Confesso-lhes minha indisposição para boates: antes mesmo da tragédia de Santa Maria-RS, que se diga.
Luzes estroboscópicas, sirenes, fumaça, músicas eletrônicas, gente gritando, pessoas batendo umas nas outras.
Gosto de música, mas não imponho a ninguém meus gostos. Gosto de gente, porém não obrigo ninguém a me aceitar.
Prefiro a música em espaços em que eu possa conversar. Nada, nenhuma tecnologia, substituirá o face to face, a prosa presencial.
Mas estamos permitindo que a “modernidade” nos tire um grande diferencial nosso, como seres humanos: o poder da intercomunicação direta.
Estamos suprimindo a própria fala.
Há algo mais estúpido nesses ditos tempos modernos?
No princípio foi o verbo e nosso fim será não ter o direito à fala?
O futuro que se pinta, não será para quem amou o jornal e o livro em papel. Os livros e os jornais, cada vez que quisermos ler, teremos de ter energia pro perto para carregar a bateria. Um objeto importado como suporte, que a cada mês, se supera. E a fala será via caracteres, ou teremos de nos expressar usando um mine microfone embutido em um aparelho, por enquanto chamado de celular. Teremos sim direito à fala, mas teremos de pagar por cada palavra pronunciada. Quanto a tempos modernos, ele será substítuito por um tempo ultra-moderno.
Há mais de um ano mantemos contato diariamente através deste blog.
Nunca conversamos.
Espero que sábado, na Praça do Pax tenha esta oportunidade.
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MARCHA POR MOSSORÓ, 9 DE MARÇO, 9 HORAS, PRAÇA DO PAX.
Que Deus nos ajude.
NÓS SABEMOS FAZER A HORA.
NÓS VAMOS FAZER A HORA.
Carlos, amigo. Estamos caminhando para isto. É tão bom falarmos numa roda. É tão bom um “tête à tête” no qual podemos quase decifrar o olhar de nosso interlocutor, até, talvez, sentir-lhe a sinceridade. E para as pessoas muito falantes, como eu, isto não vai ser nada bom…Risossssssssssssssssssssssss.
Um abraço, Naide.
Não sou contra a pessoa que gosta de som alto, mas para mim o volume não define a qualidade da música, muito menos o estilo (ou a falta dele) de seu compositores/interpretes. Apesar de ter um certo conhecimento sobre a informática, prefiro valorizar mais as relações sociais sejam entre familiares, colegas ou amigos, especialmente em ambientes que promovam o diálogo e a interação. Se a música interfere neste contexto, infelizmente tenho que elaborar alguma (boa) desculpa e sair fora.