Por Odemirton Filho
Assisti ao jogo da nossa seleção na última terça-feira contra a seleção da Argentina. É claro que não farei análises táticas sobre o comportamento em campo da seleção canarinho, pois não tenho conhecimento para tanto. Contudo, na qualidade de torcedor, senti-me envergonhado.
A seleção nem parecia a de outros tempos. E nem falo da seleção de Pelé, que não vi jogar. Falo da seleção de Romário, Bebeto, Ronaldo e companhia, os quais jogavam bola pra valer, com garra e vontade de ganhar. Já o jogo da terça-feira parecia que estavam em campo um time amador e um time profissional. A Argentina deu um baile, ou melhor, um tango.
Enfim. Mas eu quero lembrar do melhor jogo de futebol que já assisti.
Foi no dia 27 de junho de 2011, pelo campeonato brasileiro. Flamengo e Santos. Ali, sim, um jogão de bola. Jogando pelo Flamengo estava Ronaldinho gaúcho, o Bruxo; pelo Santos, Neymar, no seu melhor momento.
Na Vila Belmiro, Neymar marcou dois gols, deu assistência e comandou o Peixe, que chegou a abrir 3 a 0 no placar. O Rubro-Negro reagiu graças ao Bruxo, que balançou as redes três vezes, incluindo uma cobrança de falta por baixo da barreira. Ao final, 5 a 4 para o Flamengo.
Lembro que um narrador de futebol disse que, dificilmente, a nossa geração assistiria a um jogo de futebol como aquele. Realmente nunca vi nada igual, e já faz quase quatorze anos da partida.
Outro jogo que marcou a minha vida foi o primeiro da final entre Potiguar e América, em 2004, ano no qual o time macho sagrou-se campeão do campeonato estadual do Rio Grande do Norte. Naquela noite memorável, o velho Nogueirão estava lotado, e a torcida do Potiguar fez uma bonita festa.
Hoje, infelizmente, o futebol de Mossoró está decadente, e o Nogueirão caindo aos pedaços. Uma vergonha.
Entretanto, para mim, nada se compara ao jogo entre Flamengo e Santos, independentemente de quem ganhou, pois foi um inesquecível jogo de futebol. Épico.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
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