O colibri que habita aquelas costas,
Sugando a carne fresca com o bico,
É a quem nestes versos eu suplico
O caminho secreto das respostas.
Serás por entre gritos, entre espasmos,
Passarinho liberto e prazenteiro
Ou apenas um reles prisioneiro
Do corpo, da fogueira, dos orgasmos?
Quais perfumes seduzem teus sentidos,
Os aromas sutís da castidade
Ou a força motriz dos corrompidos?
Por fim, que se declare e me revele,
Por quais razões trocaste a liberdade
Para amar tatuado à flor da pele.
Cid Augusto – Poeta mossoroense
* Homenagem do Blog ao Dia Nacional da Poesia
Minha Colaboração,simplória,aliás:
Por entre as feiras do Nordeste,CEGO ADERALDO,andava fazendo seus verso e ganhando o seu “ganha pão”,em um certo tempo,o seu guia( Pra quem não sabe,lê inclusive,Aderaldo era CEGO),adoeceu e ele andou procurando um novo guia para seguir suas viagens,um amigo indicou um jovem rapaz,dizendo ser ele,”bonito e inteligente” e que podia ajudar o velho CEGO(“Inteligente eu logo reconheço,bonito,a mim não interessa”,disse CEGO),e Aderaldo mandou trazer o rapaz; em uma feira,nas proximidades do Recife,tudo preparado e o rapaz começou,”Ando por essas praças/Por aqui sem graça/Com esse velho brôco/Que além feio e chôco/Agora tá ficando côxo…”,as moças,todas fogosas,aplaudiam o belo rapaz,daí chega o CEGO:
“ANDEI PROCURANDO UM BESTA/UM BESTA QUE FOSSE CAPAZ/DE TANTO PROCURAR UM BESTA/ENCONTREI ESSE RAPAZ/QUE NEM SERVE PRA SER BESTA/PORQUE É BESTA DEMAIS”