sexta-feira - 18/08/2017 - 22:24h
Mossoró

Previ admite investimento milionário, misterioso e de alto risco

Elviro (à esquerda) em entrevista hoje (Foto: cedida)

Por Saulo Vale (Jornal da Tarde, Rádio Rural de Mossoró)

O presidente do Instituto Municipal da Previdência Social dos Servidores de Mossoró (Previ-Mossoró), Elviro Rebouças, foi entrevistado desta sexta-feira, 18, pelos jornalistas Esdras Marchezan e Saulo Vale, durante o Jornal da Tarde, programa transmitido pela Rádio Rural de Mossoró.

Em sua entrevista, Elviro revelou que o Ministério Público do RN (MPRN) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) estão de posse de documentos para apuração de possíveis irregularidades ocorridas na autarquia, durante a gestão passada.

Uma das revelações do presidente da Previ foi que cerca de R$ 7 milhões foram transferidos do Previ, no dia 29 de dezembro de 2016 (dias antes da posse da prefeita Rosalba Ciarlini-PP), para aplicação num fundo de investimento duvidoso.

Risco

“Este fundo só tem dois clientes, o Previ e outro, sendo que 70% do seu capital é o dinheiro da Previ”, explicou.

O negócio feito pelos antigos diretores do Previ, na gestão municipal Francisco José Júnior (PSD), impede também que o instituto promova qualquer movimentação desse dinheiro por um prazo de 10 anos.

Economista, Elviro explicou que investimentos neste tipo de fundo são de alto risco e podem gerar muito prejuízo.

O presidente que antecedeu Elviro foi o atual diretor da 1ª Circunscrição do Trânsito de Mossoró (CIRETRAN), advogado Abraão Dutra Dantas.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública
quinta-feira - 17/08/2017 - 17:05h
Macau

MP pede bloqueio de contas para pagamento de folha

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Macau, ajuizou Ação Civil Pública com pedido de liminar para que o Judiciário determine o bloqueio do repasse dos royalties para pagamento dos servidores ativos e inativos da Prefeitura de Macau, que estão com os salários de novembro e dezembro de 2016 sem pagamento.

No último mês de março, foi realizado acordo extrajudicial entre o Sindicato dos servidores com a Prefeitura de Macau. No entanto, esse acordo não foi cumprido, motivando o ajuizamento da ação na Vara Cível da Comarca de Macau, na tentativa de solucionar o problema.

Macau é a terceira cidade do Rio Grande do Norte entre as que mais recebem royalties, tendo recebido até o mês de julho deste ano de 2017 o valor de R$ 6.951.683.57.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Ex-presidente de câmara deve devolver dinheiro

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) expediu recomendação para que a Prefeitura de Baraúna e a Procuradoria-Geral do município promovam a execução judicial da condenação de ressarcimento de R$ 72.724,39 ao erário, além de multa de R$ 9.200, expedida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) ao ex-presidente da Câmara Municipal, Marconi Giovani Rosado de Almeida.

O ex-gestor foi condenado pelo TCE pelo atraso nas prestações de contas e no envio do relatório de gestão fiscal do 1º bimestre de 2010. O acórdão referente a esse processo transitou em julgado em outubro de 2016. A recomendação do MPRN reforça que é da Procuradoria do Município de Baraúna a atribuição de buscar o ressarcimento do débito, promovendo a ação cabível.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
  • Repet
quarta-feira - 16/08/2017 - 12:20h
MPRN

Corrupção envolvendo Robinson Faria já tinha sido delatada

A primeira denúncia decorrente da “Operação Dama de Espadas”, formalizada pelo Ministério Público do RN (MPRN) no último dia 18 de abril, envolve diretamente 24 pessoas. Entre os denunciados, não aparece uma figura exponencial: o governador Robinson Faria (PSD).

Detentor da prerrogativa de “foro privilegiado”, Robinson não poderia ser denunciado pelo MPRN. Mas seus problemas com a justiça foram apenas adiados. A Operação Anteros (veja AQUI), que emergiu ontem em Natal, por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Raul Araújo Filho, o coloca no epicentro dos acontecimentos e da roubalheira no erário.

Gutson também cita o então presidente Robinson Faria em depoimento prestado a promotores

Segundo levantamento preliminar dos promotores estaduais, o desvios na AL chegariam a R$ 9.338.872,32 (nove milhões,trezentos e trinta e oito mil, oitocentos e setenta e dois reais e trinta e dois centavos) em números atualizados, entre 2006 e 2011.

O delator Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, filho da ex-procuradora da Assembleia Legislativa Rita das Mercês Reinaldo, chegou a narrar literalmente como recebia dinheiro de forma irregular, repassava para ela, que entregava ao próprio Robinson Faria (tratado pelo delator como “Robson”).

Veja detalhes sobre primeira denúncia da Operação Dama de Espadas e seus bastidores

– AQUI – ”Dama de Espadas” é a “Operação Lava Jato” do RN;

– AQUI – “Dama de Espadas” envolve, inicialmente, 24 pessoas;

– AQUI – “Dama de Espadas” desviou milhões para luxo e uso político;

AQUI – Depoimentos envolvem gente graúda na “Dama de Espadas”;

– AQUI – Veja íntegra da denúncia do Ministério Público do RN.

À época, Robinson era o todo-poderoso presidente da Assembleia Legislativa do RN. Eleito vice-governador em 2010 e governador em 2014, teria continuado exercendo forte influência na Casa.

Com a Operação Anteros, os desdobramentos da Dama de Espadas desembarcam de vez no colo do atual governador do Rio Grande do Norte. O próprio MPRN tem farto material que aponta esse sincronismo entre ele e outros membros da quadrilha.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
segunda-feira - 14/08/2017 - 17:34h
Parnamirim

Prefeitura recebe recursos de saúde por serviços que não executa

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) expediu recomendação à Prefeitura de Parnamirim para que sejam remanejados os recursos previstos para execução de leitos de internação pediátricos para outro município do Estado que tenha capacidade de realizá-los. Ao mesmo tempo, caso o Executivo entenda ser pertinente manter os leitos de internação pediátricos no município, o MPRN orienta que sejam tomadas as providências necessárias para que sejam abertos no Hospital Sadi Mendes/Maternidade Divino Amor.

Atualmente, Parnamirim não possui em seu território esse tipo de leito e está recebendo recursos no bloco Média e Alta Complexidade (MAC) por serviços que não executa.

A recomendação é resultado de inquérito civil instaurado pela 4ª Promotoria de Justiça de Parnamirim, que apura o atendimento em pediatria no Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena. A investigação teve início após ter sido veiculada na imprensa a informação de que as crianças de Parnamirim poderiam ficar sem atendimento pediátrico, em virtude de fechamento da pediatria do hospital.

Desde o dia 29 de novembro de 2013, o Hospital Regional deixou de oferecer atendimento médico em pediatria.

Na época, todos os profissionais pediatras foram removidos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) para atender alta complexidade nos hospitais Santa Catarina, Maria Alice Fernandes e Walfredo Gurgel (Clóvis Sarinho), em Natal.

Veja matéria completa clicando AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Saúde
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 04/08/2017 - 12:32h
Roberto Germano

Ex-prefeito teve pedido de prisão negado pela justiça

Germano: por pouco (Foto: Blog Cardoso Silva)

O Ministério Público do RN (MPRN) chegou a pedir a prisão provisória do ex-prefeito caicoense Roberto Germano (PMDB), no bojo da “Operação Blackout”, operacionalizada à manhã de hoje (sexta-feira, 4).

Mas a justiça negou.

A Blackout é uma derivação da Operação Cidade Luz que eclodiu em Natal à semana passada.

Houve busca e apreensão, mesmo assim, no endereço residencial do ex-governante que não conseguiu se reeleger no pleito do ano passado.

No último dia 18, Germano passou por cirurgia cardíaca (veja AQUI), estando num pós-operatório delicado que pesou na postura judicial de negativa à sua prisão.

Leia também: MP cumpre 12 mandados de busca e apreensão e 6 prisões AQUI.

Leia também: Juiz afasta presidente de câmara e emite 15 mandados de prisão AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
sexta-feira - 04/08/2017 - 07:42h
Caicó

MP cumpre 12 mandados de busca e apreensão e 6 prisões

Do MPRN e Blog Carlos Santos

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou na manhã desta sexta-feira (4) a “Operação Blackout”.  Investiga contrato de iluminação pública da Prefeitura de Caicó, no valor de R$ 1.138.970,00.

A operação conta com a participação de 16 promotores de Justiça, além do apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRN e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), e das Polícias Militares potiguar e pernambucana.

Policiais também cumpriram mandados na sede da prefeitura (Foto: Sidney Silva)

Os elementos levantados na investigação demonstram que a associação criminosa atua de forma serial na prática de crimes como peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude a procedimento licitatório. Ao todo foram 12 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e residências particulares e seis mandados de prisão, expedidos pelo juiz da vara Criminal de Caicó.

Desdobramento da Cidade Luz

Essa ação é um desdobramento da “Operação Cidade Luz” que desabrochou em Natal à semana passada, que resultou no afastamento do presidente da Câmara Municipal da capital, vereador Raniere Barbosa (PDT), centrada na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR).

Pelo que foi apurado pelo MPRN, há indícios de superfaturamento e pagamento de propina a agentes públicos da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Município de Caicó, em contratos firmados para a prestação de serviços de iluminação pública.

Abdon Augusto Jr.: afastado (Foto: Sidney Silva)

O secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos de Caicó, Abdon Augusto Maynard Júnior, cooptado pela associação criminosa antes mesmo de assumir a pasta, foi afastado do cargo por decisão judicial. Também foi afastada do cargo de diretora do departamento de Iluminação Pública de Caicó, Ruth de Araújo Ferreira, nomeada a serviço da associação criminosa para repassar informações privilegiadas.

A operação Blackout é um desmembramento da operação Cidade Luz, deflagrada no dia 24 de julho de 2017, que descortinou esquema criminoso nos contratos de iluminação pública realizados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos do Município de Natal (Semsur), revelando indícios de ilícitos similares também nos contratos de iluminação pública do município de Caicó.

Em Caicó, desde cedo, a operação cumpre mandados em endereços como Prefeitura Municipal e Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos do município. Também chega à casa do ex-prefeito Roberto Germano (PMDB).

Depois traremos mais detalhes.

Leia também: Juiz afasta presidente de câmara e emite 15 mandados de prisão AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
  • San Valle Rodape GIF
terça-feira - 01/08/2017 - 11:22h
Caicó

MP faz recomendação para disciplinar transporte de pacientes

Como forma de garantir a realização do serviço de transporte sanitário e disciplinar o uso dos veículos em Caicó, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 3ª Promotoria de Justiça do município, expediu recomendação à Secretária Municipal de Saúde.

O documento pede que sejam adotadas medidas que disciplinem o transporte sanitário aos cidadãos em tratamento de saúde fora do domicílio, no prazo de 30 dias.

Para que não haja inconsistências, a recomendação também prevê a implantação de um cronograma de agendamento das viagens, sendo imprescindível a realização de requerimento prévio por escrito e em duas vias por parte do interessado, constando descrição clara e precisa da data e horário do procedimento médico-hospitalar, do destino e esclarecendo a necessidade ou não de acompanhante.

Confira aqui a íntegra da recomendação.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

 

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Saúde
quarta-feira - 26/07/2017 - 11:17h
Operação Cidade Luz

Justiça libera mulher implicada em investigação do MP

Presa na última segunda-feira (24) na “Operação Cidade Luz” do Ministério Público do RN (MPRN), Kelly Patricia Montenegro Sampaio Alves saiu hoje (quarta-feira, 26) do Presídio Provisório Feminino do Natal.

O juiz juiz da 7ª vara Criminal de Natal, José Armando Ponte Junior, revogou sua prisão temporária (cinco dias).

Ela exercia cargo de confiança na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR), do Natal, foco das investigações que têm como principal alvo o presidente da Câmara Municipal da capital, Raniere Barbosa (PDT) – afastado do cargo na segunda-feira.

Leia também: Juiz afasta presidente da Câmara e emite 15 mandados de prisão AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
  • Repet
quarta-feira - 26/07/2017 - 08:50h
Operação Cidade Luz

MP recomenda que envolvidos em esquema se apresentem

O Ministério Público do Rio Grande do Norte alerta às pessoas que tenham fornecido suas contas bancárias para empresas ou envolvidos no esquema de superfaturamento e pagamento de propina relativo a contratos firmados no âmbito da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur) desbaratados na operação Cidade Luz para que se antecipem ao desenrolar da investigação e se apresentem ao MPRN para esclarecimentos.

Na Operação Cidade Luz, deflagrada nesta segunda-feira (24) e que investiga o desvio de mais de R$ 22 milhões da Semsur referente a negócios escusos em contratos para prestação de serviços de manutenção de iluminação pública, várias pessoas foram utilizadas para uma suposta lavagem de dinheiro.

“Quem desejar se antecipar e mostrar que agiu de boa fé, que teve uma conta ou algum pagamento de boleto usado sem saber a real dimensão das irregularidades, que se apresente. Vamos aprofundar toda essa situação de lavagem”, adverte o promotor de Justiça com atribuições na Defesa do Patrimônio Público Giovanni Rosado.

Leia também: Juiz afasta presidente de Câmara e emite 15 mandados de prisão AQUI.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política
segunda-feira - 24/07/2017 - 10:40h
Operação Cidade Luz

Juiz afasta presidente de Câmara e emite 15 mandados de prisão

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou na manhã desta segunda-feira (24) a “Operação Cidade Luz”, que investiga o desvio de R$ 22.030.046,06 da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur). Pelo que foi apurado pelo MPRN, há indícios que o montante é decorrente de superfaturamento e pagamento de propina relativos a contratos firmados entre empresas e a Secretaria para a prestação de serviços referentes à manutenção e à decoração do parque de iluminação pública da capital potiguar.

Raniere Barbosa, atual presidente da Câmara do Natal, seria comandante-em-chefe de quadrilha (Foto: arquivo)

O ex-secretário de Serviços Urbanos de Natal, Ranieri Barbosa (PDT), foi afastado do cargo de presidente da Câmara Municipal de Natal, que ocupa atualmente. Ele está proibido de ir à Câmara Municipal, à Semsur e à Controladoria do Município.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz da 7ª vara Criminal de Natal, José Armando Ponte Junior, e foram cumpridos com apoio da Polícia Militar nas cidades de Natal e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e também em Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e ainda em Fernando de Noronha, em Pernambuco.

Os gabinetes de Ranieri Barbosa e da Presidência da Câmara Municipal de Natal também foram alvos dos mandados.

Prisões decretadas

Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão. Foram presos temporariamente por 5 dias, que podem ser prorrogados por igual período: Adelson Gustavo Coelho Ponciano, Alberto Cardoso Correia do Rego Filho, Antônio Felipe Pinheiro de Oliveira, Antônio Fernandes de Carvalho Junior, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, Epaminondas da Fonseca Ramos Junior, Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo, Jorge Cavalcanti Mendonça e Silva, Kelly Patricia Montenegro Sampaio Alves, Mauricio Custódio Guarabyra, Mauricio Ricardo de Moraes Guerra, Sergio Pignataro Emerenciano e Valério Max de Freitas Melo. Além deles, foram presos preventivamente Allan Emmanuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro.

A Cidade Luz conta com o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e ainda do Ministério Público, da Polícia Militar e da Polícia Civil de Pernambuco.

Dados da Controladoria Geral do Município de Natal demonstram que entre os anos de 2013 e 2017, as empresas Alclog, Ancar, Enertec, FGTech, Geosistemas, Lançar, Real Energy e Servlight, todas sediadas em Pernambuco, foram beneficiárias de pagamentos no montante de R$ 73.433.486,86 de contratos com a Semsur. O MPRN estima superfaturamento médio de 30% no valor dos contratos celebrados.

A investigação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Natal, que contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN, desvendou que os empresários Alberto Cardoso Correia do Rêgo Filho, Allan Emmanuel Ferreira da Rocha, Epaminondas da Fonseca Ramos Júnior, Felipe Gonçalves de Castro, Jorge Cavalcanti Mendonça e Silva, Maurício Custódio Guarabyra e Maurício Ricardo de Moraes Guerra, associados em organização criminosa e fazendo uso das empresas deles, monopolizam os contratos de serviços de iluminação pública da Semsur pelo menos desde o ano de 2013 até os dias atuais mediante controle de mercado, corrupção de agentes públicos, peculato, lavagem de capitais e fraudes nas licitações e contratações diretas. Para o MP, eles integram o “núcleo empresarial” da organização.

Consórcios criminosos

A apuração constatou que, além dessas empresas, os investigados também utilizam outras firmas na consecução das atividades da organização criminosa, seja mediante a formação de consórcios, através de empresas por eles próprios controladas, ou ainda utilizando-se de firmas que participam das licitações e processos de contratação direta apenas para simular a ocorrência de disputa. Algumas dessas empresas eventualmente são subcontratadas para prestar os serviços licitados e vencidos pelo cartel.

Os investigadores descobriram também que a organização criminosa é integrada por um “núcleo de lavagem de capitais”. Os integrantes desse núcleo são os responsáveis pelo pagamento de propina a agentes públicos, seja em espécie ou através da aquisição de veículos.

Os agentes públicos integram o “núcleo administrativo”, sendo recrutados para viabilizar contratações e pagamentos em favor do esquema criminoso. O MPRN encontrou provas de que, ao assumirem o comando da Semsur em janeiro de 2013, o ex-secretário Ranieri Barbosa, o secretário-adjunto, Sérgio Emerenciano, e o diretor do Departamento de Iluminação Pública, Antônio Fernandes, foram cooptados para o núcleo administrativo da organização criminosa.

Eles passaram a atuar para assegurar a presença do cartel no domínio dos contratos de serviços de iluminação pública da Secretaria.

Outras evidências apontam que, mesmo após ter deixado a titularidade da Semsur em abril de 2015 para reassumir o mandato de vereador e a liderança do prefeito na Câmara Municipal, Ranieri Barbosa manteve o absoluto controle político-administrativo da Secretaria. Segundo o apurado na investigação, o presidente da Câmara Municipal manteve a equipe dele no comando da pasta, formada por pessoas da sua estrita confiança, permanecendo assim com ascendência direta sobre a Secretaria de Serviços Urbanos.

Ele continuou interferindo nas nomeações e exonerações, vetando inclusive a emissão de pareceres pela assessoria jurídica da pasta.

Radiografia da Operação Cidade Luz

Clique aqui e veja a composição da organização criminosa;

Clique aqui e veja a estimativa de dano ao erário;

Clique aqui e veja a decisão judicial.

Outros agentes públicos, que desempenharam ou ainda desempenham funções na Semsur, também foram incorporados ao núcleo administrativo da organização criminosa, principalmente José Erasmo dos Santos Júnior, Kelly Patrícia Montenegro Sampaio Alves, Romário Luan Araújo de Lima, Valério Max de Freitas Melo e Walney Mendes Accioly. Walney, mesmo sem ostentar nos 5 últimos anos vínculo formal com o órgão, elaborava documentos internos da Secretaria.

A investigação do MPRN demonstrou, ainda, que, mantendo a estratégia de cooptação do comando da Semsur para núcleo administrativo, a organização criminosa, antes mesmo da confirmação da mudança do titular da pasta, já tinha iniciado, desde dezembro de 2016, o recrutamento do ex-secretário Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo.

Ao assumir o cargo no início de 2017, Jerônimo Melo colocou a serviço do grupo criminoso o próprio filho, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, e o chefe de Gabinete Airton Soares Costa Neto. Jerônimo e Airton já deixaram os cargos que ocupavam na Secretaria de Serviços Urbanos.

A investigação realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte teve início em 11 de março de 2015, data em que foi instaurado um inquérito civil. Pelo apurado, as condutas dos participantes do esquema criminoso caracterizam crimes como peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, pertinência a organização criminosa, lavagem de dinheiro, dispensa indevida de licitação, fraude aos procedimentos licitatórios e formação de cartel.

Os elementos levantados na investigação igualmente demonstram que a organização criminosa comete delitos de forma serial, atuando em diversos municípios do Rio Grande do Norte, inclusive havendo indícios de pagamento de propina a outros agentes públicos de algumas dessas cidades.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 21/07/2017 - 15:42h
Ao trabalho

MP cria o “Gaeco da Região Oeste” para ampliar atuação

Leite: avanço para interior (Foto: PGJ)

Com o objetivo de capilarizar a atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) criou o Gaeco da Região Oeste. A unidade, instituída em resolução assinada pelo procurador-geral de Justiça, Eudo Leite, e publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (20), terá sede em Mossoró.

O promotor de Justiça Fábio Melo será o coordenador do Gaeco do Oeste. Ele anteriormente tinha a atribuição de coordenar o Grupo de Atuação Regional de Defesa do Patrimônio Público (Garpp), com sede também em Mossoró, que foi extinto.

“O Gaeco tem essa feição de incrementar o trabalho desenvolvido pelo extinto Garpp, que se centrava exclusivamente na defesa do patrimônio público. Vamos continuar as investigações nessa área, mas também ampliando a atuação para o combate à criminalidade”, destacou Fábio Melo.

Área de atuação

A atuação do Gaeco do Oeste compreenderá a área territorial das Promotorias de Justiça de Mossoró, Apodi, Caraúbas, Janduís, Campo Grande, Upanema, Assu, Ipanguaçu, Governador Dix-Sept Rosado, Areia Branca, Baraúnas, Pau dos Ferros, São Miguel, Luís Gomes, Marcelino Vieira, Alexandria, Portalegre, Martins, Umarizal, Almino Afonso e Patu.

Clique aqui e veja a resolução.

Nota do Blog – Se esse braço oestano do Gaeco quiser produzir, precisará montar imediatamente uma força-tarefa. Trabalho não falta. Em especial na terra sem lei que é Mossoró.

Matéria-prima borbulha na superfície e o forte odor cada dia fica mais asfixiante.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
quinta-feira - 20/07/2017 - 16:56h
Saúde e poder

Interesse político asfixia Hospital Regional do Apodi há tempos

O Relatório 661/2012 do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em que se baseia o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) 138, que dispõe sobre fechamento/readequação de sete hospitais regionais do Rio Grande do Norte, tecnicamente não aponta para o fechamento do Hospital Regional Hélio Morais Marinho (HRHMM). Mas na prática o governo estadual o incluiu na lista e trabalha há meses para fechá-lo.

O HRHMM, que no dia passado foi “defendido” vivamente pela população do Apodi em manifestação ruidosa e numerosa (veja AQUI), existe há 30 anos. Serve aos municípios de Apodi, Felipe Guerra, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, Itaú e algumas cidades do Ceará.

Sua demanda diária oscila entre 150 e 180 atendimentos. Cerca de 6% desse contingente humano é derivado de outros municípios. Possui 51 leitos que podem ficar em boa parte ociosos.

Movimento popular teve maciça participação popular e deu demonstração de força e revolta da população (Foto: PMA)

Os principais procedimentos oferecidos pelo hospital são os atendimentos aos casos de urgência e emergência, clínica cirúrgica, ambulatório, raios X, entre outros.

Nos últimos quatro meses, o Governo Robinson Faria (PSD) retirou quatro médicos de sua escala de trabalho, os transferindo para Natal e Mossoró. De um total de 17 médicos que chegou a ter, hoje só possui oito. Os insumos básicos também não chegam à medida da demanda.

Matar por “asfixia mecânica” o HRHMM é o que na prática já começou como ocorreu com o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia em Mossoró. Encerrou suas atividades em setembro do ano passado, apesar do governador reiterar – durante meses – que não o faria. Se não quer fechar ou empurrar o Hospital Regional do Apodi à municipalização, se eximindo de sua manutenção com caráter regional, por que o desmanche continuado?

ACOMPANHE O CASO

Leia também: Termo de Ajustamento vai levar governo a fechar sete hospitais AQUI;

Leia também: Enxugamento de hospitais regionais é medida corajosa e difícil AQUI;

Leia também: TAC é claro ao definir redução em número de hospitais AQUI;

Leia também: “Meu governo não fechará hospitais”, diz governador AQUI;

Leia também: Governo se esforça para convencer que fala a verdade AQUI.

A conversão do Hospital Regional do Apodi numa Unidade Básica de Saúde (UBS), por exemplo, pode ter como uma de suas mais graves consequências a sobrecarga (mais ainda) do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró. Para onde afluiria boa parte dos atendimentos do HRHMM? Claro que para o HRTM.

O estranho nesse enredo, é que o Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros (HRMAB), em São José do Mipibu – na Grande Natal, é que constava no relatório do TCE, como recomendação para ser extinto ou convertido noutro equipamento de saúde básica. Mas quem acabou içado a essa condição foi o do Apodi.

Talvez o fato de São José do Mipibu ser a principal base eleitoral do vice-governador Fábio Dantas (PCdoB) e de sua mulher e deputada estadual Cristiane Dantas (PCdoB), explique essa substituição. Sem peso político direto, sem ninguém com musculatura para escudá-la nas entranhas do governo, Apodi seria presa fácil à operação governamental.

Em tese, sim.

Mas a demonstração de força popular com gente de todos os matizes sociais e partidários ecoou forte no dia passado em Apodi, não obstante o escasso reforço dos deputados estaduais Manoel Cunha Neto (PHS), o “Souza”, e Getúlio Rêgo (DEM), que o prestigiaram.

O governo precisará ser muito cínico e extremamente covarde, para empurrar uma população regional em torno de 70 mil pessoas para o deus-dará da saúde pública, ao mesmo tempo em que promete publicamente o contrário. Com o Hospital da Mulher foi assim. Vai repetir?

Medo

O TAC 138 é uma recomendação assinada pelo governo estadual, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do RN (MPRN), a partir de estudo iniciado no Governo Rosalba Ciarlini (PP), que teve medo de levá-lo a termo. Contudo não tem poder de lei, não é impositivo e irrevogável.

Está contaminado pelo conceito de “estado mínimo”, mas é sobretudo um documento frio, calculista e impiedoso por olhar a saúde pelo o que lhe parece mais fácil: números. Ele carece sobretudo de humanidade.

A propósito, nenhum dos seus autores costuma usar a saúde pública. Não precisam.

CLIQUE AQUI e confira a íntegra do Termo de Ajustamento de Conduta.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Política
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
quarta-feira - 19/07/2017 - 15:18h
Apodi se levanta

Cidade faz protesto com multidão nas ruas em favor de hospital

Termo de Ajustamento de Conduta que aponta fechamento de equipamento de saúde revolta população

Apodi, na região Oeste do Rio Grande do Norte, vestiu-se de preto e foi em grande número às ruas à manhã de hoje (quarta-feira, 19). Foi à pé, a cavalo, de carro, carroça, bicicleta, moto etc. A movimentação cumpriu trajeto entre o Hospital Regional Hélio Morais Marinho e o centro da cidade.

Multidão fez protesto e cobrou manutenção de hospital e seus serviços para a região do Apodi (Fotos: Blog Carlos Santos)

A mobilização foi contra a intenção do governo estadual de fechar o hospital, passando sua estrutura ao município para adequação como Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

A mobilização foi convocada pelo prefeito Alan Silveira (PMDB), mas se transformou num protesto interpartidário e suprapartidário, envolvendo os mais diversos segmentos do município e da região, inclusive aliados do governador Robinson Faria (PSD), alvo preferencial dos manifestantes. “Fora, Robinson”, chegavam a exprimir algumas faixas.

Cobrança de apoio

Com ponto facultativo decretado pelo prefeito, donas-de-casa, estudantes, profissionais liberais, servidores públicos, maçons, políticos, comerciantes, sindicalistas, professores, agricultores etc. saíram da Rua Projetada (endereço do hospital), cruzando a BR-405 até o centro, onde foi encerrada a movimentação.

Entre os participantes, apenas o deputado estadual Manoel Cunha Neto (PHS), “Souza”, e o prefeito de Itaú Ciro Bezerra (DEM), reforçaram a iniciativa como políticos fora do universo local. O também deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM) chegou já ao término.

Em cartazes, carros-de-som, camisetas, balões pretos e faixas, a população e segmentos organizados (como sindicatos de servidores da saúde) satanizavam o governador Robinson Faria e escudaram o hospital que tem 30 anos de existência.

População abraçou a causa e revelou conscientização do valor social do hospital (Foto: Sindsaúde)

Também empunhavam cartazes com fotos dos deputados estaduais, federais e senadores, cobrando-lhes apoio à causa.

Segundo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que o estado assinou com Ministério Público do RN (MPRN) e Ministério Público do Trabalho (MPT), o HRHMM e outros seis devem deixar esse status e modalidade de funcionamento, como forma de contenção de despesas.

Leia também: Enxugamento de hospitais regionais é medida corajosa e difícil AQUI;

Leia também: TAC é claro ao definir redução em número de hospitais AQUI;

Leia também: “Meu governo não fechará hospitais”, diz governador AQUI.

Clique aqui e confira a íntegra do Termo de Ajustamento de Conduta.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
quarta-feira - 12/07/2017 - 23:26h
Getúlio Rêgo

TJ rejeita denúncia contra deputado que admitiu ‘fantasma’

Do G1 RN e Blog Carlos Santos

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) rejeitou, por seis votos a três, o recebimento de uma denúncia contra o deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM), suspeito de empregar um servidor fantasma na Assembleia Legislativa. O caso veio à tona em março de 2016. Na ocasião, o deputado confirmou que empregava em seu gabinete um homem que mora em São Paulo.

Rego tem nove mandatos consecutivos (Foto: Eduardo Maia)

Autor da denúncia, o Ministério Público do Estado poderá recorrer da decisão. Caso contrário, o processo será arquivado e o parlamentar não se tornará réu.

A votação pela aceitação ou não da denúncia foi retomada nesta quarta-feira (12), após um pedido de vistas feito pelo desembargador Cornélio Alves. A discussão havia começado no dia 5, quando o relator, desembargador Ibanez Monteiro, votou pelo recebimento. Ele foi acompanhado por Gilson Barbosa.

Depois a semana de vistas, Cornélio Alves votou contrário ao relatório. Após a abertura das divergências, apenas a desembargadora Judite Nunes votou favorável à aceitação.

Além de Cornélio Alves, votaram contra a aceitação os desembargadores Saraiva Sobrinho, Cláudio Santos, Vivaldo Pinheiro, Zeneide Bezerra e Dilermando Motta.

Deputado admitiu irregularidade

O deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM) admitiu em entrevista a irregularidade de um cargo comissionado lotado em seu gabinete. Ele reconheceu que o funcionário Sandoval Martins, que mora em São Paulo, recebia salário de R$ 2,3 mil da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, mas que quem realmente prestava serviço para o parlamentar era o pai do próprio funcionário, um médico ortopedista. “O pai prestava um serviço de alto nível à população, apesar de ser, confessadamente, uma coisa irregular. Nós não podemos esconder eventuais deslizes”, declarou Getúlio à Inter TV Cabugi.

Ainda em 2016, o então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, pediu autorização ao Tribunal de Justiça para investigar o parlamentar. Com a permissão concedida, a denúncia por peculato foi entregue em março deste ano.

Porém, antes mesmo do julgamento, os magistrados precisariam acatá-la ou não. Além de outras sanções, o Ministério Público pedia que o deputado devolvesse R$ 85.692,01ao erário público.

Getúlio está em seu nono mandato consecutivo de deputado estadual, o mais longevo na Assembleia Legislativa. Seu filho, Leonardo Rêgo (DEM), é prefeito pela terceira fez de Pau dos Ferros.

Sua principal base eleitoral é o Alto Oeste, a partir de Pau dos Ferros.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política
  • Repet
quarta-feira - 12/07/2017 - 18:54h
Ricardo Motta

Alegando suspeição, parte do TJ evita julgar deputado

Motta: afastamento (Foto: AL)

Do G1 RN e Blog Carlos Santos

O Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) não apresentou quórum suficiente para votar o afastamento do deputado Ricardo Motta (PSB) da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (12). Dos 15 desembargadores, 7 alegaram suspeição. Para tomar uma decisão, o colegiado precisaria de pelo menos metade dos votos mais um – total de nove.

Ao alegar suspeição, um magistrado se declara impedido de julgar um processo por ter vínculo familiar ou de amizade com uma das partes envolvidas.

Ricardo Motta foi afastado (veja AQUI) no dia 8 de junho do cargo parlamentar na Assembleia Legislativa por decisão do desembargador Glauber Rêgo.

Decisão

O pleno vai convocar um juiz potiguar para compor a votação na próxima sessão colegiada e garantir o quórum mínimo. O sorteio deve ocorrer nesta quinta-feira (12), segundo a assessoria do TJRN. Por enquanto, vale a decisão inicial que mantém Motta fora da Assembleia por seis meses.

Os desembargadores que alegaram suspeição foram: Expedito Ferreira, Amaury Moura, Judite Nunes, Claudio Santos, João Rebouças, Saraiva Sobrinho e Virgílio Macedo.

Operação Candeeiro

Além de afastado do cargo, Motta foi proibido de acessar a sede do Legislativo por 180 dias, bem como manter contato com testemunhas de acusação e com os colaboradores que firmaram acordo com o Ministério Público. O parlamentar também não pode deixar Natal por mais de 15 dias sem avisar à Justiça. Ele continua recebendo salário.

Motta foi denunciado pelo Ministério Público do Estado após a Operação Candeeiro (veja AQUI), que desbaratou uma suposta quadrilha que desviou R$ 19 milhões do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA). Desse total, o deputado teria ficado com a maior parte: R$ 11 milhões.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI e o Instagram clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política
quarta-feira - 12/07/2017 - 17:10h
Definido

TAC é claro ao definir redução no números de hospitais

Como o Governo Robinson Faria (PSD) comunica-se mal. Mais uma vez, ele se enrosca em suas próprias decisões e é obrigado a vir a público tentar se explicar, já tendo perdido a “guerra da comunicação” para ele mesmo.

Robinson: redução, sim (Foto: arquivo)

No último dia 10, o governo comunicou – veja AQUI – que “após auditoria operacional sobre a rede hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) sugeriu a revisão quantitativa e qualitativa da rede de hospitais estaduais, deixando claro em seu relatório final que há a necessidade de transformação de hospitais regionais em unidades de atenção primária.”

Revisão quantitativa significa “redução”, “diminuição”. O governo não vai ampliar ou criar novos hospitais regionais, isso é claríssimo.

Veja íntegra AQUI do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que o estado assinou com Ministério Público do RN (MPRN) e Ministério Público do Trabalho (MPT). Nele não existe faz-de-conta ou acrobacias com palavras e frases

Jogo de palavras

Hoje, diante da repercussão extremamente negativa da notícia, o governador aparece com outra versão para o caso. Garante que “meu governo não fechará hospitais” (veja AQUI).

Puro eufemismo. Não haverá o fechamento hermético, mas o TAC é claríssimo e o próprio governador tergiversa e utiliza de jogo de palavras para atenuar o impacto de uma decisão tomada lá atrás, em 2015, quando passou a trabalhar a redução no número de hospitais regionais – como este Blog publicou em primeira mão (veja AQUI).

Está no TAC

3.3 – Elaborar cronograma de desativação dos hospitais definidos no plano de revisão citado na cláusula anterior, em prazo não superior a 120 (cento e vinte) dias, ou transferência da estrutura física das unidades desativadas para entes municipais;

Outra vez, antes de anunciar uma medida tão delicada, o governo não preparou a opinião pública nem discutiu o caso com a sociedade, para evitar todo esse pandemônio.

A ideia é reduzir drasticamente o número de hospitais regionais, apostando na adequação desses equipamentos para atenção básica em outro formato de nomenclatura e modelo. Paralelamente, o projeto é fortalecer os que “sobrarem”, amplificando seu atendimento.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Política / Saúde
  • Repet
terça-feira - 11/07/2017 - 21:14h
Situação delicada

Enxugamento de hospitais regionais é decisão corajosa e difícil

Pelo menos sete hospitais regionais do Rio Grande do Norte vão perder esse status. Vão mudar de nomenclatura e também de foco, com maior atuação na atenção básica. Mas o enxugamento não para por aí.

Lagreca: desde 2015 havia planos para essa mudança (Foto: Blog Carlos Santos)

Ninguém deve estranhar essa decisão da administração Robinson Faria (PSD), com endosso do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e Governo do Estado (veja AQUI) dão esse encaminhamento que desde 2015 Robinson Faria (PSD) trabalha.

Foi uma ideia que começou a ser planificada pelo então secretário de Estado da Saúde Pública, Ricardo Lagreca, que saiu da pasta antes de conclui-la.

O estado possui 23 hospitais regionais.  No vizinho Ceará, de população e território bem maiores, não existem tantos. A aposta lá é a pulverização de policlínicas regionais, unidades de saúde reduzidas em estrutura, contudo mais dinâmicas.

O outro lado

Na prática, nenhum hospital regional no RN funciona a contento. Falta de tudo, quase tudo. De esparadrapo a médico. Além desses sete, outros tantos vão encolher. É, de fato, um excesso de custo e de ineficiência.

O governador tem coragem de enfrentar uma situação muito delicada, que é tratada em todos os municípios e regiões afetados, prioritariamente sob a ótica político-eleitoral. Nenhum outro enfrentou esse problema de frente, exatamente por temor político-eleitoral.

O outro lado dessa moeda, é o que de fato ocorrerá no “day after” (dia seguinte) à mudança.

O governo tem 60 dias para apresentar um plano de enxugamento dessa estrutura regional, para que alguns sejam transformados em Unidades de Pronto-atendimento (UPA’s), Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) ou outro formato adequado. UPA’s, uma reengenharia mais complexa e alto custo, que se diga.

Remanejamento de pessoal

Mais 120 dias “para fazer o remanejamento de pessoal, equipamentos, insumos e recursos orçamentários dos hospitais desativados de forma a assegurar a composição integral de equipes dos hospitais que permanecerão como referências da rede”, diz o TAC.

Tomando-se Mossoró como exemplo, causa apreensão a ideia de enxugar essa rede com capilaridade em todo o estado, para redução de despesas e maior eficiência. Esse sincronismo – menor gasto e melhoria no atendimento – não é o forte da coisa pública.

Em setembro do ano passado, a gestão Robinson fechou acertadamente as portas do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, que desde seu nascedouro fora um ralo do dinheiro público. Foi inaugurado às pressas no dia 9 de março de 2012 (ano de eleições municipais renhidas) na gestão Rosalba Ciarlini (PP), eivado de denúncias de corrupção. Há casos até de bloqueio de bens de supostos envolvidos (veja AQUI).

Primeiros hospitais regionais que passarão por mudança

Hospital Regional Prof. Dr. Getúlio de Oliveira Sales (Canguaretama); Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira (Caraúbas), Hospital Regional (João Câmara), Hospital Regional Dr. Odilon Guedes (Acari), Hospital Regional (São Paulo do Potengi), Hospital Regional (Angicos) e Hospital Regional (Apodi).

Robinson também reduziu o Hospital da Polícia Militar em Mossoró a atividades ambulatoriais.

Mas paralelamente, a grande economia feita nessa otimização de gastos não se converteu em melhoria instantânea à saúde mossoroense e regional. A ladainha continua, as queixas não param e o governo segue seu contorcionismo para liberação de recursos prometidos.

A história vai se repetir numa escala ainda maior? Pode ser que sim. Esperemos que não.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política / Saúde
segunda-feira - 10/07/2017 - 12:03h
RN

Termo de Ajustamento vai levar governo a fechar sete hospitais

Iniciativa foi proposta para reorganizar rede de saúde e eliminar várias irregularidades encontradas

Redução de hospitais deve concorrer para atenção básica ter melhoria nos municípios (Foto: ilustrativa)

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e Governo do Estado propõe uma avaliação da rede de saúde estadual e implementação de mudanças para que sejam minimizados diversos problemas encontrados nos mais variados procedimentos de investigação em trâmite. A medida segue as orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN).

Após auditoria operacional sobre a rede hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), sugeriu a revisão quantitativa e qualitativa da rede de hospitais estaduais, deixando claro em seu relatório final que há a necessidade de transformação de hospitais regionais em unidades de atenção primária.

Dessa forma, o Governo do Estado tem 60 dias para elaborar um plano de revisão do quantitativo de hospitais da rede, indicando a conversão daqueles que não apresentam condições estruturais de atendimento pleno para Unidades de Pronto-atendimento, Unidade Básica de Saúde (UBS), Sala de Estabilização ou outro formato adequado.

A avaliação deve se iniciar por sete unidades hospitalares que atualmente não apresentam as condições adequadas. São elas: Hospital Regional Prof. Dr. Getúlio de Oliveira Sales (Canguaretama); Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira (Caraúbas), Hospital Regional (João Câmara), Hospital Regional Dr. Odilon Guedes (Acari), Hospital Regional (São Paulo do Potengi), Hospital Regional (Angicos) e Hospital Regional (Apodi).

Com a transformação das unidades de saúde, a Sesap tem até 120 dias para fazer o remanejamento de pessoal, equipamentos, insumos e recursos orçamentários dos hospitais desativados de forma a assegurar a composição integral de equipes dos hospitais que permanecerão como referências da rede.

As mudanças propostas não significam uma medida de desassistência para a população, uma vez que os hospitais a serem transformados em unidade de saúde já não ofereciam condições de atendimento. Com a reestruturação pretende-se otimizar o atendimento e garantir que a rede como um todo efetivamente funcione.

Os representantes do MPRN e MPT destacam no documento que “o Estado demonstrou descumprir, em todos os seus hospitais regionais e unidades de saúde, as normas laborais referentes à proteção da saúde, segurança e higiene dos profissionais que neles laboram, inclusive as determinações contidas na Norma Regulamentadora nº 32 do Ministério do Trabalho e Emprego”

Clique aqui e confira a íntegra do Termo de Ajustamento de Conduta.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
segunda-feira - 10/07/2017 - 11:08h
Em Tangará

MP cobra corte em cargos comissionados e outros custos

A Prefeitura de Tangará tem o prazo de 80 dias para adotar medidas de redução de pelo menos 20% das despesas com pessoal. Para isso, terá que baixar custos com cargos em comissão (comissionados), contratos temporários e funções de confiança. Essas medidas estão previstas em recomendação expedida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da Promotoria de Justiça do município.

Para atender a redução recomendada pelo MPRN, o prefeito Jorge Eduardo de Carvalho Bezerra (PR) deve também extinguir cargos e funções, exonerar servidores não estáveis e os estáveis por ato normativo motivado.

Essas providências estão previstas na Constituição Federal. Caso a recomendação não seja acatada, poderá ser entendida como dolo para fins de responsabilização por crime funcional e pela prática de ato de improbidade administrativa previsto na Lei Federal nº 8.429/92.

Nota do Blog – Se “a moda pega”, hein!? Já imaginou a Prefeitura Municipal de Mossoró?

Leia Também: TCE alerta 75 municípios com gastos acima da lei (AQUI);

Leia também: Prefeitura gasta mais de 60% de receita com folha de pessoal (AQUI);

Leia também: Prefeitura diminui ritmo, mas segue nomeando comissionados (AQUI).

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público
sexta-feira - 07/07/2017 - 14:52h
Baraúna

MP recomenda que prefeita exonere irmã de cargo público

A prefeita de Baraúna, Lúcia Maria Fernandes do Nascimento (PR), “Lúcia de Aldivon”, tem 10 dias para exonerar a irmã dela, Luana Luisa Dantas Fernandes, do cargo de secretária de Assistência Social e Cidadania do município. Isso é o que prevê uma recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte publicada na edição desta sexta-feira (7) do Diário Oficial do Estado (DOE).

Caso o recomendado não seja acatado, o MPRN irá adotar as providências cabíveis, inclusive pela judicialização.

O documento lembra que norteia a administração pública, segundo a Constituição Federal, a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. A recomendação leva em consideração ser permitido ao gestor a nomeação de parentes para ocupar cargo político, mas há a necessidade de o ocupante do cargo deter capacidade técnica para o exercício da função.

Segundo o documento, a irmã da prefeita tem formação em educação física e enfermagem, o que não guarda pertinência temática com o cargo de secretária de Assistência Social e Cidadania, o que apresenta vício de investidura, além de ser proibida por ser dotada de grave vício de finalidade.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
  • San Valle Rodape GIF
quarta-feira - 05/07/2017 - 10:02h
Yuri Tasso

Ex-auxiliar de Rosalba terá de devolver dinheiro à prefeitura

Yuri: ganho irregular (Foto: arquivo)

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) recomendou que o servidor público municipal Yuri Tasso Duarte Queiroz Pinto devolva espontaneamente, em 30 dias, os valores recebidos indevidamente da Prefeitura de Mossoró no período de novembro de 2011 a julho de 2013. Até bem pouco tempo, ele era secretário executivo de Infraestrutura e Projetos na municipalidade, mas posteriormente exonerado devido caso flagrante de nepotismo.

A recomendação é da 11ª Promotoria de Justiça de Mossoró. Segundo o texto do documento, nesse período, o servidor municipal havia sido cedido ao Governo do Estado para exercer cargo em comissão na Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Foi içado ao cargo pela então governadora Rosalba Ciarlini (PP), hoje prefeita mossoroense pela quarta vez.

Apuração

A Promotoria também recomenda que a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, e a procuradora-geral do município, Karina Martha Ferreira de Souza Vasconcelos, tomem todas as providências para fiel cumprimento da Lei Complementar Municipal que rege as cessões de servidores.

O MPRN solicita que a Prefeitura apure em 60 dias, por meio de Procedimento Administrativo próprio, as irregularidades referentes ao pagamento da remuneração ao servidor público Yuri Tasso Duarte Queiroz Pinto e acompanhe a devolução, por ele, dos valores percebidos indevidamente.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
segunda-feira - 26/06/2017 - 16:13h
Ação Civil Pública

Decisão freia cobrança indevida promovida pela Cosern

O juiz de Direito da 3ª Vara Cível de Natal, Cleanto Fortunato da Silva, acatou os pedidos do Ministério Público do RN (MPRN) em Ação Civil Pública contra cobrança indevida por parte da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern).

A cobrança é referente a alíquotas de ICMS retroativas que não foram cobradas na data correta. Com isso, a Cosern, ao perceber que falhou no repasse da cobrança do imposto na data correspondente, resolveu fazer a cobrança de todo o período de uma só vez, o que encareceu a conta de energia dos consumidores.

Para o Ministério Público, o consumidor não deve ser penalizado pela falha da empresa, ainda mais quando há a ameaça de corte imediato do fornecimento de energia para quem não pagar a fatura.

Para o juiz, a atitude da Cosern viola os princípios da transparência e da vulnerabilidade, já que não foi informado aos consumidores, de forma clara e objetiva, sobre os motivos da cobrança relativo ao ICMS retroativo.

Com objetivo de receber os valores de ICMS que não foram pagos, a empresa deve emitir faturas separadas para esse fim específico, deixando claro aos consumidores do que se trata essa nova cobrança.

Com informações do MPRN.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2025. Todos os Direitos Reservados.