A atuação de facções criminosas no Rio Grande do Norte, já não bastasse o derramamento de sangue em disputas por territórios de tráfico de drogas e outros crimes, atinge também uma das mais importantes atividades econômicas do Estado e da região de Mossoró: fruticultura irrigada.
A suspensão de exportações de frutas pelo Porto de Natal, comunicada ao Comitê Executivo de Fruticultura do RN (COEX) pela empresa francesa CMA CGM, é consequência da apreensão de mais de 3,2 toneladas de cocaína no porto potiguar pela Polícia Federal e Receita Federal, nos últimos dias 12 e 13 (veja AQUI e AQUI).
As informações, preliminares apontam que frutas e drogas seriam procedentes de Pernambuco e cargas desembarcariam na Holanda, Porto de Roterdã.
A armadora também exige scanner no porto de Natal para perscrutar contêineres, que custa R$ 11 milhões.
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Com a paralisação por tempo indeterminado da única transportadora de produtos do Estado para a Europa, porque as apreensões “estariam sujando a imagem da companhia”, os produtores potiguares terão que recorrer ao Porto do Mucuripe (CE), onde a CMA CGM também atua.
Essa logística aumentará custos, diminuirá competitividade dos fruticultores e reduzirá arrecadação estadual.
“Enfim, todos perdem”, observa o presidente do Coex, Luiz Roberto Barcelos, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte.
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As apreensões não sujaram ” a imagem da companhia”. O caminho das frutas acompanhadas de drogas foi abortado pela Polícia Federal e Receita Federal. A carga contaminada, segundo entendi, não chegou à Holanda, nem saiu do RN. O Porto de Natal mostrou-se bastante confiável.