terça-feira - 04/07/2017 - 09:50h
Política

Um vazio de liderança e nebulosas perspectivas

Há um vazio de liderança e atrofia de capital político no Rio Grande do Norte. Esse vácuo tem-se acentuado nos últimos anos e chega aos píncaros neste 2017, com o redemoinho de denúncias e até prisões de alguns figurões.

E pode piorar.

Natural, então, que surjam nomes novos, outros nem tantos e aparentes novidades à ocupação desses espaços.

No final de semana, por exemplo, o pequeno PSDC apresentou a vereadora grossense Clorisa Linhares de Vasconcelos como opção ao governo estadual.

O Psol ‘reencarnou’ o ex-deputado federal e ex-prefeito de Janduís Salomão Gurgel para mesmo fim.

Da microrregião da Borborema Potiguar há zunzunzum que aponta vontade do deputado estadual Tomba Farias (PSB) de alçar voo idêntico.

Em Mossoró, o empresário e ex-candidato a prefeito Tião Couto (PSDB) está ouvindo zumbido da “mosca azul” para se lançar à corrida governamental.

Mais um nome aqui, outro acolá.

Todos, sem exceção, sabem que as forças tradicionais, oligarquias e políticos profissionais estão no cadafalso. Mas precisam perceber, também, o estado de ânimo do próprio povo, o cidadão. Sem essa leitura, não terão a plena compreensão do tempo que vivem e querem pontificar.

A descrença não é apenas com políticos e a política, mas com um modelo de poder que prospera há décadas/séculos.

Também está em xeque a própria figura do empresário brasileiro, sua relação desonrosa com o poder institucional.

À esquerda, um sindicalismo chapa branca, sustentado pela máquina pública para servir a interesses que muitas vezes colidem com a categoria representada. É aparelho e aparelhado por partidos, sob um discurso maniqueísta.

Há um Brasil e um Rio Grande do Norte perplexos, mesmo que pareçam indiferentes – longe de movimentos de rua. Sentem na pele o resultado do desmanche acelerado no papel precípuo do ente público – que é promover o bem-estar social.

Desconfiar é preciso. Tudo pode surgir como novo, supostamente diferente, teoricamente alternativo ou repaginado.

“Sem reforma política, o expurgo de parte do que há de pior vem pela via da judicialização mesmo. Mas serão substituídos por outros, piores ou menos ruins um pouco”, escrevemos no dia 21 de junho do ano passado, na postagem “Não se iluda com as próximas eleições” (veja AQUI).

O texto continua atual, porque nada muda. O que parece mudar tende a produzir efeitos similares ao que temos convivido.

Como atual segue “O Leopardo”, clássico do italiano Tomasi di Lampedusa e seu personagem Tancredi, obra do final dos anos 50. Retrata a decadência  na Itália fracionada do século 19.

Na ótica de Tancredi, “para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude.” Parece um paradoxo, mas conhecendo um pouco da história do Brasil, não deve soar estranho essa realidade por aqui.

O que mudou do Brasil monárquico para a República Velha (1889 a 1930)? Nomenclaturas, para tudo continuar do mesmo jeito.

De lá para cá, o “patriciado” (classe dominante na Roma antiga) tem sido formado por gente e partidos que se misturam, em nome de seus privilégios. Como sempre foi. A Operação Lava Jato mostra isso. Sujos e mal-lavados se irmanam.

Quase nada sobra limpo da “lavanderia brasil” (minúsculo mesmo). Há nebulosas perspectivas à frente de todos nós. Infelizmente.

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segunda-feira - 03/07/2017 - 11:38h
Números

Maiores partidos do país sofrem baixa devido a Lava Jato

Do jornal O Globo

Desde 2016 até maio deste ano, o Partido dos Trabalhadores (PT) já registrou 7.458 baixa de integrantes, em grande parte, provocada pelos efeitos da Operação Lava Jato sobre o partido. Desse número, 3.875 se desfiliaram apenas nos cinco primeiros meses de 2017. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foram revelados pelo jornal O Globo desta segunda-feira (3).

Nomes de PT, PMDB e PSDB: desgaste (Foto: arquivo)

Na época da conclusão do julgamento do mensalão, em 2014, conforme mostra a reportagem, a redução de filiados havia sido de 2.514. Com a reeleição da petista Dilma Rousseff naquele ano, o partido conseguiu recuperar simpatizantes no ano seguinte, mas os efeitos da Lava Jato novamente tomaram o cenário, e o ritmo de crescimento da recomposição não durou muito. Atualmente, a legenda tem 1,5 milhão de filiados.

Na mira da Lava Jato este ano, o partido do presidente Michel Temer (PMDB), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva, bem como a legenda do senador Aécio Neves (PSDB-MG), também denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, começaram a sentir os efeitos das investigações que apontam para crimes de corrupção cometidos pelas cúpulas dos partidos e boa parte de seus integrantes que ocupam cargos políticos no Congresso.

Baixas

Nos primeiros cinco meses deste ano, o partido perdeu 853 filiados. Apesar de uma redução tímida, a legenda rompeu ciclo de filiações que, por exemplo, entre 2015 e 2016 teve cerca de 25 mil pessoas ingressando, por ano, na sigla peemedebista. Atualmente, o PMDB tem 2,4 milhões de filiados.

Terceiro em número de filiados, o PSDB não registrou baixa até maio. No entanto, teve o ritmo de crescimento drasticamente reduzido. Em 2015, o partido teve ampliação de 60 mil novas pessoas. Em 2016 esse número caiu para 36 mil. Este ano, 2017, apenas 4.275 entraram para a legenda tucana. O Partido tem 1,4 milhão de filiados.

De acordo com a reportagem, as estatísticas do TSE não mostram o perfil das pessoas que estão deixando os partidos, mas especialistas ouvidos pelo jornal afirmam que as baixas tratam de um grupo desiludido e outro pragmático. Os desiludidos que se desfiliaram haviam entrado para a legenda por identificação programática, já os pragmáticos se desfiliaram para evitar que desgastes do partido atrapalhasse seus planos políticos.

Veja reportagem completa clicando AQUI.

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sexta-feira - 23/06/2017 - 19:52h
Hoje

Tião Couto aniversaria com público seleto da política

O empresário Tião Couto (PSDB) reúne público seleto para festa de aniversário hoje.

O endereço é bem distante do centro urbano de Mossoró.

Os comes e bebes agora à noite acontecem às margens da BR-110, Mossoró-Upanema, em fazendo de sua propriedade.

Por lá, amigos e nomes da política regional e estadual.

É o “Arraiá do Tião”.

Depois trarei detalhes de bastidores.

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terça-feira - 30/05/2017 - 05:56h
Política

Novo presidente do PSDB anuncia outra atração de prefeito

O PSDB continua recebendo adesões e reforços em todas as regiões do Rio Grande do Norte, informa sua assessoria de imprensa. O prefeito Clécio Azevedo (ex-PR), do Bom Jesus, eleito com 56,60% dos votos no município do Trairi, também assinou a ficha do partido.

No seu primeiro dia como presidente do PSDB potiguar, o deputado Ezequiel Ferreira de Souza teve como ato receber o novo filiado, na tarde desta segunda-feira (29), na sede do partido.

“Em todo Estado o PSDB vem recebendo adesões. Estamos conversando com lideranças do Agreste, Seridó, Trairi, região Central, Mato Grande, Potengi, Vale do Açu, região Salineira, Médio, Alto Oeste e cidades vizinhas a Mossoró. O prefeito de Bom Jesus vem somar e engradecer o partido, com suas ideias e força para buscar mais desenvolvimento”, frisou Ezequiel Ferreira.

Atualmente o PSDB é o 3º maior partido do Rio Grande do Norte com um deputado federal, um senador suplente (Valério Marinho), cinco deputados estaduais (Ezequiel Ferreira, Gustavo Carvalho, José Dias, Raimundo Fernandes e Márcia Maia), 107 vereadores, 30 prefeitos e vice-prefeitos, e conta ainda com 150 diretórios e comissões provisórias de 167 municípios do Estado.

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domingo - 16/04/2017 - 07:48h

PT e PSDB amavam Odebrecht enquanto fanáticos se odiavam

Por Josias de Souza

PT e PSDB monopolizam as eleições presidenciais no Brasil há mais de duas décadas. Com o passar do tempo, as disputas foram adquirindo um quê de briga de pátio de colégio. Na sucessão de 2014, a coisa descambou. O tucanato dizia que o petismo roubara no mensalão e no petrolão. E o petismo respondia que o tucanato é que assaltara no mensalão mineiro e no escândalo dos trens paulistas.

De repente, os delatores da Odebrecht esclarecem que os dois lados têm razão. E os torcedores fanáticos, que pareciam dispostos a matar e morrer por uma honra inexistente, percebem que fizeram papel de bobos. Não sabem onde enfiar o ódio que estocaram para alimentar suas lacraias interiores.

Há dois anos e meio, quando Dilma foi reeleita, Aécio era o principal líder da oposição e Lula se jactava de ter dado à luz um poste pela segunda vez —algo nunca antes visto na história do país. Hoje, Dilma é matéria-prima para Sergio Moro, Aécio divide com o notório Jucá o título de campeão de inquéritos da lista de Fachin e Lula nunca esteve tão próximo da cadeia.

Legenda de um líder só, o PT está no brejo sem cachorro. Com Alckmin e Serra no mesmo pântano, o PSDB ficou num mato com João Doria. O tucanato, incorporado ao governo de Michel Temer, virou força auxiliar de um apodrecido PMDB. O PT, devolvido à oposição, derrete como sorvete exposto ao sol.

A lição primeira da hecatombe produzida pela colaboração da Odebrecht deveria ser a de que todas as premissas sobre as quais o eleitor brasileiro construiu as suas ilusões políticas depois da redemocratização do país precisam no mínimo pegar um pouco de ar. Para que o desastre servisse de aprendizado, seria preciso que os brasileiros se convencessem de que a industrialização do ódio pior do que uma sandice, é um erro. A maluquice se apaga com o esquecimento. O erro exige reflexão e correção.

Enquanto os fanáticos se odiavam em praça pública —ou nas redes sociais, que muitos acreditam ser a mesma coisa— petistas e tucanos amavam a Odebrecht no escurinho do departamento de propina da empreiteira. Parte da torcida ainda tenta fechar os olhos para a realidade. Mas está cada vez mais difícil.

Os 78 delatores da Odebrecht azucrinam os fanáticos em toda parte. Eles estão na tevê, no rádio, na internet, no jornal, na revista…. E não adianta ignorar o noticiário. A voz de Marcelo Odebrecht pode invadir o grupo da família no aplicativo do celular, exigindo uma reação do fanático. Pode ser uma cara de nojo.

Há também a opção de continuar enxergando a democracia como o regime em que as pessoas têm ampla e irrestrita liberdade para exercitar a sua capacidade de fazer besteiras por conta própria, tratando a eleição como uma loteria sem prêmio e encarando o voto como um equívoco que pode ser renovado de quatro em quatro anos.

De resto, aqueles que preferem odiar alguém a amar o país, podem odiar-se a si próprios. Como diria Nelson Rodrigues, um dia o sujeito acaba arrancando a própria carótida e chupando o próprio sangue, como um vampiro de si mesmo.

Josias de Souza é jornalista do portal UOL e do Folha de São Paulo

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domingo - 09/04/2017 - 08:28h

Um dia para esquecer

Por Paulo Linhares

Hoje, 04 de abril de 2017, 09h. Começo a escrever estas linhas despretensiosas quando tem início um dos principais julgamentos da história judiciária do Brasil. Sim, no Superior Tribunal Eleitoral, em Brasília, a sessão inicial de julgamento pelo plenário daquela Corte, das ações  propostas pelo PSDB após a eleição presidencial de 2014 (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo 761/Representação 846 – Ações de Investigação Judicial Eleitoral 154781 e 194358), em que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e recebimento de propinas, todas juntas num só feito processual cujo relator é o ministro Herman Benjamim.

Grave é que nesse meio-tempo em que “o mundo gira e a Lusitana roda”, Temer e seu PMDB empalmaram o comando do governo da Republica, tendo o PSDB do senador Aécio Neves como seu parceiro político preferencial a ocupar quatro ministérios importantes e outros postos estratégicos da máquina administrativa federal.

Segundo o El País, edição brasileira de 04/04/2017, “O que parecia ser uma estratégia para inicialmente desgastar a presidenta Dilma voltou como bumerangue não só contra o Governo Temer, mas também contra o PSDB e seu líder, o senador mineiro Aécio Neves. A expectativa em Brasília é que Benjamin recomende a cassação da chapa, o que tem potencial para atingir o próprio autor da ação.”

Os riscos de uma cassação da chapa Dilma/Temer são grandes. Para Dilma que, ao menos nesta quadra já está ‘morta’, pouco se altera, a não ser pela possibilidade da suspensão de seus direitos políticos por 8 anos; com Temer, todavia, o estrago será enorme, sobretudo, pela previsão constitucional da realização de uma eleição indireta, no Congresso Nacional, para um novo presidente da República concluir o atual mandato.

De princípio, ressaem duas questões jurídicas relevantes: as contas da chapa Dilma/Temer já foram aprovadas pelo TSE; e, a tese da separação  da chapa – para incriminar Dilma e livrar Temer, claro – contraria a jurisprudência reiterada desse Tribunal, em especial quando se levar em conta que todos os seus sete ministros já relataram processos nos quais a separação da chapa entre o titular (geralmente, candidatos a prefeito ou governador) e o seu vice respectivo não pode ocorrer.

Julgar diferentemente, agora, será uma ruptura jurisprudencial tão drástica que exporá gravemente o TSE e lançará uma poderosa sombra que comprometerá indelevelmente a idoneidade moral de seus membros, no implacável pretório da História.

Em matéria de contradição, os tucanos estão em palpos de (venenosa) aranha, se defenderem a permanência de Temer,  a tirar pelo que disseram em duríssimo trecho de uma das suas petições: “A eleição presidencial de 2014 (…) revelou-se manchada de forma indelével pelo abuso de poder, tanto político quanto econômico, praticados em proveito dos primeiros réus, Dilma Vana Rousseff e Michel Miguel Elias Temer Lulia”.

Defenestrada da presidência Dilma Rousseff e desbaratado o esquema de poder petista, eis que o PSDB muda de opinião nas razões finais apresentadas nos mesmos processos, desavergonhadamente, ao reconhecer que “ao cabo da instrução destes processos não se constatou em nenhum momento o envolvimento do segundo representado [Temer] em qualquer prática ilícita”, porém, “já em relação à primeira representada [Dilma Rousseff], há comprovação cabal de sua responsabilidade pelos abusos ocorridos”.

Engraçado é que, das delações que agora compõem as 8 mil paginas dos autos processuais, o senador mineiro Aécio Neves, além de outros próceres tucanos, é citado como recebedor de gordas propinas (veja a capa da Veja, de 05/04/2017), o mesmo ocorrendo com Temer e muitos dos seus correligionários peemedebistas.

A infâmia manifesta e o desdém pelas instituições republicanas são evidentes nesse julgamento que promete ser uma das maiores farsas da história judiciária do Brasil, mormente se houver a separação da chapa Dilma/Temer, na contramão da jurisprudência uniforme do TSE. A única saída racional para mais essa crise que se avizinha é uma decisão que fulmine a pretensão do PSDB, com a improcedência da ação.

Assim, para o bem ou para o mal, Michel Temer terminaria o mandato iniciado em janeiro de 2015, restando-nos a esperança de resgatar, em 2018, o Estado Democrático de Direito que soçobrou com o golpe branco que confiscou o mandato presidencial de Dilma Rousseff.

Por  paradoxal que pareça, nada é tão salutar à nossa enfermiça democracia tupiniquim, que vive mais um piripaque na sua sina de alternadas “sístoles e diástoles”, segundo o dito de Golbery do Couto e Silva. Neste momento, um  Brasil já de tantas rachaduras, não suportaria mais outros solavancos sem se estraçalhar de vez.

São 12:00h, do mesmo dia 4 de abril. Uma série de incidentes terminaram por adiar o julgamento tão esperado. O TSE resolveu reabrir a instrução e ouvir mais quatro pessoas, sob protesto do relator, Herman Benjamim que, diante da possibilidade da oitiva de um número indefinido de novos depoentes, num gesto entre dramático e cômico assinalou:

Se vai ouvir doleiros porque não ouvir também os motoqueiros, o porteiro do prédio, o garçom do inferninho onde o dinheiro foi entregue (…) Não podemos transformar esse processo num processo sem fim. Não podemos intimar Adão e Eva e provavelmente a serpente“…

Tudo parte dessa novela chamada Brasil.

Aguardemos os próximos capítulos.

Paulo Linhares é professor e advogado

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domingo - 02/04/2017 - 07:48h

Tobias or not Tobias: eis a questão

Por Paulo Linhares

Tobias Barreto não deixa de ser, mais de um século de sua morte, o mais singular dos pensadores brasileiros. Sergipano de nascimento, transmudou-se para o Recife no terceiro quartel do século XIX, de princípio como aluno e depois na condição de lente da então aristocrática e não menos bolorenta Faculdade de Direito do Recife, para se tornar em importante vetor do debate filosófico das doutrinas europeias então em voga, sobretudo, o confronto das diversas feições do pensamento evolucionista em face do positivismo comtiano e suas variações.

Efetivamente, Tobias foi o primeiro brasileiro a merecer o título de filósofo, além de se tornar o expoente máximo dos debates da academia que o acolheu e que, no futuro, seria chamada de “Casa de Tobias”. Perambulou por diversas doutrinas filosóficas europeias para, finalmente, se fixar numa visão filosoficamente monista muita própria, embora com sólida base no pensamento de Kant.

A partir desse patamar, seria o mais ácido crítico do positivismo que, aliás, serviu de base à configuração do Estado brasileiro após a proclamação da República, algo que não chegou a presenciar, eis que falecera precocemente aos 50, anos, em 1889.

Autodidata no estudo do alemão, Tobias redigiu e publicou neste idioma o jornal Deutscher Kaempfer (O lutador alemão), Brasilien wie est ist (1876) e Ein Brief na diedeutsche Presse (1878), ademais de ter sido um incansável polemista, inclusive no campo do discurso poético, pois,  sem dúvida fora  o contraponto do igualmente “condoreiro” Antônio de Castro Alves que, por breve e luminoso tempo, se abrigara na Faculdade de Direito do Recife.

O polêmico Tobias Barreto literalmente ‘escapou’ do positivismo muito cedo quando passou a propagar as teses do evolucionismo e, finalmente, assumiu uma postura monista de fortes raízes kantianas, o que nem de longe impediu a hegemonia dos positivistas, em especial quando a elite brasileira resolveu implantar um Estado liberal, republicano, para substituir a extenuada monarquia brasileira.

Um gênio desconcertante esse ‘cabeça-chata’ sergipano cuja lembrança, longe de quaisquer comparações, remete-nos à atuação do jurista brasileiro contemporâneo, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, ele também divulgador, no Brasil, das doutrinas constitucionais alemãs, mormente, as orientações jurisprudenciais da Corte de Karlsruhe. Com efeito, Mendes é herdeiro de uma longa tradição de juristas germanófilos, em sua grande maioria de credo positivista (Rui Barbosa, Pontes de Miranda, Clóvis Beviláqua, Nelson Hungria, José Carlos Moreira Alves etc.), sendo um dos mais renomados constitucionalistas brasileiros contemporâneos, embora mereça restrições de cunho politico-ideológico por parte do público esquerdista ou assemelhado, na imprensa e na academia, tudo por enxergá-lo como um avatar do PSDB, “líder da bancada do PSDB no STF” etc.

A conjuntura institucional e política brasileira, na atual quadra da História, mostra um grau critico de esgotamento do modelo de Estado introduzido pela Constituição de 1988, sobretudo, em razão das mirabolantes ‘promessas’ que o seu texto alberga (“… educação é direito de todos e dever do Estado”) e nesse mesmo diapasão a saúde da população, a segurança, o meio-ambiente, blá, blá, blá) e que a estrutura econômica não pôde realizar.

Outro desarranjo político  monumental foi a revelação de um típico segredo de  Polichinelo: as relações espúrias entre políticos e empresários na sustentação dos governos, tendo como pano de fundo um emaranhado de esquemas corruptos presentes em todos os níveis da Administração Pública brasileira.

Há décadas que se sabe do poder que têm as grandes empreiteiras de obras públicas no Brasil e os detentores do capital financeiro. Com o início de um ciclo que começou com o ruidoso processo judicial conhecido como “Mensalão” (Ação Penal 470), no STF, e sequenciado pelos tantos processos da “Operação Lava Jato”, foram desnudados vários esquemas de corrupção que envolvem grandes empresários e políticos da maioria dos partidos políticos brasileiros.

Todos têm, literalmente, muita “culpa no cartório”.

Essas revelações – feitas no contexto de delações premiadas – foram crescendo em proporções geométricas e transformaram esses processos num grande pântano político-institucional que vem engolindo inteiros alguns segmentos vitais da economia brasileira, como é o caso das grandes empreiteiras de construção civil, as do setor petrolífero e, mais recentemente, os grandes holdings de agronegócio voltado à produção de carnes.

O último desse setores de grande performance econômica, no Brasil, ainda não atingido, é o produção/exportação de soja. É previsível que a próxima ‘operação’ a ser deflagrada na República de Curitiba seja chamada apenas “Tofu com shoyu”… Esta postura, ressalte-se, não traduz mera visão conspiratória do mundo, nem tampouco algo de nacionalismo extremado ou exacerbadamente ‘patrioteiro’, mesmo porque até que nos parece razoável, a depender da circunstância, a conhecida assertiva de Samuel Johnson, pensador inglês do século XVIII, para quem “o patriotismo é o último refúgio do canalha“…

Embora esses processos passem uma ideia de empoderamento do Poder Judiciário e de seu partner, o Ministério Público, no contexto do mais que imprescindível combate à corrupção, os efeitos colaterais começam a se mostrar bem mais danosos, em especial com a destruição de empresas brasileiras importantes e perdas em setores estratégicos no mercado global.

A reação aos excessos da “Lava Jato” começam a surgir, também, onde não era de se esperar: no seio do próprio Poder Judiciário, sobretudo, com algumas críticas de ministros do Supremo Tribunal Federal – o saudoso ministro Teori Zavascki fez dura repreensão ao juiz Sérgio Moro pela divulgação ilícita de interceptação telefônica da então presidenta da República – capitaneadas pelo ministro Gilmar Mendes que fez duras críticas à atuação da Procuradoria Geral da República no vazamento de dados das investigações:

o haverá justiça com procedimentos à margem da lei. As investigações devem ter por objetivo produzir provas, não entreter a opinião pública ou demonstrar autoridade. Quem quiser cavalgar escândalo porque está investido do poder de investigação está abusando do seu poder e isso precisa ser dito em bom tom“, advertiu Mendes.

Em entrevista ao Globo, edição de 21/03/2017, completou afirmando que “isso tem um propósito destrutivo, como acabam de fazer com o ministro da Justiça, ao dizer que ele deu um telefonema para uma autoridade envolvida nesses escândalos. É uma forma de chantagem implícita, ou explícita. É uma desmoralização da autoridade pública (…) Com violações perpetradas na sede da PGR, como esta que está aqui documentada, quem vai segurar o guarda da esquina?“, finalizou.

O atual presidente do TSE trouxe à baila a famosa frase de Pedro Aleixo, vice-presidente da República do governo Costa e Silva, o único presente à reunião que decidiu pela adoção do AI-5 que discordou:

Não tenho nenhum receio em relação ao presidente, eu tenho medo do guarda da esquina”.

O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reagiu asperamente contra as declarações de Gilmar Mendes, dizendo cobras e lagartos dele.

O clima é de guerra e as nuvens de Brasília se tornam mais carregadas com o julgamento, no TSE, presidido por Gilmar Mendes, da ação em que o PSDB tenta cassar a chapa Dilma-Temer, em que se tem como perspectiva uma decisão que poderá impactar muito a cena política brasileira e que inevitavelmente fará uma previsível vítima: Dilma Rousseff será condenada sozinha e ficará inelegível por oito anos. Simples assim, com toda falta de escrúpulos do mundo.

Por isto, não se pode duvidar que os ministros do TSE sejam mais perigosos que o guarda rua esquina. Contudo, resta saber como Gilmar Mendes se posicionará.

Se acatar a proposta dos tucanos, que livra Temer da cassação e igualmente tem a chancela do Ministério Público Eleitoral, haverá um monumental chute-em-cachorro-morto, ou aquele bizarro jogo de espelhos e absurdas mitificações apenas para salvar aparências, coisa muito ao gosto desta  República de Banana que não é nem deixa de ser. Eis a questão.

Paulo Linhares é professor e advogado

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quarta-feira - 22/03/2017 - 15:02h
Em Natal

PSDB confirma para sábado evento de filiações

O PSDB realiza neste sábado (25) em Natal ato de filiação para novos prefeitos de cidades do Rio Grande do Norte.

O evento, denominado “PSDB a favor das mudanças que o Brasil precisa” e realizado em parceria com o Instituto Teotônio Vilela (ITV), será no Hotel Holliday Inn (Arena das Dunas) a partir das 8h30 e contará com a presença de lideranças do partido, filiados e militantes.

Expectativa é de que o governador paulista, Geraldo Alckmin, prestigie o evento (veja AQUI).

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segunda-feira - 20/03/2017 - 06:39h
PSDB

Governador de SP confirma presença em evento no RN

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recebeu em seu gabinete no Palácio dos Bandeirantes, uma comitiva de tucanos do Rio Grande do Norte. Sob o comando do deputado federal Rogério Marinho, presidente de honra da legenda no RN, o grupo convidou – e aceito – o gestor paulista para participar de evento de filiação ao PSDB que será realizado em Natal no próximo dia 25.

Geraldo Alckmin recebeu comitiva no palácio de governo do estado paulista (Foto: cedida)

Na oportunidade, haverá filiação de prefeitos e outros agentes políticos do estado.

Ao lado de Rogério, estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Souza, o deputado estadual Gustavo Carvalho e o presidente do PSDB em Mossoró, Tião Couto. O chefe do Gabinete Civil de São Paulo, Samuel Moreira, também participou do encontro. O encontro ocorreu no sábado (18).

Atualmente, o PSDB conta com a maior bancada da Assembleia Legislativa, 10 prefeitos e 11 vice-prefeitos. Número que aumentará neste próximo dia 25.

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sábado - 18/02/2017 - 08:53h
PSDB

Partido vai fazer encontro para apresentar novos filiados

O PSDB fará encontro estadual no dia 25 de março, em Natal. Quer apresentar novas filiações de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Por enquanto, o partido tem 10 prefeitos, 11 vice-prefeitos e mais de 100 vereadores no Rio Grande do Norte.

No âmbito da Assembleia Legislativa é a maior bancada com cinco parlamentares, entre eles o presidente da Casa, Ezequiel Ferreira de Souza, além de um deputado federal – Rogério Marinho.

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quinta-feira - 20/10/2016 - 22:36h
Rogério Marinho

Deputado deve ter alta após procedimentos cardiológicos

Do Blog do FM

Embora ainda continue internado na UTI do hospital Promater (Natal), passa bem o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que teve que se submeter a uma angioplastia, após ser constatado o entupimento de suas artérias, através de um exame de cateterismo.

Rogério também colocou cinco Stents, que são tubos minúsculos, expansíveis e em forma de malha, feitos de um metal como o aço inoxidável ou uma liga de cobalto.

Os stents são usados para devolver um ritmo próximo ao normal ao fluxo sanguíneo da artéria coronariana.

Amanhã o parlamentar deverá receber alta.

Rogério Marinho foi internado no hospital na última segunda-feira, dia 17.

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quarta-feira - 21/09/2016 - 16:34h
Mossoró

Gustavo Carvalho participará de programação política

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) aporta no início da noite de hoje em Mossoró.

Ele participará de programação política do vereador Vingt-un Rosado Neto (PSDB).

O parlamentar apoia o vereador em seu projeto de reeleição.

“Vantanzinho” está na Coligação Unidos Por Uma Mossoró Melhor, encabeçada por seu partido e o candidato a prefeito Tião Couto (PSDB).

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domingo - 18/09/2016 - 03:41h

E como dói!

Por Albert Dines

A Nova República não caiu , sequer começou. O temperamento de Dilma Roussef mostrou que ela é ingovernável, incapaz de controlar seus maus bofes. Caiu quando já não tinha mais nada a oferecer ao país. Caiu clamando vingança.

No último minuto , enquanto Temer oferecia pacificação e união, ela levantou o sabre. Conseguiu fracionar o país novamente.

Quem garante é um filósofo, Renato Janine Ribeiro, com uma curta experiência como ministro da Educação no governo Dilma Rousseff: “Acabou o Fla-Flu”.Para Janine, PT e PSDB já não servem para a política, esgotaram-se de tanto vociferar. O coadjuvante (PMDB), como nas piores peladas , levou a bola para casa.

“Partidos rachados conseguem propor um futuro?” Partidos rachados conseguem ao menos montar um simulacro de sustentabilidade e confiança? Os dois , PT e PSDB saem de língua de fora.

Mudar foi bom, mas não o suficiente, não foi legitimado por um voto e sim por um golpe. Renato Janine Ribeiro pergunta, que horizonte temos hoje?

Ninguém ganhou com a destruição dos dois partidos social-democratas que não conseguiram dialogar enquanto o Brasil naufragava nos últimos anos. O filósofo sabe que ambos não perceberam o tamanho do desastre. Nós , brasileiros, vamos descobrir na pele, nos próximos penosos meses.

O último capítulo do julgamento mais importante deste século XXI mostrou a face obscura e rasa do Brasil levando o país a extremos de vergonha e orgulho , dúvida e certeza. Traição, golpe, farsa, acusações, ofensas, Deus no meio de tudo, até Jesus Cristo baixou no Congresso.

day after

No final , a imensa tristeza sobre o que o futuro nos reserva. Qualquer que fosse o resultado nos deixaria num beco penoso. Nem Chico Buarque ali presente nos deu a certeza de seu canto , ” apesar de você, amanhã há de ser outro dia…”– no caso de Chico, o alvo seria Temer. Não há nada a comemorar.

Palavras, mentiras, dúvidas, suspeições, o capítulo final terminou sem nenhuma grandeza, talvez só o suicídio de Getúlio ou a cicuta de Sócrates salvaria esta semana para a História.

Este “day after” é ainda mais árido do que o vivido pelos brasileiros no final das Olimpíadas.

A reconstrução do gigante adormecido vai levar tempo e custar muitas ilusões, ceifando parte dos sonhos imaginados quando o Brasil era grande e beirava o Primeiro Mundo.

Caímos, julgamos, acusamos, este capítulo final não teve vencedores nem heróis,  não temos líderes nem carismas, acordamos no ponto morto, cansados de tentar arrancar durante tanto tempo.

Encolhemos, vai ter trabalho, muito trabalho, para voltarmos ao ponto zero.

Aquele Brasil grande que sonhamos é apenas um retrato na parede e nas capas das revistas estrangeiras. E como dói.

Alberto Dines é jornalista, escritor e co-fundador do Observatório da Imprensa

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terça-feira - 13/09/2016 - 14:32h
Mossoró

Tasso Jereissati participará da campanha de Tião Couto

Jereissati: nome do PSDB (Foto: Web)

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) vai desembarcar quinta-feira (15) em Mossoró.

Atende a convite do candidato a prefeito pela Coligação Unidos Por Uma Mossoró Melhor, Tião Couto (PSDB).

Governador do Ceará por três vezes (eleito primeiramente aos 38 anos em 1996), Jereissati está em seu segundo mandato como senador e já presidiu o Diretório Nacional do PSDB.

Foi cogitada sua presença em Mossoró no início do ano, em fase de pré-campanha de Tião, mas não se confirmou em face de questões delicadas da política nacional, nas quais estava envolvido no Senado da República.

Depois daremos maiores detalhes.

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terça-feira - 30/08/2016 - 10:12h
Para entender o Brasil

Moral é artigo em falta entre algozes e apoiadores de Dilma

Não há santos entre aliados de Temer e do lado de Dilma; falta legitimidade aos dois e ao Congresso

Por Raphael Tsavkko Garcia (Congresso em Foco)

A defesa de Dilma durante todo o dia 29 de agosto foi coalhada de frases de efeito vazias, bravatas, gritos por democracia e… mentiras. Temer, escolhido por Lula e pelo PT para ser seu vice, segue uma política de continuidade tanto na economia quanto nos cortes. Diferenças podem ser vistas na política externa e nada mais.

Discursos como os de “Temer acabou com Ciência Sem Fronteiras e o Pronatec” são enganosos. Temer pode até ter fechado a porta, mas os cortes orçamentários promovidos por Dilma já haviam inviabilizado a continuidade desses e de outros programas.

Dilma parece ter uma predileção por citar Eduardo Cunha, um exemplo de como a moral do Congresso anda baixa. Seria um trunfo, não tivesse o mesmo Cunha sido um importante aliado de Dilma e do PT e ter participado ativamente de sua primeira campanha eleitoral.

Lewandowski, Aécio Neves do PSDB e Dilma Rousseff (PT) ontem no Senado: tensão e descontração de iguais (Foto: Web)

Além disso, Cunha foi a ponte entre Dilma e os evangélicos e trabalhou pesadamente para distanciá-la da imagem de alguém que defendia o aborto (Gabriel Chalita, vice de Fernando Haddad em São Paulo, fez o mesmo trabalho junto aos católicos conservadores). Dilma soube vender essa imagem, chegando a vetar a regulamentação ao direito do aborto e a mandar uma ministra, Eleonora Menicucci, se calar sobre o tema.

Dilma afirmou ainda ter “resgatado a Petrobras”. Mais uma mentira. O PT praticamente levou a empresa à falência, a corrupção foi tamanha que resultou em queda de 1% do PIB.

Moral e ética que inexistem

Minha preocupação aqui não é se houve ou não crime de responsabilidade, ou se as pedaladas podem assim ser consideradas, e sim focar no aspecto mais básico das alianças espúrias e da total inexistência de moral e ética – de ambos os lados.

Dilma e diversas personalidades petistas e de partidos aliados acertam ao dizer que o Congresso (e mais especificamente o Senado) não tem moral para julgar Dilma. O problema é que os políticos petistas também não têm moral para defendê-la, especialmente de seus (ex-)aliados.

Cunha: aliado de Dilma em momento delicados (Foto: André Dusek/Estadão)

Sabemos que Aécio, “o derrotado”, tem inúmeros problemas que não se limitam ao aeroporto de Cláudio. Aloysio Nunes é investigado pelo STF, Agripino Maia é outro investigado por corrupção. E a história não melhora para outros senadores do PSDB, DEM, PMDB, PP etc.

Do lado petista, Gleisi Hoffmann, uma das mais vocais nos ataques aos demais senadores, esqueceu-se de que ela é investigada por (supostamente) roubar dinheiro de aposentados junto com seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Petistas destacados, como Lindbergh Farias, esqueceram das fotos com os agora ex-aliados que, de um dia pro outro, viraram corruptos, arautos do atraso e etc.

A senadora Vanessa Grazziotin, esta do PCdoB, já enfrentou pedido de cassação pro compra de votos e abuso de poder econômico, por exemplo. Não há santos no lado vermelho-desbotado da força.

Na turma do troca-troca temos Renan Calheiros, um dos últimos a entrar na mira do petismo radical, era em 2015 defendido por militantes do PT do que chamavam de ataques da Globo. Calheiros foi inclusive chamado de “exemplo de moralidade”, mas hoje entrou no balaio dos “golpistas”.

Como não lembrar de Kassab, arqui-inimigo do PT paulista, responsável por episódios de higienismo e violência contra manifestantes e que virou ministro da Dilma, recebeu incumbência de Lula de fundar o PSD como forma de desidratar o PMDB e… acabou ministro do PMDB e novamente inimigo do PT.

Kassab e Collor dispensam comentários.

Kátia Abreu foi uma das poucas a manter a fidelidade à Dilma e por isso foi louvada pelos apoiadores da presidente. Pena que ela seja acusada de incontáveis crimes contra indígenas e suas ações contra o MST – apoiadores de Dilma – sejam conhecidas por todos. É aquele famoso apoio que mais causa (ou deveria causar) constrangimento do que ajuda.

O QUE VEMOS NO CONGRESSO nada mais é que uma disputa de poderosos aliados e ex-aliados por poder. Gritam, brigam, babam e ameaçam em público. Na sala do café trocam amenidades e chamam para a festa de aniversário da filha. Não estou dizendo que não devem manter civilidade, mas o que vemos é algo bem além. É a conivência de elites disputando o bolo. O nosso bolo. Aquele bolo que nós nunca veremos, porque não fomos convidados para a festa.

A música popular diz “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. O clichê cai como uma luva para o Congresso Nacional e não discrimina partidos. Qualquer um que acuse o adversário de uma imensa gama de crimes corre o risco de… acertar na mosca.

Pode até chutar um artigo do Código Penal sem muito medo de errar. O problema que se apresenta é menos de legitimidade de derrubar Dilma ou de manter Dilma e mais da legitimidade de manutenção do Congresso em si, do sistema político em si.

Chegamos num ponto da história tão viciado que, por exemplo, chegaram a decretar que a repressão ao protesto a favor de Dilma ocorrido na noite de seu depoimento na Avenida Paulista inauguraria um período de regressão política.

Ora, só muita falta de memória para dizer isso depois da imensa repressão patrocinada pelo PT, PSDB e demais partidos no poder em junho de 2013 ou durante a Copa do Mundo e que desembocou na lei antiterrorismo criada e aprovada pela mesma Dilma para garantir que não aconteceriam protestos durante as Olimpíadas.

A maior das ironias é que quem apanhava ontem nas ruas de São Paulo (e falo em termos de grupo, não de indivíduos) gritava “VAI PM” contra a esquerda em 2013 e 2014 e acusava a eles (ou a nós) de sermos financiados pela CIA.

DILMA CAIR sem que Temer, o vice da chapa, a siga, é um absurdo – em especial, com pesquisas mostrando que a ampla maioria dos brasileiros repudia os dois.”

O professor Pablo Ortellado comentou em reportagem do Aliás (Estadão) sobre a polarização política brasileira (veja AQUI). De um lado quem acredita piamente que Dilma e o PT são comunistas e que o Foro de São Paulo é uma organização de promoção do comunismo mundial que enfiou médicos cubanos para destruir o país.

Do outro temos teses estapafúrdias de que a crise da Petrobras só estourou porque é do interesse da CIA ou que o próprio juiz Moro, responsável pela Lava Jato, foi treinado pelo FBI.

E tais teses à esquerda, digamos assim, não vêm de qualquer um, mas de gente como Marilena Chauí ou Emir Sader, que dedicam seus dias a espalhar teorias conspiratórias. Do outro lado temos Bolsonaros e Revoltados Online com apoio dos jovens “liberais” do MBL.

No fim é um jogo de soma zero. Ou melhor, o saldo para o país é negativo. O impeachment não trará nenhuma paz ao país.

A narrativa do golpe irá permanecer no imaginário, a tentativa de apagar o passado seguirá. O PT está aliado em quase um terço das cidades do país ao PMDB, PSDB ou DEM (num dos casos em Niterói, segunda cidade do estado do Rio de Janeiro) parece não entrar na cabeça de seus apoiadores. Ou, como em São Paulo com Haddad, aliado ao PR de Magno Malta e ao Pros – além do Chalita, lembram, dos católicos antiaborto?

Movimento "black blocs" é experiência de ativismo que guarda vários ângulos de análise (Foto: arquivo)

Apesar disso, os defensores de Dilma seguem todos os dias alardeando o início de um período terrível da história a partir da posse de Temer, como se todas as maldades fossem novas e o PT nada tivesse feito.

Do outro lado ficam a desfaçatez e a franca traição (ou “golpe” nos termos de Élio Gáspari, ou seja, no sentido mais literal de um soco ou uma rasteira) do PMDB e de aliados como Kassab ou Collor. A falta de ética é patente, assim como a completa impossibilidade moral de apontar o dedo para o que, no fim, era o próprio governo deles.

Dilma cair sem que Temer, o vice da chapa, a siga, é simplesmente um absurdo de proporções brasileiras – em especial diante de pesquisas que mostram que a ampla maioria da população repudia tanto Dilma quanto Temer.

Temos, nesse bolo, perfis de redes sociais como os já citados Revoltados Online de um lado (e outros perfis menos estrelados, mas igualmente tóxicos), e perfis e páginas claramente alinhadas ao PT do outro (várias delas com mesma identidade visual e suspeitas fortes de serem mantidas por MAVs, ou militantes virtuais do PT, criados por, pasme, André Vargas, deputado cassado).

Além disso, há ainda portais claramente alinhados ao ideário da “família Bolsonaro”, em geral espalhando ódio e desinformação, e portais da rede #BlogProg (Blogueiros Progressistas), que recebem relevantes fatias de verbas federais ou recursos de sindicatos controlados pelo PT e pelo PCdoB (já apelidado de PSeudoB por muitos).

Nesse caldo, a verdade é detalhe.

Farsa do impeachment

Sequer podemos falar em versões, o que temos é apenas leituras absolutamente deturpadas e enviesadas. E usos políticos que beiram a canalhice (ou mesmo ultrapassam) de lutas sociais e movimentos sociais.

Um exemplo: Como não lembrar de um dos governistas mais raivosos e destacados, Eduardo Guimarães, agora candidato a vereador pelo PCdoB, que durante os protestos de junho de 2013 usou o paint para colocar uma suástica nazista numa bandeira negra dos black blocs a fim de criminalizar o movimento e, por tabela, acusar o MPL e todos que estavam nas ruas de serem nazistas?

Diante dessa completa degeneração de militância e mídias alinhadas, não podíamos esperar outro cenário que não o dessa completa farsa que acompanhamos pela TV. A farsa do impeachment. A farsa de aliados políticos tornados inimigos e novamente aliados ao sabor do vento enquanto claques de cada um dos lados se matam nas redes sociais espalhando mentiras e desinformação e tornando o debate político insuportável ou mesmo impossível.

O impeachment da Dilma, não se enganem, não mudará esse cenário. Teremos dois anos de imensa (e necessária) pressão contra Temer, assim como teremos a continuidade dos desmontes iniciados por Dilma que poderão mesmo ser acelerados e piorados (há espaço para isso).

E a campanha de 2018 poderá nos trazer novamente Lula, agora com um discurso extremamente vitimizado (o PT é mestre nisso, vide o mensalão), buscando ganhar votos em cima da história de um suposto golpe, apelando para as paixões inconscientes de amplos setores da esquerda que permanecem incapazes de resistir ao canto da sereia (ou do sapo barbudo, para usar a velha piada).

Nossos problemas não vão acabar tão cedo, nem começaram ontem.

Estamos apenas no meio de uma batalha que já perdemos.

* Raphael Tsavkko Garcia é jornalista e doutorando em Direitos Humanos (Universidad de Deusto, Espanha).

* Veja texto originalmente publicado no site Congresso em Foco, clicando AQUI.

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sábado - 27/08/2016 - 08:14h
Mossoró

Líderes estaduais têm pouco a oferecer à sucessão municipal

Qual o peso – na atual campanha municipal – de lideranças estaduais que num passado até recente eram muito aguardadas nos palanques políticos, em Mossoró?

Será que existe apenas um esvaziamento da influência de tradicionais lideranças locais (como abordado pelo Blog ontem – veja AQUI), ou também essas expressões de nível estadual estão em baixa?

Garibaldi e Fátima são lideranças que podem ser importantes à campanha municipal (Foto: montagem)

Os primeiros dias de campanha não empolgaram o eleitor. Os próprios candidatos apostam numa programação inicial com limitações que estão longe das manifestações do passado, quando ocorriam comícios, passeatas e carreatas expressivos.

Por enquanto, o ambiente mais efervescente é a Internet e suas redes sociais, com as campanhas descarregando propaganda e fomentando participação de seus militantes, numa guerra que é irreal diante do que é visto nas ruas. São dois mundos distintos.

Robinson Faria

No palanque do atual prefeito e candidato à reeleição, Francisco José Júnior (PSD), é difícil que apareça o líder estadual do seu partido que teve votações maciças ao Governo do Estado em Mossoró, governador Robinson Faria (PSD).

Até aqui, ele refugou até mesmo presença na convenção partidária do prefeito no início deste mês, num ambiente plenamente favorável. Escalou o filho e deputado federal Fábio Faria para esse fim.

Os dois têm profundo desgaste público no município, capaz de provocar um efeito oposto à energia de uma fusão nuclear: queda livre mais acentuada de ambos.

Henrique e Garibaldi

No palanque de Rosalba Ciarlini (PP), ex-governadora, liderança como do ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB) não é vista como salutar, em face do seu envolvimento com escândalos de repercussão nacional.

Outro apoio, após anos sendo satanizada pelo rosalbismo, seria da ex-governadora e hoje candidata a vereador em Natal, Wilma de Faria (PTdoB). Por Mossoró, também não deve aparecer, mesmo tendo sido uma governante com bom acervo de realizações para o município.

Quanto ao senador Garibaldi Filho (PMDB), há maior leveza. Teoricamente pode acrescentar ao lado do seu PMDB à campanha de Rosalba, pois sofre menor desgaste e passa incólume a tsunami de escândalos nacionais.

Agripino

Em relação ao candidato Tião Couto (PSDB), seu partido já contou e deve contar com a presença do seu presidente estadual em Mossoró, deputado federal Rogério Marinho. Mas ele tem muito mais a capitalizar para 2018 do que acrescentar à votação do candidato Tião agora.

Henrique e Agripino: dois palanques (Foto: Câmara Federal)

Outro nome com Tião, é do senador José Agripino (DEM). Sua trajetória política em Mossoró sempre foi vinculada ao casal Rosalba-ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado. Hoje, sua referência local é a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) que levou o DEM para Tião Couto.

A participação de Agripino, do ponto de vista da imagem pessoal, num momento que o país caminha para fim da era PT, pode acrescentar ao discurso da chapa Tião-Jorge do Rosário (PR), mas provavelmente de forma residual.

O ex-deputado federal João Maia, dirigente estadual do PR, trabalhou para levar seu partido à coligação de Rosalba. Deverá ficar distante da sucessão, num colégio eleitoral em que tem escassa influência sua.

Fátima Bezerra

Com a candidatura de Gutemberg Dias (PCdoB), que traz como vice uma jovem militante do PT, Rayane Andrade, temos a atração esperada da senadora Fátima Bezerra (PT). Deve catalisar a participação da militância petista, mesmo num momento de desgaste de seu partido no plano nacional e flacidez local.

Já o candidato a prefeito Josué Moreira (PSDC), não tem qualquer político de expressão estadual o apoiando. O nome de maior representatividade é do vereador natalense e advogado Joanilson de Paula Rêgo.

Ele é dirigente da executiva do PSDC no Rio Grande do Norte, com largo conceito no meio forense, mas sem peso eleitoral em Mossoró.

Como chegou a definir o senador Garibaldi Filho sobre a política mossoroense, à época em que ainda era governador do Estado, “Mossoró é muito difícil”.  Se é! Ô!

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sábado - 20/08/2016 - 08:12h
Sucessão municipal

OAB entrevista candidato a prefeito Tião Couto hoje

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Mossoró, começa hoje – sábado, 20- a sequência de entrevista com os candidatos o prefeito de Mossoró. A ordem foi definida por sorteio, realizado na presença das assessorias, e o primeiro será Tião Couto (PSDB).

O programa “OAB em Ação no Rádio” vai ao ar neste sábado, das 9h às 10h pela FM 105.

As entrevistas do especial Eleições 2016 terão 40 minutos e serão divididas em dois blocos. O tempo será cronometrado e não haverá prorrogação. As perguntas e os temas foram previamente apresentados aos candidatos, garantindo a isonomia entre os participantes.

Entrevistados

A apresentação é dos advogados Canindé Maia e Aclecivam Soares, presidentes da Subseção de Mossoró e da Comissão OAB em Ação, respectivamente.

Os próximos programas seguirão a seguinte sequência de entrevistas dos candidatos a prefeito: Josué Moreira, do PSDC (27/08); Gutemberg Dias, do PCdoB (03/09); Francisco José Júnior, do PSD (10/09) e Rosalba Ciarlini, do PP (17/09).

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quarta-feira - 03/08/2016 - 22:23h
Natal

Wilma de Faria vai homologar candidatura a vereador

Depois de ser deputada federal constituinte eleita como campeã de votos em 1986, três vezes prefeita do Natal, duas vezes governadora do RN, a mossoroense Wilma de Faria (PTdoB) lança-se à nova empreitada.

Será candidata a vereador em Natal.

A candidatura de Wilma de Faria à Câmara Municipal de Natal será homologada nesta quinta-feira, às 14h, no Cemure, próximo à rodoviária de Cidade da Esperança.

A oficialização acontecerá na convenção conjunta do seu PTdoB com o PSDB, PEN e PV, que apresentará oficialmente a chapa Márcia Maia prefeita (PSDB) e Luiz Gomes (PEN) vice-prefeito.

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quarta-feira - 03/08/2016 - 07:38h
Mossoró

PMDB e PDT negociam apoio à chapa Tião-Jorge

Representantes do PMDB e PDT conversaram com lideranças do movimento “Mossoró Melhor”, que terá chapa própria à Prefeitura. Nada fechado, mas sinalizado.

Os dois partidos estiveram com os vereadores Izabel Montenegro (PMDB), Alex Moacir (PMDB) e Genivan Vale (PDT) em reunião no final da tarde dessa terça-feira em escritório no centro da cidade. O outro vereador pedetista, Tomaz Neto, estava em outro compromisso.

O diálogo foi com os candidatos a prefeito e vice, Tião Couto (PSDB) e Jorge do Rosário (PR).

PMDB e PDT também têm conversado com o PP, que ampara a postulação à Prefeitura de Mossoró da ex-governadora e ex-prefeita Rosalba Ciarlini – Veja AQUI).

O “xis” da questão é a acomodação dos pré-candidatos a vereador dos dois partidos, numa coligação. O apoio à chapa majoritária é algo secundário e viria por gravidade.

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terça-feira - 02/08/2016 - 11:44h
Natal

PSDB muda local de convenção e define o seu vice

A convenção do PSDB em Natal tem novo endereço. O evento será realizado na quinta-feira (04), no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure), na Cidade da Esperança.

Luiz e Márcia Maia: chapa montada para convenção (Foto: divulgação)

Outra novidade é que o advogado Luiz Gomes, dirigente estadual do PEN, deverá ser o candidato a vice na chapa a ser encabeçada pelo PSDB, à Prefeitura do Natal. Ele empinava candidatura própria à sucessão municipal.

Na oportunidade, será oficializado o nome da deputada estadual Márcia Maia como candidata a prefeita da capital potiguar, e definida a a chapa para as vagas de vereador da cidade.

A convenção começará às 14h com término previsto para às 18 horas.

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quinta-feira - 28/07/2016 - 09:40h
Márcia Maia

Convenção do PSDB em Natal será quinta-feira no Atheneu

O PSDB oficializará a candidatura da deputada estadual Márcia Maia a prefeito de Natal na próxima quinta-feira (04), no Ginásio Sílvio Pedroza, localizado no colégio Atheneu – Petrópolis. Na oportunidade, também será definida a chapa de candidatos a vereador do partido para as eleições deste ano.

O evento começará às 14 horas e será encerrado às 18h.

Com a candidatura tucana em Natal, o PSDB do Rio Grande do Norte estará na disputa eleitoral pelas duas principais cidades do Estado. Em Mossoró, o partido já realizou convenção e confirmou o nome de Tião Couto na disputa pela Capital do Oeste.

A legenda ainda terá candidaturas próprias em vários municípios, que estarão realizando suas convenções nos próximos dias.

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terça-feira - 26/07/2016 - 16:27h
Mossoró

João Maia quer PR com Rosalba, mas respeita decisão local

Do Blog de Thaísa Galvão

Jorge e João: distância (Foto: arquivo)

O presidente estadual do PR, vice-presidente do Banco do Brasil, João Maia, repetiu hoje ao Blog que seu desejo é se aliar à ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) que disputará a Prefeitura de Mossoró.

Mas João afirmou que o partido respeita as decisões locais.

Em Mossoró, o PR local trabalha para oficializar o apoio à candidatura já homologada do empresário Tião Couto (PSDB).

Perguntei a João se, caso o PR anuncie o nome do empresário republicano Jorge do Rosário para vice de Tião, qual será a posição dele como presidente estadual da legenda.

Não botar os pés em Mossoró durante a campanha.

Não vai atrapalhar, mas também não vai ajudar.

Nota do Blog Carlos Santos – Há poucos meses, nas costuras inciais do Movimento Mossoró Melhor, João Maia esteve reunido em Natal e Mossoró com lideranças como Jorge do Rosário e Tião Couto. Incentivou e apoiou projeto político do grupo.

Mas ele enxerga aliança com Rosalba, o DEM de José Agripino e o PMDB de Henrique Alves (Veja AQUI) para voltar à cena em 2018.

Daí… a mudança de foco e discurso.

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