Por François Silvestre
Não é uma crônica,
nem verso, só teste.
uma tentativa de volta,
sem revolta, sem vista ou veste.
Nua, quase crua, sem casa,
na rua.
E por falar em nua, a velhice no banheiro
é pior do que espelho.
No reflexo espelhado há cortes, escolhas de lados.
Disfarce.
Lá, recanto do banho ou descarrego,
não há escape, revela-se.
Pele? Que nada, descasca, sem casca.
E no despenar-se vai o resto. Que nem merece narrar.
Foi teste.
Viver é esperar na porta do banheiro.
Após a fila, impaciência, do desassossego que desbanca,
o alÃvio enfim,
E o fim é contemplar as pelancas!
François Silvestre é escritor
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