminente reviravolta na Corte, quanto à prisão para condenados em segunda instância. Odiado por 11 em cada dez petistas, pode acabar livrando o ex-presidente Lula do cárcere. Mas certamente não o fará por ele, mas por convicções próprias e para dar uma forcinha a quem costuma proteger por lá. Abrirá a porteira de vez, digo, a cela do xilindró.

O empresário Jorge do Rosário (PR) avança no planejamento e ações práticas, para se eleger deputado estadual este ano. Ele foi candidato a vice-prefeito de Mossoró em 2016, na chapa encabeçada por Tião Couto (PSDB).

Nessa quarta-feira (31), o Instituto Datafolha deve apresentar os primeiros números de pesquisa eleitoral pré-campanha, à Presidência da República, pós-condenação em segundo grau do ex-presidente Lula da Silva (PT).

Já publicamos antes e agora traduzimos em números: o segundo voto ao Senado este ano poderá definir os eleitos no RN. Serão duas vagas em disputa. Na última pesquisa Instituto Consult/Fiesp publicada no dia 14 de dezembro passado (veja AQUI), a soma das intenções de primeiro e segundo votos ao Senado mostrava leve dianteira do senador Garibaldi Filho (MDB), com 18,88%, tendo a deputada federal Zenaide Maia(PR) em segundo com 15,24% e o senador José Agripino (DEM) um pouco mais atrás, empalmando 12,12%. Se não houver maiores alterações e surgir alguma grande novidade, Agripino e Zenaide disputarão a segunda vaga.

TÚLIO RATTO – JANELA INDISCRETA

EM PAUTA

Aeroporto – Provavelmente em meados desta semana, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) fará vistoria para observação de vários itens indispensáveis à operacionalização comercial do Aeroporto Dix-sept Rosado (Mossoró). Mas ninguém se apresse em anunciar que será resolvido logo. Esse é um processo ainda muito delicado não é para já.

Durval – O baiano Durval Lelys, ex-vocalista do Asa de Águia, é atração confirmada no Carnapau, carnaval fora de época de Pau dos Ferros, que vai ocorrer entre 6 e 8 de julho. Ele estará no dia 7 em cima do trio-elétrico.

Homens – “Talvez eu seja a solução” será o segundo livro com assinatura conjunta das repórteres sociais Marilene Paiva e Rafaella Costa. Sairá pelo selo da Terceirize Editora ainda este ano, com perfis e histórias de 50 homens. Ano passado elas estrearam com “Por isso não provoque”, com 50 mulheres de sucesso em diversas áreas.

Rafaella e Marilene estão com segundo projeto editorial em andamento após sucesso da publicação inicial (Foto: Célio Duarte)

Terra do Sal – Ficou para essa segunda-feira (29) a estreia da TV Terra do Sal, com sede em Mossoró. Ela será captada pelo sistema cabo da Brisanet (Canal 173) e também no aberto (Canal 14). Sua sede é no 11º andar do Centro Comercial Caiçara, centro da cidade. Alcançará parte do RN, Paraíba e Ceará, graças ao sistema de cabeamento.

Solidariedade – Nossa solidariedade ao casal Pedro Jorge Nogueira-Madalena e família pela perda da filha Adriana à semana passada. Que vocês consigam ter forças para a administração de uma dor que, com certeza, é enorme. Que descanse em paz!

Púrpura (Reprodução)

Livro – O médico cardiologista João Paulo Gurgel de Medeiros está com seu segundo livro à mão. O anterior foi lançado no ano passado em Mossoró. “Púrpura” é uma coletânea de poemas acerca de vários temas marcantes da vida de todos nós. A novidade é que pode ser adquirido virtualmente (veja AQUI).

Karnal – O doutor em História Social e escritor Leandro Karnal fará palestra no dia 8 de março, às 20h30, no Teatro Riachuelo em Natal. “Felicidade e liberdade: a busca por um mundo de significados reais” será a essência de sua abordagem. O palestrante é um nome que se popularizou na mídia convencional e nas redes sociais.

Caby – A Missa de Sétimo Dia do radialista, escritor e publicitário Caby da Costa Lima está marcada para essa segunda-feira (29), às 17 Horas, na Catedral de Santa Luzia em Mossoró. Ele faleceu no último dia (veja AQUI), deixando uma legião de amigos e familiares pesarosos. Valeu, “Camaradinha!”

SÓ PRA CONTRARIAR

Quem acredita que o ajuste fiscal do Governo Robinson Faria equilibrará as contas do estado, levante a mão.

GERAIS… GERAIS… GERAIS

Obrigado à leitura do Nosso Blog a Emery Júnior (Mossoró), Ricardo Rosado (Natal) e Jane Eyre (São Vicente).

Foi nessa sexta-feira (26), a colação de grau como bacharel em Direito, do jovem Rodrigo, filho do advogado José Luiz Carlos de Lima. Sucesso, meu caro.

Cafezinho novo na praça e dos bons. É o “Café Imperial”, em Mossoró, Rua Doutor João Marcelino, 665, pertinho do Hospital Wilson Rosado.

Veja a Coluna do Herzog do domingo passado (21), clicando AQUI.

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domingo - 07/01/2018 - 05:20h
Coluna do Herzog

“A melhora da morte” para o estado do Rio Grande do Norte

Por Carlos Santos

A cena do Cabo PM Gonçalves do BPChoque em prantos, ajoelhado e, debruçado sobre um sofá, com mãos amparando o próprio rosto, revelou um pouco o tamanho da humilhação sofrida pelo servidor estadual do RN.

Cabo PM Gonçalves chora de joelhos, debruçado sobre um sofá, com mãos amparando o próprio rosto (Foto: TN Online)

Na ampla antessala da Governadoria no Centro Administrativo do Governo do Estado, em Natal, Gonçalves plasmou a imagem do desespero que toma conta de boa parcela do funcionalismo.

Mesmo assim, seu descontrole e seu desabafo na sexta-feira (5) – veja AQUI – estão longe de sensibilizar a turma do “andar de cima”.

O pacotão de medidas para ajuste fiscal do estado, que em parte será votado na Assembleia Legislativa (veja AQUI) nos próximos dias, escolhe mais uma vez o contribuinte e o “barnabé” como culpados. A conta, de novo, recai sobre quem é vítima em vez de culpado.

O agravante, é que os resultados desse arrocho, novamente, não devem resolver a crise. Adiará o pior. No máximo, teremos “a melhora da morte”. O último suspiro antes do fim. Aproveite. Tudo vai piorar.

PRIMEIRA PÁGINA

Pré-candidato ao governo do RN, o prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) levará para a campanha 2018 a cobrança de uma fórmula para equilibrar as contas do estado. Deve ser algo mais eficiente do que o empregado na Prefeitura do Natal, onde está há mais de cinco anos e já não cabe mais olhar pro retrovisor e o espectro da ex-prefeita Micarla de Sousa. Esse discurso está vencido há tempos.

Eliéser e Jair (divulgação)

O secretário de Segurança do município de Mossoró, general reformado Eliéser Girão, tem-se notabilizado paralelamente ao seu trabalho administrativo, por ações no estado de organização e defesa da postulação do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à Presidência da República.

O movimento “Segurança com Segurança” de policiais militares e bombeiros militares conseguiu alguns feitos surpreendentes, em curto espaço de tempo: aniquilou o último suspiro de candidatura à reeleição de Robinson Faria (PSD), desmoralizou uma decisão judicial e sensibilizou a sociedade em torno de sua causa, além de ganhar repercussão positiva nacionalmente. A polícia tinha as armas. Agora, também tem a força.

Servidores municipais de Mossoró têm recebido avisos de cobrança por inadimplência com banco, pelo não-pagamento de empréstimo consignado. A explicação é simples, mas não é nova: municipalidade desconta na folha, mas não repassa à instituição credora. Na época do ex-prefeito Francisco José Júnior isso também ocorreu e virou um grande escândalo na imprensa e redes sociais. Agora, não. Vá entender.

Desinformado, o senador paranaense Roberto Requião (MDB) disparou em suas redes sociais, que o Governo do RN vai vender o Departamento de Estradas e Rodagens (DER). O interesse do governo é vender ativos ligados a esse órgão executivo rodoviário, como valioso imóvel em área nobre da capital. O DER não pode ser negociado, mas no máximo extinto. Incrível o deslize.

A Câmara Municipal de Mossoró deverá ter mais de um nome à Câmara Federal este ano. Trabalho silencioso está adiantado, com conexões para alcance de todo o estado à empreitada, em relação a um deles.

O deputado de longo curso Raimundo Fernandes deverá ser o nome do grupo da prefeita areia-branquense Iraneide Rebouças (PSD), para ser apoiado em 2018 à Assembleia Legislativa. Raimundo “Bigodão” está no oitavo mandato e foi reeleito em 2014 com 37.158 votos.

A bancada federal do Rio Grande do Norte poderá ter mudança da ordem de 50% (quatro) ou mais este ano. Um nome é certo para não se reeleger: Zenaide Maia (PR). Concorrerá ao Senado. Pelo menos mais três podem ser substituídos pelo voto. Faça suas apostas.

É pouco provável que a campanha eleitoral deste ano desague no pleito de outubro, com campeões de voto à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, tendo votações superiores às obtidas em 2014. Há sinalizadores de queda nos números. Àquele ano, o mais votado à Câmara Federal foi Walter Alves (MDB), com 191.064 votos. Já Ricardo Motta (PSB, à época no PROS) empalmou 80.249 votos à AL.

O juiz das Execuções Penais do Natal, Henrique Baltazar, divulga em redes sociais que “no Fisco estadual do RN, em novembro, quase 400 servidores ganharam igual a ministro do Supremo Tribunal Federal (e como eles ganham mais que isso, é aplicado um redutor, ficando os rendimentos iguais aos dos ministros). No Tribunal de Justiça do RN (TJRN), que tem mais servidores que o Fisco, foram apenas 16 (e quase todos com redutor menor que um mil reais). Então, mesmo com os tais auxílios que se canta por aí (moradia, saúde e alimentação, e não outros que a imprensa fala) nossa remuneração é menor que a do Fisco.

TÚLIO RATTO – JANELA INDISCRETA

EM PAUTA

Nicole – A jornalista Nicole Abreu pediu desligamento do cargo de Diretor de Imprensa (DIMP) da Câmara Municipal de Mossoró. Afivelou malas para temporada na terra da Rainha-mãe, Inglaterra, onde cumprirá ciclo de estudos. Good trip!

AFCEF – Arregimentação de forças é trabalhada, com objetivo de dar uma chacoalhada na sede da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF) – Alto de São Manoel – em Mossoró. Sua ótima estrutura tem sido sub-aproveitada nos últimos tempos, num espaço aprazível.

Sorriso – Outro edição da “Operação Sorriso” chegará a Mossoró este ano, para realização de cirurgias gratuitas de lábio leporino e fendas palatinas. A seleção ocorrerá no dia 15 de janeiro do próximo ano, com 50 vagas para atendimento. Os contatos para mais informações poderão ser feitos pelo fone (84) 3318-9026. 

Caboclos – A Prefeitura Municipal de Major Sales (Alto Oeste do RN) trabalha planejamento do “Festival de Caboclos 2018”. O evento tradicional ocorre na Semana Santa e este ano será no período de 27 a 31 de março. Expressão cultural tem-se mantido viva no município.

Empreendedor – O Escritório do Empreendedor em Mossoró, coordenado pela Junta Comercial do RN (JUCERN), iniciará suas atividades na terça-feira (9). Cumprirá expedientes entre 10 e 19h, no Partage Shopping. Órgãos do município, estado e federal que tratam processos de abertura, alteração e baixa de empresas vão compor sua estrutura.

Caby – O radialista e publicitário Caby da Costa Lima está com saúde delicada. Preocupa familiares e também aos seus amigos. Situação até o afastou do que tanto gosta, ou seja, o próprio trabalho no rádio, site Azougue.com e trabalhos editoriais.

Faustão – Uma equipe do programa global “Domingão do Faustão” vai aportar na terça-feira (9) em Mossoró. Será feita uma seletiva entre 10 e 18h na sede da InterTV Costa Branca, na Rua Jorge Coelho de Andrade, 336, Costa e Silva. É a operação “Caça talentos”, que procura descobrir artistas das mais diversas especialidades à apresentação no programa.

Prévia – Bell Marques e Léo Santana vão fazer a prévia de carnaval no Arena Circo da Folia em Pirangi (Parnamirim). Será no dia 27 de janeiro.

SÓ PRA CONTRARIAR

O novo diretor do Detran de Minas Gerais, César Augusto Monteiro Júnior, tem 120 pontos na carteira de motorista, por diversas infrações de trânsito. Pronto. Pode rir.

GERAIS… GERAIS… GERAIS

O Brasil perdeu nessa sexta-feira (5) um de seus melhores cronistas: Carlos Heitor Cony, 91. Ficamos sem o seu texto enxuto e aquela fina ironia.

Obrigado à leitura de Nosso Blog a José Nilton “Baresi” (Natal), Pedro Fernandes Neto (Mossoró) e Antônio Almeida (Currais Novos).

O sambista Jorge Aragão estará no próximo sábado (13), às 14h30, na Casa do Samba, evento “Samba na Praia”, em Gado Bravo (Tibau). Everaldo Rodrigues e André da Mata também serão atrações.

Veja a Coluna do Herzog do domingo passado (31 de Dezembro) clicando AQUI.

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domingo - 31/12/2017 - 01:44h

Algumas saídas para a crise financeira do Rio Grande do Norte

Por Josivan Barbosa

Uma das hipóteses em estudo para que a União repasse recursos para minimizar a caótica situação financeira do RN, é usar programas nas áreas de saúde e de segurança pública.

Outra alternativa que estava sendo analisada era de um empréstimo dos bancos públicos, já que o RN não tem problema de excesso de dívida e tem nota B na classificação do Tesouro Nacional.

Um dos inconvenientes da alternativa do empréstimo é que há restrições para o uso com despesas de pessoal, que é a questão emergencial do Estado. Nesse caso, uma saída seria usar os recursos do empréstimo para outras fontes de despesa, de forma que o empréstimo de alguma forma ajudasse a resolver a crise.

Hartung

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), antes cotado apenas para o posto de vice, foi alçado à condição de cabeça de chapa pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Hartung figura numa lista de outros políticos de destaque dos partidos da base aliada que poderiam concorrer à Presidência em 2018 para defender o “legado” do governo Temer com apoio de uma forte coligação. Os outros seriam o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Hartung surgiria por ser um dos principais quadros que o MDB tem a apresentar – é governador em terceiro mandato – e pelo ajuste nas contas do Espírito Santo, num discurso de austeridade fiscal afinado com o do Planalto. A candidatura, porém, é vista com restrições fora do MDB. Ele tem pouco relacionamento com os outros partidos da base e é conhecido apenas em seu próprio Estado, o 15º em população (4 milhões de habitantes).

Teto dos gastos

Em 2018 o governo passa a contar, para não ultrapassar o déficit previsto ou obter alguma folga na gestão dos gastos, com a expansão a um ritmo de 3%, o que pode representar um aumento nas receitas de R$ 100 bilhões a R$ 120 bilhões. E mesmo com o crescimento de 2,5% constante do orçamento, o ganho na arrecadação seria de R$ 92,5 bilhões.

Ainda que em escala menor, a inflação, com queda notável em 2017, deverá se manter baixa no ano que vem, reduzindo as despesas que tem por base o INPC, como benefícios previdenciários, salário mínimo e abono salarial. Enquanto o IPCA nos 12 meses encerrados em novembro foi de 2,8%, o INPC foi de 1,95%. Como as despesas, pela lei do teto, foram corrigidas em 3%, ter várias rubricas de gastos com correção inferior ajuda. Cada 0,1 ponto a menos no INPC traz uma redução de R$ 600 milhões em gastos obrigatórios. Há uma economia potencial de até R$ 7 bilhões para a execução do orçamento de 2018.

Robinson Faria

Dos governadores da região Nordeste, apenas o de Sergipe, Jackson Barreto (MDB), e do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), não firmaram o documento contra as declarações do recém-empossado ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

Liderados pelo petista Camilo Santana (CE), os governadores do Nordeste divulgaram uma carta que seria endereçada ao presidente Michel Temer, na qual criticam as declarações dadas por Marun que disse que o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência. Marun afirmou que a liberação de recursos em troca de apoio não é chantagem, mas “política de governo”.

Rural

As condições de trabalho no campo têm entrado cada vez mais na pauta do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A percepção de advogados é que o número de processos julgados tem aumentado na Corte, principalmente em relação ao descumprimento de obrigações previstas na Norma Regulamentadora nº 31 (NR-31), do Ministério do Trabalho, de 2005. A NR estabelece, dentre outros pontos, regulamento relativo à segurança e saúde no ambiente de trabalho rural.

De 2010 até início de dezembro foram publicados 2.272 acórdãos julgados pelo TST que contêm algum tema relacionado à NR 31, especialmente horas extras extenuantes, ausência de pausa para descanso, dano moral por inadequação sanitária ou de alimentação oferecida aos trabalhadores e insalubridade, sobretudo por exposição a altas temperaturas ao ar livre.

Outsiders

Há meses especula-se sobre a possibilidade de personalidades sem experiência ou tradição na política, os chamados “outsiders”, surpreenderem nas eleições de 2018, diante do quadro de grande insatisfação da população com seus atuais representantes. Pelo menos até agora, no entanto, a reação da classe política a esse movimento tem sido bem sucedida.

O cenário que se esboça, neste momento, projeta uma disputa pelo Palácio do Planalto entre políticos tradicionais. Embora a campanha para as eleições presidenciais já comece a tomar as ruas, segundo a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, quando a intenção de voto é perguntada sem a apresentação de possíveis candidatos, 46% dos entrevistados disseram que não sabem ainda em quem votariam. Mesmo assim, os pré-candidatos mais citados nos mais variados cenários são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado Jair Bolsonaro.

Bolsonaro

Em Brasília, Bolsonaro é visto até agora como a grande novidade das eleições. Mas não como um fator que poderá responder pelos anseios de renovação de grande parte do eleitorado. Afinal, um deputado com sete mandatos na Câmara Federal não deve ser considerado potencial protagonista de um processo de revitalização da democracia representativa brasileira, embora não faça parte do establishement político.

Bolsonaro já passou por diversos partidos. Sabe que ter o comando de uma máquina partidária será fundamental para manter sob controle a estratégia e as finanças de sua campanha presidencial, além de garantir a coesão e a estrutura de aliados nos Estados. O militar da reserva já anunciou que deverá sair do PSC e sinalizou que pretende filiar-se ao Patriota, mas até agora não efetivou o movimento devido a desentendimentos com a direção do partido.

Reforma trabalhista

Pelo menos 11 ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) já foram ajuizadas no Supremo Tribunal Federal (STF) contra dispositivos da reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), em vigor há pouco mais de um mês.

Em sete delas, assinadas por confederações e federações de trabalhadores, o assunto tratado é o fim da obrigatoriedade de pagamento da contribuição sindical. Há ainda outras duas que discutem especificamente o contrato de trabalho intermitente.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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domingo - 24/12/2017 - 01:40h

Pobreza se alastra comprometendo futuro através dos jovens

Por Josivan Barbosa

Pouco mais de 9 milhões de brasileiros foram empurrados para baixo da linha de pobreza em 2015 e 2016, reflexo da deterioração do emprego e da renda. Desses, algo como 5,4 milhões tornaram-se extremamente pobres (ou miseráveis).

As linhas de cortes foram as usadas pelo Banco Mundial e pelo IBGE: US$ 1,90 per capita por dia (R$ 133,72 mensais) para extrema pobreza e US$ 5,50 por dia (R$ 387,07 mensais) para a pobreza moderada.

Quem mais sofreu com o aumento da pobreza foram as crianças e os adolescentes. Dos 42,2 milhões de pessoas de zero a 14 anos de idade, metade vivia em situação de pobreza no país em 2016.

Essa incidência maior sobre crianças e adolescentes é particularmente trágico e compromete o futuro do país.

Analfabetismo diferenciado no Nordeste

Os últimos dados do IBGE revelam que as oportunidades educacionais no país variam muito dependendo da localização. No Nordeste, a taxa de analfabetismo é de 14,8%, o dobro da nacional. O analfabetismo nordestino também é quase quatro vezes maior do que as taxas estimadas para as regiões Sudeste (3,8%) e Sul (3,6%), que exibem os melhores indicadores.

Dos 11,8 milhões de analfabetos, 6,5 milhões estão na região Nordeste, o que significa metade do total nacional.

Previdência

Na avaliação da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), o texto da Reforma da Previdência suprime a expressão “trabalhadores rurais”, o que, na avaliação da entidade, significa que não haverá mais a garantia na redução da idade de aposentadoria, de forma equivalente, para os assalariados rurais e agricultores familiares.

Os assalariados rurais (cortadores de cana, diaristas comumente denominados boias-frias) deverão se aposentar com a mesma idade dos trabalhadores urbanos. Esses trabalhadores, que já são excluídos do acesso à aposentadoria devido ao trabalho informal, com a elevação da idade, terão ainda mais dificuldades de se aposentar devido ao trabalho penoso que exercem diuturnamente debaixo de sol e chuva, que lhes esgota prematuramente a capacidade laboral.

Semi-presidencialismo

O texto já foi discutido com Temer, senador-presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no início de novembro.

De acordo com o texto a escolha do primeiro-ministro deverá recair, preferencialmente, sobre um membro do Congresso. Ou seja, poderá ser da Câmara, do Senado, ou até mesmo do Judiciário.

Caberá ao primeiro-ministro a articulação político-administrativa, a coordenação dos ministérios, presidir reuniões ministeriais e aconselhar o presidente sobre nomeações de cargos públicos. Estados e o Distrito Federal poderão adotar o modelo.

Eleições 2018

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou 10 resoluções que devem nortear as eleições de 2018. Os temas incluem calendário do pleito, cronograma operacional, lacres de segurança, pesquisas eleitorais, registros de candidaturas, pedidos de resposta, assinaturas digitais, prestação de contas, propaganda eleitoral e atos preparatórios. Ficaram de fora da análise do plenário da Corte três temas importantes – o voto impresso, as “fake news” e o financiamento de campanha pelo próprio candidato, o chamado autofinanciamento.

MDB

Dois motivos contribuíram para o esvaziamento da convenção do PMDB (agora MDB), além da data pouco propícia, próxima às festas de fim de ano. Um deles diz respeito às eleições presidenciais de 2018. O atual presidente do partido, senador Romero Jucá, queria aprovar uma resolução proibindo alianças eleitorais com o PT. As bancadas do Norte e Nordeste ficaram contra a medida, pois ainda consideram a hipótese de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O segundo motivo do boicote é dinheiro. A bancada de deputados, especialmente, está enfurecida com a cota de R$ 200 mil que a direção do partido pensa destinar a cada parlamentar. A concorrência, sobretudo dos partidos médios, acena para seus deputados com R$ 2 milhões ou mais. O MDB fazia mais sentido quando era uma frente partidária que abrigava desde o Partidão e o PCdoB, proibidos durante a ditadura, até egressos da UDN, à direita.

Lula faz planos para novo governo

O ex-presidente Lula (PT) recebeu jornalistas em seu instituto na última quinta-feira (21), em São Paulo, e conversou por duas horas e meia em um café da manhã. Ao lado do coordenador-geral de seu programa de governo, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), o ex-presidente fez um rascunho do que poderá ser um eventual terceiro mandato.

O petista defendeu a retomada da política de valorização do salário mínimo, o papel do Estado como investidor e indutor do crescimento, a expansão do crédito, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos e a federalização do ensino médio. Lula defendeu a responsabilidade fiscal e disse que aprendeu em casa, com sua mãe, a não gastar mais do que tem.

Haddad

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad será o coordenador-geral do programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2018, caso o petista possa concorrer. Além de Haddad, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, e o ex-deputado Renato Simões integrarão a coordenação.

Haddad foi cotado para ser o vice de Lula, para disputar o governo de São Paulo ou para uma vaga no Senado, mas o ex-prefeito enfrenta resistência de dirigentes petistas e não deve concorrer a um cargo eletivo em 2018. O ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner tem a simpatia da direção do PT para ser vice de Lula – e um eventual “plano B”, se o ex-presidente não puder concorrer.

Ceará

Uma aliança eleitoral no Ceará poderá reunir, em um mesmo palanque, o ex-governador Cid Gomes (PDT) e o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB), seu inimigo político nos últimos quatro anos.

Cid e Eunício cogitam a possibilidade de serem candidatos ao Senado em 2018 na chapa para reeleição do atual governador Camilo Santana, petista ligado politicamente aos Ferreira Gomes no Estado.

Cid Gomes é um dos que poderiam se beneficiar da aliança, ocupando a segunda vaga ao Senado.

Bolsonaro

O PSL negou a possível filiação do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ao partido para concorrer à presidência da República em 2018. Por meio de nota, a legenda alegou que há incompatibilidade de ideais entre a sigla e o parlamentar para justificar o motivo da não filiação. O PSL classificou Bolsonaro como um representante do “autoritarismo” e da “intolerância” tanto na economia quanto nos costumes.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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segunda-feira - 11/12/2017 - 23:20h
PEN

Partido muda todos os seus dirigentes “sem aviso prévio”

Todo o comando do Partido Ecológico Nacional (PEN) no Rio Grande do Norte, a partir do seu presidente e ex-candidato a deputado estadual, Luiz Gomes, foi destituído.

A decisão abrupta, de cima para baixo, ocorreu no final de semana. Na “calada da noite” e sem qualquer aviso prévio.

O partido passa por reformulação e deverá também mudar de nome, passando a ser denominado de “Patriota”.

É o possível abrigo partidário do presidenciável Jair Bolsonaro, deputado federal pelo PSC do Rio de Janeiro.

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domingo - 10/12/2017 - 05:32h

Escrachos dominarão campanha eleitoral de 2018

Por Luís Costa Pinto

A campanha eleitoral de 2018 exigirá dos candidatos a um mandato popular, em quaisquer das esferas da República e em todas as unidades da Federação, doses cavalares de zen-budismo. Quem já tiver bons níveis de autocontrole será instado, a todo momento, a respirar fundo e contar de 1 a 10 para evitar ceder à tentação de explodir e conceder aos rivais segundos de descontrole e conflito. Será a eleição de sua excelência, o smartphone.

Os episódios de escracho, categoria de ativismo político criada a partir do advento dos telefones celulares dotados de boas câmeras de áudio e vídeo capazes de capturar a ação (isolada ou não) de alguém contra um político flagrado em qualquer lugar público, serão a sensação da temporada eleitoral.

Postados na internet e submetidos ao tribunal informal das redes sociais, os escrachos promoverão verdadeiras gangorras emocionais e de votos. Serão capazes de enterrar algumas candidaturas e alavancar outras.

Não é previsão – é vaticínio. Dos pré-candidatos presidenciais, os mais vulneráveis a cair numa dessas esparrelas são Jair Bolsonaro e Ciro Gomes.

Dono de uma alma tosca (se é que tem alguma), o capitão reformado do Exército protagonizará episódios memoráveis. Só nos resta esperar. Inteligente, mas rude, o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento pontuou a carreira política por tropeços antológicos na língua frouxa.

Experientes e elegantes no trato com os cidadãos, cada um à sua maneira, Lula e Alckmin estarão mais protegidos da infelicidade de tais imprevistos. Mas precisarão domar o ímpeto de assessores e correligionários. O ambiente de uma equipe de campanha política é sempre eletrizante e fios desencapados estão sempre disponíveis para curtos-circuitos.

Se a disputa presidencial concederá visibilidade a um escracho bem-sucedido e promovido no seu âmbito, o clima nos Estados será pródigo na promoção de campeões de audiência nas redes. Parlamentares que em Brasília se dedicam à defesa de teses impopulares e integram a base de sustentação de um governo rejeitado por quase 80% da população estão condenados a se expor em seus Estados, em suas cidades. A temporada de caça aos 15 segundos de gravação que concederão “15 mil likes de execração” está aberta. E anuncia-se pródiga. Será a campanha marcada por “1 celular na mão, várias ideias na cabeça, muito rancor no coração e 1 internet inteira à disposição”.

O que é recomendável aos candidatos:

  • Sangue frio. Sorrir e balançar a cabeça afirmativamente, mesmo que no recesso da alma renegue tudo o que está sendo dito pelo “Gláuber Rocha” do momento.
  • Falar pausadamente e pedir que repita a pergunta que porventura esteja sendo feita.
  • Ante a escalada dos insultos, porque ela virá, respirar fundo e olhar para o lado: estando certo da finalidade daquela captura de imagens.
  • Agradecer sempre – um básico “obrigado pela oportunidade de debater suas ideias comigo”.
  • Jamais olhar ao redor de si em busca de aliados capazes de afastar o antagonista. Jamais. Porque sempre surgirá um áulico disposto a encerrar o escracho tomando o celular o esmurrando o cineasta folgazão.
  • Quando o vídeo for exposto, responder elegantemente às imprecações.

No curso da campanha, já iniciada em sua fase informal, assistiremos ainda aos rankings impagáveis dos maiores escrachos. É só esperar: eles virão.

Luis Costa Pinto é jornalista e sócio da consultoria Idéias, Fatos e Texto.

* Texto originalmente publicado no portal Poder 360

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Categoria(s): Política
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domingo - 19/11/2017 - 09:28h

De bicos rotos e asas partidas

Por Paulo Linhares

Quando no início da década de 1980  um seleto grupo de antigos componentes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) resolveu deixar a sigla para fundar um partido mais de centro-esquerda, não fisiológico, moderno e bem próximo da Social-Democracia europeia – que estava no poder em vários países daquele continente -, abriu-se uma nova e positiva possibilidade de uma superação definitiva, sobretudo, do patrimonialismo que há séculos pautava a política brasileira, ademais de um enorme rosário de questões correlatas e dependentes, como os tantos vícios do sistema eleitoral então vigente, uma pesada herança que remonta à manipulação que as oligarquias costumavam fazer, a exemplo da política do “Café com Leite” com que São Paulo e Minas Gerais mantinham um rígido controle da Presidência da República, com a eleição alternada da paulistas e mineiros, na época da chamada “República Velha” (1889-1930).

Posto que reivindicassem a condição de representantes da Social Democracia aqui nos trópicos, foi inevitável concorrer com outras siglas que por aqui surgiram no mesmo período – o da reforma partidária ocorrida nos estertores da ditadura militar – com perfis ideológicos assemelhados, como o fortíssimo Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado por Leonel Brizola, a refundação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) tendo com uma das figuras de proa o lendário político nordestino Miguel Arrais e mesmo o Partido dos Trabalhadores (PT), que nasceu ligado às alas mais à esquerda do movimento socialista-democrático europeu.

Entretanto, pela qualidade das lideranças que fundaram o PSDB (Mario Covas, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, José Richa, entre outros), a sigla surgiu com grande densidade política, a despeito do fracasso nas urnas da candidatura de Mário Covas, na eleição presidencial de 1989, quando todas as grandes lideranças  políticas brasileiras foram derrotadas pelo até então obscuro ex-governador alagoano, Fernando Collor de Mello. Na eleição seguinte, em 1994, foi eleito presidente da República o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, mandato que seria renovado em 1998.

Os oito anos de FHC frente à presidência foram marcados pelo abandono das teses da social-democracia e pela aproximação com o modelo neoliberal da primeira-ministra britânica Margareth Thatcher e, no flanco interno, celebrou alianças com as mesmas forças políticas conservadoras que apoiaram a ditadura militar, num crescendo de descaracterização política que permitiu a retumbante eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, com início de um ciclo de governos petistas que duraria doze anos.

Em suma, o PSDB disputou e perdeu as quatro últimas eleições presidenciais. Foi o inconformismo  com essas derrotas que levou ao impeachment de Dilma Rousseff e lançou o país numa das maiores crises políticas de sua História.

Neste momento, o ninho dos tucanos está desarrumado, muito em função das estrepolias do senador mineiro Aécio Neves, seu presidente nacional. A briga interna dos tucanos, todavia, não se limita à indicação da candidatura para o pleito presidencial de 2018: a presidência nacional do PSDB tem sido alvo de renhida disputa. Com efeito, após a revelação de grave episódio que envolveu o senador Aécio Neves em caso de corrupção, sua permanência à frente do partido tornou-se inviável e desgastante, sobretudo, após o seu afastamento do exercício do mandato, por decisão do STF.

Aécio se afastou do cago e indicou o senador Tasso Jereissati para assumir interinamente a presidência do PSDB. Posteriormente, Jereissati defendeu a renúncia de Aécio Neves do cargo de presidente nacional da sigla e foi mais além ao propor, também,  a desfiliação daquele. Foi a gota d’água. Retornando ao mandato senatorial, Neves se sentiu forte o suficiente para reassumir a presidência tucana para novamente se licenciar do cargo, colocando em seu lugar o ex-governador paulista Alberto Goldman. Essa briga ainda vai render, pois o senador Jereissati é forte candidato à presidência do PSDB na eleição a ser realizada a curto prazo e, se eleito, talvez Aécio tenha que buscar um outro ninho.

Neste período que antecede o pleito presidencial de 2018, paradoxalmente, os tucanos do PSDB estão com a casa desarrumada, sobretudo, pelas dificuldades políticas vividas por suas principais lideranças: o octogenário FHC está fora da disputa, por problemas de saúde; os senadores Aécio Neves e José Serra perderam essa condição, também, em razão de graves acusações de participação em esquemas de corrupção; remanescem as figuras do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e do prefeito da capital paulista, João Dória, que travam uma renhida luta interna pela indicação partidária, contudo, ambos aparecem com posições muito tímidas nas pesquisas de opinião até agora realizadas, sendo quase certo que  vencedor da disputa no ninho tucano dificilmente emplacará uma vitória na corrida presidencial de 2018.

Claro, embora o ex-presidente Lula mantenha uma boa dianteira nessas pesquisas, onde ganharia a eleição presidencial em quaisquer dos cenários simulados, a sua candidatura igualmente enfrenta enormes dificuldades por ser réu em vários processos da Lava Jato, tornando incerta a sua condição de elegibilidade. Isso, porém, em nada beneficiaria o candidato peessedebista, seja Alckmin ou Dória, o que escapar da briga interna, desse ninho de cancões, ou melhor, de tucanos.

Em suma, não sendo Lula candidato é possível a eleição de alguém nos mesmos moldes de Collor, no pleito de 1989, todavia, dificilmente  isso recairia em candidato do PSDB: poderá chegar ao Planalto Marina Silva, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes ou até o narigudo global Luciano Hulk, menos um tucano de asas partidas e bico roto, o que projeta um cenário que não favorece à ideia de uma urgente e necessária superação da crise político-institucional que asfixia o Brasil nestes albores de 2018.

Aguardemos.

Paulo Linhares é advogado e escritor

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domingo - 29/10/2017 - 11:20h

As apostas de 2018

Por Paulo Linhares

Afirmar que o cenário das eleições (quase) gerais de 2018 está montado é um equívoco, embora do ponto de vista normativo isto seja verdadeiro, pois, as regras para esse pleito eleitoral já estão estabilizadas segundo o princípio da anualidade eleitoral (também chamado de anterioridade eleitoral), criado em 1993 com a aprovação da Emenda Constitucional (EC) nº 4, que deu nova redação ao artigo 16 da Constituição Federal.

Noutras palavras, as regras do jogo estabelecidas, inclusive, para o desalento de tantos que esperavam uma reforma política que efetivasse mudanças profundas no sistema eleitoral brasileiro. Depois de marchas e contramarchas nas duas casas do Congresso, o resultado foi mais do que pífio, no sentido de que “se queremos que tudo permaneça como está, tudo deve mudar”, assertiva conservadora que pode ser denominado como postulado de Tancredi («Se vogliamo che tutto rimanga come è, bisogna che tutto cambi.»), o sempre lembrado personagem de Lampedusa.

Lastimavelmente, as parcas mudanças legislativas levadas a efeito o foram para manter o status quo da política brasileira, tanto em prol dos atuais detentores de mandatos parlamentares, quanto da (absurda) estrutura partidária. O fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais; a adoção de modalidade de voto diferente do qual sistema proporcional; a racionalização da estrutura partidária para impor cláusulas de barreira ou de desempenho que mitiguem a proliferação de partidos políticos a partir da ideia de que somente devem permanecer com acesso aos recursos do Fundo Partidário aqueles que tiverem uma representação mínima no Congresso Nacional.

Somente a cláusula de desempenho valerá para as eleições de 2018, o sistema de voto proporcional permanece e o fim das coligações apenas ocorrerá nas eleições de 2020.

Ao que parece, todos os esforços dos deputados federais e senadores foram para aprovar o fundo público bilionário de financiamento de campanha (R$ 1,7 bilhões), uma vez que estão proibidas as doações de pessoas jurídicas. Essa seria a única possibilidade de reduzir “os efeitos politicamente devastadores da Operação Lava Jato”, segundo avaliou o Folha de São Paulo em matéria publicado em 02/04/2017.

Aliado esse ao valor acrescido com a adoção do sistema de impressão do voto (R$ 1,8 bilhões), teremos uma despesa nova para os cofres da União Federal de R$ 2,5 bilhões. Isto sem falar nos custos astronômicos previstos para as eleições de 2018, ainda não conhecidos em seu valor global. Certo é que essas despesas findam como algo bizarro e despropositado, no momento em que o Brasil vive umas das piores crises fiscais de sua história.

Se as regras das eleições de 2018 já estão assentadas, o mesmo não se pode dizer, ainda, no que toca às candidaturas à presidência da República. Claro, pré-candidaturas já estão nas ruas, mas, cercadas de muitas indefinições, a começar pela do Lula, que têm a melhor avaliação nas pesquisas eleitorais até agora: em razão de ações criminais que responde na Justiça Federal do Paraná, já com uma condenação em primeira instância, a sua candidatura se torna uma incógnita.

Temer dificilmente terá condições políticas de reeleição e no lado dos tucanos impera um verdadeiro ninho de cancão, com a briga que envolvem o governador Alckmin e o prefeito Dória a trocar sopapos e farpas através da mídia. E na hipótese de Lula ficar de fora, teremos um cenário eleitoral imprevisível, onde tudo pode acontecer, até boi voar.

Veremos.

Paulo Linhares é professor e advogado

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terça-feira - 10/10/2017 - 22:42h
Opinião

A babaquice desmente a lucidez

Por François Silvestre

Essa conversa de que o “povo” brasileiro não confia nos políticos é uma baita mentira. Confia e confia no que há de pior.

O pré-povo do Brasil é a cara lavada dos seus políticos.

Vejamos: Lula é o melhor avaliado nas pesquisas eleitorais. Sem comentário.

Bolsonaro é outro bem avaliado, o que também dispensa comentário de imbecilidade eleitoral.

Pra completar, vem o Dória, prefeito vagabundo de São Paulo. Esse mauricinho nada fez, mas foi eleito prefeito da maior metrópole e virou estrela cadente.

Recebendo título de cidadania de várias capitais por suas câmaras municipais recheadas de imbecis.

Lula, Bolsonaro e Dória.

Num país com um mínimo de educação politica, eles nem seriam cogitados.

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quinta-feira - 21/09/2017 - 23:54h
Natal

“Grito do Emprego”mobiliza expressivo número de pessoas

Manifestação foi pacífica apesar de escaramuças com sindicatos (Foto: TN)

Mais de cinco mil  pessoas compareceram à manifestação denominada de “Grito do Emprego”, ao final da tarde de hoje (quinta-feira, 21) em Natal, diante da sede do Ministério Público do Trabalho (MPT/RN).

O protesto contra suposta perseguição desse órgão fiscalizador a Guararapes Confecções, empresa do Grupo Riachuelo, foi defendida e convocada pelo CEO desse conglomerado empresarial, Flávio Rocha.

Maciçamente, trabalhadores da própria Guararapes compareceram à movimentação. Antes, reunidos na fábrica, deram-se as mãos e fizeram oração religiosa, seguindo em marcha ao local da movimentação.

Além de criticarem o MPT/RN, os manifestantes também satanizaram sindicatos de trabalhadores “pelegos”. Segundo relatos de setores da imprensa, houve tentativa de obstrução da marcha deles até o local do protesto (Rua Dr. Poty Nóbrega, 1941 – Lagoa Nova).

Sindicalistas justificavam o enfrentamento, dizendo que queriam “esclarecer” os trabalhadores têxteis de que o MPT/RN estava em defesa deles, censurando a classe patronal.

Apesar disso, o expressivo número de manifestantes cumpriu seu trajeto e revelou seu desabafo, de forma pacífica.

Acompanhe o caso

Leia também: Um silêncio muito estranho no Senado AQUI;

Leia também: Garibaldi apela para conciliação entre empresa e o MPT/RN AQUI;

Leia também: MPT/RN promete recrudescer a relação com Guararapes AQUI;

Leia também: Facção Têxtil de Antônio Martins é vista como caso de sucesso AQUI;

Leia também: Ato pró-emprego acontecerá em frente à sede do MPT/RN AQUI;

Leia também: “Grito do emprego” mobiliza vários setores no final de semana AQUI;

Leia também: Ministério Público do Trabalho é nocivo ao RN e a seu povo AQUI;

Leia também: Ministério Público do Trabalho diz defender direitos trabalhistas AQUI.

Não faltou também infiltração de correntes políticas oportunistas na mobilização, como defensores do pré-candidato presidencial Jair Bolsonaro e o Movimento Brasil Livre (MBL). Porém não tiveram maior acolhida.

A próxima manifestação está marcada para o sábado, 23, em Parelhas, na região Seridó. No sábado passado, dia 16, o primeiro Grito do Emprego ocorreu em São José do Seridó.

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Categoria(s): Economia / Gerais
  • Repet
terça-feira - 19/09/2017 - 20:40h
Opinião

Teoria do pré-povo…

Por François Silvestre

…e da pré-humanidade.

Se a disputa pela presidência do Brasil for entre Lula versus Bolsonaro, fica provada minha teoria de que o Brasil ainda não tem um povo.

Somos apenas um pré-povo.

Assim também ocorre a comprovação de que não somos a humanidade, mas apenas a pré-humanidade, quando o mundo hoje oscila entre Trump versus Kim Jong-un.

Desse silogismo do grau lógico, do antigo pensamento formal, podemos concluir que o Brasil tem um pré-povo e o mundo uma pré-humanidade.

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Categoria(s): Opinião
sexta-feira - 18/08/2017 - 08:30h
Pátria Amada Brasil

Um dia essa terra ainda vai cumprir seu ideal

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o prefeito paulistano João Dória Júnior (PSDB) e o ex-presidente Lula (PT) fazem périplo pelo país.

Mexem-se à maior visibilidade e de olho na campanha eleitoral de 2018.

Todos os três sofrem hostilidades de segmentos radicais organizados.

Pequena mostra do que nos aguarda para o próximo ano.

Estamos num país rachado. Seguimos fracionados, extremados no ranço. Não aparece ninguém capaz de liderar o Brasil em cima de uma agenda realista, desenvolvimentista e humanizadora.

Vociferam! Rosnam! Populismo, oportunismo e marketing de ocasião prevalecem.

Os próprios protagonistas políticos ajudam na construção desse cenário de intolerância: os três, sem exceção, usam discursos divisionistas e promovem pregações que nos jogam num fosso ainda mais profundo.

Mas eles não estão isolados.

Essa gente consegue o apoio de uma manada de estúpidos nessa tarefa continuada de nos impossibilitar de ser uma nação de verdade, com todo nosso sincretismo político, religioso, étnico, cultural etc.

Pátria amada Brasil!

Até quando continuaremos sendo isso, dependendo dessa gente e de outros personagens incapazes de enxergarem o país com suas diferenças, mas acima de tudo com a exigência de ser uno?

Um dia essa terra ainda vai cumprir seu ideal.

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  • Repet
segunda-feira - 10/07/2017 - 14:14h
Opinião

Hierarquia do mal

Por François Silvestre

Sim, há hierarquia do mal.

A corrupção é uma desgraça, mas o fascismo é desgraça maior.

Palocci não vale nada, mas Bolsonaro é pior.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 09/06/2017 - 08:26h
Política e segurança

Ordem de Bolsonaro para “matar bandido” mexe com passado

Em entrevista à imprensa de Natal, o deputado federal e pré-candidato a presidência da República,  Jair Bolsonaro (PSC-RJ), deixou claro que num eventual governo seu, a polícia terá ordem para “matar bandido”.

Simples assim.

Aleixo: medo de carta branca (Foto: arquivo)

Sua eloquência no trato do tema que se esmera em falar, como suposto especialista, me remete a um momento delicadíssimo da vida nacional, quando o Conselho de Segurança Nacional (CSN) – nascido no Estado Novo de Getúlio Vargas – se reuniu para definir o Ato Institucional número 5 (AI-5). Episódio ocorreu no governo Costa e Silva e no dia 13 de dezembro de 1968 o AI-5 foi assinado.

Foi o recrudescimento do regime militar.

Integrado por 24 membros, entre eles o presidente da República e seus principais ministros, o CSN transformou-se em instrumento para cassar oposicionistas, suprimir direitos individuais e radicalizar a ditadura.

Na reunião decisiva à sua elaboração, o ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho, bradou: “Às favas com os escrúpulos”.

Delfim Netto, ministro da Fazenda, ponderou que era preciso um ambiente de estabilidade política para avanços na economia. Votou pró AI-5, por considerar importante esse instrumento legal, mesmo que imoral.

Medo

Gama Filho, ministro da Justiça, defendeu com fervor o AI-5, mas ouviu uma voz solitária ser contra: o vice-presidente e ex-deputado federal mineiro Pedro Aleixo.

– O senhor não confia nas mãos honradas do presidente? – fuzilou Gama Filho na direção de Aleixo.

Sóbrio, sem alterar a voz, Pedro Aleixo é voto vencido (único contra o AI-5), mas emite um comentário que ecoa até hoje à nossa reflexão:

– Eu não tenho medo das mãos honradas do presidente da República, mas do guarda da esquina.

Passados quase 50 anos, temos um presidenciável que acredita em “carta branca” para matar como “solução final” à violência.

O enredo a partir daí já é conhecido: começa matando bandido, depois mata o desafeto pessoal, em seguida mata a soldo e por fim forma sua milícia para matar, matar e matar qualquer um e por qualquer razão.

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Categoria(s): Política
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quinta-feira - 25/05/2017 - 19:20h
Som na caixa

Sou mais Raimundo Soldado

Sou sincero: entre o capitão Jair Bolsonaro e Raimundo Soldado, fico com o segundo.

LP de Raimundo Soldado, artista maranhense de Santa Inês, falecido há alguns anos (Foto: reprodução)

Entre A Besta e The Best, Raimundo.

Som na caixa!

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Categoria(s): Só Pra Contrariar
domingo - 09/04/2017 - 10:52h

A continência de Bolsonaro

Por François Silvestre

Prestei serviço militar no Regimento de Obuses, ali no Bairro de Santos Reis. Cinco Baterias. Três de artilharia, uma de Comando e uma de Serviços. Fiquei na de serviços. A menos importante de todas.

A hierarquia se dá também pelo número. A bateria de Serviços era a última numerada. E eu tinha o último número. Soldado 930. Portanto, eu só assumiria o comando do Quartel se todos morressem.

Na minha bateria também ficaram alguns amigos. Rilke Santos, Jaime Aquino, Isaías Almeida, Carlos Caju, Eduardo Lamartine, Noronha, Pedro Araújo, Justino. Era tempo da Ditadura, fui recruta e preso político lá mesmo. Domingo contarei isso.

Um rapaz das Rocas, Soldado Costa, que fez concurso de Cabo e continuou no exército, era fotógrafo. Tenho em Cajuais da Serra uma foto dele comigo, que ele tirou armando a máquina numa pedra.

No dia que recebemos a farda, fomos à primeira formatura. Três fileiras de soldados. O tenente Campelo ordenou “direita volver” e ficamos de frente para o Comandante da Bateria, o Capitão Ibiapina. Um bigode enorme e carranca fechada. Recebeu o comando, fez uma preleção sobre o serviço militar e perguntou: “Algum de vocês não quer servir no Exército? Se houver que dê um passo à frente”.

Eu estava na primeira fila. Tinha ouvido, no alojamento, todo mundo dizer que não queria ficar no Exército. Pensei que todo mundo iria dar esse passo. E dei. Só eu.

O capitão perguntou meu nome e número. Depois, mandou que eu saísse da formatura e fosse esperá-lo na Sala do Comando. Quando ele entrou, eu fiquei todo empertigado, posição de sentido, morrendo de medo.

Ele disse: “Descansar. Você diz que não quer ficar e agora posa de soldado”. Riu e sentou-se. O medo diminuiu. Passou bom tempo explicando as vantagens do serviço militar. Conhecimento da disciplina, armamentos, educação cívica. Não falou de política. Nem eu.

Eu disse acreditar, mas precisava estudar, vinha de família pobre, de região carente. Ele respondeu que admirava minha sinceridade, mas não haveria dispensa. Esse episódio fez com que aquele homem temido passasse a me tratar com certa cordialidade.

Permitiu minha a frequência à faculdade, pela manhã, quando eu passei no vestibular, ainda no Exército.

Esse enchimento de linguiça foi para comentar a continência que Bolsonaro prestou ao Juiz Sérgio Moro. A continência é um cumprimento entre militares. Iniciativa do subalterno, com a mesma resposta do superior. Só se bate continência estando devidamente uniformizado. Se o superior estiver em trajes civis, responde com um aceno da cabeça.

Não se bate continência sem cobertura, quepe ou gorro. É uma saudação regrada, de natureza regimental. Todo militar sabe disso. Menos Bolsonaro, que não é civil nem militar. É apenas boçal. Boçalnário.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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sexta-feira - 11/03/2016 - 23:44h
Xô, satanás!

Trio-elétrico vai reunir Bolsonaro, Malafaya e Feliciano

Do Estado de São Paulo

Um trio elétrico vai reunir o pastor Silas Malafaia e os deputados federais Marco Feliciano (PSC-SP) e Sóstenes Cavalcante (PSDB-RJ) nas manifestações do próximo domingo, 13, em Brasília.

Feliciano, Bolsonaro e Malafaya: xô, satanás! (Fotomontagem)

“Todos evangélicos”, destaca o comunicado divulgado pela assessoria de imprensa de Cavalcante.

“Para completar o time, também estará presente o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ)”, continua o comunicado, que afirma que o acesso ao trio “será liberado aos jornalistas” que confirmarem presença.

O intuito, de acordo com Cavalcante, é oferecer “proteção” aos profissionais de imprensa e uma “visão privilegiada” das manifestações.

Nota do Blog – Falta mais o quê?

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