Por Saulo Vale
Depois do badalado Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2024, as atenções da conjuntura política local são direcionadas para a escolha do candidato a vice-prefeito nas chapas que disputarão a Prefeitura de Mossoró.
Quem vai ser o vice do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), de Lawrence Amorim (PSDB) e de Genivan Vale (PL)? Os três deixaram para anunciar só depois dos festejos de São João, seja por estratégia política, para não queimar largada, seja para escolher melhor quem vai ser a companhia de chapa.
No caso do prefeito Allyson, favorito nessa disputa, muitos nomes já quiserem ocupar o espaço. Foi o caso do PL. O partido quis impor sua decisão de apontar o vice do prefeito. Não conseguiu. Ouviu de Allyson o que todos ouviram: só converso sobre isso depois do MCJ. Daí veio o rompimento e candidatura própria da legenda bolsonarista.
Outro que sonhou ser o vice foi o presidente da Câmara Lawrence Amorim (PSDB). Até plantou em veículos de imprensa que havia compromisso do prefeito escolhê-lo para vice. Nunca houve. Lawrence rompeu e lançou sua candidatura a prefeito.
Pelo menos dois são ventilados como possível vice: o do jornalista e advogado Paulo Afonso Linhares, presidente municipal do PSD, e do ex-gerente do Saúde Primária da Prefeitura de Mossoró, Marcos Medeiros, tesoureiro do PSD. Não vou entrar no mérito de quem merece mais ser ‘o escolhido’, para não cometer injustiça, visto que são dois nomes capacitados.
Entretanto, na balança, me parece que Marcos está muito mais favorável a ser o escolhido que Paulo Linhares. Uma coisa parece estar certa: o vice vai vir do PSD, partido presidido pela senadora Zenaide Maia, uma das principais aliadas de Allyson.
Genivan Vale deve apostar numa chapa puro-sangue. Ou seja, seu vice ou sua vice deve vir próprio PL. Clorisa Linhares, ex-vereadora de Grossos e ex-candidata a governador? É possível.
Ela é peça importante no partido. Até agora, Genivan tem só o PL e o Podemos, este último esvaziado em Mossoró. É a pré-candidatura hoje mais isolada que tem. Difícil de alavancar. Muito.
Já Lawrence Amorim ainda estuda com uma lupa quem será seu vice. O nome do Gutemberg Dias, do PCdoB, que teve a maior votação para um candidato de esquerda para disputa à prefeitura de Mossoró, é um deles. É uma figura respeitada, que agrega e agrada os demais partidos. Outro nome é do líder da oposição, Tony Fernandes (Avante), que chegou a ensaiar uma candidatura a prefeito, mas sem sucesso.
Tony ainda não definiu seu destino político. Se não for compor uma chapa majoritária, não vai ser candidato a nada. Foi um compromisso firmado com o líder de seu partido, o sorridente Jorge do Rosário. O prazo para as convenções partidárias vai de 20 de julho a 5 de agosto, segundo o calendário eleitoral.
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Até lá todos precisam definir seus vices. Duas coisas pesam: uns querem um vice que agregue, outros querem somente um que não atrapalhe.
Boa sorte.
Saulo Vale é jornalista, editor do Blog Saulo Vale e âncora do Jornal da Tarde da Rádio Rural de Mossoró