O jornal paulistano Folha de São Paulo publicou cinco páginas em sua edição de ontem sobre o turismo no Rio Grande do Norte.
No material, o que tratamos como Costa Branca e belezas sertanejas, de nossas serras a outras plagas, não são citados.
Enquanto isso a “vila” de Canoa Quebrada-CE é o segundo pólo receptor do Ceará. Dados da própria Secretaria do Turismo do Ceará (SETUR).
Canoa Quebrada é distrito do município de Aracati, localizada a cerca de 95 quilômetros de Mossoró. Com 95% do seu terminal já concluído, o aeroporto de Aracati espera tão somente homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para começar a operar com voos charters. Mas sua pista terá meios técnicos para receber aeronaves de grande porte.
A política de descentralização do desenvolvimento, de formatação de pólos regionais de crescimento econômico-social, que o Ceará enceta como política de Estado há vários anos, permite o advento de situações dessa natureza.
Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, governo após governo a ladainha é a mesma: da Reta Tabaraja para o sertão, só sobram migalhas e propaganda que vende a imagem de um estado igualitário, de povo feliz e saudável.
Pobre RN!
Nota do Blog – Dados técnicos da Secretaria da Tributação, ainda no período do Governo Wilma de Faria (PSB), apontavam que de cada R$ 10,00 do meio circulante potiguar, pelo menos R$ 7,64 ficavam em Natal e arrabaldes. Pro interiozão, a sobra.
Alguém em sã consciência acha que o pasquim Folha de São Paulo iria fazer alguma publicidade de nossa “Costa Branca”, quando na verdade nem o povo destas terras potiguares sabe o que é, nem onde fica “isso”?
Temos que nos conformar, pois para nossos próprios governantes, não existe nada além da Reta Tabajara.
Esqueceu que a tal “metrópole é do futuro”? Isso mesmo, do FUTURO! Só o folhetim Veja sabe onde fica a tal “metrópole”, porque os caminho$ para ela $ão farto$!
É triste esta situação para com o interior do RN. As disparidades existentes permanecem e a governadora que promete reconstruir e avançar nada faz. Assim como nos outros governos, os investimentos no setor, acontecem exclusivamente em Natal. As serras potiguares, a costa branca dispõe de potencial enorme mas que precisa de fomento e estruturação por parte do estado e também dos municípios.
A iniciativa privada ainda é fraca mas não sendo apenas isto, não faz investimentos com medo de não ter o retorno esperado.
Quanto ao aeroporto, um outro lamento para nós, oestanos que dispomos de uma pista de pouso e decolagem que não é explorada comercialmente por nenhuma companhia. O nosso vizinho, o rico Ceará, dando exemplos de interiorização do turismo.
Enquanto estas oligarquias estiverem no poder, se revesando nas cadeiras, nosso pobre Rio Grande sem Sorte, continuará sem Norte.