O Blog do Carlos Santos oferta um presente especial aos seus webleitores. Trata-se de um levantamento quanto às últimas sete eleições municipais de Mossoró. Começa no distante ano de 1982, ou seja, há 30 anos.
É o resultado de um trabalho exaustivo. É fruto de muita pesquisa e levantamento em arquivo próprio, além de outras fontes. Em boa parte dessa linha de tempo, o editor do Blog estava contando a história em seu papel de repórter.
Esse material serve para alimentar o bom debate, além de acrescentar mais dados ao entendimento da disputa à Prefeitura de Mossoró neste ano e do poder paroquial, em si.
Não temos dúvidas: é um documento precioso. Que tenha bom aproveitamento por parte de políticos, assessores, jornalistas e interessados no tema em geral.
Só um pedido: se for utilizar esse banco de informações publicamente, não esqueça de citar a fonte. O Blog do Carlos Santos agradece.
Fique à vontade. O “banquete” está servido:
Eleições de 1982 (Fonte: Herzog):
– Dix-huit Rosado (PDS) – 21.510 (41,68%);
– João Batista Xavier (PMDB) – 15.466 (29,97%);
– Canindé Queiroz (PDS) – 4.388 (8,50%);
– Mário Fernandes (PT) – 428 (0,83%);
– Paulo R. Oliveira (PTB) – 48 (0,09%);
– Brancos – 8.145 (15,79%);
– Nulos – 1.621 (3,14%);
– Maioria Pró-Dix-huit – 6.044 (11,71%).
O eleitorado habilitado ao voto era de 67.041, em 275 secções. Compareceram 51.606 (76,98%) eleitores. As abstenções foram de 15.435 (23,02%) votantes.
P.S – Neste ano também ocorreram eleições para deputado estadual, federal, uma vaga ao Senado e governo do Estado. Foram as primeiras eleições com a retomada do pluripartidarismo, na reta final do regime militar de 1964. O mandato dos prefeitos/vereadores foi de 6 anos em vez de 4, como temos desde o pleito de 1988.
P.S – Com a existência do casuístico instituto da sublegenda, cada partido poderia lançar mais de um candidato a prefeito, foi o que ocorreu em Mossoró. O grupo Rosado, unido, lançou Dix-huit Rosado pelo PDS.
Já o sistema Maia apresentou o jornalista Canindé Queiroz, pelo mesmo partido, para dar suporte à candidatura a governador do engenheiro e ex-prefeito indireto de Natal, José Agripino Maia (PDS). Agripino venceu seu principal adversário, o ex-governador Aluízio Alves (PMDB), com mais de 107 mil votos de maioria.
Eleições de 1988 (Fonte: Herzog):
– Rosalba Ciarlini (PDT) – 37.307 (49,7%);
– Laíre Rosado (PMDB) – 30.226 (40,2%);
– Chagas Silva (PT) – 2.507 (3,3%);
– Brancos – 3.594 (4.8%);
– Nulos – 1.503 (2%);
– Maioria Pró-Rosalba – 7.081 (9,5%).
O eleitorado habilitado ao voto era de 80.397, em 275 secções. Compareceram 75.217 eleitores. As abstenções foram de 5.180 votantes.
Eleições de 1992 (Fonte: Herzog):
– Dix-huit Rosado (PDT) – 37.188 (47,79%);
– Luiz Pinto (PFL) – 32.795 (42,15%);
– Luiz Carlos Martins (PT)– 6.557 (8,43%);
– Paulo Linhares (PSB) – 1.273 (1,64%);
– Brancos – 5.669 (6,49%);
– Nulos – 3.913 (4,48%);
– Maioria pró-Dix-huit Rosado – 4.393 (5,64%)
O eleitorado cadastrado à época era de 99.623. Compareceram 87.395, as abstenções chegaram a 11.381 e os votos nominais atingiram 77.813.
Eleições de 1996 (Fonte: Herzog):
– Rosalba Ciarlini (PFL) – 57.407 (52,64%);
– Sandra Rosado (PMDB) – 26.118 (28,50%);
– Jorge de Castro (PT) – 4.878 (5,32%);
– Valtércio Silveira (PMN) – 3.237 (3,53%);
– Brancos – 1.549 (1,69%);
– Nulos – 3.802 (…);
– Maioria pró-Rosalba Ciarlini de 31.289 (24,14%).
Existiam 114.218 eleitores aptos, mas compareceram 96.991. As abstenções atingiram 17.227 (15.08%), com 91.640 sendo a votação nominal.
Eleições de 2000 (Fonte: Herzog):
– Rosalba Ciarlini (PFL)– 57.369 (54,86%);
– Fafá Rosado (PMDB) – 42.530 (40,67%);
– Socorro Batista (PT) – 4.447 (4,25%);
– Mário Rosado (PMN) – 228 (0,22%);
– Brancos – 1.757 (1,59%);
– Nulos – 4.395 (3,97%);
– Maioria pró-Rosalba Ciarlini de 14.839 (14,19%).
Existiam 127.894 eleitores aptos, mas compareceram 110.726. As abstenções atingiram 17.168 (13.42%), com 104.574 (94.44%) sendo a votação nominal em 358 urnas.
P.S – Num comparativo com as eleições de 1996, esses números guardam uma preciosidade. Rosalba obteve menos votos do que na eleição anterior.
Enquanto em 96 tinham sido 57.407 em eleitorado de 114.218 aptos, em 2000 – contra Fafá, conseguiu 57.369 num contingente de 127.894 aptos. Ou seja, 38 votos a menos, apesar de aumento de 13.676 votantes.
Eleições de 2004 (Fonte: TSE):
– Fafá Rosado (PFL) – 57.743 (49,06%);
– Larissa Rosado (PMDB) – 34.688 (29,45%);
– Francisco José (PSB) – 21.210 (18,02%);
– Crispiniano Neto (PT) – 4.083 (3,47%);
– Brancos – 2.063 (…);
– Nulos – 5.708 (…);
– Maioria pró-Fafá Rosado de 23.075 (19,61%).
Existiam 143.235 eleitores aptos, mas compareceram 125.475. As abstenções atingiram 17.376 (12%),
Eleições de 2008 (Fonte: UOL/TSE):
– Fafá Rosado (PFL) – 65.329 (53,01%);
– Larissa Rosado (PSB) – 46.149 (37,44%);
– Renato Fernandes (PR) – 11.306 (9,17%);
– Heronildes Bezerra, “Heró” (PRTB) – 464 (0,38%);
– Brancos – 3.678 (2%);
– Nulos – 7.400 (5%);
– Maioria pró-Fafá Rosado de 19.018 (16%).
Existiam 153.027 eleitores aptos, mas compareceram 134.326. Desse volume, 123.248 foram considerados válidos. As abstenções atingiram 18.701 (12%). Existiam 416 seções eleitorais.
Esta na hora de muda para Cláudia Regina não e Rosado. muda Mossoró
Amigo , me envergonha bastante o tamanho do desepero de falsos políticos( falsos de verdade, falsidade absurda que só Deus explica) que convardes por não ter a mínima condição de encarar o povo devido promessas falsas, usam da imbecilidade da bravata(quem apenas fala, de modo até errado) e nada faz além disso. Quer dizer, uma coisa faz: raparigar, farriar, beber e encher o rabo de cachaça, usar inúmeras mulheres,etc.etc.etc…. Chamo qualquer um para me acompanhar até o ministério público, inclusive aqueles que se dizem tão éticos, ora bolas, kkkkkk, até onde vai essa suposta ética… acredito que todos nós sabemos! Inclusiveconvido aquele que chamou meu esposo para briga como “galo de briga” seja ético o suficiente e encare a situação…. Já que se diz sem medo das minhas humildes, mas inteligentes palavras.
Para quem gosta realmente e um banquete.
Carlos, boa tarde.
Como sua missão é informar e bem, faça outro gol de placa, informe os respectivos vices e se possível as composições do legislativo municipal nas eleições suso referenciadas. Parabens.
Ótima matéria. Boa de ser ler. Só uma correção, quanto ao ano de 1992 para 2012, são 20 anos.
Sendo 30 anos, seria 1982.
O material fala de 1982 a 2012 e esta correto, são 30 anos mesmo.
só deu Rosado na parada !
VAI SER PEIA, DE NOVO !!!
EU ACREDITO QUE AGORA SEJA A VEZ DE LARISSA…O POVO QUER ,E SE O POVO QUER O TODO PODEROSO TAMBÉM QUER,NÃO HÁ PODER QUE IMPEÇA ISSO.
Rapaz, não sabia que meu Grande professor, João Batista Xavier já havia concorrido a prefeitura de Mossoró. Grande professor, grande homem.
Se não me engano, em 1982 aqui em Mossoró tinha o voto camarão que era não votar para governador em José Agripino (PDS) e votar em Dix-Huit (PDS) para prefeito. E o voto cinturão, que era votar em Aluízio Alves (PMDB) para governador e não votar em João Batista (PMDB) para prefeito. Votei o voto cinturão. Resultado em Mossoró, Aluízio Alves (PMDB) e Dix-Huit (PDS) foram os vencedores. OBS. Na época o voto era vinculado, não se podia votar em candidatos de partidos diferente. O presidente João Batista Figueiredo, o últimos presidente do regime militar, prometeu em praça pública, em visita a Mossoró, que iria comer o camarão com cabeça e tudo. 15,79% do eleitorado votou em branco para que Dix-Huit ganhasse a eleição. Rebeldia e quase suicídio político do saudoso deputado federal pelo PDS Vingt Rosado.
Caro Carlos;
Não sei se tiro meu charmoso chapéu importado para a visão e competência da família Rosado ou para a miopia e incompetência do bravo povo de Mossoró. Dinte deste cenário, me pergunto: Esse povo botou mesmo Lampião para correr de Mossoró?
Antônio
Antonio Gurgel, Lampião não entrou em Mossoró, entraram os cangaceiros, que só tinham prática de guerrilha na caatinga, não sabia guerrear na cidade, por isso perderam, e o motivo da entrada é um incógnita. E a imagem de Lampião é usada hoje pelo sistema, como motivo de glória…
Caro Antonio, não fique na dúvida. Pode tirar o seu chapéu para a competência da família Rosado na arte da política.
Sobre a vinda de Lampião a Mossoró, temos bons livros que fala sobre este assunto, Lampião em Mossoró de Raimundo Nonato, A Marcha de Lampião de Raul Fernandes, Lampião e o Rio Grande do Norte de Sérgio Augusto de Souza Dantas, Nas Garras de Lampião diário do seu chara Cel. Antonio Gurgel, prisioneiro de Lampião por vários dias. Mas a minha sugestão para que não fique dúvidas sobre o assunto. Leia o livro escrito por Billy Jaynes Chandler, um professor de história da Texas A & I University, que escreveu dois livros sobre a história social do nordeste brasileiro. Título do livro LAMPIÃO o rei dos cangaceiros. Tradução de: The bandit king, Lampião of Brazil. O capítulo 6. Mossoró. Relata sobre a passagem de Lampião em nossa cidade.
Um abraço.
É INDISCUTIVEL A MAIOR VITÓRIA, FOI A LAPADA NO ANO DE 1996. ROSALBA GANHANDO COM MUITA VANTAGEM NA DEPUTADA SRA. SANDRA ROSADO.
Ótimo trabalho. Apenas uma nota técnica. Minha sugestão é que, ao informar a quantidade de votos brancos e nulos, não coloque a percentagem dos mesmos junto com as percentagens dos candidatos compondo os votos totais. O que nos interessa para dimensionar a força de cada candidato no eleitorado são apenas os votos válidos, ou seja, os votos efetivamente conferidos a candidatos. Então, as percentagens dos candidatos deveriam ser calculadas tendo por base apenas os votos válidos. Afinal, brancos e nulos não estão disputando e para nada servem – eu informaria só os números absolutos para eles.
Só digo uma coisa: lampião não saqueará Mossoró esse ano… rsrsrsr
Adorei a matéria. Mossoró não poderá ter uma prefeita com oposição ao governo do estado. Seria uma burrice se isso acontecesse, mas tenho certeza que Cláudia Regina vai levar essa fácil, fácil. Os resultados dos votos das eleições anteriores já comprovam isso. L não dá!!!
Pena! pois tenho pena do DEM/PFL tenho fé na mudança sou Larissa Rosado, não porque sou da mesma familia, porque odeio fafá que é minha tia. Fafá tem nojo de abraçar o povo, tem nojo de abraçar os mossoroenses, só quem sabe é quem convive.