terça-feira - 25/03/2014 - 11:18h
Brasília

Agripino convoca partidos para debate sobre CPI da Petrobras

O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), convocou todos os partidos – e não somente os de oposição –  a participar de uma reunião nesta terça-feira (25), às 15h, para debater a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os recentes escândalos envolvendo a Petrobras.

Agripino diz que se sente cobrado (Foto: Mariana Di Pietro)

“O caso da Petrobrás está muito mal explicado, por isso haverá essa reunião aberta aos partidos que querem discutir uma investigação sobre mais esse escândalo do governo do PT”, disse Agripino.

Segundo o senador, a CPI é, por enquanto, o único caminho para investigar a compra por quase US$ 2 bilhões, pela Petrobras – e com o consentimento da presidente Dilma Rousseff -, de uma refinaria em Pasadena, Texas (EUA).

Em 2006, a estatal brasileira pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria, valor muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.

Postura rígida

“O povo brasileiro está se sentindo enganado. É nosso dever fazer a devida investigação baseada nos fatos que estão postos”, afirmou Agripino que reconhece as dificuldades da oposição para conseguir o número necessário de assinaturas para instalar a CPI.

“Entre você fazer o que o povo pede nas ruas e o que é possível dentro do Congresso há uma distância, mas a oposição não vai desistir de cumprir o seu papel de investigar”, frisou. O senador potiguar relatou ainda que, em visita a diversas cidades brasileiras, tem sido abordado por pessoas que cobram do Legislativo uma postura rígida diante do prejuízo bilionário da Petrobras.

“As pessoas vêm até mim e exigem uma tomada de providência de nós, parlamentares, que representamos o povo brasileiro. A Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica são bens do Brasil, são patrimônio público, que não podem ser dilapidados”.

Com informações da Assessoria de Imprensa de José Agripino.

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segunda-feira - 24/03/2014 - 12:24h
Eleições 2014

Rosalba sinaliza com apoio à Fátima Bezerra para Senado

Extirpada do processo eleitoral de 2014, governador trata deputada petista como "nossa senadora"

Foi encarado por muita gente como “ato falho”, ou seja, um pequeno deslize, a forma com que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tratou a deputada federal adversária Fátima Bezerra (PT), nessa sexta-feira (21), em evento ocorrido em Natal.

Fátima, com a "Rosa", contra Wilma? Sim, por que não? (Foto Tribuna do Norte em 10 de março de 2012, em que aparece também o então ministro da Educação, Aloízio Mercadante)

No lançamento da  “Rede Simples”, no Sebrae, com a presença do ministro Guilherme Afif Domingos, a governadora utilizou a primeira  pessoa do plural (nossa) para tratar a parlamentar, acrescentando uma “nomeação” popular ao possessivo:

– (…) Quero cumprimentar aqui a mulher, Fátima Bezerra, nossa Senadora.

Ato falho?

De maneira alguma. Manifestação de tendência.

Rosalba vive um inferno astral como administradora e no campo político. Transformou-se num estorvo para a maioria dos caciques, em especial aqueles que a apoiaram na eleição ao Governo do Estado em 2010.

É pouco provável até que seja candidata à reeleição, por força de questão judicial (inelegibilidade). Se insistir, não deve passar na convenção do DEM, que botou como prioridade a eleição e reeleição de seus candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Por que, então, esse afago em Fátima Bezerra, sua adversária histórica?

Simples.

Fátima concorrerá ao Senado da República, tendo como principal dificuldade ao projeto, a concorrência da ex-governadora Wilma de Faria (PSB).

A deputada (ou “senadora”, segundo Rosalba) é sua adversária. Wilma, não. Transformou-se em inimiga política, imersa em picuinhas e troca de ofensas veladas ou explícitas.

Ecossistema político

Proclamar Fátima Bezerra, que do ponto de vista ideológico está diametralmente oposta à conduta e pensamento político seu, foi um recado de Rosalba. Recado aos senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB), à própria Wilma e ao deputado federal e pré-candidato a governador Henrique Alves (PMDB).

Acuada, excluída e extirpada do topo da cadeia alimentar do ecossistema político potiguar, Rosalba pode agir como uma força centrífuga, triturando tudo em sua volta.

Com o resto de capital que lhe resta, sobretudo em seu berço político e cidadela, Mossoró, a “Rosa” tende a apostar num nome que lhe seja “menos ruim”. Fátima Bezerra, é o caso.

Tivemos no passado (1982), a criação dos votos “camarão” e “cinturão”, quando o instituto do “voto-vinculado” obrigava o eleitor a votar em todos os candidatos de um mesmo partido. Era um casuísmo “legal” criado pelo regime militar em seus últimos dias de poder, para manutenção do “voto de cabresto”.

Aluízio e Vingt

Além disso, havia a faculdade da “sublegenda”, outra armação, que permitia que o mesmo partido pudesse ter mais de um candidato a prefeito.

Em Mossoró, rompido com o primo e ex-governador Tarcísio Maia (PDS), o deputado federal e líder do rosadismo (até então um grupo praticamente monolítico),  Vingt Rosado (PDS), pregou que ninguém votasse na cabeça de chapa, deixando-a em branco.

Aluízio e Dix-huit: ajuda mútua

Como não podia votar em Aluízio Alves (PMDB), os seguidores de Vingt anulariam o voto a governador que era imposto por Tarcísio, com a candidatura do filho José Agripino (PDS). Eis o “voto camarão”, cortando a cabeça.

Em troca, Aluízio defendeu o “voto cinturão”: seus eleitores deveriam deixar em branco o voto a prefeito (que ocorria na mesma eleição).

Pelo menos em Mossoró, o protesto deu certo. Aluízio foi o nome a governador mais votado com 21.037 votos (40,76%), com Agripino ficando em segundo lugar com 17.571 (34,05%). No estado, o “bacurau” perdeu por mais de 107 mil votos de maioria.

A prefeito, o irmão de Vingt Rosado, Dix-huit Rosado (PDS), foi eleito pela segunda vez ao cargo com 21.510 votos (41,68%) e o pemedebista que na prática não teve apoio de Aluízio, João Batista Xavier, foi o segundo mais votado, com 15.466 votos (29,97%). Canindé Queiroz, da sublegenda do PDS, lançado para puxar votos para Agripino, teve 4.388 votos (8,50%).

Eleições a prefeito de Mossoró em 1982 (Fonte: Blog Carlos Santos):

– Dix-huit Rosado (PDS) – 21.510 (41,68%);
– João Batista Xavier (PMDB) – 15.466 (29,97%);
– Canindé Queiroz (PDS) – 4.388 (8,50%);
– Mário Fernandes (PT) – 428 (0,83%);
– Paulo R. Oliveira (PTB) – 48 (0,09%);
– Brancos – 8.145 (15,79%);
– Nulos – 1.621 (3,14%);
– Maioria Pró-Dix-huit – 6.044 (11,71%).

O eleitorado habilitado ao voto era de 67.041, em 275 secções. Compareceram 51.606 (76,98%) eleitores. As abstenções foram de 15.435 (23,02%) votantes.

Para as eleições de 2014, o eleitor está livre para misturar, votando em quem bem desejar de cabo a rabo. Não há voto vinculado ou sublegenda.

Vingt serviu "camarão"

O “rosalbista” pode ficar sem uma preferência ao Senado, diante do racha no próprio DEM que termina de afundar Rosalba. Não significa dizer que ela fique sem opção. Fátima pode ser uma forma de vindita de Rosalba, ajudando a não eleger Wilma, de quem já foi aliada no passado nos anos 80 e início dos anos 2000.

Estranho?

Nem um pouco.

Lembre-se: “a política é dinâmica”.

A frase é surrada, mas continua atualíssima na política caprichosa e sinuosa do Rio Grande do Norte, onde o feio é perder. O próprio Vingt Rosado costumava dizer que voto de aliado e de adversário (ou “bandido”) tinha o mesmo valor.

Aluízio Alves e Vingt Rosado tiveram embates homéricos e nem sempre muito leais. Mas em determinado ponto da história no século XX, passaram à composição à margem da lei e, em seguida, formalizada em comunhão numa única sigla, o PMDB, em meados dos anos 80.

Portanto…

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terça-feira - 18/03/2014 - 20:40h
Em Brasília

Agripino e Aécio conversam sobre aliança DEM-PSDB

As alianças regionais DEM-PSDB estão cada vez mais perto de serem concluídas. Nesta terça-feira (18), em Brasília, o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), se reuniu mais uma vez com senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (MG).

Aécio e Agripino: entendimento natural (Foto: Mariana Di Pietro)

O encontro foi no gabinete do parlamentar tucano e contou com a presença de várias lideranças regionais. Democratas e PSDB estão alinhados em praticamente todos os estados.

Arestas

A ideia dos dirigentes nacionais é aparar as arestas até início de abril.

Em entrevista a uma rádio, o senador Agripino declarou:

“As alianças do Democratas com o PSDB são naturais porque levam em conta, principalmente, a identificação com a formulação programática de cada um, além, é claro, da proximidade dos dois partidos nas bases”.

Com informações da Assessoria de Imprensa do DEM.

 

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domingo - 16/03/2014 - 12:38h
RN

Engenharia política ‘garante’ sonhos e continuidade

O presidente da Câmara Federal Henrique Alves (PMDB) deve ser candidato a governador. O vice, tudo indica, será o também deputado federal João Maia (PR), que lhe deve muito à sobrevivência política.

João, Garibaldi e Henrique: tudo pronto

Nos bastidores, a costura para formar “chapão” tem um ingrediente desconhecido do grosso da sociedade: eleito, Henrique não sonha com reeleição. Tende a passar a primazia de candidatura a governador adiante (em 2018), ao vice.

Essa engenharia está avançada, ensejando ainda a reeleição do deputado federal Felipe Maia (DEM) à Câmara Federal e a estreia do deputado estadual Walter Alves (PMDB), filho do senador-ministro Garibaldi Filho (PMDB), na Câmara Federal.

Sobrevivência

As saídas de Henrique e João Maia da chapa proporcional farão abundar votos à vitória tranquila de ambos herdeiros do senador José Agripino (DEM) e Garibaldi, respectivamente Felipe e “Waltinho”.

Dessa forma, se não houver qualquer atropelo, Henrique realiza o sonho de ocupar a cadeira que foi do seu pai (Aluízio Alves), o mesmo sendo oportunizado a João Maia quatro anos depois, em 2018.

Ao mesmo tempo, Alves e Maia asseguram a “sobrevivência da espécie”, sem maiores transtornos – com Felipe e Waltinho.

Simples assim.

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  • Repet
domingo - 16/03/2014 - 10:56h
Conversando com... José Agripino

Reeleição de Rosalba Ciarlini não é prioridade no DEM do RN

Do jornal Tribuna do Norte

O Democratas no Rio Grande do Norte caminha para uma aliança com o PMDB, PR e PROS. A sinalização é do presidente estadual do partido, o senador José Agripino Maia. Ele confirmou que a prioridade do partido é a eleição proporcional e destacou que a definição é nacional. Sobre o pleito local, o senador disse que os deputados estaduais (José Adécio, Getúlio Rego e Leonardo Nogueira) e federal (Felipe Maia) já expuseram o desejo de compor proporcional com alguns partidos que integrem o palanque do PMDB.

José Agripino não tem conversado com Carlos Augusto e defende direito de Henrique Alves ser candidato (Foto: Magnus Nascimento)

Sobre a reeleição da governadora Rosalba, José Agripino é cauteloso, diz que o rumo do partido será tomado pela Executiva estadual, mas reconheceu que, em caso de lançar uma chapa majoritária, o DEM não tem aliados para compor o palanque. “Não vejo parceiros de expressão em vista para eleição majoritária”, destacou. Enaltecendo os aliados do PMDB, José Agripino considerou legítima a candidatura própria dos peemedebistas ao Governo e destacou: “O nome tem que ser Garibaldi (Garibaldi Filho) ou Henrique (Henrique Eduardo Alves)”.

Embora evite críticas ao governo Rosalba, o líder do DEM lembra que havia tudo para acertos, mas admite que a chefe do Executivo cometeu equívocos, um deles foi perder o apoio do PR e do PMDB. “O que está faltando ela (Rosalba Ciarlini)? É difícil encontrar (um motivo) porque, para mim ,Rosalba tinha tudo para ser uma grande governadora, porque ela foi uma grande prefeita, uma senadora que se destacou, ganhou eleição no primeiro turno, tinha suportes muito bons. Mas, infelizmente, falhou”, comentou. Nesta entrevista, o senador fala sobre o projeto nacional do DEM, destaca que a definição sobre o rumo no Rio Grande do Norte será da executiva nacional e ressaltou que a eleição proporcional é a prioridade do partido.

Tribuna do Norte – A aliança com o PSDB nacional está consolidada?

José Agripino – O deputado Ronaldo Caiado, que é uma das melhores expressões do nosso partido, manifestou desde 2013 o desejo ou colocou o nome dele para sondagem do partido como pré-candidato à presidência. Ele próprio teve oportunidade de conversar com os colegas deputados e de sentir a receptividade e perspectiva de viabilização do objetivo de candidatura presidencial. E ele percebeu que a candidatura prejudicava as alianças, porque imobilizava para as alianças possíveis nos Estados, que viabilizarão a eleição de 35 a 40 deputados federais e até seis ou oito senadores. Os mais simpáticos a candidatura de Ronaldo Caiado, na última reunião do partido, já afirmaram que ele (Ronaldo Caiado) pré-anunciava que seria candidato ao Senado pelo Estado de Goiás. Com o partido não tendo candidatura a presidente, o que se vislumbra é a aliança para o plano nacional.

O Democratas se encaminha para o palanque de Aécio Neves?

JA – Encaminha-se, sim, mas não está definido. Até porque eu coloquei como pré-condição para formação de aliança (com o PSDB) que vai dar o nosso tempo de rádio e televisão (para o PSDB) as alianças convenientes ao partido (DEM) nos Estados. Há uma série de demandas que estão em curso e, nesse momento, sinalizam sim para uma eleição com o PSDB, mas essas conversas
têm que ser concluídas para quea eleição se pragmatize.

Ou seja, a definição do Democratas nacional é priorizar a proporcional para reerguer o partido?

JA – Isso. Assim como esse fato acontece no plano nacional, ele remete ao plano estadual. São os mesmos modelos.

Nessa reunião, na qual foi definida a prioridade para eleiçãoproporcional, algum outro potiguar do DEM, além do senhor, participou?

JA – Eu e o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, que é o presidente do diretório municipal do partido em Mossoró.

A prioridade do Democratas para proporcional colide com o projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, que vem sendo já sinalizado por ela?

JA – Não sei se colide ou não colide. Até porque nas conversas que eu tinha com Rosalba há algum tempo atrás, ela me dizia que postularia a candidatura à reeleição se estivesse em condições reais de disputar. Não sou candidato a nada nessa eleição, mas tenho a responsabilidade de presidir o partido nacionalmente e estadualmente. E preciso da eleição dos nossos deputados. Tenho que pensar também neles. Então tenho a obrigação de entregar a decisão sobre candidatura própria ou aliança aos que são candidatos. Quem é candidato? José Adécio, Getúlio Rego, Leonardo Nogueira são candidatos à reeleição, Felipe Maia é candidato a reeleição. Se Rosalba quiser ser candidata coloque a postulação dela e a gente vai avaliar, consultando o partido, os prefeitos, os vice-prefeitos, as lideranças do partido sobre a conveniência, no diretório estadual, da candidatura ao Governo, que teria as mesmas conseqüências. Quem seriam os aliados? Qual seria aliança na proporcional para viabilizar a reeleição dos deputados federais e estaduais? Temos uma defecção, o deputado Betinho Rosado nos deixou. Temos só um deputado federal e precisamos manter nossa estrutura e crescer. Temos candidatos novos a deputado estadual com expressão eleitoral e temos a obrigação de oferecer condições de aliança, de soma de voto por coligação, que viabilize a eleição. Isso eles (os deputados) têm direito de opinar. Isso vai ocorrer na hora própria em uma reunião no diretório estadual, que vai definir. Se houver a pretensão de candidatura a reeleição (de Rosalba Ciarlini) o partido vai se reunir e pelo seu diretório estadual vai definir qual a melhor conveniência para o crescimento ou preservação do partido no Rio Grande do Norte, como no plano nacional.

Quem define o rumo do DEM é o diretório estadual? É uma espécie de prévia?

JA – Não é prévia. O diretório estadual, se aparecerem teses de candidatura própria ao Governo ou alianças com outras candidaturas, o diretório estadual decidirá, assim como a executiva nacional vai decidir sobre qual a tese prevalente. Entendendo que, em qualquer circunstância, você tem uma última instância que é a convenção estadual ou nacional.

Quem decidirá o destino do DEM no Estado será a Executiva estadual? Ela é que tem esse poder?

JA – Claro que tem. A executiva estadual tem poderes, só não tem poderes mais do que a convenção. Mas a executiva estadual tem poderes para deliberar, é ela quem fala pelo partido. A executiva traduz a expressão do partido.

Mas, ainda assim, poderá ir para a convenção duas teses a serem definidas?

JA – Nada impede. A executiva estadual sinaliza a vontade do partido. Se a executiva definir uma coisa que conflite com o interesse de alguns, a democracia reserva a instância da convenção.

O senhor disse que em uma das últimas conversas que teve com a governadora, ela afirmou que seria candidata se “estivesse condição de reeleição”. Na sua visão, Rosalba está em condição de reeleição?

JA – É muito difícil dizer isso. Não tenho, feita pelo partido, nenhuma pesquisa de opinião. Agora o grande instrumento de avaliação, de possibilidade, é pesquisa de opinião feita um pouquinho mais para frente e avaliar se a governadora estaria em condição de pleitear ou não. Pelos dados que foram exibidos por pesquisas divulgadas há pouco de tempo, a condição dela não é confortável.

O senhor tem conversado com a governadora ou com o ex-deputado Carlos Augusto?

JA – Não tenho.

Faz quanto tempo que o senhor não conversa com eles?

JA – Nada impede que conversemos a qualquer hora, mas não tem havido oportunidade de conversarmos.

Há, de fato, um distanciamento do senhor da governadora e do ex-deputado Carlos Augusto Rosado?

JA – Desde o começo do governo me coloquei o tempo todo à disposição dos interesses do Estado do Rio Grande do Norte através da interpretação da governadora e me mantenho nessa mesma disposição. Sempre que ela precisa de mim, sabe que encontra um guardião dos interesses do Estado. É só ser procurado.

O senhor concorda que a governadora tem sinalizado para um projeto de reeleição pela agenda que adota e pelo discurso?

JA – Não sei, uns me dizem que sim, outros que não. Prefiro dizer que não sei. E se houver essa pretensão ela será remetida à executiva estadual. O papel que me cabe como dirigente estadual do partido é fazer a avaliação por aqueles que falam pelo partido e que têm interesse, os três deputados estaduais, o deputado federal haverão de colocar sua argumentação e tentar convencer em um rumo e outro. Democraticamente, quem vai decidir não é o presidente do partido. A lógica, o bom senso é quem conduz e remete a definições. Não sei o que pensarão os três deputados estaduais e um federal se uma candidatura ao governo engessaria de tal forma as alianças partidárias que poderia até inviabilizar suas próprias reeleições. Esse é um assunto que se for provocado pela tese da governadora de candidatura à reeleição será colocada para deliberação da executiva estadual.

O senhor tem conversado com o PMDB, com o PR. Essas conversas remetem à aliança do Democratas com esses dois partidos?

JA – Quem levou, quem trabalhou, quem se esforçou para levar o apoio de pessoas que não votaram em Rosalba, mas apoiaram o seu governo? Fui eu, com João Maia, com Henrique (Eduardo Alves). Tenho uma proximidade com eles de muito tempo. Tenho uma relação muito positiva e muito robusta com o PMDB de Garibaldi Filho e Henrique, com o PR de João Maia, com o PSDB de Rogério Marinho e Aécio Neves, com o PROS de Ricardo Motta. Tenho uma relação com essas forças todas e tenho estado dentro das conversas desse grupo.

Falando em hipótese, o Democratas, partindo para candidatura majoritária com Rosalba Ciarlini, quais seriam os prováveis partidos aliados?

JA – Infelizmente, não vejo. Não vejo parceiros de expressão para eleição majoritária.

A governadora Rosalba, sua aliada, vem enfrentando dificuldades na administração. Em que ou onde ela está errando?

JA – Eu preferia olhar outro lado, qual o papel dela? Vejo nela uma mulher esforçadíssima, dedicada, trabalhadora, incansável, mas ela tem cometido equívocos. A perda do apoio do PR, do PMDB, por mais recomendação foi uma coisa negativa para o governo dela. O que está faltando a ela? É difícil entender porque, para mim, Rosalba tinha tudo para ser uma grande governadora. Ela foi uma grande prefeita, uma senadora que se destacou, ganhou eleição no primeiro turno, tinha suportes muito bons. Mas, infelizmente, falhou. Não sei, exatamente, a que atribuir. Agora sei sim que a aposta que fizemos no nome dela era respaldada no caminho só de sucessos. Infelizmente, não tenho um raciocínio pronto para justificar porque a governadora não vai bem como eu gostaria que ela estivesse indo bem.

O senhor já foi aliado e oposição à vice-prefeita Wima de Faria. Haveria hoje reaproximação com a vice-prefeita?

JA – Não tenho conversado com Wilma. Cumprimento quando me encontro com ela em evento.

Mas o PMDB conversa e negocia com ela uma aliança. O Democratas, em caso de aliança com o PMDB, apoiaria Wilma de Faria para o Senado?

JA – Vejo com naturalidade.

O DEM poderia apoiá-la para o Senado?

Rosalba e Henrique: preferência de Agripino é clara (Foto: Demis Roussos)

JA – Na hora em que a tese da aliança for colocada para avaliação dos que vão decidir, claro que vai ser colocada a hipótese de candidatura própria, se for colocada, e aliança com A, B e C. A decisão não será de José Agripino, mas dos protagonistas que são do partido e se submeterão a voto agora em 2014.

De todos os partidos que o senhor tem conversado, o único que já definiu candidatura própria é o PMDB. Como o senhor avalia essa pretensão? Quem seria o potencial nome do PMDB?

JA – Essa definição cabe ao PMDB, não cabe a mim dizer que o candidato ideal é A, B ou C. O PMDB aspirar a candidatura própria ao Governo é legítima porque o partido cresceu bastante no Estado. O PMDB, pelas funções que ocupa — Garibaldi ministro e Henrique presidente da Câmara — conseguiu fazer um bocado por aquilo que é interesse do Estado. Isso fortaleceu Garibaldi e Henrique e ao partido PMDB. Em função disso, dessa conjugação de fatores, o PMDB tem legitimidade para pleitear candidatura própria.

E quem seria o candidato?

JA – Tem que sair da dupla Garibaldi ou Henrique.

E o ex-senador Fernando Bezerra?

JA – É um nome bom, mas entre ser um nome bom e ter condição de ganhar a eleição tem uma distância. O candidato tem que ter elementos políticos e eleitorais importantes. Tenho com ele (Fernando Bezerra) relação confortável. Se ele for o candidato terá que mostrar condição política, que é o mais fácil, e condição eleitoral, que é mais complicada, para ganhar a eleição. O PMDB não vai entrar na disputa sem avaliar muito bem as chances de vitória.

O deputado Henrique Eduardo Alves é o nome?

JA – O deputado Henrique tem o direito de pensar em ser candidato a governador, por toda sua história, pelo espírito público que tem demonstrado com as causas do Estado. Ele tem o direito de pensar nisso.

Algum desgaste pela reportagem veiculada no jornal O Estado de São Paulo, que mostrou gastos do senhor, de R$ 50 mil, no plano de saúde do Senado para um tratamento dentário?

Nenhum. Até porque o que houve foi o uso de um direito. Eu tenho uma cota anual para tratamento médico ou dentário. Não houve reparação estética. O que houve foi reparação estrutural. Eu tive um problema sério de recomposição de toda base dentária que foi ao longo de quase dois anos refeita. Todo trabalho que foi feito foi para recuperação de um trabalho mal feito que não foi feito por dentista do Estado. Quando fiz com dentista do Estado foi tudo muito bem feito, mas quando eu fiz em Brasília foi mal feito e me levou anos depois a ter que recompor. Usei o que o Senado dá direito, desde que tenha problema de ordem médica.

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quinta-feira - 13/03/2014 - 16:38h
Eleições 2014

Candidatura natural e a força de José Agripino no DEM

Só para lembrar, de olho nos intramuros das eleições 2014 – no Rio Grande do Norte:

– Não existe mais a figura da “candidatura natural” dentro do sistema político-partidário-eleitoral brasileiro.

O fato de ser governadora, não deixa Rosalba Ciarlini (DEM) como “candidata natural” à reeleição.

Outro detalhe: quem controla o DEM no Rio Grande do Norte é o senador José Agripino, com plenos poderes para conduzir o diretório à posição que considerar mais conveniente ao futuro partidário.

Anote, por favor.

 

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terça-feira - 11/03/2014 - 08:23h
Perigo pro DEM

Agripino não esconde diagnóstico sobre Governo Rosalba

Nas rodas políticas de Brasília a Natal, das quais participa com voz proeminente, o senador José Agripino (DEM) tem deixado o verbo cometido de lado, quando fala sobre o Governo Rosalba Ciarlini (DEM).

A gestão da “Rosa” é diagnosticada como “desastrosa”, que se afunda em si, com o poder de também empurrar o DEM às profundezas.

Vale lembrar, que Agripino tem o pleno controle partidário estadual.

Mesmo no exercício do Executivo, Rosalba não possui a prerrogativa irremovível da “candidatura natural”.

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terça-feira - 25/02/2014 - 08:10h
RN contemporâneo

Um tempo político em que tudo “depende”…

A política do Rio Grande do Norte está bem distante do que víamos há alguns anos ou décadas. As lideranças autossuficientes, onipotentes ou messiânicas não existem mais.

Tudo depende de algo, de fatores exógenos (externos).

A palavra depende, quase imperceptível, está na engrenagem de tudo, até porque é quase impossível se separar oposição de situação, verde de encarnado, gato de lebre.

Henrique, Wilma e Fátima: vidas cruzadas

Robinson Faria (PSD) dependia da vontade do PMDB para ser candidato da oposição ao Governo do Estado, mas passou a depender do incentivo caviloso do PT.

O PMDB depende de Wilma de Faria (PSB) ser candidata ao Senado, para não atrapalhar seus projetos de chegar ao Governo do Estado.

Wilma de Faria (PSB) depende do PMDB para consolidar seu projeto pessoal de ser candidata ao Senado.

Fátima Bezerra (PT) depende de alguém aceitar se compor com o PT e ser candidato ao Governo do Estado, para poder arrimar sua postulação ao Senado.

José Agripino (DEM) depende de acordo com o PMDB de Henrique Alves, para poder garantir meios à reeleição do filho Felipe Maia (DEM) à Câmara Federal.

Henrique Alves depende de uma série de arrumações, composições, alianças, afagos e agrados para se viabilizar como candidato a governador.

Rosalba Ciarlini (DEM) depende de quase tudo, mas principalmente de um milagre para ser candidata à reeleição e, candidata, conseguir se reeleger.

E a gente – povo – depende da vontade, conchavos e aspirações pessoais deles.

Enfim, tudo depende de algo mais.

Ninguém tem forças para marchar só, com nariz empinado, com cenho triunfalista, sob a certeza da vitória.

Já é um bom começo para nós – povo.

Aí depende.

Há controvérsia.

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segunda-feira - 10/02/2014 - 08:45h
Costura política

Chapa com Henrique e João Maia facilita reeleição de Felipe

Na hipótese de ser candidato a vice-governador, numa composição com o PMDB, o deputado federal João Maia (PR) desafogaria a chapa. Na verdade, as costuras vão mais além.

O deputado federal Henrique Alves aplaina terreno para ser ele, ele mesmo, o candidato do peemedebismo ao Governo do Estado.

Com os dois deputados federais deixando de lado o projeto de reeleição, o espaço aberto na chapa proporcional à Câmara Federal facilitaria a reeleição do deputado Felipe Maia (DEM).

As conversas e costuras passam por esse apoio a Felipe Maia, filho do senador José Agripino (DEM).

Tudo muito factível.

Pelo menos no papel.

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domingo - 26/01/2014 - 07:05h
2014

Agripino não garante candidatura de Rosalba

O senador José Agripino (DEM) dá outra demonstração de desestímulo com candidatura própria ao Governo do Estado em 2014, mesmo tendo Rosalba Ciarlini no cargo e habilitada, a princípio, à reeleição.

Em entrevista, ao Jornal De Fato, hoje, Agripino dá essa pista quanto à candidatura própria:

– Quem vai responder a essa pergunta é o interesse do partido que vai se reunir na hora certa para, em função dos seus objetivos, definir qual vai ser o destino do partido: se vai ser candidatura própria ou se vai ser aliança com outros partidos.

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sexta-feira - 24/01/2014 - 07:51h
Reeleição

Desânimo com Rosalba Ciarlini

O senador José Agripino (DEM) tem confessado, a interlocutores próximos, que uma hipotética candidatura da governadora afastada Rosalba Ciarlini (DEM) à reeleição, não tem seu incentivo ou ânimo.

As instâncias superiores do DEM é que vão avaliar se é sensato ou não se apostar numa candidata com quase 80% de reprovação administrativa.

Para Agripino, não.

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quinta-feira - 23/01/2014 - 06:44h
Arena das Dunas

José Agripino, “um estranho no ninho”

Um dos principais oposicionistas ao Governo Federal e com relações políticas abaladas com o Governo estadual, o senador José Agripino Maia (DEM) apareceu à inauguração da Arena das Dunas, nessa quarta-feira (22), em Natal.

Ao seu lado, o deputado federal Felipe Maia (DEM) – seu filho – também participou do evento.

A presença da presidente Dilma Rousseff (PT) e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ensejou a inauguração da obra.

O senador seria uma espécie de “um estranho no ninho”.

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sábado - 28/12/2013 - 10:52h
Gaveta Democrata

Ministério Público apura engavetamento de “Caixa 2” do DEM

Por Josie Jerônimo (IstoÉ)

Depois de denúncia revelada por ISTOÉ, Ministério Público quer saber por que a Procuradoria-Geral da República não investigou financiamento irregular da campanha da governadora do Rio Grande do NorteO caixa 2 do DEM no Rio Grande do Norte foi parar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que agora quer saber por que o ex-procurador-geral Roberto Gurgel não investigou o caso. Em sua última edição, ISTOÉ revelou um esquema envolvendo a governadora Rosalba Ciarlini.

Agripino: acertos por telefone (Adriano Machado, Agência IstoÉ)

Como mostrou a reportagem (AQUI), interceptações telefônicas flagraram o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), e o marido de Rosalba, Carlos Augusto Rosado, acertando detalhes de um financiamento de campanha ilegal. A partir do telefone do contador da legenda Galbi Saldanha, hoje secretário-adjunto da Casa Civil da governadora, funcionários aparecem fornecendo números de contas pessoais para receber transferências irregulares de recursos.

As gravações já haviam sido enviadas à Procuradoria-Geral da República em 2009, mas desde então nada foi feito. O conselheiro do CNMP Luiz Moreira questiona os motivos que levaram ao arquivamento dos grampos. “Este é um exemplo da controvertida gestão de Roberto Gurgel”, diz Moreira. “Trata-se de uma falta de clareza de critérios, que faz com que se pense que ele atuava com parcialidade.” Não é a primeira vez que um parlamentar do DEM se beneficia da vista grossa de Gurgel.

Edvaldo Fagundes

O ex-senador Demóstenes Torres, flagrado em escutas da operação Vegas da Polícia Federal, deixou de ser investigado pela Procuradoria Geral da República até a deflagração de outra ação da PF, a Operação Monte Carlo, que confirmou a ligação do parlamentar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A retomada das investigações do Ministério Público e da PF no Rio Grande do Norte também provoca efeitos no quadro político local, mais especificamente na prefeitura de Mossoró, segunda maior cidade do Estado. Afastada do cargo por denúncia de abuso de poder econômico, a prefeita Cláudia Regina, também do Democratas, teve a campanha financiada pelo empresário Edvaldo Fagundes.

A PF identificou manobra de Fagundes para driblar o bloqueio judicial de seus bens – o empresário estava usando funcionários de suas companhias para movimentar valores expressivos, na maioria das vezes fazendo saques em dinheiro vivo.

Afilhada política do senador Agripino, Cláudia tenta conseguir junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma liminar para voltar ao cargo, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou que eleições suplementares sejam convocadas em fevereiro ou março para escolher o novo prefeito.

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sexta-feira - 20/12/2013 - 22:00h
Repercussão nacional

IstoÉ mostra “Caixa 2” envolvendo Agripino e Rosalba

Empresário mossoroense Edvaldo Fagundes é tratado como um novo "Marcos Valério" nesse esquema

A nova edição da revista IstoÉ traz reportagem especial com o Rio Grande do Norte. De novo, o estado ganha projeção nacional por denúncia quanto ao submundo de seus políticos.

O assunto é o já conhecido “Caixa 2 do Democratas”, focalizado em primeira mão no ano passado pelo jornalista Daniel Lemos.

Rosalba e Agripino: escutas (Foto Gustavo Moreno)

Na reportagem aparecem a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), senador José Agripino (DEM), chefe de Gabinete Civil do Estado Carlos Augusto Rosado (DEM) e até o empresário Edvaldo Fagundes, como integrantes de um poderoso esquema ilegal. Ele, a propósito, tratado como o “Marco Valério” Potiguar, numa alusão ao operador do “mensalão”.

Veja abaixo, matéria assinada por Josie Jeronimo:

Pequenino em área territorial, o Rio Grande do Norte empata em arrecadação tributária com o Maranhão, Estado seis vezes maior. Mas, apesar da abundância de receitas vindas do turismo e da indústria, a administração do governo potiguar está em posição de xeque. Sem dinheiro para pagar nem mesmo os salários do funcionalismo, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) responde processo de impeachment e permanece no cargo por força de liminar. Sua situação pode se deteriorar ainda mais nos próximos dias.

O Ministério Público Federal desarquivou investigação iniciada no Rio Grande do Norte que envolve a cúpula do DEM na denúncia de um intrincado esquema de caixa 2. Todo o modus operandi das transações financeiras à margem da prestação de contas eleitorais foi registrado em escutas telefônicas feitas durante a campanha de 2006, às quais ISTOÉ teve acesso. A partir do monitoramento das conversas de Francisco Galbi Saldanha, contador da legenda, figurões da política nacional como o presidente do DEM, senador José Agripino, e Rosalba foram flagrados.

A voz inconfundível de José Agripino surge inconteste em uma das conversas interceptadas. Ele pergunta ao interlocutor se a parcela de R$ 20 mil – em um total de R$ 60 mil prometidos a determinado aliado – foi repassada. A sequência das ligações revela que não era uma transição convencional. Segundo a investigação do MP, contas pessoais de assessores da campanha eram utilizadas para receber e transferir depósitos não declarados de doadores. Uma das escutas mostra que até mesmo Galbi reclamava de ser usado para as transações. Ele se queixa:“Fizeram uma coisa que eu até não concordei, depositaram na minha conta”.

Galbi continua sendo homem de confiança do partido no Estado. Ele ocupa cargo de secretário-adjunto da Casa Civil do governo. Em 2006, o contador foi colocado sob grampo pela Polícia Civil, pois era suspeito de um crime de homicídio. O faz-tudo nunca foi processado pela morte de ninguém, mas uma série de interlocutores gravados a partir de seu telefone detalharam o esquema de caixa 2 de campanha informando número de contas bancárias de pessoas físicas e relatando formas de emitir notas frias para justificar gastos eleitorais.

Nas gravações que envolvem Rosalba, o marido da governadora, Carlos Augusto, liga para Galbi e informa que usará de outra pessoa para receber doação para a mulher, então candidata ao Senado. “Esse dinheiro é apenas para passar na conta dele. Quando entrar, aí a gente vê como é que sai para voltar para Rosalba.” O advogado da governadora, Felipe Cortez, evita entrar na discussão sobre o conteúdo das escutas e não questiona a culpa de sua cliente. Ele questiona a legalidade dos grampos. “Os grampos por si só não provam nada. O caixa 2 não existiu. As conversas tratavam de assuntos financeiros, não necessariamente de caixa 2”, diz o advogado de Rosalba.

Procurado por ISTOÉ, o senador José Agripino não nega que a voz gravada seja dele. No entanto, o presidente do DEM afirma que as conversas não provam crime eleitoral. “O único registro de conversas do senador José Agripino refere-se à concessão de doação legal do partido para a campanha de dois deputados estaduais do RN”, argumenta.

No Rio Grande do Norte, José Agripino é admirado e temido por seu talento em captar recursos eleitorais. Até mesmo os adversários pensam duas vezes antes de enfrentar o senador com palavras. Mas o poderio econômico do presidente do DEM também está na mira das investigações sobre o abastecimento das campanhas do partido. A ­Polícia Federal apura denúncia de favorecimento ao governo em contratos milionários com a Empresa Industrial Técnica (EIT), firma da qual José Agripino foi sócio cotista até agosto de 2008.

Nas eleições de 2010, o senador recebeu R$ 550 mil de doação da empreiteira. Empresa privada, a EIT é o terceiro maior destino de recursos do Estado nas mãos de Rosalba. Perde apenas para a folha de pagamento e para crédito consignado. Só este ano foram R$ 153,7 milhões em empenhos do governo, das secretarias de Infraestrutura, Estradas e Rodagem e Meio Ambiente. Na crise de pagamento de fornecedores do governo Rosalba, que atingiu o salário dos servidores e os gastos com a Saúde, a população foi às ruas questionar o porquê de o governo afirmar que não tinha dinheiro para as despesas básicas, mas gastava milhões nas obras do Contorno de Mossoró, empreendimento tocado pela EIT.

De acordo com a investigação do MPF, recursos do governo do Estado saíam dos cofres públicos para empresas que financiam campanhas do DEM por meio de um esquema de concessão de incentivos fiscais e sonegação de tributo, que contava com empresas de fachada e firmas em nome de laranjas. O esquema de caixa 2 tem, segundo o MP, seu “homem da mala”. O autor do drible ao fisco é o empresário Edvaldo Fagundes, que a partir do pequeno estabelecimento “Sucata do Edvaldo” construiu, em duas décadas, patrimônio bilionário. No rastreamento financeiro da Receita Federal, a PF identificou fraude de sonegação estimada em R$ 430 milhões.

O empresário é acusado de não pagar tributos, mas investe pesado na campanha do partido. Nas eleições de 2012, Edvaldo Fagundes não só vestiu a camisa do partido como pintou um de seus helicópteros com o número da sigla. A aeronave ficou à disposição da candidata Cláudia Regina (DEM), pupila do senador José Agripino.

Empresas de Edvaldo, que a Polícia Federal descobriu serem de fachada, doaram oficialmente mais de R$ 400 mil à campanha da candidata do DEM. Mas investigação do Ministério Público apontou que pelo menos outros R$ 2 milhões deixaram as contas de Edvaldo rumo ao comitê financeiro da legenda por meio de caixa 2.

Veja matéria completa clicando AQUI.

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terça-feira - 10/12/2013 - 19:29h
Nota à Imprensa

Senador José Agripino diz que DEM dará defesa à Rosalba

Num texto curto e burocrático, o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino, emite “Nota à Imprensa” sobre posição do partido quanto ao afastamento da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) do Governo do Estado do RN.

Diz que confia na honra da governadora afastada e lhe dará meios à defesa.

Veja abaixo:

NOTA À IMPRENSA

Decisões judiciais tomadas devem ser cumpridas. Mas elas não são infalíveis.

Existem instâncias e recursos.

O Democratas, no que possa, não faltará a governadora Rosalba Ciarlini em cuja probidade sempre confiou.

Senador José Agripino – Presidente Nacional do Democratas

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segunda-feira - 09/12/2013 - 20:50h
Fim da linha

Agripino descarta candidatura de Rosalba à reeleição

Por Dinarte Assunção (Portal No Ar)

Líder do Democratas, o senador José Agripino, que já vinha comunicando a interlocutores próximos a inviabilidade da governadora Rosalba Ciarlini tentar a reeleição, externou de público esse posicionamento.

A Ilimar Franco, colunista político do jornal O Globo, Agripino Maia declarou que o projeto do DEM nas eleições de 2014 é o Estado da Bahia. Mais: o líder do Democratas tratou o assunto a partir da viabilidade eleitoral: “O projeto mais importante e viável de poder do DEM é a Bahia”. O candidato será o ex-governador Paulo Souto.

Na sexta-feira (6), a reportagem do portalnoar.com revelou em primeira mão que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverá, nesta terça-feira (10), sentenciar a inelegibilidade da governadora Rosalba Ciarlini, pelo uso inadequado do avião do Estado em período eleitoral.

A reveleção, a propósito, serviu para a governadora se movimentar. Conforme apurou a reportagem, ela já ordenou que fosse levantado o número exato de viagens realizadas no período eleitoral do ano passado. A intenção da chefe do Executivo é mostrar que o uso da aeronave foi, antes de tudo, para fins administrativos.

Legenda

Com o julgamento de amanhã sendo desfavorável a Rosalba, Agripino não precisará mais negar legenda à única governadora que seu partido tem hoje. Ele ventilou essa possibilidade para viabilizar uma aliança com o PMDB e assim facilitar a reeleição do deputado federal Felipe Maia, seu filho.

Com a impossibilidade de Rosalba se candidatar à reeleição, se confirmada amanhã sua inelegibilidade, Agripino estará, de algum modo, atendendo à convocação feita por Garibaldi, que, também ao portalnoar.com, disse que a aliança com o DEM só seria possível se o líder do DEM rompesse com a governadora.

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quinta-feira - 21/11/2013 - 14:10h
Política

Agripino grava para programa nacional do DEM

Gravação ocorreu à manhã de hoje

O senador José Agripino reservou parte da manhã desta quinta-feira (21) para uma missão especial.

Durante quase uma hora, o parlamentar gravou o programa partidário do Democratas, que será transmitido em rede nacional de rádio e TV no dia 12 de dezembro às 20h e 20h30, respectivamente.

A gravação ocorreu no estúdio Movie Center, em Brasília, sob os cuidados do marqueteiro baiano José Fernandes, que atuou na reeleição do senador em 2010.

Jovens

O programa abordará temas como agronegócio, economia e geração de emprego. Além disso, um dos destaques do programa é a luta do partido pela juventude do Brasil.

Nas gravações, Agripino conversa diretamente com os jovens e ouve suas principais angústias, especialmente sobre o futuro profissional.

O senador ressalta a importância de se gerar empregos, pensando na juventude.

 

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segunda-feira - 18/11/2013 - 14:40h
Dois DEM

Relações entre Agripino e Carlos-Rosalba são delicadas

As relações entre o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino, com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), estão muito deterioradas.

O mesmo fosso existe entre ele e o chefe do Gabinete Civil do Estado, Carlos Augusto Rosado (DEM), marido da governadora.

Em conversa com prefeitos e outras lideranças municipais do DEM que o procuram, em Brasília, Agripino tem repetido a mesma ladainha:

– Eles não me ouvem, não me procuram. Quando aparecem aqui (Brasília), não costumam aparecer aqui – repete.

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quarta-feira - 13/11/2013 - 02:01h
No RN...

Duas metades de um mesmo DEM

Cada dia fica mais nítida a existência de dois DEM no Rio Grande do Norte. Não falam a mesma língua há tempos.

Temos o DEM agripinista, sob a batuta do senador José Agripino, além do DEM “rosalbista”, personificado pela governadora Rosalba Ciarlini.

Uma metade quer sobreviver ao desastre do Governo Rosalba; a outra metade, também.

Os dois sofrem atrofia comum.

A meta não é crescer para multiplicar, mas sobreviver para se recompor.

Em 2014, o DEM pode fechar um ciclo ou ganhar sobrevida.

O rosalbismo ainda sonha em fazer acontecer. O agripinismo quer tudo pra “já”.

O DEM que vai sair das urnas jamais será o mesmo.

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segunda-feira - 11/11/2013 - 08:57h
Poder

Luta por mandato de Cláudia divide DEM em Mossoró

Prefeita cassada é "esquecida" por Rosalba e Carlos Augusto; Agripino dá apoio ao lado de Henrique

A luta titânica que se trava nos bastidores da Justiça Eleitoral, para salvação do mandato de Cláudia Regina (DEM), prefeita cassada (oito vezes) e afastada pela segunda vez da Prefeitura de Mossoró, é um drama com vários atos. Mas nem todos enxergam o que está ou não em cena.

Cláudia recebe socorro de Agripino e Henrique para se salvar...

A permanência ou sobrevida para Cláudia é uma prioridade consorciada de dois dos mais influentes políticos do estado: presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB); José Agripino, presidente nacional do DEM.

Através de Cláudia ambos enxergam as eleições de 2014. São aspirações distintas e comuns que vão ainda mais além, afinando essa composição.

O ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), chefe do Gabinete Civil do Estado e do governo de sua mulher, governadora Rosalba Ciarlini (DEM), tem pífio envolvimento na operação para salvar Cláudia. O próprio desgaste do casal nas relações institucionais com o Judiciário não recomenda que se envolvam muito.

Custo

Ambos, na verdade, passaram a sentir claramente que a vitória obtida a duras penas, nas eleições do ano passado, em Mossoró, pode ter custo político insanável. Mais do que nunca, Cláudia é liderada e aliada de Agripino. Dependente, ainda, de Henrique.

A prefeita tem com a governadora e Carlos uma comunhão por conveniência e não uma relação de reverência, própria dos súditos. Quando se esforçaram para não vê-la candidata, os dois sabiam que na prefeitura, Cláudia não seria marionete.

A prefeita eleita e cassada fez-se por seu esforço e apostou numa série de circunstâncias, para se tornar candidata contra a vontade de Carlos e Rosalba. Como a postulação ficou irreversível, tiveram de engoli-la e bancá-la. Eleita, é a prefeita do DEM de Agripino e do PMDB de Henrique. O DEM de Rosalba e Carlos é tratado como bom aliado.

O desgaste na convivência de Agripino e Henrique com Carlos-Rosalba, aliado à necessidade de forte apadrinhamento de Cláudia para sonhar com manutenção de mandato, rachou o governismo em Mossoró. Alguma dúvida?

Vamos a outros fatos.

A então prefeita Fafá Rosado, que através do seu esquema terminou apoiando Cláudia, mudou do DEM e da liderança de Carlos e Rosalba à sombra de Henrique e cores do PMDB. É uma ex-rosalbista.

Improbidade

José Agripino não prioriza projeto de reeleição de Rosalba nem tem sua candidatura como certa, sob endosso do DEM. Para reforçar mal-estar, o DEM tenta tomar mandato do deputado federal e cunhado da governadora, Betinho Rosado, que saltou no PP, sem ser liberado pelo partido.

Na ânsia de salvar mandato de Cláudia, a defesa judicial da prefeita despejou sobre Rosalba uma série de responsabilidades, por supostos atos de improbidade administrativa. Podem torná-la até inelegível para a disputa de reeleição no próximo ano.

... Enquanto Carlos e Rosalba tentam evitar divisão do poder (Fotos do Blog de Daltro Emerenciano)

É significativo não se descuidar de uma hipótese que pode se confirmar: Cláudia afastada de vez, numa eleição municipal suplementar quem seria o candidato de Cláudia-Agripino-Henrique? Seria o mesmo de Rosalba e Carlos?

A prefeita cassada e afastada sabe que se houver outro pleito, precisará ter um nome “seu” à prefeitura, caso contrário será devolvida ao passado por Carlos e Rosalba, apenas como caudatária da vontade de ambos.

O todo-poderoso Carlos sabe que nova eleição é oportunidade de criar um clima de comoção, ambiente em que a veia cênica de Rosalba aflora às alturas, como uma diva de “teatro do chororô”. Aí, o nome à sucessão, finalmente terá que ser um de sua plena confiança e dependência. Um embate interno inevitável se avizinha.

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domingo - 10/11/2013 - 15:15h
São Paulo

Agripino faz campanha eleitoral para prefeitura

O senador e presidente nacional do DEM, José Agripino, cumpre agenda eleitoral muito distante do seu estado de origem. Ele está em Santana de Parnaíba – Grande São Paulo.

Agripino defende candidatura a prefeito do ex-prefeito Silvio Peccioli (DEM), em eleição suplementar marcada para o dia 1º de dezembro deste ano. Peccioli foi o segundo colocado no pleito de 2012.

O então prefeito Marmo Cezar (PSDB), o mais votado com 28.697 votos, teve seu registro de candidatura indeferido pela Lei da Ficha Limpa. Sua votação representou 51,62% dos votos válidos.

A propaganda eleitoral começou no dia 2 de novembro e no dia 14 começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Agripino será um dos destaques da divulgação.

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terça-feira - 05/11/2013 - 11:55h
Bastidores de julgamento

Cláudia Regina não está só

Do Novo Jornal (com comentários de Laurita Arruda, Blog Território Livre)

As várias ações julgando a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), e seu vice-prefeito Wellington Filho (PMDB), suscitaram reações em aliados de peso. O senador José Agripino, correligionário da prefeita e o ministro da Previdência Social, do vice, acompanharam a campanha eleitoral dos dois em 2012 e disseram que não foi visto nada que os incriminem.

Agripino escuda Cláudia Regina em momento difícil

“Me causou perplexidade”, disse José Agripino sobre as decisões em primeiro grau da Justiça em Mossoró. A perplexidade do senador é que para um mesmo conteúdo, a Justiça tem condenado e absolvido a prefeita Cláudia Regina. São demandas jurídicas que interpretam para o mesmo conteúdo, posições diferentes.

José Agripino disse que participou da campanha de Cláudia Regina da convenção à eleição. “Foi uma campanha franciscana movida pela participação popular”, enfatizou o senador.

Do primeiro ao último comício a prefeita de Mossoró, o senador disse que esteve presente e viu o engajamento do jovem ao idoso na campanha e a razão maior de sua vitória foi o desempenho da própria candidata que produziu o entusiasmo crescente do meio para o fim. Apesar de as pesquisas indicarem o contrário.

“O encerramento foi a coisa mais monumental eu vi em Mossoró. Era uma vitória que se enxergava no entusiasmo das ruas”, afirmou José Agripino. De acordo com ele, Cláudia Regina é uma prefeita extremamente bem avaliada na capital do Oeste e sua presença na prefeitura tem o significado da prática de uma gestão moderna, eficiente, ética.

TL COMENTA: Ao longo dos últimos onze meses, a prefeita Cláudia Regina vem sofrendo não só com os julgamentos e o tira e põe permitidos pela Legislação eleitoral de difícil compreensão. Quinta-feira o dia D no TRE.

A guerra fria – ou nem tanto assim – transborda nas páginas virtuais e/ou imprensas. Hoje a declaração do presidente do DEM, senador José Agripino,  mostrou que Cláudia não está sozinha. Que o palanque  vitorioso nas eleições de Mossoró não praticou compra de voto ou conduta vedada pelo Ordenamento Jurídico.

Deixou claro, enfim, que Cláudia não estava só lá quando ganhou, nem agora, no momento delicado da eleição posta no tapetão. Postura importante quando para o grande público – e Judiciário – o Democratas parecia fragilizado pelo desgaste político e administrativo do Governo Rosa.

No país de Mossoró, a história é outra. Até porque, ou principalmente, a aprovação da  Democrata é de fazer inveja  aos prefeitos eleitos em 2012.

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