É o que se vê em suas ruas, na prosa com seus habitantes.

A administração Micarla de Sousa (PV) não existe e não é para ser esquecida, pois precisa ser um exemplo para que a cidade não volte a repetir o erro.

Sua rejeição à própria sucessão também demonstra que o natalense não aguenta repetir a dose.

Confesso que não me lembro de ter visto algo sequer parecido em cerca de 26 anos cobrindo a área política.

A sucessão em si tem informações soltas, esparsadas, que dificultam uma melhora avaliação. São muitas simulações, que na verdade não contribuem para um entendimento mais confiável do quadro atual.

A pré-campanha, contudo, revela que nomes como dos ex-prefeitos Carlos Eduardo Alves (PDT) e Wilma de Faria (PSB) estão com melhor posicionamento. Carlos, bem melhor, sempre acima dos 40% e Wilma na faixa de 17%.

Entretanto é pouco provável que individualmente qualquer um deles consiga chegar a vitória, sem montar uma boa aliança. Quem vai com quem? Eis a questão.

Este Blog assinalou logo após as eleições do ano passado, numa postagem analítica, que uma chapa com Carlos e Wilma poderia ter configuração quase imbatível. Quase.

Difícil é fazer a composição, com o lugar de vice. Quem toparia o "sacrifício" de ser vice do outro?

Micarla é um fenômeno negativo, praticamente fora do jogo pelo o que é mostrado na pesquisa.

Há tempo para uma "revolução"? Há.

É pouco provável que aconteça, pois a cabeça é a mesma: ela. Micarla.

Nomes como de Felipe Maia (DEM), Hermano Morais (PMDB) e Fernando Mineiro (PT) estão na arena, da mesma forma que Rogério Marinho (PSDB).

Resta saber o papel que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) terá na montagem de uma chapa e mesmo o nível de influência de seu governo, num eleitorado menos suscetível à máquina.

Em síntese, Carlos Eduardo é um nome a ser batido, mas está longe de ser imbatível.

Favorito, sim. Sobretudo com um "cabo eleitoral" como Micarla de Sousa, que à medida que desce a ladeira, amplifica sua imagem de ex-prefeito.