Por Marcos Ferreira
Nasceu no dia 24 de novembro. Há dois meses e quinze dias, portanto. Sabemos precisamente a data porque foi justo no aniversário de Andrea, esposa de meu amigo Marquinhos Rebouças. A mãe de Juju deu à luz nove rebentos, entre os quais adotei essa feroz devoradora de ração. É cheia de inocência, de amor, de pureza, no entanto adora mordiscar os meus calcanhares e os de Natália.
Fui orientado a presenteá-la com alguns brinquedinhos de borracha. Fiz isso, adquiri três brinquedos de cores e formatos diversos e ela gostou bastante, de maneira que os meus tornozelos quase não são lembrados. Juju é uma autêntica vira-lata, característica que me agrada. Já adotei, além de Juju, três gatinhas de rua, pequeninas e sem amparo nenhum, obviamente. Cuidei das felinas, levei-as a veterinários, que ministraram medicamentos e realizaram as castrações quando as bichanas atingiram a idade apropriada. Asseguro que essas companhias só me fazem bem.
Com tantas criaturinhas por aí necessitando de acolhimento, de um lar, de água e comida, não vou a lojas do ramo comprar um gatinho ou um cachorrinho. Não critico de forma alguma quem paga por um pet de raça, com pedigree, como se diz. Pois também receberão amor, cuidados, zelo. Acredito que São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais, deve ficar feliz do mesmo jeito.
Juju é tipo uma criança. Tem as suas traquinices, os seus comportamentos que geram um certo caos doméstico. É preciso retirar das suas vistas uma variedade de objetos, a exemplo de tênis e chinelos. Como durmo de rede na sala, onde gosto de assistir a filmes e séries, tinha por hábito pôr uma cadeira perto da rede para colocar o telefone, o controle da tevê e meus óculos. Quando o sono batia, simplesmente desligava a televisão e capotava. Até que uma noite eu me dei mal.
Acordei por volta das oito da manhã. Ao procurar as sandálias, tinham sumido. O mesmo aconteceu com os óculos e o celular. Fiquei logo aflito, sobretudo, pelo desaparecimento dos óculos novinhos, substituídos no mês passado. Juju despertara mais cedo, claro. Encontrei o celular junto da porta da frente, separado da capinha de proteção. Senti uma dor na alma quando vi os óculos diante da geladeira. Os vidros ficaram em contato direto com o piso grosso, ainda sem cerâmica. Não teve escapatória. As duas lentes estão repletas de arranhões profundos. Um prejuízo! Os chinelos, estes completamente intactos, ela carregara para debaixo da escrivaninha.
O celular também ficou um pouquinho arranhado. Apesar disso tudo, Juju continua dormindo dentro de casa, em uma caminha fofa, quadrada, com bordas altas e acolchoadas. Algumas vezes, entretanto, ela adormece sob minha rede. Além disso, inocente que é, uma hora ou outra a danada faz as suas “necessidades” em qualquer lugar da casa. Ao menos o cocô é durinho e fácil de limpar.
Quanto à urina, restrita à sala e a cozinha, já que agora mantenho o quarto e o banheiro com as portas fechadas, eu resolvo com água sanitária e um limpador perfumado. Escrevo esta crônica com os arranhões das lentes atrapalhando o serviço. No mais aprendi a lição. Não marco mais bobeira. Juju não perdoa. Quando meu orçamento permitir, trocarei novamente os vidros dos óculos.
Sendo ainda uma filhota, nutro a expectativa de que adquira bons modos no tocante às referidas peraltices e aos inconvenientes fisiológicos. Descobrirá o quintal como lugar adequado para suas dejeções e micções. Porque nosso bem querer se mostra mais firme e forte à medida que Juju vai crescendo.
Marcos Ferreira é escritor
Boa meu amigo Marcão….. ótima companhia,,, que só lê traga alegrias apesar das traquinagens o que devemos encarar com bons olhos kkkkkk
Bem-vindo de volta, meu amigo. Sentimos sua falta. Bom saber que está bem e na ótima companhia de Juju.
Um forte abraço e uma semana abençoada.
Olá Marcos e juju, bom dia ; eu gosto muito de PET mas como moro num apartamento e a preguiça não impera fico sem a comprar deles, mas tenho duas sobrinhas, uma chama -se Gina de puro sangue vira lata que minha amiga Maxmira deixa ela aqui a tarde e a Mel.uma aitentica felina que mora com a Candice que resgatou ainda.jovem e de vez enquanto vou visita – lá.
Os PET,s tem um amor incondicionalmente por seus humanos.
Um abração
Kkkkkkk,ao iniciar essa leitura confesso que já tava morrendo de vontade de chegar ao final para saber o que essa mocinha tinha aprontado,😂😂😂,já fui vítima tb do meu doguinho,tenha calma que a Juju ainda irá fazer muitas peraltices engraçadas,mas vá orientando que logo logo ela vira uma Lady,masssss até lá vem muita coisa engraçada pela frente,de uma coisa tenha certeza,vc ganhou uma companheira fiel que te dará amor de forma incondicional.
Ler Marcos no domingo me faz um bem danado! Me leva pra mais perto dessa humanidade e simplicidade que faz a vida verdadeira! Viva Marcos! Viva a Juju!
Feliz que você voltou a escrever! Bem-vindo de volta! Graças à Juju! Que você possa ficar feliz! Todos nós estamos felizes com o seu retorno. Procure cuidar bem dos seus pertences! Abraços e boa semana!
É necessário o condicionamento de Juju. Regras simples que serão, através do condicionamento, respeitadas.