Com 75,54% de rejeição à reeleição; 91,44% de reprovação de governo e 2,14% de intenção de votos à nova candidatura a prefeito, Micarla de Sousa (PV) é novamente um fenômeno.
Em 2008, ela tinha sido um fenômeno positivo, com vitória acachapante contra tudo e todos à Prefeitura do Natal, derrotando adversários num único turno. Atropelou a deputada federal Fátima Bezerra (PT), que era apoiada pelo prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), pela governadora Wilma de Faria (PSB) e pelo presidente Lula da Silva (PT).
A “Borboleta” empalmou 193.195 (50,84%) votos, contra 139.946 (36,83%) de Fátima Bezerra.
Na pisada que a prefeita Micarla vai, poderá superar performance que sua mãe – dona Miriam – teve a prefeito em 1985. Obteve votação humilhante (pouco mais de mil votos), que não lhe seria útil para eleição a vereador. “Chega de Alves, basta de Maia”, era o slogan de Miriam, mulher do senador Carlos Alberto de Sousa. “Coragem pra mudar” foi a denominação da postulação.
Candidatando-se à reeleição, é bem provável que Micarla conheça agora a outra ponta da gangorra da política. A parte que oscila há tempos para baixo. Sua mãe pode até lhe esclarecer melhor sobre o assunto, haja vista que a prefeita era muito jovem à época (1985) e não deve lembrar de certos números.
Em 2010, com todo o poderio da estrutura da Prefeitura do Natal, Micarla não conseguiu viabilizar a eleição a deputado estadual do próprio marido, Miguel Weber (PV). Também foi sofrível a votação a deputado federal de sua irmã, Josy de Sousa (PV). Avisos claríssimos que o povo mandou.
Tentar a reeleição nessa conjuntura e cenário não parece um ato de coragem, mas de definitiva estupidez.
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