quarta-feira - 27/07/2011 - 10:33h
Escolha no PSDB

Uma aposta em Rogério Marinho

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) marcha para ser a grande aposta do governismo estadual na sucessão de Natal. Existem alguns motivos que fortalecem essa tendência.

Primeiramente, porque ele tem revelado fôlego para abrir caminho com os próprios esforços.

Em segundo plano, porque o DEM da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não vê consistência numa hipotética tentativa de reeleição da prefeita Micarla de Sousa (PV).

Anote-se ainda, que o próprio partido não tem um quadro forte para enfrentar nomes com maior robustez, como o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e a ex-governadora Wilma de Faria (PSB).

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sábado - 23/07/2011 - 08:45h
Reação popular

Rosalba é contestada, mas ainda há paciência com ela

Carlos Santos,

Esta estória de “herança maldita” é apenas falácia. Minha esposa trabalha na Educação e não houve atraso em relação a férias ou algo parecido.

Com afirmações desta natureza a governadora apenas revela seu despreparo.

Como é do seu conhecimento milito na área da saúde e não ouvi nada no que concerne a possível corte no fornecimento de oxigênio por falta de pagamento do governo anterior.

João Bosco Souto – Webleitor

Carlos Santos,

Espero que a governadora esteja correta. O estado precisa de seriedade. Se Rosalba Ciarlini (DEM), por mais falhas que tenha cometido como prefeita, apesar de operosa, fizer o que tem anunciado, ao tempo certo o povo reconhecerá. Por outro lado se cometer o mesmo desastre administrativo que Wilma de Faria,  será seu último mandato.

Esperamos que este governo atual dê mostras de melhoria nos serviços. Ainda há paciência no povo porque o governo ainda está se organizando, mas logo logo será preciso mostrar alguns resultados.

Klébio Mendes – Webleitor

Nota do Blog – Os dois webleitores acima manifestam opinião em cima da postagem “Rosalba diz que governo sofre com ‘herança'” AQUI.

Com o advento da Internet, a pulverização das redes sociais, há uma nova realidade para a comunicação, que muitos governantes e seus assessores ainda não notaram. É preciso cuidado com as palavras, zelo com a informação e respeito à verdade e à memória. Os tempos são outros.

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  • Repet
quinta-feira - 21/07/2011 - 21:15h
Mais dificuldade

“Órfão” do Estado, rosadismo encara disputa incomum

Pela primeira vez, em 16 anos, o grupo da deputada federal Sandra Rosado (PSB) participará de uma disputa municipal em Mossoró, sem o suporte do Governo do Estado.

É uma experiência incomum, portanto.

Sandra e Larissa: missão difícil (Costa Branca News)

Desde 1996 que o chamado “rosadismo” é aliado do inquilino do Palácio do Potengi (depois Governadoria). Primeiro, em duas gestões de Garibaldi Filho (PMDB); depois, em dois governos Wilma de Faria (PSB) e o complementar de Iberê Ferreira (PSB).

Foram as eleições de 1996, 2000, 2004 e 2008, todas perdidas para o PFL (hoje, DEM). A própria Sandra em 1996; “Fafá” Rosado (apoiada por ela, no PMDB), em 2000; Larissa Rosado (PSB), deputada estadual, filha de Sandra, em 2004 e 2008.

Como vai se comportar Larissa Rosado, sua virtual candidata à Prefeitura de Mossoró, nesse novo cenário?

Eis um objeto de análise particular.

Você já pensou nisso ou tinha ciência dessas informações, webleitor?

Depois a gente mexe nas filigranas desse ângulo da sucessão mossoroense, para fomentar mais e mais o debate sadio.

P.S do Webleitor (às 8h33, 22 de julho de 2011): Amigo, permita-me uma correção. Em 2004 Larissa Rosado não recebeu apoio da então governadora Wilma de Faria. Naquela época elas ainda eram adversárias. No pleito de 2004 o então deputado estadual Francisco José era filiado ao PSB e foi candidato a prefeito com o apoio (protocolar, diga-se) de Wilma. Francisco José tinha como vice Walter Fonseca, então reitor da UERN, e usava o slogan que sugeria “férias” aos rosados. Wilma e o grupo de Sandra Rosado só se tornaram aliados em abril de 2005. Naquele mesmo ano Francisco José migrou para o PMN. Bruno Barreto, jornalista.

Nota do Blog – Grande, Bruno. Obrigado pelo reparo enriquecedor da postagem e que ratifica o caráter pluralista, democrático e aberto desta página. Valeu. Eu e os demais  internautas agradecemos sua intervenção.

 

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quinta-feira - 21/07/2011 - 13:48h
Herança bendita

Wilma pede que governo cite verdade sobre obras

Ao fazer uma análise sobre o Governo de Rosalba Ciarlini (DEM), em entrevista à radialista Suerda Medeiros, à manhã de hoje em Caicó, Rádio Rural, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) afirmou que ainda é cedo para avaliação minuciosa da gestão.

Entretanto, ponderou que a atual governadora apresente um plano de trabalho original. Até agora, há apenas  propaganda de ações e obras do governo do PSB.  “É bom ela mostrar a herança bendita, afinal, o governo do PSB administrou o Estado pensando o presente e o futuro”, afirmou Wilma.

Citou que Rosalba tem anunciado e sequenciado projetos que foram feitos e deixados com recursos garantidos para sua execução, ainda em seu governo e no sucessor Iberê Ferreira (PSB).

Lamentou ainda o tratamento que Rosalba dispensa aos servidores públicos. “É preciso lembrar que o Estado presta serviços. Daí a importância de se ter um servidor motivado, qualificado, com um plano de cargo e salários que lhes faça justiça”, disse.

Nota do Blog – A ex-governadora acerta em cheio o alvo.

O governo é impessoal, do ponto de vista legal, conforme asseverado pela Constituição Federal. É absurdo, então, que  que o novo governo promova a apropriação de feito de gestões passadas, como realizações suas.

A propaganda do novo governo é um insulto à inteligência alheia e revela uma postura de má-fé continuada, sem um pingo de pudor.

Na prática, a gestão empossada no dia 1º de janeiro deste ano, ainda não começou. Está devendo. Lamentavelmente.

Mais ainda há tempo e meios para virar o jogo.

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quinta-feira - 14/07/2011 - 14:06h
Herança bendita!

Wilma mostra que Rosalba se apropria de feitos alheios

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB), através da rede de microblogs Twitter, toca num assunto que este Blog já analisou recentemente: a propaganda institucional do Governo Rosalba Ciarlini (DEM), que distorce os fatos.

Wilma de Faria – “O Governo do Estado faz a propaganda de que já começou a trabalhar, com a inauguração da fábrica de cimento em Baraúna. Uma proeza e tanto!”

Wilma de Faria – “A obra se tornou realidade com o contrato de parceria assinado em 2007 com a empresa. Acompanhei o início das obras que gera hoje 3 mil empregos”.

Wilma de Faria – “Mais uma: o BNDES vai liberar 84 milhões para construção e recuperação de estradas, contrato feito também no Governo do PSB.”

E ainda completou, hironizando uma ladainha, em contrário, do Governo Rosalba Ciarlini: “Herança Bendita!”

Veja AQUI postagem do Blog sobre esse tema, publicada no último dia 11 (segunda-feira), sob o título “Propaganda de Rosalba assume feito de antecessores”.

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segunda-feira - 11/07/2011 - 19:19h
Informação enganosa

Propaganda de Rosalba assume feito de antecessores

Impressiona-me a naturalidade com que o Governo Rosalba Ciarlini (DEM) divulga campanha nas diversas mídias, propagando o que não fez. Estou abismado.

Fala em atração de empresas através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (PROADI),  que deriva de gestões passadas.

Vende à opinião pública informação de que algumas indústrias que vão se instalar no estado, sobretudo no município de Baraúna, são resultado de esforço dos novos gestores estaduais.

Basta uma pesquisa elementar na Internet, via o sistema de busca Google, para se localizar essa costura através do Proadi, nos governos Wilma de Faria-Iberê, há diversos e diversos meses, tudo encaminhado naturalmente.

Por que então essa desfaçatez e maquiagem da verdade?

Tudo que não presta é culpa dos antecessores; o que funciona, mérito do atual.

Em breve, é possível que a reforma no Forte dos Reis Magos seja anunciada e o Governo Rosalba Ciarlini coloque placa asseverando que a obra original é de sua autoria.

Da mesma forma que tem satanizado Wilma e Iberê por terem “quebrado” o estado, a “Rosa” bem poderia emitir nota de agradecimento pelo que tem dado certo, em sua gestão, graças aos gestores passados.

É uma questão de justiça e honradez. Só isso.

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  • Mossoro Oil & Gas 2025 - Comunicaçao.Com
segunda-feira - 11/07/2011 - 09:00h
Sucessão em Natal

Carlos Eduardo e Wilma são gigantes sem concorrentes

Os números de pesquisas que avaliam intenção de voto do natalense, à prefeitura, às eleições do próximo ano, não deixam dúvidas: existem dois gigantes: Carlos Eduardo Alves (PDT) e Wilma de Faria (PSB).

O restante parece figurante, corre por fora e aposta no tempo/conjuntura, além de trabalho para atropelar adversários na própria campanha.

Carlos e Wilma já foram adversários, tornaram-se aliados. Ele, acabou sendo o seu vice nas eleições de 2000 e com  a renúncia dela à disputa ao Governo do Estado, em 2002, transformou-se em prefeito, reeleito em 2004.

Hoje estão teoricamente separados, mas não são adversários.

É possível uma composição entre ambos em 2012? Sim, é possível. Mas num segundo turno, caso um deles chegue a esse estágio, sem a “companhia” do outro como contendor.

A junção num primeiro turno é perto de improvável. Impossível, não.

Os adversários estão fragilizados. Da prefeita Micarla de Sousa (PV) ao grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que a propósito até admite apoiá-la à reeleição.

Claro que um coro vai ecoar proclamando que “é muito cedo” para afirmações definitivas e conjecturas. Faz sentido.

Mas em política, quem não trabalha tentando prever o futuro ou concorrer à sua formação, fica para trás. Para a plateia tudo parece precipitação ou puro açodamento. Aos profissionais da política, não. Tempo é ouro.

Veja os números da Pesquisa do Instituto Certus, publicada ontem na Tribuna do Norte e reproduzida por este Blog:

Carlos Eduardo (PDT): 40,8%
Wilma de Faria (PSB): 20,2%
Rogério Marinho (PSDB): 8%
Felipe Maia (DEM): 3,6%
Fermano Mineiro (PT): 3,4%
Micarla de Sousa (PV): 2,4%
Hermano Morais (PMDB): 2,4%
Fábio Faria (PMN): 2%.

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domingo - 10/07/2011 - 19:23h
Instituto Certus

Carlos Eduardo lidera pesquisa; Micarla é sofrível

Na mesma pesquisa do Instituto Certus (veja postagem mais abaixo), publicada hoje no Jornal Tribuna do Norte, hoje, há sondagem quanto à sucessão municipal natalense.

Na “Estimulada”, a dianteira folgada é do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), seguido de perto da também ex-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria (PSB).

A prefeita Micarla de Sousa (PV) aparece em posição sofrível.

Veja os números:

Carlos Eduardo (PDT): 40,8%
Wilma de Faria (PSB): 20,2%
Rogério Marinho (PSDB): 8%
Felipe Maia (DEM): 3,6%
Fermano Mineiro (PT): 3,4%
Micarla de Sousa (PV): 2,4%
Hermano Morais (PMDB): 2,4%
Fábio Faria (PMN): 2%.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sexta-feira - 08/07/2011 - 11:13h
Sonhos e nomes

Formas e sabores da sucessão em Natal

O deputado Hermano Moraes (PMDB) ganha incentivo do deputado federal Henrique Alves (PMDB) para ser candidato a prefeito do Natal;

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) tem o mesmo sonho e não para de percorrer ruas, avenidas, vielas, praias, favelas da cidade vendendo ideia de uma nova Natal;

Carlos Eduardo Alves (PDT), ex-vice-prefeito e ex-prefeito, é candidatíssimo e anda todo prosa como um “prefeito em férias”;

A ex-prefeita (três vezes) e ex-governadora (duas) Wilma de Faria (PSB) enxerga a volta à Prefeitura do Natal como um atalho para outros santos. Um bom recomeço;

Micarla de Sousa (PV), atual prefeita, ainda procura o “ponto G” de sua gestão. Anda em círculos e não sabe sequer se será ou não candidata à reeleição;

PT e DEM, antagônicos, precisam apresentar nomes viáveis. Quem?

Até 2012, essa caldeirada vai ganhando formas e sabores.

 

 

 

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 08/07/2011 - 09:00h
De quem é a culpa?

Tremores e política

Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do RN (UFRN) atesta que houve tremores de terra em Florânica, região de Pau dos Ferros e Riachuelo, hoje pela manhã.

A princípio, os ex-governadores Iberê Ferreira (PSB) e Wilma de Faria (PSB) não são listados como suspeitos pelos solavancos.

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Categoria(s): Gerais / Política
  • Repet
sábado - 02/07/2011 - 08:37h
De olho no futuro

Wilma enxerga atmosfera perfeita para voltar à prefeitura

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) dá sinais de que será candidata à Prefeitura do Natal em 2012. A conjuntura, hoje, é plenamente favorável à ex-prefeita (três vezes) da capital.

O cenário é de terra arrasada em Natal e em termos de Governo do Estado, a gestão Rosalba Ciarlini (DEM) parece uma biruta de aeroporto (sinalizador de direção de vento): não tem rumo definido.

A reunião de Wilma com vereadores do seu partido, em Natal, esta semana, marcou uma postura política esperada: o PSB é oposição à prefeita Micarla de  Sousa (PV), a quem não apoiou em 2008. Estarão em lados opostos na campanha do próximo ano.

Wilma tentou chegar à prefeitura pela primeira vez em 1995, sendo derrotada pelo deputado estadual Garibaldi Filho (PMDB). À ocasião, era ainda a Wilma “Maia”, casada com o ex-governador Lavoisier Maia.

Em 1996 foi eleita deputada federal constituinte com votação estelar.

Wilma precisa sair das "sombras"

Depois, em 1988, voltou à carga, atropelando o deputado federal Henrique Alves (PMDB) à Prefeitura do Natal.

Fez o sucessor em 1992, engenheiro sanitarista Aldo Tinoco (PDT).

Já em 1994 teve empreitada frustrada ao governo estadual, ficando em quarto e último lugar. Porém em 1996 retomou a Prefeitura do Natal numa atmosfera parecida com a atual, em que seu sucessor, Aldo, era campeão de rejeição.

Reeleita em 2000, Wilma ousou além da conta em 2002: renunciou ao mandato e disputou o Governo do Estado. Passou por cima de adversários de peso – senador Fernando Bezerra (PTB) e governador Fernando Freire (PP).

Reeleita em 2006, quando derrubou o “invencível” Garibaldi Filho, procurou uma vaga ao Senado ano passado. Mas ficou para trás na corrida direta por uma das duas vagas, conquistadas pelos senadores José Agripino e Garibaldi Filho.

O ano de 2012 é o tudo ou nada para a incansável Wilma, que ganhou o epíteto de “guerreira”.

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terça-feira - 28/06/2011 - 06:20h
Jean-Paul Prates

Ex-auxiliar de Wilma será homenageado por deputados

A Assembleia Legislativa entrega nesta terça-feira (28), o título de Cidadão Norte-Riograndense ao especialista carioca em gestão pública de recursos naturais e energia, Jean-Paul Prates. A solenidade será realizada às 10 horas, no plenário Clóvis Mota, na sede do Legislativo Estadual.

A proposição é da deputada estadual Márcia Maia (PSB).

Prates atuou como Consultor do Ministério das Minas e Energia e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na elaboração de diversos instrumentos regulatórios tais como o Contrato e Concessão Oficial e o Decreto dos Royalties, além de portarias referentes ao mercado de gás, livre acesso à logística e combustíveis.

Como assessor especial e, posteriormente, secretário estadual de Energia e Assuntos Internacionais, na gestão da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), foi responsável pela organização das políticas públicas do Estado quanto ao petróleo, gás natural, energia elétrica e fontes renováveis, com diversas medidas de efeito prático para o aumento dos investimentos no Rio Grande do Norte no setor energético.

Em pouco mais de seis anos (2004 e 2010), o Rio Grande do Norte deixou a situação de total dependência energética de fontes externas, para alcançar a autosuficiência na capacidade de produção. Atualmente, o RN é capaz de produzir mais de 660 megawatts – valor suficiente para abastecer todo o estado.

Além disso, na época em que foi secretário estadual, assegurou condições para que o RN receba, no quadriênio 2011-2014, mais de R$ 9 bilhões em contratos de investimento para instalação de parques eólicos no estado.

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 12/06/2011 - 14:12h
Conversando com... Vagner Araújo

Governo Rosalba está perdido, sem rumo, diz ex-secretário

Governo Rosalba "não se esmerou em apresentar um plano para gestão" do Estado

Ex-secretário de Trabalho e Ação Social do Estado do Rio Grande do Norte, em 1994 (Governo José Agripino/Vivaldo Costa), cargo que voltou a ocupar em 2001 (Governo Garibaldi Alves); ex-secretário do Planejamento do Governo Wilma de Faria (PSB), o ex-prefeito de Lucrécia e ex-candidato a vice-governador, VAGNER ARAÚJO, é nosso entrevistado especial desta semana. Atual secretário de Gestão de Pessoas do Governo Micarla de Sousa (PV), ele quebra o silêncio em primeira mão para o Blog do Carlos Santos, avaliando a propalada crise financeira no Estado e outros temas correlatos.

Blog do Carlos Santos – O atual secretário da Administração e Recursos Humanos do Estado, Governo Rosalba Ciarlini (DEM), Anselmo Carvalho, afirma à imprensa de Mossoró (Jornal O Mossoroense), que os gestores passados, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, tiveram uma postura de “irresponsabilidade”. Não teria ocorrido estudo de impacto na folha de pessoal, à concessão de aumentos salariais? Verdade ou sofisma?

Vagner Araújo – Discurso político, como tantos outros que já cansam a população em todo o Estado. Ponha-se numa lupa e veja que as leis aprovadas têm lá um artigo onde diz que a implantação dos planos estão condicionados à regularidade dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Tivemos o cuidado de fazer este condicionamento que, aliás tem sido bem usado pelo atual governo, embora haja controvérsias com estes limites, já que as diversas interpretações da LRF sobre o que deve ou não ser computado nele dá ao governo a flexibilidade de jogá-lo para cima ou para baixo, segundo sua conveniência do momento – que é o de não atender às categorias. A rigor, a discussão deste limite deve considerar sua fórmula e forma de cálculo. Para que se tenha clareza sobre o que está sendo considerado ou não para seu cômputo final.

BCS – A governadora Rosalba Ciarlini e seus mais importantes auxiliares insistem na tese de que encontraram um ambiente de “terra arrasada” no Estado. Bate com a herança deixada pela era “Wilma de Faria (PSB)-Iberê Ferreira (PSB)?

Vagner Araújo – Já está provado que não. Olhe os saldos e superávits financeiros nos primeiros balanços bimestrais ou quadrimestrais de 2011. O estado é obrigado a divulgar na internet e no Diário Oficial. Vê quanto de recursos estão sobrando para o atual governo. Coisa de R$ 600 milhões. Alem do mais, quando foram listar as tais dívidas deixadas para atender requerimento da Assembleia, incluíram coisas absurdas que jamais poderiam ser consideradas como tal, já que são obrigações correntes de todo governo, como as contra-partidas de obras que ainda estão em andamento, estão dentro de seu cronograma contratual e, portanto, não são dívidas atrasadas. São obrigações futuras, normais de qualquer governo. Aliás, algo positivo. Mostra que ficaram – igualmente – receitas, dinheiro entrando no estado para estas obras. Acho que o PSB falhou na comunicação porque deixou que teses como estas prosperassem sem respostas à altura.

BCS – O final da era Wilma-Iberê foi marcado por prenúncio de grave crise: rapou-se o “fundo do tacho” para pagar folha, até com o inusitado empréstimo de recursos do fundo judiciário, para complementação de pagamento de pessoal. A que se deve esse quadro?

Vagner Araújo – Os estados, assim como as prefeituras, sofreram nos anos de 2009 e 2010, fortes efeitos da crise econômica iniciada em 2008. Muito dinheiro previsto no orçamento deixou de vir do governo federal a título de transferências correntes, causando dificuldades para o cumprimento da programação financeira. Algo que se reverteu nos primeiros meses deste ano, com grande elevação das receitas, o que já era esperado. Apesar disto, o governo foi passado com a folha de pagamento em dia, já com o mês de dezembro e o décimo pago dentro do mês, com todos os programas funcionando, com um grande conjunto de obras em andamento e com saldos financeiros elevados em contas e contratos destinadas a projetos e obras como adutoras, saneamento, estradas e outras. Francamente, não se pode considerar isto terra arrasada. O discurso político neste sentido é estratégia batida de quem não se esmerou em apresentar um plano para a gestão estadual, sequer se prestou a realizar uma transição administrativa à altura da dimensão de um estado – que é bem diferente de uma prefeitura.

BCS – A Assembleia Legislativa, então presidida pelo atual vice-governador Robinson Faria (PMN), que era aliado da governadora Wilma de Faria, à época, deu pleno aval à aprovação dos vários projetos que provocaram reajuste salarial de várias categorias. O atual Governo do Estado, entretanto, omite essa abordagem em seu discurso. Que papel teve a AL na discussão e endosso a essas matérias?

Vagner Araújo –  Não só deu aval como  trabalhou para aumentar o dispêndio do Estado com os planos, aprovando emendas e até derrubando vetos da então governadora a medidas que elevavam os encargos financeiros para o governo, desde a votação do orçamento para 2010. Ou seja, tiro no pé de quem talvez não imaginava que viria assumir o governo num momento seguinte.

Planos salariais são leis aprovadas na Assembléia. No caso, a oposição – hoje situação – era maioria na época da aprovação e detinha a presidência da Casa, o hoje vice-governador Robinson Faria. Via de regra, os projetos de lei encaminhados pelo Executivo eram emendados pelos deputados da atual base do governo, aumentando a despesa, criando mais encargos financeiros para o Estado. Então… de que irresponsáveis estamos falando?

Veja bem, não falo em nome do PSB nem de Wilma nem de Iberê, dado que estou afastado do partido para exercer o cargo de secretário de Natal. Mas estou esclarecendo questões relevantes com base no conhecimento que tenho e de ter participado do governo anterior.

BCS – Em sua avaliação técnico-política, conhecendo tão bem a realidade financeira e da relação de forças político-partidária, no RN, estamos diante de uma crise de números ou de gestão?

Vagner Araújo – Apesar das divergências políticas de quem disputou em chapa majoritária com o atual governo, sou um norteriograndense que ama e acredita neste Estado, trabalha e torce para que as coisas dêem certo, seja em que governo for. Comecei a me preocupar – e na época, a denunciar – que a chapa que restou vencedora, ainda na campanha, não apresentava qualquer plano, não dava qualquer sinal de que tinha um projeto para o Rio Grande do Norte. Não demonstrava, sequer, conhecer a realidade administrativa do estado. Nada. Fizeram a campanha só na base do ‘oba-oba’, na onda eleitoreira que se formou e que arrastou a maior parte do eleitorado, como infelizmente ocorre na nossa cultura política ainda em formação. Conhecido o resultado, preocupei-me ainda mais porque não vi nenhum esforço de se realizar uma transição administrativa, de se conhecer de perto, focar nos assuntos do estado, nas suas diversas áreas.

Participei da transição de Wilma, em 2002. Eram no mínimo 3 pessoas trabalhando em cada área de governo, por cada secretaria. Uma equipe grande, multidisciplinar, que passou 60 dias trabalhando dia e noite, fins de semana… com técnicos experientes, ouvindo a equipe que saia, estudando como funcionava cada programa, cada ação, cada área de governo, já tomando decisões, reunindo prefeitos para conversar sobre assuntos como dengue, previsão de seca, indo a Brasília ver andamento das parcerias lá, enfim… em uma grande ação preparativa para assumir o governo. Por isto, apesar do quadro de dificuldades, dos desarranjos deixados pelo então governador Fernando Freire, o novo governo já entrou trabalhando, sabendo para onde ia, lançando programas, iniciando obras, dando uma cara nova ao estado. Uma obra como a ponte Forte-Redinha, por exemplo, nao teria sido realizada se nao tivesse tido este plenajamento, este trabalho, mesmo antes de assumir.

O atual governo colocou 6 pessoas para a transição, e já faltando poucos dias para assumir. E todos da área meio. Quem fez a transição na saúde? Quem fez na educação? Quem fez na área de desenvolvimento econômico, na segurança? Nem nomes para estas áreas se tinha. Muitos foram escolhidos de última hora, depois de idas e vindas, de convites recusados, de brigas internas por espaço. Órgão importante entregues a pessoas de perfil duvidoso. Auxiliares do governo anterior sendo chamados de volta, reaproveitados, por falta de opção.  O resultado não poderia ser outro. Mas… continuo torcendo que se encontre o rumo. O estado precisa e merece voltar a crescer, sair do noticiário negativo em que se encontra nos últimos meses no cenário nacional, até porque isto arrasa com uma dos nossos principais meios de vida – o turismo. Turista nenhum escolhe como destino um lugar onde há greve generalizada, onde a segurança pública está simbolizada pela imagem de um preso acorrentado a uma bicicleta no quintal de uma delegacia.

BCS – O senhor ocupa a titularidade de uma pasta, no Governo Micarla de Sousa. Ela vive um desgaste avassalador. Há futuro para a gestão Micarla?

Vagner Araújo – Primeiro, veja os jornais de Fortaleza, João Pessoa, Recife e Salvador… Você não vai encontrar diferença no quadro de desgaste que ocorre em Natal e nas prefeituras destas outras capitais. Logo, temos um problema generalizado, o que indica que há motivos exógenos, ou seja, fatores externos, que fogem ao controle ou à vontade destes governantes que estão a causar transtornos financeiros, de caixa, de capacidade de realizar obras e de manter serviços públicos a contento. Consequentemente, vem o desgaste político para os gestores, infelizmente. Como a vida é um fato local e em meio ao advento positivo e democrático, ainda que desordenado, das novas mídias e das redes sociais, a maioria das pessoas são facilmente levadas a atribuir à prefeita, a exclusividade da culpa pelo problema.

Mas aí onde cabe uma importante reflexão: para alem do futuro da gestão Micarla, devemos entender que o que está em jogo é o futuro de Natal. Desta cidade linda, altaneira, que se prepara para seu apogeu turístico, econômico e social: sediar a Copa do Mundo de Futebol.

Todo e qualquer transtorno na cidade, principalmente aqueles provocados ou intensificados como oportunismo, não está a atingir apenas a gestão da prefeita. Mas, de forma muito mais grave, a cidade e o seu futuro. Principalmente em momento delicado como o que estamos vivendo.

Eu dou o testemunho de que a prefeita tem feito grande esforço em contornar os problemas. Fez até redesenho político-administrativo do seu governo para enfrentar a crise, abrindo mão de certos apoios políticos para dar foco na gestão. A minha presença em sua administração é, inclusive, grande prova disto. Ela superou entraves partidários e até o costume político vigente para me convidar. Eu fiz o mesmo ao aceitar. Porque acho que na hora da dificuldade, quando o interesse de toda uma cidade está em jogo, devemos procurar ajudar. E não dificultar ainda mais as coisas.

Tenho fortes motivos para concluir que a gestão Micarla encontrou seu rumo, apesar disto ainda não ter sido percebido pela maioria. Agora, falta atingir o ritmo ideal a que as suas metas, que incluem projetos urbanísticos que vão mudar Natal com investimentos jamais vistos em nossa história e que chegam a R$ 1 bilhão possam se concretizar. Esta é uma tarefa de todos. Por Natal.

BCS – E qual o futuro de Vagner Araújo, após ensaiar disputa a deputado estadual, quase ser candidato a deputado federal e terminar como candidato a vice-governador de Iberê, sem êxito eleitoral?

Vagner Araújo –   Primeiro, quero dizer que sinto-me realizado em ter sido candidato a vice-governador, independente do resultado final. Configurar como uma opção para governar um estado, participar de uma chapa que recebeu mais de meio milhão de votos… não é pouca coisa para quem veio de onde eu vim, tendo acabado de completar os 40 anos de idade.

Quanto ao futuro tenho sempre dois caminhos a seguir. O técnico, profissional, exercer missões técnicas de que gosto muito e com que me realizo – o que estou fazendo agora. E o político que, no caso, nao depende só de mim. Depende, fundamentalmente, da evolução do nosso quadro político-cultural. Nao me considero um político convencional, destes que segue um roteiro populista-midiático. Ainda que isto seja considerada condição para se eleger a qualquer cargo eletivo mais importante. Discordo desta prática e não me vejo reforçando-a.

Meu sonho era chegar o dia em que as campanhas se voltassem para discutir e eleger projetos, idéias, ações, resultados efetivos. O candidato com mais chances fosse aquele que demonstrasse a capacidade de trabalhar gestão. De enfrentar e prover soluções para a despoluição do Rio Mossoró, de encontrar solução para o aeroporto da cidade, de avançar na educação, na saúde, na geração de empregos, por exemplo.

A eleição da Presidenta Dilma abriu-me esperanças neste sentido. Ela não tem viés populista. É uma gestora. Se o governo dela der certo – como espero que dê – poderá haver grande mudança na forma de votar do brasileiro, em favor de perfis mais técnicos, mais comprometidos com gestão e menos politiqueiros ou demagógicos. Aí as coisas podem ficar mais fáceis e certamente haverá mais espaço na política para pessoas como eu.

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sexta-feira - 14/08/2009 - 22:18h
Comunicação

Wilma lança “Internet de Todos” em Natal

A governadora Wilma de Faria (PSB) lançou hoje o programa governamental “Internet de Todos”. A Praça das Flores (Petrópolies) em Natal foi o local escolhido para o evento.

Inicialmente, o Internet de Todos deverá se expandir por Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros. É uma forma de popularizar o acesso à Internet em locais públicos, facilitando a navegação em diversos aparelhos móveis, como notebook, netbook e celulares.

A ideia foi trazida à tona pelo secretário-chefe da Casa Civil, Vagner Araújo. O secretário da Administração, Paulo César Medeiros, também é um dos mentores do projeto.

Vagner Araújo explicou como funcionará o programa e sua importância, na solenidade. A governadora Wilma de Faria teve a primazia de “inaugurar” o serviço navegando com uso da Net.

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Categoria(s): Administração Pública
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